Com amor, Uchiha Sasuke escrita por Gatita


Capítulo 1
querida hinata,


Notas iniciais do capítulo

essa fanfic foi escrita pro Amigo Oculto do Império AllHina, no qual e tirei a Luud! @LSSF
foi postada inicialmente no wattpad, onde eu escrevi um textinho em dedicação a ela ♥
mas eu pensei que a fanfic merecia vir pro spirit, hihi e aqui estamos!

espero muito que gostem! a estória se passa em meados de 2010/11/12!
boa leitura!



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COM AMOR, UCHIHA SASUKE

 

Hinata já estava há um bom tempo lendo aquelas palavras, lendo e relendo incansavelmente. Seus olhos muito claros passavam de um lado ao outro da folha, absorvendo as frases e tentando entender como que aquilo tinha acontecido. Quando leu pela primeira vez, seu coração acelerou de uma forma que nunca sentira antes com a informação guardada pela pequena carta. Leu uma segunda vez e tudo se repetiu. Não poderia ser verdade, poderia? Só se fosse uma brincadeira de muito mau-gosto.

As mãos pequenas estavam trêmulas de nervosismo. Nunca uma coisa daquelas havia acontecido antes, por isso ela simplesmente não sabia lidar. Repassou os eventos do dia: tivera uma manhã normal na escola — estava no terceiro ano do ensino médio e faltava apenas uma semana e meia para que se formasse —; o almoço também foi dentro dos conformes com suas amigas; depois precisou ir ao grêmio de artes; e, por último, voltou para casa, a pé, como sempre fazia.

Então como aquela carta havia parado dentro de seu caderno de desenhos? Foi a última coisa a guardar dentro da mochila, e ela ainda o tinha usado na aula antes de ir embora! Não seria necessário dizer que fora uma incrível surpresa quando, ao trocar o material para o dia seguinte, de repente, um envelope azul-celeste escapulira de dentro das folhas desenhadas. Ora, mas o que é isso?, ela pensou, encarando-o.

“Para Hyuuga Hinata”, estava escrito em uma letra cursiva — caham, mais bonita que a dela — na frente do envelope, que se encontrava fechado com um adesivo de bomba cujo pavio faiscava. Era estranho que estivesse selado daquele jeito? Muito. Mas a situação em si já era esquisita demais. No instante em que começou a ler, então… Ah, as mais diversas sensações atravessaram seu corpo…

 

Querida Hinata,

Levei muito tempo para aceitar as condições atuais que me encontro em relação a você e não havia melhor oportunidade para expressar o que sinto senão agora, faltando pouquíssimos dias para nos formarmos. Talvez eu seja um covarde por isso? Talvez, mas você ainda tem esses dias para me dar uma resposta, caso tenha alguma.

É verdade que você me encanta mais do que qualquer outra garota que eu tenha conhecido na vida, embora nós não tenhamos trocado muitas palavras além da cordialidade. Eu queria que tivesse sido diferente, que eu fosse mais corajoso para dizer essas coisas pessoalmente, que eu pudesse pegar na sua mão e olhar nos seus olhos… Os mais bonitos que já vi, inclusive. Entretanto, não me acho tão merecedor desses momentos e talvez seja por isso que eu demorei tanto para tomar alguma atitude e, ainda por cima, por palavras escritas em vez de proferidas.

Primeiramente, quero poder dizer que suas mãos são delicadas de ver e eu gostaria de saber se macias também, além de fazerem os melhores desenhos e pintarem os mais bonitos quadros. E eu poderia ficar eternamente escrevendo suas qualidades físicas, mas o que me chama a atenção de verdade é o seu jeito de ser, sua personalidade. Você é uma garota tão leve, tão tranquila, exala simpatia e leva luz para qualquer lugar que vai; você faz jus ao significado do seu nome.

Existem outras coisas que eu gostaria de dizer, dizer mesmo, com a minha voz. Eu queria sussurrar no seu ouvido e sentir sua pele se arrepiando como resultado. Você consegue imaginar?...”

 

E Hinata parou de ler, largando o papel em cima da escrivaninha, simplesmente porque, toda vez que chegava naquela parte, seu baixo ventre queimava e suas mãos suavam. Ela não queria que a carta ficasse suada, não mesmo. Ser uma adolescente com tantos hormônios à flor da pele era demasiadamente complicado, ainda mais quando nunca se tinha experimentado nada do tipo antes.

Ela sentia um pouco de vergonha alheia sempre que chegava àquela parte da carta? Um pouco, sim, embora noventa por cento do seu corpo correspondesse exatamente como ele descrevia: com arrepios. Bom, uma garota pode imaginar, não? Uchiha Sasuke era um porra louca, extremamente aleatório e era um convencido do caralho; mas ele tinha bons motivos para ser daquele jeito, porque carregava uma beleza sem igual. Talvez aquela incrível beleza se ofuscasse toda vez que ele abria a boca para falar besteira, só que ainda assim era uma senhora beleza.

Levantou novamente para dar voltas pelo quarto enquanto pensava, parando vez ou outra a fim de confirmar que era o seu nome mesmo escrito nos papéis. Droga, era mesmo para Hyuuga Hinata. Inspirou fundo e expirou lentamente, ela já não sabia mais o que fazer. Como olharia na cara dele no dia seguinte? Fingiria que não recebera? Essa parte era impossível, porque a cartinha estava dentro do caderno de desenhos! E ela sempre carregava aquele caderno para todo o lado! Isso só deixava mais claro como Sasuke a conhecia bem.

Só lhe restava uma solução: contatar Ino. Ela saberia o que fazer, Hinata tinha certeza disso. Então, com esses pensamentos, tirou o telefone do gancho e discou o número da casa dos Yamanaka. Não demorou mais que três chamadas para que a voz da amiga respondesse animadamente:

— Olá?

— Ino do céu! — Hinata começou, soando bem desesperada.

— Hina! Que foi?! — Ino rebateu com igual desespero na voz. — Sua voz te denuncia! Vai, desembucha!

— Ahn, bem… — Pigarreou. — Sabe o Sasuke?

— Hm, que Sasuke? O Sarutobi? — Naquele instante Hinata podia imaginar perfeitamente a loira fazendo um bico engraçado ao tentar lembrar quem era Sasuke.

— Esse daí tá meio velho, né...? — Lembrou a amiga, afinal, Sarutobi Sasuke era o professor de matemática delas desde o primeiro ano.

— Ah, então não sei. Qual Sasuke?

— Uchiha…? — a Hyuuga respondeu com uma indagação, receosa demais com o que a Yamanaka pensaria.

— Aquele retardado?! — ela esganiçou e Hinata precisou afastar o telefone da orelha. — Nossa, verdade! Como pude me esquecer dele?

— É… — Suspirou. — Sabe…

— O que aquele garoto extremamente gato — Ino engasgou — e muitíssimo da pá virada fez pro meu bebê?!

— Ele… Ele me escreveu uma carta.

Silêncio.

— Eu jurava que ele era analfabeto — a voz da loira soou inconformada. — Mas como assim? Do nada? Isso não faz o menor sentido, porque vocês não têm um mínimo de contato, sem falar que o Sasuke faz parte do time de basque-

— Ino, o que tem a ver ele ser do time de basquete? — A de cabelos azulados revirou os olhos.

— Ah, você sabe, né… Aquele clichê americano.

— Eu não estou nem aí para o clichê americano! — desabafou, jogando-se em sua cama.

Conversar com Ino não estava adiantando absolutamente nada.

— Tá bom, tá bom. Quais foram as besteiras que ele escreveu, então? — E Hinata podia imaginar de novo a loira batendo o pé direito no chão por ter sido contrariada.

— Eu vou ler pra você. Acredite, fiquei extremamente surpresa quando li a primeira vez… — A Hyuuga se levantou da cama e pegou a cartinha de cima da escrivaninha. — Ainda fico surpresa toda vez que leio, e já foram umas cinco vezes… — Ino soltou uma exclamação do outro lado da linha. — O filho da puta tem a letra mais bonita que a minha…

— Lê logooo!

— Aaaah, calma! — Hinata pigarreou e começou a leitura.

Por algum milagre divino, Ino não a interrompeu em nenhum momento, nem mesmo nas partes mais vergonhosas em que Sasuke insinuava coisas quentes demais, talvez fosse porque a Yamanaka estava tão surpresa quanto ela.

Eu sei que é repentino e muito em cima da hora, mas deixe-me saber quando estiver pronta para conversarmos... Com amor, Uchiha Sasuke. — A Hyuuga terminou de ler como se tivesse acabado de narrar um conto de fadas.

E Ino em silêncio ficou, apenas sua respiração soprando no telefone denunciava que continuava na linha.

— Ino?

— Caramba… — Ela pareceu acordar de um sonho devido à voz aérea. — Caramba, Hina…

— Pois é…

— Ele escreve bem, né?

— Sim, e isso é o que faz tudo ficar mais estranho. Ele escreve tão bem, me descreve tão bem. Realmente parece que ele me conhece de verdade, e por isso eu não consigo ver essa carta como uma espécie de brincadeira de mau gosto… parece sincero demais, mesmo vindo de Uchiha Sasuke — falou com um aperto no peito. Por não estar acostumada a ser paparicada, Hinata tendia a esperar o pior nessas situações.

— Eu diria que ele está caidinho por você. Não há dúvidas, Hina — Ino disparou como uma metralhadora. — Os detalhes que ele cita de forma muito poética… Sinceramente, nós não conhecemos Sasuke suficiente para sabe o quão estúpido ele é, tanto que nunca na minha vida eu ia chutar que, se ele gostasse de alguém, seria de você — confessou a contra gosto. — Bom, o que você quer fazer em relação a isso? — quis saber antes que Hinata respondesse qualquer coisa.

— Ah, Ino… Era exatamente pra isso que eu queria sua ajuda! Não sei o que fazer, não — disse, sincera.

— Então, miga, só vai — a loira cantarolou de forma animada.

Era tudo o que Hinata precisava escutar para entrar em desespero. Ou melhor, continuar em desespero.

E eu vou aonde, jesus?, pensou enquanto olhava para o teto do quarto, completamente sem perspectiva de futuro.

 

****

 

Faltando dez dias para acabarem as aulas — isto é, no dia seguinte de receber a cartinha de amor —, Hinata planejava fazer justamente o contrário do que Ino dissera: ela não iria até Sasuke, ela iria observá-lo — de longe mesmo, beem de longe. Começando por aquela quinta-feira, a dona dos cabelos azulados tinha planos de conhecer a rotina dele e verificar se tinham algo em comum... Como ela nunca tinha reparado naquilo antes? Praticamente todos no colégio estudavam juntos desde a infância. E já estavam prestes a se formar! No ensino médio! Que loucura, que loucura, Hinata pensava.

Durante as aulas da manhã, a Hyuuga notou que não partilhava nenhuma aula com o Uchiha e nem as da tarde, porque não o tinha visto em nenhuma delas. Muito menos na aula extracurricular, já que Hinata fazia artes e ele jogava basquete — pelo menos até onde sabia. Droga, havia sido um dia jogado fora! Se bem que… Ela não tinha visto Sasuke em momento algum ao longo das atividades escolares, nem durante o almoço.

— O Sasuke não veio hoje? — perguntou à Ino quando as duas se encontraram após o fim das aulas.

— Eu não vi ele, não — a loira admitiu.

Ambas caminharam para sair da propriedade da escola e, depois de passarem pelos portões, Ino estalou os dedos e arfou como se tivesse acabado de se lembrar de algo.

— Ah! Eu escutei mais cedo sobre uma briga que aconteceu esses dias entre um cara do nosso ano e um garoto do segundo. E por causa dessa briga o menino do nosso ano foi suspenso! — Ela parecia pensativa enquanto falava. — Será que foi o Sasuke? Fiquei sabendo que o garoto do segundo ano saiu de nariz quebrado…

— Meu Deus do céu… — Hinata arregalou os olhos. — Se for ele… Se for- Onde foi que eu amarrei meu burrinho, senhor? — indagou mais para si mesma, olhando para o céu em busca de alguma resposta divina.

— Você fisgou um badboy, miga, tem dessas consequências aí. — Ino gargalhou com o desespero da Hyuuga.

— Eu não quero um cara violento assim, tá doida?

A loira deu de ombros e mudou de assunto, vide o desconforto da de olhos perolados.

 

****

 

Nove dias fora e Hinata mais uma vez não viu Sasuke pela escola. O que ela mais temia havia sido concretizado: o Uchiha tinha caído na porrada com Kimimaro, do segundo ano, e realmente deixara o garoto de nariz quebrado e com menos dois dentes na boca. Devido a isso, ele foi suspenso por quatro dias consecutivos. A partir daquela informação, a Hyuuga começou a sentir um pouco de medo e de receio. E se aquela carta fosse mesmo zoação e ele só estivesse esperando que ela desse o primeiro passo para cair em sua armadilha?

Sasuke a humilharia em frente a toda escola?

Não, né?

Né?

— Onde eu fui me meter? — pensou alto enquanto rabiscava distraidamente o quadro em branco com o pincel molhado em tinta verde.

— Onde você foi se meter? — indagou de volta uma voz que ela tanto gostava de escutar. Hinata desviou os olhos para o amigo, Inuzuka Kiba, que se encontrava parado logo atrás dela, olhando o que pintava.

— Kiiiba!

— Na verdade, a pergunta certa seria: o que é que você está pintando? — Ele sorriu e apontou para os riscos verdes e muito aleatórios que formavam absolutamente nada.

— Eu meio que me distraí, sabe… — respondeu, sem graça, encolhendo os ombros.

— O que houve?

Kiba era um de seus melhores amigos. Hum, na verdade, ele era seu segundo e último melhor amigo. A primeira era Ino, claro, isso ninguém poderia discutir, mas o Inuzuka também tinha um espaço exclusivo em seu coração. Por isso, Hinata resolveu dizer a ele o que tinha acontecido, seu amigo merecia saber.

— Uou — foi tudo o que Kiba disse em conjunto às feições surpresas. — Por essa eu não esperava.

— Ninguém, Kiba, ninguém… — sussurrou e levou a mão ao rosto, escondendo-o. — Aí, ontem eu descobri que ele foi suspenso, acredita? Suspenso faltando nove dias pra gente se formar! Como vou dar abertura pra alguém assim?

Kiba suspirou. Àquela altura da conversa, o Inuzuka havia puxado o banquinho de um cavalete vazio e ambos falavam baixo para que mais ninguém os escutasse. Sabia-se lá o que as pessoas iriam acabar entendendo do que discutiam, as piores fofocas se formam de ruídos em comunicações e situações mal compreendidas.

— Sabe, Hina… — ele começou, apoiando os cotovelos nas coxas. — O Sasuke é um cara complicado. Não que ele seja uma pessoa ruim, não mesmo. Falando sério ele tem um bom coração… Mas é um cara muito impulsivo, entende? — Ela balançou a cabeça positivamente, ainda que não fizesse a mínima ideia de nada. — Não pensa direito nas consequências de seus atos. Ele pode até ter as melhores intenções, só que acaba resolvendo as coisas da pior forma.

— Ele é daquelas pessoas… Como se diz? Incompreendidas? — chutou, colocando o indicador no queixo pensativamente.

— É por aí. — O garoto sorriu. Ver o modo como Hinata compreendia as pessoas era fascinante. — Eu digo isso, Hina, porque o Sasuke não bateu no Kimimaro somente porque quis. — E a expressão de pensativa da Hyuuga se transformou em confusa. — O cara tava fazendo bullying e ameaçando um garoto do primeiro ano, o Konohamaru. Embora Kimimaro merecesse muito aquela surra, não é daquele jeito que se resolvem as coisas, né?

Naquele instante Hinata passou por uma epifania. Conversar com Kiba tinha sido absurdamente esclarecedor. Ela, então, compreendeu que Sasuke não era o tipo de cara que iria fazer chacota de alguém com uma cartinha de amor, pois se ele quisesse mesmo zombar, já teria feito aquilo há muito tempo.

O Inuzuka era mesmo muito sábio, pontuou mentalmente, vendo-o ir embora. Ele não fazia parte da classe de artes, e sim da equipe de atletismo, mas de vez em quando aparecia por lá para trocar uma ideia, como quando os treinos eram mais rápidos que o normal. Ela agradeceu por Kiba ter aparecido tão oportunamente, agora não precisava mais ter medo de Uchiha Sasuke.

 

****

 

O dia perfeito, para Hinata, de ficar em casa fazendo absolutamente nada era sábado. Dia de procrastinar, como ela gostava de denominar, e de acordar tarde. De fato, ao meio dia em ponto a Hyuuga levantou da cama ainda muito preguiçosa pelo sono, pois tinha ido dormir tarde — só depois de passar horas no telefone com Ino, criando mil e uma possibilidades para entender Sasuke.

Seus planos para aquele sábado incluíam stalkear o Uchiha nas redes sociais. E Hinata sabia que ele tinha perfis porque estavam conectados em praticamente todas: orkut, facebook e até mesmo seu velho e abandonado twitter. Portanto, depois de almoçar as sobras do jantar de sexta e mandar Hanabi tomar conta da louça, ela subiu rapidamente as escadas e sentou-se na cadeira em frente ao computador.

— E lá vamos nós!

Começou pelo twitter que, na concepção da garota, seria o mais fácil. Estava certa, Sasuke não postava quase nada ali, apenas algumas reclamações diárias e retuítes de memes engraçadíssimos — tanto que Hinata não conseguia mais descer a página porque se estava debruçada de tanto rir. Ok, ok, chega de twitter. Ao menos ela obteve a informação de que ele tinha muito bom humor.

Migrando para o orkut, a rede social que quase entrava em extinção, Hinata descobriu um total de zero coisas sobre Sasuke. Lá tinha só algumas fotos antigas de quando ele era pré-adolescente, fotos de família, felicitações de aniversário. Enfim, estava mais às traças do que o twitter de Hinata.

Já sem esperanças, ela apoiou o cotovelo na mesa e o queixo na palma da mão, partindo para o facebook. Felizmente aquela rede social estava mais movimentada e tinha mais coisas sobre Sasuke. Clicando na aba “sobre”, Hinata encontrou as páginas que ele curtia e observou que eram muitas as em comum. Com as sobrancelhas erguidas e a boca entreaberta, a Hyuuga descobriu que ele lia, escutava e assistia praticamente as mesmas coisas que ela.

Eu vim até aqui à procura de defeitos, mas só consigo achar qualidades!, pensou com ligeira animação. Muito bem, missão stalkear Uchiha Sasuke concluída com sucesso! E, de brinde, ainda tivera o privilégio de ver algumas fotos dele sem camisa…

Nada mau, nada mau mesmo…

Quer dizer, ela precisava mesmo era contar tudo para Ino!

Balançando a cabeça de um lado ao outro a fim de espantar a imagem de si mesma acariciando os músculos do abdômen bonito do Uchiha, Hinata pegou o telefone e discou o número da casa dos Yamanaka.

 

****

 

Como todo bom domingo, Hinata e Ino combinaram de ir, pela manhã, caminhar no parque central da cidade. Era um local amplo cujas árvores floridas o refrescavam, possuía algumas trilhas que levavam a uma pequena floresta que contornava seus limites e tinha também um pequeno lago central, no qual as pessoas podiam andar de pedalinho.

A Hyuuga se sentia confortável em estar ali, além de trazer-lhe tranquilidade. Contato com a natureza nunca era de mais.

— Estou começando a simpatizar com ele — Hinata disse, conformada, e Ino a olhou com curiosidade. — Só o fato desse garoto ser letrado já muda tudo. — Para uma leitora compulsiva aquele era um ponto extremamente positivo. — E eu não fazia ideia dessas coisas…

— A gente não fazia ideia — a loira concordou. — Ele é muito distante, né? Pra mim ele é como um furacão que vem, faz uma puta bagunça e depois vai embora como se nada tivesse acontecido.

— É intenso e imprevisível — completou Hinata.

E ambas ficaram em silêncio enquanto caminhavam tranquilamente em volta do lago. A Hyuuga permaneceu perdida em pensamentos, imaginando qual seria o próximo passo para conhecê-lo melhor sem fazer contato físico, já que não se sentia preparada ainda. Passou os dedos pelas pétalas de umas flores branquinhas que as árvores dali tinham, eram tão macias… Aquilo fez com que ela lembrasse um trecho da carta de Sasuke. Hinata queria que ele a tocasse como ela tocou aquelas pétalas: com delicadeza e gentileza, sentindo sua maciez.

— Hi-na-ta! Olha! — Ino sussurrou e acotovelou a amiga com força desnecessária.

— Ái, Ino! Que isso?! — Hinata esganiçou, olhando com raiva para a amiga.

Ino sorriu amarelo.

— Olha ali quem tá vindo! — murmurou, apontando com a cabeça para frente.

Na direção contrária, usando roupas leves para exercícios físicos, Sasuke corria com muita tranquilidade. De seus ouvidos pendiam os fios dos fones, que Hinata imaginava tocar alguma música do Metallica, e os olhos meio perdidos em algum ponto muito longe dali. Ela mordeu o lábio inferior e parou repentinamente de andar, até que o olhar dele pareceu focalizar de novo e se dirigir a ela. Durou pouco mais que alguns segundos, mas Sasuke abriu um sorriso ladino, como se soubesse exatamente as coisas que ela pensou minutos antes.

Hinata sorriu de volta, claro, só que de forma tímida e muito vermelha.

— Meeeeu deeeeeus, o que foi isso?! — Ino explodiu assim que o Uchiha tomou certa distância de ambas.

A Hyuuga não respondeu, porque seu coração batia como louco dentro do peito.

Ela também não sabia o que tinha acontecido ali.

 

****

 

As aulas voltaram com toda força em uma segunda-feira ensolarada. Hinata soube imediatamente que a suspensão de Sasuke havia acabado, pois, no momento em que ele colocou os pés na escola, o caos tomou conta do lugar — e ele já era um garoto conhecido na escola por causar sérios problemas e muita bagunça. O Uchiha chegou com óculos escuros, o cabelo bagunçado e uma jaqueta preta pendurada no ombro a qual apenas dois dedos segurava. Parecia bem confiante, ela observou.

— E aí, cuzão — ele soltou para Uzumaki Naruto, aparentemente seu único verdadeiro amigo.

De onde estava, escondida atrás da porta de seu armário colegial, ela podia vê-lo pelas frestas e verificar como estava bonito. Levou a mão à boca ao perceber o que fazia — analisando a beleza do garoto que escrevera uma carta incrível confessando o amor que sentia por ela. Voltou a prestar atenção nas coisas que precisava pegar para as aulas daquela manhã antes que o sinal batesse.

Hinata soube que seria um longo dia, quando ele passou pelo armário dela a fim de ir em direção à própria sala de aula e lhe lançou mais um sorriso daqueles de morrer.

 

De fato, como suspeitava, eles não partilhavam quase nenhuma aula. A única havia sido História Contemporânea, lecionada por Asuma, e que mais parecia um sonífero demasiado eficiente; afinal metade da sala dormia, deixando-a mergulhada em uma sinfonia engraçada de roncos. Incrivelmente, Sasuke não imitava os colegas de classe, na verdade, ele prestava atenção na aula, o que era algo muito intrigante.

Parando para pensar, Hinata nunca prestara atenção nas notas do Uchiha. Seriam boas?

Ao longo daquela única aula em comum, seus olhares se cruzam algumas vezes e, em todas, era ela quem havia sido flagrada e precisava disfarçar apressadamente. Droga, droga, Hinata era uma péssima observadora.

Durante o almoço, ela percebeu que Sasuke se sentava com Naruto e Naruto se sentava com o time de basquete, mas o Uchiha não interagia com ninguém além do loiro. Muito bem, ele era realmente de poucos amigos. Logo depois que as aulas da tarde acabaram, ela o viu conversando com Sabaku no Gaara, outro garoto também considerado “porra louca” devido às roupas que usava, ao lápis preto em volta dos olhos, ao cabelo mais vermelho do que sangue arterial e a uma tatuagem do kanji “amor” na testa.

Nesse momento em que os observava, Hinata se sentiu mal por julgar tanto alguém pelas aparências — não que ela tivesse criado aqueles apelidos ridículos, mas eram coisas que pessoas contavam para outras e que compartilhavam com outras, criando uma bola de neve crescente de desinformações.

Então, no fim do dia, Hinata percebeu que Sasuke era mesmo um furacão.

Um belo, desastroso, galanteador e muito incompreendido furacão.

 

****

 

Na terça-feira, faltando cinco dias para acabarem as aulas e apenas duas provas a serem feitas, Hinata abriu o armário e teve uma surpresa. Um envelope azul-celeste jazia jogado por cima de seus livros e cadernos, selado com um adesivo de bomba explodindo. Ela não precisava ler o conteúdo para saber que era de Sasuke. Pegou-o delicadamente e olhou de um lado ao outro só para se certificar de que ninguém via — ou mesmo para ver se o encontrava em meio aos estudantes.

 

Querida Hinata,

Sei o que você está fazendo e confesso que gosto muito disso, mostra que está interessada no que te falei. Talvez tenha ficado com uma pulga atrás da orelha por causa do meu jeito de ser e viu como contrastava demais com as coisas que escrevi naquela primeira carta. Posso lhe adiantar que não sou tão ruim quanto pareço.

Obrigado por curtir minha foto de 2008, espero que tenha gostado do que viu em seu momento stalker.

Com amor, Uchiha Sasuke.”

 

Se vergonha matasse, Hinata já estaria caída no chão durinha da silva. Naquele momento, soube que nunca tinha sentido tanta vergonha em toda sua vida, seu rosto queimava como nunca e ela conseguia ver como estava vermelha só pela ponta do nariz. Pegou um livro para tampar o rosto enquanto caminhasse até a sala e fechou o armário, mostraria a nova cartinha para Ino durante o intervalo.

 

— Ino, por favor — Hinata suplicava com o livro na cara. — Me ajuda, vai.

Mas Ino não podia ajudar a Hyuuga por estar ocupada demais rindo, gargalhando, quase se mijando de rir.

— Pelo amor de Deus, Inoo!

— RÁ RÁ RÁ RÁÁÁÁÁ. — A amiga perdeu o fôlego e se esticou em cima da mesa.

Àquela altura, todos os outros presentes na sala de aula prestavam atenção no que as duas conversavam. Ino respirou fundo, fundo mesmo, enchendo o máximo que seus pulmões aguentavam, e desatou a rir de novo. Hinata, já muito irritada e envergonhada, deu as costas para a Yamanaka e saiu do local com o livro na altura do rosto.

— Hinaaaa, volta aqui!

Obviamente, Hinata não voltou e Ino precisou sair correndo atrás dela no corredor.

— Desculpa, miga — pediu com um biquinho nos lábios, caminhando para alcançá-la. — Mas eu não consigo acreditar que você cometeu essa mancada de curtir foto antiga no meio da perseguição!

A Hyuuga lançou à loira um olhar maligno e acelerou o passo.

— Ok, ok. Não se fala mais nisso. — Ino tentava acompanhar uma Hinata muito rápida.

— Obrigada. — E revirou os olhos, sem diminuir a intensidade com que cruzava o corredor.

Assim que Hinata achou estar longe o suficiente de qualquer conhecido, diminuiu as passadas e tirou o livro da frente do rosto. Chegaram ao pátio da escola, que estava relativamente vazio para os padrões de intervalo, e se sentaram em um banquinho em frente à quadra esportiva.

— Muito bem — Ino começou —, focando agora no que realmente interessa: o que você vai responder?

— Responder? — Olhou para Ino indignadamente. — Você acha que eu tenho cara pra responder?

— Com certeza. Por bilhetinho que nem ele fez.

A de cabelos azulados permaneceu em silêncio. Seria uma ótima saída escrever no papel. Com isso decidido, permaneceram no pátio o resto do intervalo, conversando sobre o que Hinata escreveria em resposta. Quando voltou a sua sala, a Hyuuga apressou-se em pegar um papelzinho e uma caneta.

 

Querido Sasuke,

Você esperava que eu fosse ignorar sua cartinha? Quis te entender melhor…

Você disse que eu poderia levar o tempo que precisasse. Algum problema com isso?

Espero que não tenha se sentido encabulado com a minha perseguição.

Com carinho, Hinata.”

 

Enfiou com dificuldade o papel, que fora dobrado quatro vezes, pelas frestinhas da porta do armário do Uchiha, perguntando-se como ele tinha conseguido fazer aquilo com um envelope três vezes maior. Assim que finalmente conseguiu, olhou para os lados a fim de conferir se estava sendo observada e, quando percebeu que não, saiu correndo. Queria muito ver o que Sasuke responderia e esperava que o fizesse ainda naquela terça-feira.

E ele o fez.

Assim que acabou a aula no grêmio de artes, Hinata passou no próprio armário para averiguar se tinha sido respondida. Seu coração acelerou as batidas quando viu o papel em que escrevera a resposta para ele. Pegou-o e o desdobrou. Um riso nasalado escapou ao ver que Sasuke aproveitou suas palavras.

 

Clique aqui para ver o bilhete do Sasuke.

 

Sasuke é mesmo imprevisível, Hinata pensou, com um sorriso involuntário nos lábios.

 

****

 

Quando a quarta-feira chegou, Hinata percebeu como os dias estavam passando rápido. Em tão pouco tempo sua vidinha de ensino médio tinha virado ao avesso e ficado muito interessante, por mais estranho que fosse admitir. Sem falar que ela havia descoberto tantas coisas boas sobre Sasuke, uma pessoa tão aleatória para entrar em sua vida nos quarenta e cinco minutos do segundo tempo.

Naquele dia, a Hyuuga planejava descobrir o que ele fazia depois da aula. Sim, ela iria elevar seus níveis de stalker, embora fosse péssima naquilo. Decidida, resolveu ir pedalando para a escola, dessa forma conseguiria segui-lo para onde fosse. Observando daquele jeito, Hinata se sentia uma maníaca psicopata. Mas era por uma boa causa, não era?

Não era?

— É estranho, mas é uma boa — Kiba disse depois de escutar tudo o que a amiga tinha a dizer. Estavam mais uma vez cochichando um para o outro durante a aula extracurricular de artes. — Hm, se bem que você não precisava seguir o Sasuke pra saber o que ele faz depois da aula. Imagina se ele simplesmente vai embora pra casa, que viagem perdida não seria?

— Ah, eu sabia que era uma péssima ideia! — choramingou, levando as mãos aos cabelos em desespero.

Kiba franziu as sobrancelhas.

— Quer saber? Eu vou perguntar pro Naruto, é muito mais fácil assim — Kiba decretou, convencido. Por mais que as equipes de basquete e de atletismo não tivessem a ver uma com a outra, o Inuzuka ainda conseguia ser amigo do loiro.

— Se você não se importar… — Uma fagulha de esperança acendeu dentro da Hyuuga.

— É claro que não! Espera aí que eu já volto. — E ele se levantou antes que Hinata pudesse pensar em impedi-lo.

Kiba demorou um pouco para voltar. Ela até tinha terminado de desenhar a lápis a paisagem do parque central da cidade, com o lago no fundo e algumas pessoas em volta — inclusive o Sasuke correndo com o sorriso que a deixava sem ar. Aquele desenho saíra com tanta facilidade no lápis que a Hyuuga surpreendeu-se com sua capacidade. Estivera pensando tanto no Uchiha nos últimos dias e últimas horas que… Que talvez estivesse se encantando por ele.

Guardou suas coisas na mochila e preparou-se para sair da sala, dando de cara com o Inuzuka completamente ofegante.

— Ele tem um trabalho voluntário! — Kiba respirou fundo, apoiando-se nos joelhos. — O Naruto achou muito estranho meu interesse pelo que Sasuke faz fora da escola, mas é claro que eu não falei nada de você — completou com um sorriso engraçado.

— Eita, será que ele vai pensar que você tá interessado? — alfinetou-o.

— Bobagem, todo mundo sabe que eu só penso no Shino. — Kiba olhou para a amiga com uma sobrancelha erguida em desafio e ela o correspondeu com os olhos semicerrados. — Enfim — voltou à posição ereta —, o Naruto disse que o Sasuke trabalha voluntariamente no Hospital Infantil Santa Clara.

Bum! Hinata arfou. Ora, ora… Se ela achava que não fazia ideia de quem Uchiha Sasuke era antes, agora ela tinha certeza de que não sabia nada sobre ele, que se mostrava cada vez mais interessante.

 

Se um dia alguém dissesse para a dona dos olhos perolados que ela pedalaria até um hospital só para observar um cara vestido de palhaço para alegrar crianças em estágios terminais, ela certamente diria que esse alguém devia estar muito louco da droga. Entretanto, lá estava ela, parada do outro lado da rua para que ninguém a visse, observando — pelas janelas — Uchiha Sasuke com uma bolinha vermelha no nariz e a cara pintada de colorido.

Ela nunca, nunquinha mesmo, imaginou que o veria daquele jeito: rindo e fazendo palhaçada. Hinata estava encantada, encantada de verdade. Seu coração ficou tão quentinho ao vê-lo pegando uma criança no colo e rindo, os olhos escuros dele brilhavam intensamente, o que denunciava que ele fazia aquilo porque gostava, porque queria fazer. A Hyuuga sentiu vontade de chorar e não conseguiu evitar que uma lágrima escorresse. Não era tristeza ou angústia, era alegria e realização.

Chegou, então, à conclusão de que Sasuke era incrivelmente humano, intenso e verdadeiro. Ele podia fazer as coisas certas do jeito errado? Podia, mas não tirava o mérito de ter um bom coração.

Perdida com aqueles pensamentos, ela percebeu: estava pronta para conversar com ele pessoalmente.

 

****

 

— Que tal eu escrever um bilhetinho pedindo pra ele me encontrar depois da aula? — Hinata perguntou para Ino na quinta-feira depois da prova de matemática, que acontecera no primeiro tempo.

— Eu acho ótimo — Ino ergueu os braços em animação. — Finalmente você criou coragem! O que te fez mudar de ideia?

— Além de só faltar três dias pra gente se formar e nos separarmos pra sempre? — Hinata debochou, fazendo cara de pensativa. — Aquilo que eu vi ontem… foi lindo, Ino, nossa. — E ela passou a se mostrar sonhadora. — Eu quero muito conhecer o Sasuke e dar uma chance a ele, acho que pode dar certo — completou e mordeu o lábio inferior.

— Awn, ti fofinha você falando assim! — Ino exclamou e se esticou com intenção de apertar as bochechas de Hinata, que se esquivou no último instante.

— Ih, pare com isso, sua doida — a Hyuuga disse tentando parecer rabugenta, mas o riso em seu rosto a denunciava.

 

Querido Sasuke,

Praça central depois da aula?

Com carinho, Hinata”

 

Suas mãos tremiam quando passou o papelzinho pelas frestas da porta do armário de Sasuke. Ela sentia um misto de ansiedade e nervosismo, pois queria que ele a respondesse logo, que o tempo passasse logo e que eles pudessem se encontrar logo. Devido às pontinhas dos dedos estarem muito geladas por conta de tantos sentimentos juntos, Hinata esfregou uma mão à outra na tentativa de esquentá-las.

Seria aquilo mesmo, já estava feito.

Respirou fundo e girou nos calcanhares para voltar a sua sala de aula. Entretanto, seus planos foram interrompidos porque uma parede muito grande aparecera do nada assim que ela se virou. Consequentemente, Hinata bateu o rosto com tudo em algo quente e duro.

O peito de Sasuke.

— Opa, tá tudo bem? — ele perguntou com a voz grave e preocupada. Um arrepio atravessou o corpo dela imediatamente.

Droga, droga, droga.

Ela não estava preparada para aquilo!

— S-s-si-si — ela tentava dizer, olhando fixadamente para a camisa preta que Sasuke usava.

A Hyuuga estava tão vermelha que poderia ser confundida com um...

— Você parece um tomatinho assim. — Ele riu, levando a mão ao rosto quente dela e acariciou-o com o polegar. — O que você colocou aqui, hein? — quis saber, fitando-a intensamente nos olhos, e bateu com a ponta dos dedos da mão livre na superfície metálica do armário.

— Uma… uma pergunta — respondeu com dificuldade. Estar tão perto de Sasuke antes da hora para a qual estava preparada deixava hinata trêmula e bamba, suas pernas pareciam feitas de bala de gelatina.

— Vamos ver, então.

O Uchiha esticou o braço esquerdo até o cadeado giratório do armário e fez uma sequência de movimentos até um estalido ecoar e o armário se abrir. Ele usou a mão que tocava seu rosto para abrir o papelzinho e, naquele instante, Hinata não sabia mais nem o próprio nome de tanta expectativa que criava. Sasuke leu rapidamente a caligrafia quadrada dela e abriu um sorriso.

Ah, aquele sorriso.

— Depois da aula? — Ele direcionou as ônix para as pérolas. — Com certeza, Hinata. — Uchiha Sasuke proferindo o nome dela daquele jeito deveria ser proibido. — A gente se encontra lá fora depois da sua aula de artes. O time de basquete meio que me expulsou, sabe, então eu tô livre... — comentou, alternando o olhar dos olhos claros para a boca rosada repetidas vezes.

— Tá-tá bom — sussurrou em resposta.

— Até lá, tenta não derreter — Sasuke brincou, segurando repentinamente o rosto delicado com as mãos e depositando um singelo beijo no topo de sua cabeça.

Ah, mas Hinata poderia derreter naquele exato momento sim, se desmanchar mesmo, pois derreteria realizada.

Ela tinha descoberto muitas coisas ao longo daquela semana, tinha perdido as contas de quantas vezes se surpreendera com a pessoa que o Uchiha demonstrava ser de verdade, tinha se encantado por ele e pagado com a língua pelo que pensara no início de tudo. Pois Sasuke era muito mais do que ela imaginava: mais intenso, mais carinhoso, mais divertido, e ela poderia continuar listando as qualidades que descobrira.

Mas, agora, depois de tanta epifania e muitas realizações, o que ela mal podia esperar para descobrir eram as coisas que ele queria sussurrar em seu ouvido.


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Notas finais do capítulo

gente, eu espero que vocês tenham conseguido acessar o bilhetinho do Sasuke no meio da fanfci!
se não conseguiram, vejam aqui: https://drive.google.com/file/d/1QyXtbdygziA2oygqFVqGHAQw6DuHBMGz/view?usp=sharing

e então? nossa, confesso que eu AMEI AMEI AMEI demais escrever essa oneshot! fazia muito tempo que eu não escrevia nada tão engraçadinho de leve como ela. e espero que tenham gostado tanto quanto! me conte nos comentários o que vocês acharam e as coisas que sentiram/pensaram durante a leitura :3

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um beijão pra todo mundo



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