eu, você & o tweet sobre nós escrita por daylightsx


Capítulo 21
Capítulo 21, Bella


Notas iniciais do capítulo

“Eu tenho andado louco e a culpa é sua; Acho que te vi, quero gritar a minha dor; Tô entrando no meio dos carros da sua rua; Mais fraco e frágil pra falar de amor”
— Ainda te Amo, Jão.



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Acordei no dia do meu aniversário com Rosalie pulando em cima de mim. Eu estava no meu maior nível de mau humor, pois tudo me lembrava Edward, inclusive agora minha data de nascimento. 

— Feliz aniversário minha princesa! – Ela me abraçou e seus cabelos loiros caíram pelo meu rosto como uma onda. 

— Obrigada, Rose. 

— Olha a bomba! – Emmett falou da porta e correu, pulando em cima de nós. Eu tinha sorte que a cama era bem resistente, caso contrário, ela teria se partido ao meio com nós três em cima dela. – Parabéns, irmãzinha. – Ele bagunçou meu cabelo. 

— Obrigada. – Eu falei, meio sem ar. – É… se vocês não se importam, eu preciso respirar. 

— Ah, claro. – Emm disse e puxou a namorada de cima de mim. Suspirei aliviada. 

— Vamos aos presentes! – Rosalie falou, alto e animada. Ela havia passado a semana comigo em casa, e tentava me animar como podia. Ela pegou uma caixa verde e me entregou. 

— Ah, Rose. Que lindo. – Eu disse, quando abri e vi o suéter mais lindo do mundo. Ele era branco e bem fofo. Eu o havia visto no shopping no dia que nós fomos depois da aula. – Obrigada. Eu amei. – Eu falei. 

— Toma. – Emmett jogou uma caixinha pequena no meu colo. 

— Quanto cavalheirismo. – Resmunguei e abri a caixinha que revelou um bracelete prata com uma pedra azul marinho. 

— Emmett. Isso. É. A. Coisa. Mais. Linda. Que. Eu. Já. Vi. – Eu falei, completamente extasiada. 

— Sabia que você ia gostar. Eu escolhi esse sozinho dessa vez. – Ele riu. – Vou descer, estou com fome. Mamãe está fazendo waffles para a princesinha dela. – Ele floreou um pouco e saiu pela porta, rindo. Eu já havia colocado o bracelete, e o olhava em meu braço. 

— Tenho mais um presente para você. – Rose disse, e eu automaticamente fiquei mais animada, esquecendo momentaneamente de Edward. 

— O que? 

— Isso. – Ela me entregou um pacote que parecia um livro. 

— Ai meu Deus. – Eu disse, desamarrando a fita que o embalava. Quando rasguei o papel, as lembranças voltaram com o vento que batia na janela. 

— Eu vi essa edição nova de Assassinato no Expresso do Oriente e precisei comprar para você. Capa dura! – Minha amiga falou, empolgada, batendo na capa vermelha do livro. – Minha expressão mudou na hora. – Que foi? Não gostou? Achei que esse fosse seu livro favorito da Agatha Christie. 

— Mas é. Acontece que o Edward estava lendo um livro dela quando eu o conheci. E eu associei isso a ele. Desculpa. Eu amei. – Tentei dar um sorriso, mas sem sucesso. – É que está meio difícil não falar com ele, não saber como ele está. Eu sinto falta dele. Mas o que ele fez foi… imperdoável. 

— É. Foi mesmo. Mas você tem certeza que não vai falar com ele? Nem pra ouvir o outro lado da história? – Rose perguntou. – Você sabe que não vai conseguir ignorar ele pela vida toda. – Ela disse e lembrei do meu celular, desligado desde o começo da semana e jogado no fundo da minha mochila, intocada em cima da minha cadeira. 

— Eu sei. Não pretendo fazer isso. Eu só preciso de mais um tempo, não sei. Ainda está doendo. 

— Entendo. – Rose falou. – Bem, vamos comer? – Ela estendeu a mão para mim. – Quero que você aproveite seu dia. 

— Sim. – Eu disse, sorrindo. Precisava de pelo menos um pouco de alegria.  

 

O dia passou rápido. Quando me dei conta, já estávamos no meio da tarde. Rosalie infernizou até conseguir me convencer a ir em um bar em Port Angeles. Segundo ela, algumas bebidas iriam me fazer esquecer a desilusão amorosa. Eu tinha minhas dúvidas. Enquanto eu me arrumava, Emmett assistia a um jogo na tv. Minha mãe tinha ido fazer compras e meu pai estava na delegacia. Rosalie estava comigo no quarto. De repente, ouvi meu irmão me gritando. 

— Bella! Visita para você! 

Ah. Meu Deus. Era só o que me faltava. Minha mente foi logo para Edward, mas eu não estava preparada para vê-lo, por mais que eu quisesse, e muito. 

— Rose? – Eu chamei. 

— Já sei. Estou indo. – Minha amiga saiu do quarto e desceu as escadas. Ela não demorou nem um minuto para voltar. – Bella, você não vai acreditar. 

— O que foi, Rose? Pelo amor de Deus, não me fala que é o Edward… 

— Antes fosse! – Ela falou, gesticulando. – O Benjamin está aí embaixo, te esperando, porque segundo ele, vocês têm um "encontro". – Ela fez um sinal de aspas com as mãos, e eu quis morrer quando ela falou aquelas palavras. Já não bastava a bola fora de Edward, a minha reação não tinha sido bastante clara para Ben? 

Eu tinha sido paciente e educada demais. Precisava ser mais incisiva. Saí do quarto que nem um furacão, com Rosalie em meu encalço. Desci as escadas de dois em dois degraus, e não sei como não me estabaquei no chão. Ao chegar na sala, meu irmão já estava encarando Benjamin, com cara de poucos amigos. 

— Encontro? Ela não me falou nada disso não, irmão. – Emm disse. 

— Bella! Finalmente. Você está linda. Sabia que não ia me dar um toco. Eu estava conversando com seu irmão, falando como nos conhecemos e como eu te chamei para sair. – Benjamin disse, e Rosalie começou a rir da cara dele. 

— Ben. Eu não vou sair com você. – Eu disse. 

— Como assim, Bella? – Ele perguntou, confuso. Sua expressão mudou na mesma hora, ele parecia… triste, mas ao mesmo tempo com raiva. 

— Achei que você tivesse entendido quando eu não respondi seu pedido naquele dia. Não me senti confortável. 

— Bella, mas eu vim até aqui… – Ele tentou argumentar. 

— Benjamin, eu nunca te dei esperanças. Eu só estava sendo educada. – Eu disse, dando de ombros. 

— Eu não acredito nisso. – Ele disse, balançando a cabeça, rindo. – Eu sou muito burro. É o Cullen, né? – Ele perguntou, e senti uma pontada no coração. 

— É. – Foi o que eu consegui responder, pois o nó na garganta me impediu de falar mais alguma coisa. 

— Tudo bem. – Ben falou, levantando os braços, em sinal de rendição. – Sei quando tirar meu time de campo. Apesar de  tudo, gosto de você, Bella. Você é uma garota legal. E ah, feliz aniversário. 

— Obrigada. – Eu disse, tentando afastar as lágrimas que se formavam em meus olhos. Tudo me lembrava Edward. Onde ele estava agora? Será que Alice estaria preparando uma festa de aniversário para ele? Eu não sabia. 

Nessa hora, a campainha de casa tocou, e Emmett estendeu a mão para atender. Meu coração acelerou quando vi Edward parado do outro lado da porta, com uma caixa pequena nas mãos. 

— E aí, cara! – Meu irmão o cumprimentou, animado. Ele não o conhecia ainda, nem sabia do ocorrido entre nós. – O famoso Edward. Entra aí. 

Edward o cumprimentou de volta, sorrindo para meu irmão. 

Meu coração batia mais forte a cada passo que Edward dava para dentro da minha casa. Olhei para o lado, para checar se Rosalie estava ao meu lado. Ela apenas sussurrou um "calma, amiga" para mim. 

— Rose, Benjamin. – Ele cumprimentou, e o último ele falou com desgosto na voz. – Bella. – Por último, ele disse meu nome com tristeza. 

— O que você está fazendo aqui? – Mal reconheci minha voz raivosa saindo de mim. 

— Eu preciso falar com você, por favor, Bella. Me escuta. Eu preciso pedir desculpas. – Edward disse, quase implorando. Meu coração se apertou, e meu nó na garganta se intensificou. 

— O que tá acontecendo? – Emmett perguntou, para todos e ninguém ao mesmo tempo, completamente perdido. Rosalie apenas balançou a cabeça para ele, dizendo que explicava depois. 

Eu não sabia o que sentir. Dentro de mim, uma parte desejava abraçar Edward desesperadamente e não deixar ele ir embora nunca mais. Mas outra queria despejar toda minha raiva nele, dizer o quanto ele me machucou com suas ações. Deixei  minhas lágrimas correrem pelo meu rosto, sem me importar com quem quer que estivesse ali. 

O silêncio era ensurdecedor, e continuou por um tempo que eu não sei mensurar. As lágrimas corriam pelo meu rosto, e eu não conseguia parar de chorar. 

— Eu não consigo. – Falei, para o nada. 

— Meu Deus. – Ben disse, passando a mão pelo rosto. – Eu acho que eu tenho minha parcela de culpa nisso.


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