—Valeu, Gibby. Realmente fico te devendo essa – Freddie agradeceu ao amigo.

Estava anoitecendo e Gibby acabara de entrar no carro. Estavam estacionados em frente a empresa da família Puckett.

—Imagina, cara. Foi fácil, eles me conhecem. Só foi preciso dizer que era uma encomenda importante e confidencial para a senhorita Puckett.

—Não sei o que teria feito sem você – Freddie riu.

—Não teria surpresa nenhuma – Gibby riu de volta dando partida no carro.

—Acha que ela vai gostar?

—Com certeza, a Carly ama todas as vezes que dou um presente para ela.

—Espero mesmo, e, que ela também não tenha desconfiado hoje de manhã quando eu disse que iria te ajudar. Não sei mentir.

—Relaxa, cara. Tenho certeza de que ela não pensou em nada além do que falou.

(...)

Como de costume, Sam acordou cedo no outro dia, se arrumou, tomou um rápido café da manhã e dirigiu até a empresa.

—Bom dia, senhorita Puckett! – Emily a cumprimentou assim que a loira passou em frente à mesa da secretária. Sua sala ficava logo atrás.

—Bom dia, Emily! Alguma coisa para mim?

—Sim, ontem quando estava indo embora, o senhor Gibson veio deixar uma encomenda, disse que era confidencial. Está na sua mesa já.

Sam estreitou os olhos tentando imaginar o que seria tão importante.

—Ok. Muito obrigada.

Caminhou e abriu a porta da sala se dirigindo até sua mesa. Em cima dela, tinha uma pequena caixa comprida branca com um laço vermelho. Se poupando dos pensamentos do que poderia ser, tratou de desfazer o laço e abriu a caixa.

Dentro da caixa tinha um colar prata com um pingente de coração que continha um “Sempre” gravado. Sam retirou o colar da caixa e viu que possuía um bilhete.

“Sempre com você. – Freddie Benson”

Sam sorriu ao ler o bilhete se sentindo cada vez mais feliz por ter ele em sua vida. Não demorou muito para pegar o celular e enviar ao moreno uma mensagem de agradecimento.

O pequeno e simples presente, com certeza deixou seu dia no trabalho ser mais leve.

(...)

—Aí Sam, que lindo! Achei tão romântico – Carly dizia com um grande sorriso estampado no rosto enquanto observava o colar no pescoço de Sam.

As amigas haviam combinado se encontrar no ateliê de estilista de Sam, Marcus, à noite, pois precisavam escolher o vestido para o Baile Beneficente que estava chegando.

—Não é nenhuma joia caríssima, mas ele teve um ótimo gosto – Carly continuou a dizer.

—Ei, não me importo com isso. Eu amei o presente – Sam rebateu.

—Eu sei, amiga – a morena riu – Bom, você já tem ideia do que vai usar no Baile? – Carly voltou sua atenção para o portifólio de vestidos que Marcus havia entregado a elas.

—Ainda não sei. Acho que vou pedir ao Marcus para desenhar um modelo para mim – a loira deu de ombros.

—Como você é prática.

—São anos de participação. Marcus já sabe o estilo que eu gosto.

—Sorte a sua. Estou em dúvida entre uns dez vestidos – Carly continuava folheando o portifólio analisando cada vestido – Falando no Baile, seu pai te falou mais alguma coisa sobre a presença do seu tio?

—Só que ele está conseguindo provas de algumas operações ilegais do meu tio. Eu acho que está dando certo, ele anda bem confiante ultimamente, embora muito preocupado – suspirou.

—Não deve ser nada fácil para ele... Ter que entregar o irmão assim.

—Não é, mas meu tio está jogando sujo há muito tempo. Não vai sair ileso disso. Pode ter certeza, Carly.

—Só torço para que vocês não se machuquem.

(...)

Sam deu carona para a amiga até a casa de Gibby. Aproveitando que estava por lá, bateu na porta do pequeno cômodo que tinha no fundo da casa.

—Oi pequena! – Freddie esboçou um sorriso assim que abriu a porta.

—Oi – Sam retribui o sorriso – Queria agradecer pessoalmente pelo presente. É perfeito – se aproximou do moreno e lhe abraçou.

—Que bom que gostou – o moreno grudou seus lábios nos da loira por alguns segundos.

Desfizeram o selinho, mas Sam permaneceu abraçada e ele por mais algum tempo em silêncio. Ter tocado no assunto com Carly mais cedo a respeito de seu tio havia a deixado mais tensa do que de costume, sabia que não poderia evitar o encontro com o tio no baile.

—Está tudo bem? – Freddie perguntou notando o silêncio.

—Só quero ficar com você essa noite – Sam ergueu a cabeça para encará-lo.

—Eu iria amar se você ficasse aqui.

—Seu desejo é uma ordem, senhor – brincou e riu – mesmo que eu tenha me auto convidado.

—Você sabe que é bem-vinda sempre que quiser.

—Hum, será?

Sem responder, Freddie apenas a segurou pela cintura e a pegou no colo. Sam prendeu suas pernas ao redor dele e envolveu suas mãos no pescoço do moreno, enrolando seus fios de cabelo nos dedos.

—Espero que isso responda a sua pergunte.

Freddie entrou e fechou a porta logo em seguida com a loira ainda em seu colo e a beijou intensamente. Seria mais uma longa noite.