Jenny e Gibbs estavam namorando abertamente há alguns bons seis meses. Eles não queriam deixar os agentes sem saber o que eles estavam fazendo porque eles eram agentes federais. E eram curiosos.

O combinado era que não seriam dados beijos na frente deles pelo bem de seus próprios empregos.

Mas como tudo uma hora fica mais permissivo, isso também estava no fim.

— A gente deveria fazer uma aposta. – Jenny tirou um baralho de sua gaveta antes de um caso novo chegar. – Se a gente pegar um caso e eu ganhar, vamos flertar como doidos na frente de todo mundo. Menos do secretário da marinha.

— E se eu ganhar. – Gibbs lambeu os lábios. – Eu vou levar você para jantar com tudo o que você tem direito. Inclusive a sobremesa.

— E a sobremesa pode ser você? – Jenny o beijou com paixão e os dois se separaram.

— Eu de qualquer forma vou levar você para jantar. – Ele a puxou para perto dela. – Então, eu vou ser sua sobremesa.

— Perfeito. – Jenny sorriu, dando um olhar sedento para Gibbs.

Era final de tarde e eles estavam no meio do caso deles. Sexta-feira, todos querendo uma folga no final de semana. Um segundo sargento foi assassinado por um de seus colegas, supostamente.

Ele estava dando uma busca pelo convés do navio onde estava estacionado. E nisso, ele encontrou seu final.

Gibbs havia terminado de interrogar o suspeito mais provável quando Jenny bateu na janela de interrogatório, querendo falar com ele.

— O que foi, Jen? – Ele tentou ser seu eu rabugento porque o secretário da marinha estava por lá. – Eu já estava vindo aqui.

— Eu sei, seu rabugento. – Ela se segurou para não rir. – O secretário está ao seu lado e quer saber as novidades.

— Bem, como pode ver, esse cara aí mal conhecia o navio. – Gibbs olhou para o homem. – Ele pode muito bem ser o nosso assassino.

— Certo. – O secretário parecia cansado. – Bom trabalho.

Mal a porta se fechou e Gibbs beijou Jenny, passando a mão pelo cabelo dela.

Eles desceram logo após isso e se reuniram com seus companheiros.

— Bem, sabemos que ele não é exatamente um marinheiro. – Gibbs começou. – Com licença docinho.

— Claro, garotão. – Jenny sorriu para ele. – Bela rabeta.

— Sim, você também tem uma. – Ele viu Tony corando e Tim também. – Como eu ia dizendo, esse cara parece ser o nosso cara.

— Ele provavelmente pensou que se safaria como você de lavar a louça depois da bagunça com as tintas. – Jenny olhou para ele. – Bom dia aquele.

— Você esteve maravilhosa também. – Gibbs viu Tim sair andando de lá. – McGee, onde diabos você vai?

— Ao banheiro. – Ele tentou esconder a risada. – Eu volto logo.

— Acho que Tim está envergonhado com o jeito que a gente fala. – Jenny deu um sorriso. – E eu estou bege ainda sobre como o Gibbs aqui é lindo de bermuda.

— Não é à toa que eu acho você linda também com aquele seu maiô. – Ele deu um assovio para ela. – Deslumbrante.

— Acho que todo mundo iria adorar um pouco de beijos de vez enquando. – Jenny puxou Gibbs para seus braços e o beijou. – Podemos continuar o caso?

Gibbs estava atordoado. Embora eles geralmente nunca fizessem isso, eles estavam perfeitamente bem com tudo isso.

Uma hora se passou e todos haviam superado a exibição incomum. Jenny apareceu com uma bandeja cheia de bolinhos de chocolate para Gibbs e a equipe.

— Aqui, cada um pegue o seu. – Jenny sorriu enquanto todos pegavam o seu. – Jethro, o seu.

— Hum, bolinho de chocolate. – Gibbs mordeu o doce e sorriu. – Tão deliciosos, apesar de você ser mais.

— Isso porque você ainda não me viu coberta de chocolate. – Jenny falou perto do ouvido dele. – Mas se jogar a isca certa, talvez essa noite...

— É um convite, meu amor? – Gibbs mordeu a orelha dela. – Porque estou disposto a não deixar essa oportunidade escapar.

— Que bom. – Jenny sorriu. – Eu trouxe para Abby, então, pegue e leve para ela, Tim.

— Claro, senhora. – Ele segurou o bolinho e foi para o laboratório entregar.

— Agora que o mais inocente saiu, posso finalmente me sentar. – Ela foi para perto de Gibbs e sem cerimônia se sentou em seu colo.

Tony quase engasgou com a cena e Ziva correu para ajudar o marido a respirar.

Jenny ainda estava sentada no colo de Gibbs quando ela sentiu a mão dele começar a subir pela perna dela e quase dentro de sua saia. Essa aposta foi maravilhosa demais.

Tim deixou a papelada do caso cair ao seu redor enquanto via a cena. Jen se levantou e sorriu para ele e voltou para sua sala.

— O que está havendo por aqui? – Tim queria saber. – Além de claramente vocês estarem abrindo mais essa parte do relacionamento.

— Estávamos apenas pensando em como seria legal ter um pouco mais de paixão por aqui. – Gibbs sorriu para ele. – Aí vem meu lindo pedaço de céu.

— Eu sei que você está bem demais para isso. – Jenny sorriu para ele. – Por isso, eu encomendei chocolate em calda suficiente para encher uma banheira.

— Hum, banho com chocolate. – Gibbs sorriu. – Vou ver você mergulhada em calda, sendo uma perfeição de mulher.

— Bem, tecnicamente eu já sou. – Ela o beijou. – E eu vou adorar sentir sua boca na minha...

— Ok, Ziva, vem comigo. – Tony pegou suas coisas e Ziva também. – Estamos indo para casa. Caso aja algo de novo, ligue para a gente.

Ziva seguiu Tony e sorriu para ela.

— Obrigada. Eu estava tendo quase um ataque do coração enquanto via os dois trocarem flertes. – Ela olhou para o elevador. – Vamos, vou fazer uma porção de massa e depois vamos assistir o que você quiser.

— Eu vou amar. – Tony sorriu para ela.

Tim pegou a mão de Abby e deixou apenas Jenny e Gibbs por lá.

— Estou simplesmente adorando isso. – Jenny pegou um café na máquina. – Tony e Ziva ficaram doidos com a gente flertando. E Tim, ele é tão inocente.

— Entendo. – Gibbs estava hipnotizado pelos lábios dela. – E Abby ela nem subiu para cá hoje.

— Mas Timothy foi para lá com ela. – Jenny lambeu seus lábios com a pequena quantidade de café que havia ficado. – O que foi?

— Preciso beijar você. – Gibbs se levantou e a beijou com toda a vontade.

Jenny deixou a xicara sobre a mesa enquanto Gibbs a beijava. Eles andaram pelos corredores da agencia e foram em direção a uma das muitas salas de limpeza vazias.

Entrando em uma delas, Gibbs fechou a porta com uma cadeira e se virando viu Jenny apoiada em uma das estantes altas do lugar. Sorrindo, Gibbs se aproximou e a beijou novamente, dessa vez mais forte e sem precisar se preocupar.