Entrando na casa da esquina, Elizabeth Keen queria algumas respostas de Reddington. Na noite passada ele contou a ela que não era a única a ser vigiada pelo criminoso de um jeito totalmente inocente.

Havia mais alguém que o notório criminoso protegia de longe e ela queria descobrir os motivos do homem.

— Elizabeth. – Dembe abriu a porta e a deixou entrar. – Ele está na cozinha.

— Obrigada. – Lizzie se dirigiu para o cômodo e viu uma foto de uma garota loira e o que parecia ser marido. – Então é ela?

— Sim. – Red apenas se virou para a jovem a sua frente. – E talvez seja a hora de contar a verdade sobre meus motivos.

Penelope sorriu enquanto Derek colocou a mão pela cintura dela. Sua barriga de quase cinco meses estava a mostra durante a sessão de fotos de gravidez. Ela vestiu um par de asas e sorriu para o marido. O vestido cor de rosa caia nela com perfeição.

— Está linda Baby Girl. – Derek sorriu. – Eu mal consigo esperar para essa menininha nascer.

— Eu também. – Penelope sorriu. – Parece engraçado que nada tenha acontecido mesmo com toda a briga.

— Eu também estou feliz. – Derek sorriu e pensou seriamente que alguém os vigiava. – Baby, você também sente que alguém nos vigia há algum tempo?

— Derek, não seja paranoico. – Penelope o beijou. – Até parece que alguém saberia que nós somos agentes federais. E depois, há quase dois anos que não temos um psicopata na nossa cola.

— Tudo bem. – Derek a beijou... – Hoje à noite eu vou fazer um jantar bom para depois perder calorias.

Enquanto isso, Red estava com Elizabeth conversando sobre os motivos.

— Os pais dela foram mortos em um acidente de carro há quase vinte anos. – Red começou. – No começo eu cuidava dela apenas por culpa, mas depois eu resolvi que precisava aliviar a minha vida e comecei a proteger ela de todos os tipos de perigos.

— Como você fez comigo? – Elizabeth tomou um gole de chá. – Você colocou alguém colado nela como você fez comigo e tom?

— Não. – Reddington apenas olhou para ela. – Derek Morgan é marido dela e sinceramente eu gosto do homem que ela escolheu para si mesma.

— E então por que você faz tudo isso? – Lizzie estava de alguma forma chateada por existir alguém que dividisse a preocupação.

— Eu não sei exatamente quando começou, mas eu precisava cuidar para que ninguém a machucasse. – Ele pegou a foto da parede. – Mas eu falhei e ela acabou levando um tiro há três anos.

— Eu não sabia disso. – Liz deixou a xicara sobre a mesa. – Eu acho que fiquei chateada por saber que não sou a única sendo cuidada.

— Na verdade, eu tenho muitas pessoas com quem me preocupo. – Red olhou para Dembe lendo um livro. – E me orgulho das conquistas que eles conseguiram. Aram, por exemplo. Eu fui o responsável pelo FBI designar ele para a equipe. Ele tem muito potencial. Dembe é um dos meus maiores sucessos. Eu o encontrei amarrado em um cano de água em um hotel miserável. Peguei ele para mim. Ele fala 5 línguas, tem doutorado em literatura inglesa.

Elizabeth deu um sorriso. Ela se virou de volta, curiosa com o fato que Red ainda não tivesse se revelado para Penelope.

— Ela sabe alguma coisa sobre você? – Liz perguntou. – Ela já te viu?

— Na verdade, uma vez eu me sentei no banco do lado onde ela e Derek estavam. – Red sorriu. – O amor que eu vi nos olhos deles dois foi suficiente para eu não me revelar. Não acho que ela saiba sobre mim.

Penelope e Derek pararam ao lado de uma casa a qual tinha uma placa de vende-se. Era exatamente a casa onde Red estava. Dembe apenas olhou pela janela e fez um sinal para o homem virar a moldura para uma foto de um gato.

— Pois não? – Red atendeu a porta. – Posso ajudar?

— Estamos aqui pelo anúncio de venda da casa. – Penelope sorriu. – Desculpe se estamos incomodando.

— Não estão, não. – Red sorriu para Penelope. – Meu nome é Kenneth. Essa é minha filha Elizabeth e meu amigo Dembe.

— Prazer. – O instinto protetor de Derek entrou em trabalho. – Podemos olhar a casa?

— Claro. – Red os conduziu pelo corredor e ele deu um sorriso ao ver a barriga de grávida de Penelope. – Como vocês dois podem ver tem quatro quartos e um sótão que pode ser convertido em um quarto de brinquedos.

— Sim, seria perfeito, Derek. – Penelope sorriu. – A casa vai vir mobiliada?

— Com certeza. – Red falou. – Quanto a isso, não se preocupe.

— Eu vejo um futuro aqui, Baby Girl. – Derek sorriu. – Eu, você e nossos filhos. E fica perto do FBI.

— E quanto tempo tem a sua gravidez? – Elizabeth decidiu perguntar diretamente.

— Cinco meses. – Pen sorriu. – É uma garotinha. Estamos pensando em chamar ela de Abigail.

— É um nome lindo. – Red sorriu. – Então? Qual é a decisão?

— Vamos ficar com ela. – Derek sorriu. – Eu faço a transferência assim que chegarmos em casa.

— Perfeito. – Red anotou um número de conta que levaria a conta escolhida por ele para o casal. – Boa sorte.

— Muito obrigada. – Penelope E Derek saíram.

Assim que o casal foi embora, Red fez um aceno. Os homens que ele contratou substituíram todos os moveis antigos por moveis mais bonitos. Ele fez até mesmo o quartinho da pequena Abigail.

Escrevendo um bilhete, ele fechou a porta e o colocou por debaixo dela, junto com um conjunto de chaves que ele casualmente ligaria para os dois.

Red decidiu morar em um prédio a frente da nova casa. Ele viu quando os dois chegaram com as malas e o pequeno cachorro deles. Ele viu a cara de surpresa pela casa ter sido remobiliada e Penelope pegando a carta deixada.

“Querida Penelope.

Sei que você nunca me conheceu e talvez só nós tenhamos nos encontrados a primeira vez quando você e Derek vieram ver a casa, mas sou um protetor seu. Não um tipo do mal, eu garanto.

Eu quero garantir que nenhum mal venha a vocês. Meu nome é Raymond e eu vou estar sempre cuidando para que o mal não chegue até vocês. A conta que eu dei para a transferência na verdade é sua e de Derek. Comecem um novo capítulo nas suas vidas.

Um quartinho de bebê está esperando pela sua princesa. Seja feliz, Penelope. Você merece.

Com amor,

Raymond”.

Penelope sorriu quando terminou de ler. Ela entrou e encontrou o quartinho de bebê pronto para quando a bebê dela e de Derek nascesse. Ela não iria admitir, mas gostava de ter um protetor agindo por ela, Derek e a pequena Abigail, que ainda não havia nascido.

— Derek! – Penelope sorriu. – Eu adorei o que o dono antigo fez.

Raymond viu o olhar de Penelope e sabia que ele havia sido aprovado por ela. Ele se sentou, pegando o pequeno gato tigrezinho que havia adotado e uma xicara de chá. Era bom ter a benção dela.