Abigail Sciuto se olhou no espelho da sala onde esperava para que Gibbs viesse buscar ela. Hoje era seu dia e ela estava feliz demais para conseguir pensar em trabalho. Na verdade, ela e Tim teriam duas semanas sem pensar em trabalho.

Hoje, ela e McGee estariam trocando alianças na frente de amigos e familiares.

E ela não dispensou o uso de preto nesse dia tão importante para ela. Todos poderiam chamar de louca ou maluca, mas ela estava muito bem com seu vestido preto com pequenos cristais colocados habilmente no tecido.

— Com licença. – Jenny, Ziva, Elisa, Juliet e Penelope entraram na sala e se sentaram. – Estamos prontas para esse casamento.

— Tanto quanto eu estou. – Ela se virou, sua maquiagem prestes a ser feita. – Se importam de me ajudar?

— Nunca, garotinha. – Penelope e Abby eram amigas, então costumeiramente elas brincavam. – Eu vou fazer um lado do cabelo dela. Elisa, pode me ajudar com o outro lado?

— Com certeza. – A promotora sorriu e se ajeitou tanto quanto a sua barriga de grávida de seu terceiro filho deixava. – Você vai ficar uma princesa.

— Sim, como Elisa, Juliet e eu. – Pen sorriu para ela. – E quem sabe não fazemos um álbum de nós todas vestidas de noiva?

— Vocês realmente precisam esperar Jenny e eu. – Ziva sorriu quando tirou uma pequena joia e a colocou nas mãos de Abby. – Para você, querida.

Abby olhou para a joia e sorriu. Era um sol e uma lua. Ela entendeu o que aquilo significava.

— Eu amei, Ziva. – Ela viu a israelense pintando suas unhas. – Vermelho paixão?

— Todos precisamos de algumas cores. – Ziva aplicou o esmalte cobertura e sorriu. – E você, minha amiga, merece todas as cores da vida.

— Com certeza. – Pen fez uma trança no cabelo de Abby, e ajudou Elisa a fazer a mesma trança. – Acho que você pode fazer em Sophie agora.

— E em breve na Antonella. – Elisa sorriu. – Como sempre, parece que Callen não tem emprego.

— Não julgo você, Elisa. – Jenny brincou. – Eu mal posso ficar longe de Gibbs.

Enquanto isso na sala do noivo, Tim ajeitou a gravata pelo que parecia a décima vez. Gibbs se aproximou, arrumou a gravata dele, fez McGee se sentar e ofereceu um copo de Bourbon para que ele relaxasse.

— Precisa se acalmar, McNerd. – Tony sorriu. – Se Abby tivesse desistido de você, não estaríamos aqui. Estaríamos em uma caçada.

— Acha que ela fugiria? – Tim olhou para Gibbs, que deu um tapa na nuca de Tony.

— Ignore ele, McGee. – Gibbs acalmou o jovem. – Na verdade, Abby nunca te deixaria. Ela te ama e você também.

— Falando isso, eu gostaria de fazer um brinde antes de McGee ser um homem casado. – Callen ergueu a taça e todos o imitaram. – Para Timothy que está deixando definitivamente a solteirice e entrando para a melhor faze da vida.

— Saúde! – Todos bateram os copos e foram para o altar esperar que Abby aparecesse.

Gibbs se dirigiu para a sala da noiva e abriu a porta, ouvindo uma centena de gargalhadas. Pelo o que parecia, elas estavam conversando sobre as proezas dos maridos.

Assim que viu Gibbs, Abby se levantou. As meninas fizeram uma fila atrás dela, como suas madrinhas. Jenny e Juliet seguravam o véu de Abby em tule escuro e bonito enquanto Penelope, Elisa e Ziva jogavam flores por onde passavam.

Tim ouviu os primeiros acordes de Holy e uma lagrima de emoção desceu pelo rosto dele. A avó dele estava com ele. Olhando para a cadeira onde seu pai deveria estar completamente vazia, ele lembrou quem era sua família. Até sua irmã estava lá.

Abby havia escolhido essa música por ter um significado perfeito para eles. Era a música que tocava no momento em que eles se beijavam no meio de uma chuva intensa pouco antes de ele a pedir em casamento.

Gibbs segurou o braço dela e viu todos felizes e nada incomodados por ela ter escolhido um vestido preto.

— Cuide bem dela, McGee. – Gibbs o advertiu e beijou a testa dela. – Seja feliz, Abby.

— Obrigada. – Ela segurou o braço de Tim em direção ao altar com Ducky.

— Irmãos E irmãs, estamos todos aqui para celebrar essa união entre Abigail Sciuto e Timothy Farragut McGee. – Ducky estava feliz com aquelas palavras. – Um amor que floresceu ao longo dos anos e que mesmo separados achou seu caminho de volta um para o outro.

— Abby, com essa aliança eu te desposo. – Tim colocou o anel com vários diamantes negros. – Prometo ser fiel, te amar e respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até o fim de nossas vidas.

Todos estavam emocionados, ainda mais por causa da música escolhida para os votos. Calum Scott e sua You Are The Reason deu todo um clima de paixão.

— Timothy, com essa aliança eu te desposo. – Abby sorriu. – Prometo ser fiel, te amar e respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até o fim de nossas vidas.

Todos estavam felizes por finalmente os dois terem escolhido compartilhar a vida toda.

Sem ninguém perceber, o pai de Tim chegou e observou de longe como o filho estava feliz por estar se casando com Abby. Ele se sentou longe dos olhares e sentiu que falhou em apoiar o filho.

— Se alguém nesse lugar tiver algo contra esse casamento, que fale agora ou se cale para sempre. – Houve um silencio de 30 segundos e depois, suspiros felizes. – Pelo poder investido em mim pela igreja da vida e energia da internet, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

— Venha aqui, garota linda. – Tim a beijou com paixão e sorriu ao sentir que ela passou as mãos em seu pescoço, fazendo alguns sons.

— Peguem um quarto! – Tony gritou, tirando Abby e Tim dos amassos públicos.

— Desculpem, nós nos empolgamos. – Abby sorriu para todos e então pegou seu buque.

Eles foram para sua primeira dança e ficaram surpresos quando Calum Scott em pessoa subiu no palco para cantar a música que ambos gostavam. Tim passou as mãos pela cintura de Abby e sorriu enquanto ele cantarolava as palavras para Abby.

Houve um beijo apaixonado quando os dois terminaram a valsa, sorrindo um para o outro.

Abby pegou um segundo buque que ela havia guardado. Ela decidiu que duas pessoas poderiam ter chance de finalmente serem casados.

Jogando os buques, ela se virou e não ficou surpresa vendo Lisbon, a agente do FBI que ajudou o time várias vezes pegar um deles.

O segundo acabou caindo na mão de uma das muitas técnicas de laboratório na NCIS.

Tim a pegou quando Treasure de Bruno Mars começou a tocar. Todos ficaram animados e dançaram até a noite acabar.

Eles foram para um hotel de lua de mel, onde as paredes eram grossas o suficiente e tinham isolamento acústico em todos os quartos.