Dramione: O Que o Futuro Nos Reserva escrita por Natty Duarte Chuka


Capítulo 13
Rodolphus Irá Aceitar?


Notas iniciais do capítulo

Hello, potterheads, boa leitura!



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Hermione

Acordei mais algumas vezes durante a madrugada, todas com pesadelos com o que havia acontecido. Draco me acalmou todas essas vezes. 

— Isso vai passar… - ele sussurrou em uma das vezes.

— Eu sei, mas eu não quero mais dormir hoje. 

— Quer uma poção para dormir sem sonhar? - ele bocejou e suspirou.

— Não. Eu só não vou mais dormir. - suspirei e  olhei para o teto.

— Vem cá… - ele disse em tom baixo e abriu os braços. Levantei uma sobrancelha. - Eu não vou te morder, Hermione, só quero tentar te acalmar.

Suspirei e me aproximei sem falar nada, me deitando em seu braço e me encolhendo um pouco, abraçando-o e escondendo meu rosto em seu pescoço. Ele me abraçou um pouquinho forte e suspirou, dando um beijinho na minha cabeça. 

— Tenta dormir mais uma vez, não vou te soltar, eu prometo. - ele sussurrou.

— Draco, eu não sei se… - mordi meu lábio e suspirei. Seu cheiro me dava uma paz inexplicável, assim como seu abraço e cafuné. Eu sabia que estava segura enquanto estivesse assim com ele, e isso me acalmou um pouco.

— Não sabe se…? - ele sussurrou.

— Nada… se eu tiver pesadelo mais uma vez, eu não durmo mais. - suspirei e bocejei, cansada demais para tentar ficar acordada até sabe-se lá que horas. Fechei os olhos e senti o sono vir, adormecendo rápido.

— Eu sempre vou te proteger, Mi… - consegui ouvir ele sussurrar antes de apagar completamente.

 

¤ ▪︎ ¤ ▪︎ ¤

 

Acordei e senti os braços de Draco ainda me abraçando. Suspirei e continuei de olhos fechados, cansada e sem me importar com as horas. 

— Hermione…? - ele sussurrou.

— Oi… - sussurrei ainda sonolenta.

— Bom dia. 

— Bom dia, Draco… - bocejei e suspirei, olhando-o.

Ele sorriu levemente. - Nenhum pesadelo?

Balancei a cabeça negativamente. - Nada. Obrigada… 

Ele balançou a cabeça levemente e suspirou. - Acho melhor eu ir buscar o café da manhã. 

— Tudo bem… - suspirei e o soltei meio que a contragosto. Ele respirou fundo e se levantou. E só aí percebi que ele estava sem camisa. Só pude ver suas costas até ele vestir outra camisa, mas suspirei e me virei na cama enquanto ele dava um jeito no cabelo rebelde.

— Eu já volto… - ele disse e saiu, trancando a porta.

— Que droga, Hermione! - sussurrei brigando comigo mesma. Eu já não estava me reconhecendo em vários aspectos e esse em especial não era um que eu queria lidar enquanto estivesse nessa missão quase suicida com ele. Nada de envolvimento que não fosse profissional, era o que eu repetia para mim mesma, também pensando em Ron e nossos filhos. Foco, Hermione, foco!

 

¤ ▪︎ ¤ ▪︎ ¤

 

Vesti outra camisa de Draco e uma blusa por cima, me sentindo um pouco mais confortável, mas ainda estranhando usar as roupas dele… elas tem um cheiro tão bom… não, ele tem um cheiro tão bom..., pensei, mas logo suspirei e afastei o pensamento. 

— Espera, Draco Malfoy usa moletom? - perguntei e olhei para a blusa de moletom em meu corpo.

Ele revirou os olhos. - Não uso terno o tempo todo, Hermione, e moletom é quente, além de confortável.

Sorri e balancei a cabeça concordando. Ele suspirou e sorriu também.

— Eu vou chamar Rodolphus… está pronta?

— Estou… - suspirei. Tínhamos que fazer isso.

— Vai dar certo… - ele sussurrou, acho que mais para si mesmo do que para mim.

Ele saiu após tomarmos café da manhã e me trancou em seu quarto, como se eu fosse realmente uma refém. Me encolhi na cama, pensando e me preparando para essa atuação que não seria nada fácil. 

Fiquei tensa ao ouvir a porta ser destrancada e ver Draco entrar com Rodolphus, fechando a porta, alguns minutos depois. Draco manteve o ar sério e Rodolphus estava aparentemente curioso.

— Draco disse que queria falar comigo, Granger… - ele levantou uma sobrancelha e se aproximou. - Diga.

— Eu… - sussurrei e respirei fundo, realmente estava tensa, mas estava fazendo um drama a mais. Me encolhi mais na cama e olhei para Draco, mas voltei a olhar para Rodolphus. - Eu quero ajudá-los.

— O que? - ele riu e balançou a cabeça negativamente. - Qual é a piada aqui? - olhou para Draco e voltou a me olhar.

— Não tem piada, senhor Lestrange… - suspirei, forçando meus olhos a encherem de lágrimas. - Eu quase fui estuprada ontem por aquele nojento… - me encolhi um pouco, realmente mal por isso. - Ele ainda conseguiu me tocar… - balancei a cabeça negativamente, revendo a cena na minha cabeça, sentindo uma lágrima escapar pelo meu rosto. Respirei fundo. - Draco me salvou, ele cuidou de mim… - olhei para Draco. - Eu devo muito à ele e quero ajudá-lo.

Rodolphus levantou uma sobrancelha, parecia querer acreditar nisso, mas ainda estava pensando. - E seu marido? O Ministério? Tudo que você sempre defendeu?

Suspirei. - Eu posso lutar contra isso, afinal estou com vocês agora. Eu posso ser apenas uma prisioneira, ou posso ajudá-los e mentir para o Ministério. Vocês teriam uma grande aliada, alguém que sabe como o Ministério funciona por dentro. - respirei fundo, controlando o choro.

— Bom… e como eu poderia ter certeza de que você é confiável?

— Me mande fazer algo. 

Draco me olhou como que dizendo que essa não era uma boa ideia, mas ficou em silêncio. Respirei fundo, sabendo que poderia mesmo me arrepender disso, mas precisava fazer Rodolphus acreditar e confiar em mim.

— Eu vou pensar sobre isso e mais tarde volto aqui. - ele disse bem sério e pensativo. Se virou e olhou para Draco. - Não deixe ela sair daqui. - se aproximou dele e sussurrou algo, depois saiu do quarto. 

— Que merda, Hermione!? - ele sussurrou e trancou a porta, se aproximando e se sentando de frente para mim. - Ele pode pedir algo que você não vai conseguir fazer… 

— Eu não sei o que ele vai pedir, mas eu precisava de algo para que ele acreditasse em mim. - suspirei. - Não estou feliz com isso também, Draco, mas juntos podemos conseguir sair disso mais rápido. 

— Eu só tenho medo por você, Mi… - ele sussurrou e suspirou, abaixando a cabeça.

— Mi? - sussurrei. - Draco, vai ficar tudo bem. 

— Eu duvido disso… - ele me olhou. - Nada está bem há muito tempo.

— Vamos fazer ficar bem, vamos conseguir sair disso. - segurei sua mão e apertei um pouquinho. - Nós vamos conseguir pelos nossos filhos.

Ele deu um leve sorriso e balançou a cabeça concordando. Suspirei e o abracei, buscando conforto para ele, mas para mim também. Estávamos perto do fim, assim eu esperava.


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