Meu Anjo da Guarda escrita por Mrs Kress


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal! Mais um capítulo saindo para vocês ;*



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Para Sam, a semana já havia começado com altos e baixos na empresa, principalmente com seu pai que não aprovava a maioria de suas ideias. Mais uma semana em que ficara até muito tarde trabalhando e mal percebera quando chegou a sexta-feira.

            Já eram nove horas da noite, decidiu juntar seus pertences e procurar algum lugar para jantar. Decidiu ir em um lugar que já tinha familiaridade e não era muito longe da empresa: o restaurante de Gibby. Adentrou o local e escolheu uma mesa mais afastada, não demorou muito até Freddie se aproximar da mesa.

Dessa vez, não conversaram muito, Sam apenas fez seu pedido e ele se afastou para atender as outras mesas, era uma noite cheia, embora já estivesse próximo do horário de encerramento. Gibby não estava nessa noite, imaginou que deveria ter saído com Carly e Brad, o gerente do restaurante, não trabalhava nas sextas-feiras.

Sam demorou mais que de costume para comer, por mais que estivesse com fome, estava com dificuldade de ingerir a comida, perdida em pensamentos sobre a empresa e seu pai, ele estava exigindo muito mais dela nos últimos meses. Quando terminou, pagou sua conta e estava saindo do restaurante, teria se despedido de Freddie, mas não o encontrara andando pelo restaurante, agora apenas três mesas ainda se encontravam ocupadas.

Seu carro estava do outro lado da rua e estava caminhando até ele quando um homem com roupas desgastadas, descalço e barba grande se aproximou dela e a prendeu contra o carro. Sam podia jurar que sentiu algo gelado contra sua barriga parecido com uma faca, mas não pressionado o suficiente para machucá-la.

—Ora, ora, Samantha Puckett – o homem sussurrou ao seu ouvido.

—O que você quer comigo? – a loira reuniu forças para dizer. Suas pernas estavam bambas. Olhou ao redor e não tinha ninguém na rua para que pudesse pedir ajuda e a iluminação do local não favorecia em nada, ela mal conseguia ver o rosto do homem.

—Cumprindo apenas um serviço – sentiu ele segurar seu pulso direito com mais força.

Sem pensar nas consequências, Sam firmou suas pernas e lhe acertou um chute no joelho do homem, o que foi o suficiente para desequilibrá-lo e ela conseguir se soltar do aperto, pegar a chave do carro e tentar destravá-lo para entrar, mas ele foi mais rápido, a pegou pelo ombro e a derrubou no chão.

—Não gosto de mocinhas rebelde, sabia? E você está dificultando as coisas.

—SAI DE CIMA DE MIM, SEU NOJENTO – a loira gritava e tentava acertar tapas no homem que lhe acertou um soco no rosto causando uma grande dor em seu nariz.

—Espero que agora fique quieta – a segurou pelo pulso com mais força do que o necessário e tentou a levantar para levá-la a outro lugar.

Sam ainda tentava se livrar a todo custo do aperto, mas sua visão estava ficando embaçada devido as lágrimas causadas pela dor no nariz que estava sentindo. Em uma fração de segundo pensou ter visto um vulto e as mãos do homem soltaram ela.

Limpou os olhos e pôde ver Freddie em cima do homem que lhe desferindo vários socos, mas não demorou muito para que o velho homem arrancasse a faca do bolso e cortasse o abdômen de Freddie. Foi tempo suficiente para o moreno sair de cima dele e o mendigo pôs-se a correr para longe dos dois.

Tudo aconteceu em um piscar de olhos e Sam foi correndo até Freddie que estava deitado no chão pressionando o locar que havia sido ferido.

—Meu Deus, Freddie – a loira se abaixou para ver o abdômen cortado de Freddie.

—N-não é nada grave, o corte não foi tão p-profundo assim – sua respiração estava acelerada.

—Mesmo assim, venha, vou te levar ao hospital.

—Não precisa, não quero ir até lá.

—Não pode ficar desse jeito.

—Eu sei me virar. Não se preocupe – tentou se levantar meio cambaleante e ainda pressionando o locar que a faca havia cortado.

—Então, me deixe te ajudar. Se não fosse por você, eu teria me dado muito mal essa noite – ela também se levantou e o ajudou a caminhar até seu carro.

(...)

—Você precisa tirar a camisa Freddie, não consigo limpar o corte direito – ainda relutante o moreno acabou a obedecendo e Sam não pôde deixar de notar as diferentes cicatrizes que ele tinha.

Nesse momento, estavam na sala do apartamento de Sam, ela havia pegado um kit de primeiros socorros que tinha guardado e começou a limpar o corte de Freddie e a fazer um curativo.

—Prontinho, ainda dói muito? Posso pegar um remédio para você – Sam não conseguia esconder sua preocupação.

—Estou bem, como disse, o corte não foi profundo. Eu vou sobreviver.

—Você só está assim por minha causa – assumiu uma expressão de culpa.

—Você corria perigo. Ouvi seus gritos quando sai do restaurante para jogar o lixo fora, reconheci seu carro e fui até lá ver se estava tudo bem, mas vi o cara em cima de você e não aguentei...

—Bom, obrigada por ter me salvado.

—Não precisa me agradecer – Freddie colocou a camisa de volta e pegou um pedaço de algodão com álcool e passou ao redor do nariz de Sam – Tem sangue seco espalhado, tem certeza de que ele não quebrou seu nariz?

—Acho que não, na verdade nem percebi que estava sangrando, só senti dor na hora – deu de ombros e Freddie descartou o algodão.

—Pelo menos você é bem prevenida – apontou para o kit de primeiros socorros.

—Ah, isso é um pouco antigo. Eu costumava precisar diariamente – junto as coisas que havia utilizado dentro da caixa vermelha.

—Você tinha algum problema? – o moreno ousou perguntar.

—Só um ex-namorado obsessivo e louco – suspirou fundo – Os ataques de ciúmes dele se tornavam cada vez mais frequentes depois do nosso segundo mês de relacionamento e às vezes ele quebrava as coisas ou jogava outras em mim.

—Não sei como alguém poderia ser capaz de fazer isso com você... – o moreno murmurou baixinho.

—Mas é por causa dele que a Carly e Gibby namoram, na época ele não gostava da minha amizade com o Gibby, então eu meio que empurrei os dois para começarem a sair e eles acabaram namorando e agora noivos – sorriu fraco.

—Ele ainda procura você?

—Não mais. Depois de um ano e meia vivendo desse jeito eu criei coragem para contar tudo ao meu pai e denunciei ele, consegui medida protetiva, mesmo assim ele insistia em entrar em contato de alguma forma, quando meu pai que a medida não estava o assustando, contratou um segurança para ficar comigo o dia todo e colocar medo nele, até que depois de cinco meses ele simplesmente desapareceu. Nunca mais tive notícias dele. Depois disso, aceitei a proposta do meu pai de trabalhar na empresa e me dediquei só a isso até hoje.

—Acha que o que aconteceu hoje tem a ver com ele?

—Não sei, mas tenho a sensação de que não foi algo aleatório.

—Bom, para o que precisar, saiba que pode contar comigo – o moreno sorriu e pousou a mão sobre a de Sam que estava apoiada no sofá.

O pequeno gesto causou uma sensação boa de conforto para ambos, por mais que se conhecessem há pouco tempo, o sentimento de confiança começava a crescer.


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Notas finais do capítulo

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