Tony DiNozzo colocou uma panela com água no fogão. Ele serviu uma taça de vinho e colocou um clássico italiano na vitrola.

Uma batida soou e ele estranhou. Ele não estava esperando ninguém naquele dia. A pessoa que ele queria não poderia vir porque ela estava em um encontro. Ou foi o que ele pensou até abrir a porta.

— Ziva? – Tony a viu dar um passo para frente. – O que aconteceu com você?

— Tony, eu não... – Mas antes que ela conseguisse completar a frase, ela desmaiou.

Derrubando a taça no chão, ele pegou Ziva antes que ela batesse no chão.

— Meu Deus. – Ele fechou a porta com o pé e a levou para o quarto dele. – O que houve com você, querida?

Ele mal reconhecia a mulher dos seus sonhos com todos aqueles cortes, machucados e... Aquilo era uma facada? Pegando o telefone de cima da cabeceira da cama, Tony chamou a emergência.

Sua segunda ligação foi para Gibbs. Ele não se importava com jurisdição. Ele queria descobrir quem fez aquilo com Ziva.

— Gibbs. – O líder do time ligou o abajur, fazendo a mulher ao seu lado resmungar.

— Gibbs, sou eu. Tony. – Ele não queria saber de nada. – Ziva apareceu na minha porta agora há pouco. Ela está toda machucada.

— Você já chamou a emergência? – Gibbs agora estava muito acordado.

— Sim, eles estão vindo. – Tony passou a mão pelos cabelos dela. – Chefe...

— Vou falar com todo mundo. – Gibbs viu a companheira de quarto acordar. – Ziva foi machucada. Ela apareceu na casa de Tony.

— Ela vai ficar bem? – A mulher amarrou os cabelos ruivos em um coque. – Eu vou ter que pleitear o caso.

— Por favor, Jen. – Gibbs olhou nos olhos dela. – É Ziva.

— Eu vou falar com Fornell e ele irá te ajudar, Jethro. – Jenny tocou a bochecha dele. – Eu sei que ela e Abby são como filhas para você.

— Obrigado. – Ele a beijou, sorrindo para o fato que eles estavam dormindo juntos e não tinham nada para se preocuparem. – Vamos, Tony já ligou para a emergência.

Tony ficou de olho enquanto a equipe médica estabilizava Ziva com todos os aparatos de segurança. Ele já havia ligado para Timothy e tinha certeza que ele havia avisado Abby.

Gibbs logo mandou um torpedo perguntando para qual hospital Ziva estava sendo levada. Tony apenas respondeu que eles estavam indo para o universitário.

Ele olhou para o paramédico que abriu caminho para que Tony fosse com Ziva na ambulância.

Ela parecia pior do que realmente era, mas ainda assim, os nervos de Tony estavam em alerta.

— Eu vou encontrar uma velha amiga do Mossad, Tony. – Ziva sorriu para ele. – Seu convite se estende para amanhã?

— Claro. – Tony queria contar a ela sobre seus sentimentos. – Mas não venha com nada inflamável.

Ziva jogou um beijinho para ele e saiu. Era segredo para todo mundo, mas os dois finalmente estavam juntos.

— Ziva! — Uma morena sorriu para ela. – Está pronta?

— Claro, Ashley. – Ziva entrou dentro do carro e Ashley deu a partida.

Sentado nas cadeiras duras daquele hospital, Tony estava se culpando por não insistir em fazer ela ir com ele para casa.

— Alguma notícia? – Abby entrou e o abraçou.

— Nada. – Tony abraçou a amiga de volta. – É só que eu não posso perder ela, Abbs.

— E você não vai. – Tim se sentou ao lado dele. – Estamos todos aqui para você.

— Ouviu, DiNozzo? – Gibbs se sentou e Jenny logo entrou. – Diretora.

— Agente Gibbs. – Aparentemente a equipe estava junta em segredo. – Eu puxei os sacos certos e a investigação é nossa. Tony, você está muito perto, então sugiro ir devagar.

Ele iria falar algo, mas o médico que cuidava de Ziva chegou. Ele saltou para frente em expectativas.

— Tivemos um pouco de drama lá dentro. – Ele começou. – Quase a perdermos, especialmente porque havia uma lamina de faca quebrada. Eu não sei como ela caminhou até você.

— Ela é ninja. – Abby disse e fez todos sorrirem.

— Bem, a senhorita ninja vai ficar bem. – O médico brincou. – Ela vai precisar de tempo para se recuperar e daremos um creme para as feridas e cicatrizes.

— Podemos ver ela? – Jenny perguntou.

— Claro, mas ela ainda está fora por causa das drogas que usamos na cirurgia. – O médico os acompanhou até um quarto. – Só não façam barulho.

— Doutor, se tiver um momento. – Ducky foi com ele. – Eu realmente gostaria de saber mais a respeito de Ziva.

— Claro, Dr Mallard. – O médico acompanhou Ducky até a cafeteria.

Tony entrou primeiro na sala. O coração apertou ao ver Ziva, que geralmente era alerta daquele jeito.

— Gibbs, posso falar com você em particular? – Jenny puxou o namorado com ela. – Mandei Fornell começar a investigar. O apartamento de Ziva está todo revirado, cheio de cacos de vidro. Havia um corpo também.

— Eu acho que se ela lutou com quem a atacou, foi legitima defesa. – Gibbs sabia que Jenny escondia algo. – O que foi?

— Ziva já estava no hospital quando a pessoa foi morta. – Jenny disse. – Ashley?

— Ninguém a conhece. – Jenny olhou para Abby. – Já sei quem pedir um favor.

Abby acenou positivamente para Jenny depois da diretora fazer o pedido. Um notebook foi contrabandeado para o hospital e Abby invadiu o sistema da NCIS. Logo ela puxou as câmeras de vigilância do estaleiro.

Gibbs havia lhe trazido um Caf-Pow e ela nem estava na metade antes de finalmente conseguir uma pista.

— Bazinga! – Abby sorriu. – Essa vaca se chama Ashley Greene. Ela foi presa por traição ao Mossad, mas fugiu. Ziva a prendeu. Ziva ficou monitorando ela.

— Então por que Ziva aceitou sair com ela? – Gibbs viu Tony sorrindo vindo ao seu encontro. – Acho que vamos descobrir.

Ziva havia acordado com Tony ao seu lado. Ela se sentiu dolorida, mas feliz por ter conseguido fugir no instante que o carro passava pelo prédio de Tony.

— Ashley não parecia ser aquela Ashley. – Ziva começou. – Quando ela enviou um e-mail se identificou com o nome de uma antiga Ashley. Essa era minha amiga. Quando chegamos ao apartamento, ela quebrou a garrafa de vinho na mesa e me ameaçou. Gritou que eu acabei com a vida dela mandando ela para a cadeia.

— E como você foi parar no carro? – Tim queria descobrir para anotar.

— Bem, ela me obrigou a ir até ele com a minha arma. – Ziva olhou. – Eu consegui dominar ela, mas ela me deu uma facada e ela passou na frente do prédio do Tony e decidi fugir.

— Ziva, Ashley tinha um parceiro? – Gibbs viu a confusão da agente. – Achamos ela morta no seu apartamento.

— Zach. – Ziva viu Tim, Tony e Gibbs saírem. – Onde eles estão indo?

— Colocar Zach no seu próprio lugar. – Jenny sorriu. – Agora, eu trouxe gelatina vermelha.

— Graças a Deus não é a verde. – Ziva devorou um dos cubos e viu Abby hesitar em chegar perto dela. – Venha aqui, Abby.

A cientista se aproximou e depois de deixar o laptop na mesa, abraçou Ziva e sentiu ela abraçar de volta.

Tony estacionou no prédio de Ziva. Depois desse incidente, ele faria ela se mudar com ele. Por algum motivo, Tony bateu na porta de um dos vizinhos de Ziva.

— Seu filho da puta! – Tony literalmente chutou a porta, batendo na cabeça do homem. – Coloque essas mãos onde eu possa ver!

— Tony, calma! – Zach sabia que havia acabado as mentiras. – Eu não sei do que está falando.

— Fale isso de novo. – Tony encostou a arma nas costas do homem. – Mas de um jeito que eu acredite.

— DiNozzo! – Gibbs o puxou para o lado. – Deixe ele conosco.

Gibbs pegou o homem com força e o algemou. – Você gosta de bater em mulheres? Pois eu quero ver você gostar disso na prisão.

— Zaccary Newton, você está preso por agressão, tentativa de assassinato e tudo o que eu posso acrescentar. – Tim leu os direitos dele. – E reze para que a minha namorada não te queime por dentro.

Dois dias depois, Ziva deixou o hospital com Tony ao seu lado, cuidando dela e depois de uma conversa eles acabaram indo morar juntos.

Abby e Tim revelaram que estavam juntos há quase seis meses. Gibbs e Jenny fizeram o mesmo. E Tony e Ziva literalmente deixaram acontecer.

Se fosse para apostar, um casamento triplo estava próximo.