Elisa sorriu enrolada nos braços de Callen no que parecia eternidade. Sinceramente, não havia lugar melhor para ela ficar naquela noite.

A inauguração da casa Pride-Callen como havia sido chamada estava bombando. Até mesmo Hetty estava aproveitando a festa com seu uísque de sempre.

— Sinceramente, eu amei esse novo lugar, Callen. – Sam deu um tapa no ombro do amigo. – Agora eu vi a mudança já que sua Elisa está aqui.

— Bem, a minha antiga casa não era uma casa. –Callen sorriu. – Mas essa aqui é perfeita e tem moveis.

— Eu o fiz comprar os moveis. – Elisa apareceu em sua saia de cores divertidas. – Eu tenho que ir buscar mais suco e cerveja. Acha que vai ficar bem longe de mim por dois minutos?

— Eu posso aguentar a sua falta. – Callen a beijou antes que ela fosse até a despensa. – Eu acho que hoje é um dos melhores dias da minha vida.

— Sei muito bem. – Sam sorriu. – Ela te faz feliz e eu amo isso.

— Bem, ainda é segredo, mas eu pedi ela em casamento. – Callen sorriu. – E bem, agora somos noivos.

— Não mesmo. – Sam sorriu para ele. – Meu Deus, eu acho que você ficou noivo no primeiro mês de namoro mesmo.

— Eu conheci o pai dela e então eu aproveitei e fiz o pedido. – Callen sorriu. – E falando na minha garota.

— Hum, sua garotinha estava pegando cerveja e encontrou dois homens babacas. – Elisa sorriu ao ver os dois homens andando meio agachados. – Mas eu já resolvi de qualquer forma.

— Eu sei. – Callen pegou os lábios de Elisa nos dele e a beijou. – Acho que deveríamos contar.

— Tudo bem para mim. – Elisa sorriu. – Eu acho que há algumas das suas colegas aqui apaixonadas pelo belo homem que você é.

— Com licença a todos. – Callen bateu com uma colher na taça. – Obrigado a todos que estão aqui. Primeiramente é um prazer receber o escritório na casa de Elisa e minha. Segundo, há mais cerveja e suco para as mulheres grávidas e terceiro, em breve vamos ter um casamento.

Elisa teve que sorrir pela forma como Callen contou sobre o noivado. Ela o beijou, sorrindo com todo o amor que ele irradiava de seu corpo.

Havia outra coisa que irradiava do corpo dele, mas esse teria que ficar para mais tarde.

— Eu não acredito que vocês dois estão noivos. – Deeks olhou para os dois. – Eu adoraria ter visto Callen se ajoelhar e pedir a mão de alguém.

— Eu não fiz um pedido tradicional. – Callen engoliu em seco. – Foi mais um pedido no calor do momento. Na cama.

Os três trocaram olhares. Callen e Elisa tentaram literalmente avisar Deeks de qual modo o pedido foi feito, mas aparentemente o homem tinha dificuldades.

— Oh! – Deeks fez uma careta para Callen e saiu correndo.

— Acho que Deeks acabou de descobrir algo. – Kensi brincou. – Quero dizer, acho que ele não esperava a franqueza de Callen.

— Kensi, acho que você deveria dar uns tapas na bunda do seu namorado. – Elisa brincou com a gente. – Ele nos perguntou sobre o pedido.

— Sim, e eu não vou fazer o mesmo. – Kensi sorriu, devorou o último pedaço da barca salgada e foi em busca do namorado traumatizado.

— Então, os pombinhos resolveram se casar? – Eric sorriu. – Fico feliz por vocês.

— Obrigado, Eric. – Callen sorriu. – Eu meio que não dei escolha para ela.

— Grisha Nikolaev Callen. – Elisa o alertou e ele parou antes de entregar a mesma informação para Eric e Nell.

— Que tal conhecer a casa? – Callen perguntou aos colegas. – Eu sei que estão curiosos.

Deeks ainda não conseguiu olhar Callen nos olhos, mas sabia que era algo natural. Eles subiram e foram notando a trilha de quadros pendurados. Tanto Elisa e Callen estavam nas fotos, mas toda a equipe NCIS estava neles.

— Como conseguiram essa foto? – Deeks olhou para si mesmo coberto de bolo de glace. – Eu achei que minha prima não tinha dividido com mais ninguém.

— O que é engraçado deve ser mostrado. – Elisa sorriu. – Gostaram da escada de amigos?

— Eu não sei o que dizer. – Sam sorriu. – É perfeito demais.

Abrindo a primeira porta, um quarto claro, pintado de cor de rosa os saudou.

— Esse é o primeiro quarto de hospedes. – Elisa acendeu a luz. – Tem duas camas separadas e uma junta. Esse quarto era antigamente um escritório.

— É um lugar lindo. – Kensi notou o pequeno pendulo no teto. – É um SunCatcher? Eles são bastante usados no Feng Shui.

— Nem vou perguntar como você sabe sobre isso. – Deeks sorriu. – Mas esse quarto ficou perfeito demais.

— Sim, afinal é para um casal e filhos. – Callen disse. – E para quando ela me mandar dormir na casa de hospedes.

— Por que tem um quarto trancado? – Eric perguntou curioso.

— Esse quarto é para fins.... Recreativos. – Elisa disse e sorriu. – Por isso que ele fica fechado.

— Nós temos um também, Kensilina. – Deeks sorriu para ela e sentiu um soco em seu ombro. – Desculpe.

— Eu adorei esse quarto de casal. – Sam entrou no quarto. – Espelho de corpo inteiro, luz com sensor de palmas...

— Colocamos esse sensor porque é bem mais fácil para a gente. – Elisa sorriu. – E eu tenho certeza que vocês já viram o banheiro desse quarto.

Abrindo a porta, todos suspiraram ao ver o lugar coberto por pastilhas de azulejos coloridas. Os pequenos cristais que enfeitavam também podiam servir para uma bela massagem durante o banho.

— Eu acho que eu vou mudar para essa casa. – Eric sorriu. – Eu realmente gostaria de conhecer a pessoa que fez o projeto.

— Bem, eu posso apresentar ela para você. – Elisa deu um cartão para o analista. – Ela já fez projetos maravilhosos e tenho certeza que teria feito ainda mais.

— Adorei esse lugar, Sr Callen. – Hetty sorriu. – Mas já é tarde da noite e a gente realmente deveria tentar descansar.

— Sim, desculpe. – Callen sorriu. – Aliás, voltem sempre.

— A gente vai voltar. – Deeks brincou e saiu.

Elisa e Callen começaram a se beijar e foram para a cama assim que a porta frontal fora aberta. Eles sabiam que era a hora de batizar o novo lugar com tudo o que tinham direito.

— Vou pegar a champanhe. – Callen disse e deixou Elisa sozinha.

Caminhando até a gaveta de lingeries, Elisa pegou uma camisola preta remedada. Desfazendo o cabelo, ela retirou a calcinha e a colocou no cesto de roupas sujas.

Callen pegou as taças e aproveitou para ligar o pisca-pisca que ele tanto amou.

Essa casa era a antiga casa de Granger e Elisa estava feliz por terem conseguido comprar ela sem complicações. As coisas de Granger estavam na garagem, já que ele nunca as pegou.

Ele só tinha levado as roupas e documentos. Todo o resto ficou e depois que Hetty deu um destino correto aos aparelhos do governo, ela aceitou passar a casa para os dois. Era um jeito carinhoso de cuidar dessa lembrança.