Dramione: O Que o Futuro Nos Reserva escrita por Natty Duarte Chuka


Capítulo 21
Narcisa Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Hello, potterheads, boa leitura!



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Hermione

Acordei cedo e tomei um banho um tanto quanto demorado, lavando o cabelo, precisando desse cuidado comigo mesma. Sequei o cabelo com magia e vesti uma roupa mais confortável, voltando para o quarto. Vantagens de um quarto com banheiro que somente o sobrinho do chefe tinha. Pelo menos uma vantagem no meio disso tudo.

— Hermione… - Draco sussurrou. Estava sentado na cama, com o olhar fixo num ponto qualquer na parede. Respirei fundo, já sabendo que algo ruim aconteceu. 

— O que aconteceu, Draco…? - perguntei delicadamente e me aproximei devagar.

— Meus pais viajaram e foram atacados, minha mãe está em coma. - ele soltou de uma vez.

— Meu Merlin… - sussurrei e me sentei ao seu lado. - Como você soube?

— Meu tio… - ele suspirou e me olhou. Não estava chorando, mas pude ver toda a dor que sentia em seus olhos. Respirou fundo e sussurrou: - Eu vou perder minha mãe e nem vou estar ao lado dela… 

— Não… - suspirei e o abracei um pouco forte. Ele retribuiu o abraço e desabou, chorando baixo e me apertando um pouco. - Vá ver sua mãe… acho que seu tio deixa, por uns dias… 

— Eu não posso te deixar aqui sozinha. - ele suspirou e me olhou. - Eu não vou te deixar sozinha com eles, Mione. 

— Eu não quero que fique por minha…

— Isso não é discutível. - ele interrompeu e se levantou, respirando fundo e controlando as lágrimas. - Eu estou numa missão e não vou sair dela até vencermos essa guerra. 

— Draco… - suspirei e me levantei, me aproximando. - Um ou dois dias não vão…

— Não! - ele falou mais alto e autoritário, me assustando um pouco. Dei uns passos para trás. Ele suspirou e balançou a cabeça negativamente. - Desculpe. Eu preciso tomar um ar, mas não vou sair da missão, Hermione. - suspirou e pegou as chaves, saindo do quarto e o trancando. 

— Que droga, Draco! - sussurrei e me sentei na cama, frustrada e preocupada.

 

¤ ▪︎ ¤ ▪︎ ¤

 

Rose

Contei imediatamente ao meu pai o que aconteceu com a vó do Scorp e ele ligou para tio Harry, que apareceu rápido na nossa casa. Contamos para ele também e ele suspirou. 

— Devíamos ter protegido os dois também… - ele disse.

— Não foi o pessoal do Rodolphus. - eu falei. Eles me olharam e revirei os olhos sem muita paciência, às vezes eles podiam ser bem lerdinhos. - Se Rodolphus quer manter Draco ao lado dele, não iria atacar os pais dele de uma hora para outra, sem motivo. E Draco não falou nada para vocês, então não foi Rodolphus.

— Certo… - tio Harry disse. - Então vamos mandar Scorpius ir ver a avó e alguns aurores irão com ele por garantia.

— Eu também vou. - falei imediatamente. 

— Rose, tem certeza? - ele perguntou.

— Tenho, não posso deixar Scorp sozinho nesse momento, tio Harry… - suspirei. 

— Tudo bem. - ele suspirou e olhou para meu pai, que estava quieto até demais. - Está tudo bem, Ron?

— Não. - ele suspirou. - Eu não posso deixar Rose viajar com todo o perigo que estamos vivendo… - ele disse, mas interrompi.

— Pai, eu não posso...  

— Me deixa terminar, Rose. - ele interrompeu e me olhou. Fiquei quieta e esperei ele continuar. - Eu sei que precisa ficar com Scorp, mas não vou ficar tranquilo longe de você, e não posso deixar Harry cuidando de tudo sozinho. - ele suspirou.

— Ron, eu consigo cuidar da missão. Não estamos podendo fazer muita coisa por enquanto… mas assim que pudermos, você será avisado e vamos juntos acabar com Rodolphus.

— Pai, vamos com aurores, vamos estar seguros, você pode ficar com o tio… 

— Não. - ele suspirou e fechou os olhos, pensando. - Eu vou deixar meu celular com você, Harry… - ele olhou para meu tio. - Você vai cuidar de tudo e se tiver qualquer notícia, você liga para Rose e me avisa. 

— Como preferir, Ron. 

Meu pai pegou o celular e entregou para meu tio, anotando a senha. - Harry, por favor, me avise tudo.

— Não se preocupe, vai ficar tudo bem, Ron… - ele sorriu levemente.

Meu pai suspirou e me olhou. - Chame Scorpius. Nós vamos partir em 20 minutos. 

— Obrigada… - sorri para os dois e subi as escadas correndo.

 

¤ ▪︎ ¤ ▪︎ ¤

 

Usamos pó de flu para ir para o hospital em Florença. Quem diria, Lucius Malfoy tinha saído para uma viagem romântica! Suspirei ao pensar nisso, me lembrando o que havia acontecido. Meu pai deu os nossos nomes e nos autorizaram a ir até a sala de espera após colarem adesivos de identificação em nós.

Scorp não conseguia parar de andar de um lado para o outro, eu sabia como sua avó era importante para ele, então essa situação devia ser difícil demais para ele.

— Scorpius… - Lucius se aproximou do neto e eles se abraçaram. Ele estava acabado, tinha machucados, alguns curativos, mas nada tão grave. Mas seu rosto mostrava como estava esgotado. Olheiras, olhar cansado e triste, mais pálido.

— Como ela está? - Scorp perguntou e ele balançou a cabeça negativamente. 

— Está mal, Scorp… 

— Eu quero vê-la, vô… - ele sussurrou e senti que ele estava prestes a chorar. Apertei a mão do meu pai assim que ele voltou e respirei fundo, tensa e triste por ele, mas tentando me manter forte.

— Venha comigo… - Lucius disse e foi com Scorp para um corredor.

— Rose… - meu pai disse e o olhei preocupada. - A situação dela não está fácil... além de ter sofrido com o ataque, o que já conseguiram curar em grande parte, ela está com Sarapintose. - fiz uma feição confusa. Já havia ouvido falar dessa doença, mas não me lembrava muito bem como era. Ele suspirou. - É uma doença de pele causada por um fungo -é grave e contagiosa… provoca o aparecimento de pústulas roxas pelo corpo.

— Merlin… - sussurrei. - Isso tem cura, pai?

— Tem, mas é demorada e depende do organismo de cada paciente… - ele suspirou. - Ela pode ter que ficar internada por meses e talvez possa perder a voz, caso a garganta seja atingida.

— Isso é horrível, papai… - suspirei e o abracei, preocupada com Narcisa, mas também com Scorp. 

— Vai dar tudo certo, filha… - ele sussurrou enquanto acariciava meu cabelo delicadamente. Suspirei e pensei em tudo que estávamos passando. Era muita coisa de uma só vez, muita coisa ruim. Draco e minha mãe tinham que sair bem dessa missão, senão não iríamos aguentar. 

 

¤ ▪︎ ¤ ▪︎ ¤

 

Draco

Achei melhor sair do quarto para não descontar na Hermione o que eu estava sentindo. Fui para a varanda em silêncio, ninguém me notou. Me apoiei no parapeito e respirei fundo, deixando as lágrimas caírem, já que estava sozinho. 

— Que merda! - xinguei baixo.

Apertei o parapeito, olhando para um ponto fixo à minha frente, sem realmente prestar muita atenção, só pensando na minha mãe. Ela estava internada, poderia estar entre a vida e a morte e eu não podia largar a missão para vê-la. Isso estava me destruindo e eu não sabia como lidar com isso. 

— Draco… - ouvi a voz do meu tio e suspirei, secando as lágrimas com pressa e tentando disfarçar. Ele se apoiou no parapeito ao meu lado, olhando para frente, sem dizer nada por alguns segundos. - Você pode ir visitá-la, se quiser.

— Eu não… - sussurrei sem conseguir esconder muito bem minhas emoções. Respirei fundo.

— Não precisa fingir que não está mal, é sua mãe e, mesmo sendo uma traidora, entendo o laço de família que vocês tem. - ele disse.

Nada disso fazia sentido, Rodolphus sendo legal comigo? Ele poderia estar planejando algo. Suspirei e o olhei.

— Obrigado, tio, mas eu prefiro ficar e continuar te ajudando, e mantendo Hermione na linha. - me forcei a soar mais frio e dei um sorrisinho debochado. - Já comecei o plano de fazê-la se apaixonar por mim e… bom, isso vai ajudar um pouco, de certa forma.

Ele sorriu orgulhoso ao me olhar. Isso me deu náuseas e nojo. - Esse é meu garoto! - ele deu um tapinha no meu ombro, como que cumprimentando, logo apertando-o levemente, ainda sorrindo. - Aproveite esse momento para seduzi-la então. Ver você sofrer vai mexer com a bondade idiota que ela tem, ela não vai aguentar e vai acabar cedendo. Aproveite ao máximo o que puder, e se divirta, desde que ela também queira, óbvio. Não admito estupro, mas se ela quiser, não há nada errado, não é? - e riu como se fosse uma grande piada.

Tive que unir todas as minhas forças para não socar a cara dele ou usar uma maldição nele. Não havia nada de errado nisso? Ele não admitia estupro, mas eu podia abusar psicologicamente dela que estava tudo bem? Maldito comensal de merda, pensei com ódio.

Dei uma risada irônica e levantei uma sobrancelha, tentando soar o mais relaxado e debochado possível ao dizer: - Até que ela é gostosa, quando fica calada e não age como uma sabe tudo. 

Ele riu ainda mais. - Aproveite, Draco, aproveite! - soltou meu ombro e voltou para dentro, ainda rindo.

Respirei fundo e me virei, apertando ainda mais o parapeito da varanda, com muita raiva. Nós precisamos acabar com isso logo!, pensei, tentando bolar qualquer plano.


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