Oneshots De Séries escrita por Any Sciuto


Capítulo 8
Boas Maneiras Sangrentas




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Patrick Jane acordou se sentindo terrivelmente cansado naquela manhã. Aparentemente a noite também não tinha a melhor. Ele olhou para o relógio e percebeu que já se passavam das nove. Colocando a melhor cara que ele conseguia para mascarar o cansaço, ele desceu para o escritório. Morar no telhado tinha seus benefícios.

Cho olhou para as escadas ao ouvir os sapatos sempre bem arrumados de Jane.

— Bom dia, Jane. – Cho disse querendo ser amigável. – Você está de resseca?

— Sabe que depois daquele incidente com Luther eu nunca mais bebi. – Jane disse. – Eu só tive uma noite difícil.

— É? – Teresa colocou a bolsa em sua mesa. – Que pena, porque temos que sair em dez minutos. O xerife do condado nos chamou. Parece haver algo de errado em uma escola de boas maneiras.

 - Escola de boas maneiras? – Grace olhou os papeis. – Eu frequentei uma. Era chata e eu abandonei no momento que eles tentaram tirar a minha trança.

— Quantos anos você tinha? Rigsby sorriu para ela.

— Oito anos. – Grace sorriu. – A Senhorita Popper dizia que tranças não eram adequadas.

— Professores nem sempre sabem o que é certo. – Jane sorriu e todos sorriram. – Mas só para garantir vamos nos comportar.

— O grande Jane está com medo de uma escola de boas maneiras? – Teresa brincou com o colega. – Há algo que você odeie também que eu deveria saber?

— Sim. – Jane sorriu. – Halls de uva verde.

Todos deram um sorriso para ele, sabendo exatamente o quanto ele detestava.

Chegando ao lugar, os quatro agentes mostraram suas identificações e depois de serem liberados para entrar na cena do crime, viram o corpo da mulher meio sentado e meio caído para frente em cima de um belo bolo de chocolate.

— Morte por chocolate? – Rigsby perguntou, ganhando olhares dos demais.

— Eu acho que o chocolate não teve nada a ver. – Teresa levantou o corpo da mulher. – Ela foi baleada a queima roupa.

— Então o vermelho não é calda? – Jane havia pego um dos cupcakes.

— Não. – Cho disse. – Por que está comendo as provas? Achei que depois daquele incidente você nunca mais iria agir como um tio bêbado.

— Eu nem tomei café da manhã, Cho. – Jane terminou o segundo cupcake. – E além do mais, eles tem uma boa aparência.

— Sim, e podem ter veneno também. – Lisbon viu Jane se desfazer do bolinho.

— Ah, Lisbon. – Jane sorriu. – Se a Belladonna não me derrubou não vai ser os cupcakes.

— Não vou dizer nada sobre isso. – Lisbon deixou os legistas tirarem o corpo da mulher. – Certo, acho que podemos ir em busca de pistas. E Jane, deixe os Cupcakes em paz.

Rigsby e Grace foram em direção a cozinha. Cho foi falar com a filha da vítima e Jane e Teresa subiram para o segundo andar.

— Eu não sabia que esse tipo de lugar existia. – Jane comentou e tentou não rir. – Para o que eles usam esse garfinho mesmo?

— Eu acho melhor você deixar isso em paz, Jane. – Lisbon pegou o utensilio e colocou no lugar. – Temos uma vítima e não estamos aqui para brincar de cozinha.

Jane sorriu. Ele sabia que a aversão de Lisbon por aquele tipo de lugar podia ser por um motivo.

No final do dia, nada havia aparecido de suspeito. Nenhuma digital diferente, nenhum dna ou fio de cabelo foi encontrado.

— Jane, eu preciso de um favor seu. – Lisbon iria recorrer a tudo que pudesse. – Sei que digo para você não usar hipnose, mas por favor, eu não sei o que fazer.

— Sabe que eu vou ter que hipnotizar um por um, certo? – Jane largou a xicara vazia de chá. – Não dá para fazer uma hipnose grupal.

— Está tudo bem. – Lisbon se sentou. – Olhe, acho que posso trazer três dos seis suspeitos. Você fala com um enquanto Cho e Rigsby entrevistam os outros dois. A gente pode deixar eles separados depois.

— O que você me pede chorando que eu faço sorrindo? – Jane deu um beijo na bochecha de Lisbon. – Mostre-me uma sala vazia e de preferência sem barulho.

Em uma megaoperação, Rigsby, Grace Cho conseguiram que os três suspeitos se reunissem. As três salas de interrogatório estavam ocupadas.

— Megan Steverson, correto? – Jane entrou na sala onde a filha da vítima estava. – Patrick Jane. Sou consultor e me pediram para falar com você.

— Sim, e daí? – Megan estava sem saco. – Olhe, eu não mataria minha mãe. Eu a adorava. Deve ter sido o Josh.

— O namorado dela? – Jane perguntou. – Por que acha que foi ele?

— Não vê como ele é aproveitador? – Megan se alterou. – Ele depenaria uma galinha para ficar com as penas dela e nem ligaria.

— Está tudo bem, Megan. – Jane se sentou ao lado dela e colocou a mão no ombro dela. – Agora, apenas respire bem fundo e expire. Pense naquele dia e quanto mais você respirar você vai poder ver uma luz brilhante. Está relaxada?

— Sim. – Megan disse, suas pupilas dilatadas e quase em estado de sono.

— Agora me conte o você guarda de todo mundo. – Jane perguntou a ela.

— Se isso der errado, eu mesmo vou prender ele, Lisbon. – Bertram disse antes de sair da sala.

— Há quase dois anos, eu conheci Olivia em um evento. – Josh disse mais tarde. – Ela vestia um vestido cor de rosa e sapatos de salto. Ela já era viúva e eu nunca pensei em pedir dinheiro a ela.

— Minha mãe conheceu Josh em um evento depois que papai morreu. – Megan começou. – Ela estava apaixonada por aquele cara e tudo o que ele queria era tirar o dinheiro dela. Eu acho que ele disse mentiras para ela.

— Nunca contei mentiras para Olivia. – Josh disse. – Megan não aprovava o namoro. – Ela disse que preferia ter seus dois pais mortos do que ter um padrasto. Não a culpo. Mas eu queria provar a ela que eu era capaz.

— Ele me deu um colar de pedras. – Megan deu risadas. – Disse que minha mãe tinha escolhido para ele porque ele não fazia ideia do que comprar. Quando eu tirei satisfações com a minha mãe, ela estava no estúdio com ele. Ele disse que sairia e iria buscar um bolo.

— Eu saí por quase uma hora. – Josh explicou. – A padaria atrasou a confecção do bolo e eu tive que esperar. Quando cheguei Olivia estava caída contra o bolo que ela tinha no estúdio e Megan havia ido embora.

— Eu sei que pareço culpado, mas só estive naquele lugar por uma coincidência horrível. – O tio de Megan disse. – Olhe, Megan me mandou uma mensagem e eu fui.

— Acho que o tio dela está falando a verdade. – Lisbon disse. – Quanto a Josh e Megan, eu tenho minhas dúvidas.

— E quanto aos outros três suspeitos? – Grace perguntou.

— Quem são eles? – Jane recebeu a lista e sorriu. – Chame o segundo da lista e o convença a participação da nossa armação.

— Tenho até medo de saber. – Lisbon apenas foi chamar o homem e convencer ele a ser preso de mentira.

Jane entrou correndo na sala de interrogatório onde Megan estava e olhou para ela.

— Você pode ir. – Jane a ajudou a levantar. – Prendemos o assassino da sua mãe.

Ela estava prestes a perguntar quem era quando seu então namorado James passou algemado.

— Não! James, não foi você! – Megan começou a gritar. – Eu não teria feito nada daquilo se eu pensasse que você seria preso.

— Nem eu teria namorado com você. – James suspirou. – Você matou sua própria mãe?

— Ela queria me mandar para longe de você! – Megan começou a chorar. – Ela ia separar a gente.

— Megan Steverson, você está presa pela morte de sua mãe, Olivia. – Lisbon colocou as algemas nela. – Senhor Masters, está livre.

Josh viu Megan sendo levada presa. Ele não conseguia pensar que a própria filha da mulher que amava foi quem a matou.

Jane estava deitado no sofá lendo um livro quando Lisbon se sentou na sua frente e largou uma caixa cheia de Cupcakes. Ele largou o livro, abriu a caixa e compartilhou os bolinhos com Lisbon.

Apesar de tudo, foi um bom caso. Logo Grace, Rigsby e Cho se juntaram com mais caixas de Cupcakes para todos.


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