Astoria Greengrass's Day Off. escrita por Jones


Capítulo 1
e o Oscar vai para...


Notas iniciais do capítulo

Olá friends!
Venho aqui mais um dia no meio da loucura que é a vida postar mais uma fanfic ♥

Eu sou péssima em escrever notas... Então, só espero que vocês gostem.



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— Juno? Juno? – bem de perto, Astoria escutava os gritos preocupados de sua mãe.

— O que foi? Qual o problema? – ele se apressou ao entrar no quarto de sua filha mais nova.

— Ah, é a Tori. – a mãe disse em seu tom mais pesaroso.

— Qual o problema?

— Qual o problema? – Freya disse cada vez mais impaciente. – Olhe para ela, querido!

Como se aquela fosse sua grande deixa, Astoria aperfeiçoou os olhos perdidos no espaço e jogou um gemido discreto entre os lábios.

— Astoria? – o pai perguntou, preocupado.

— Ela não tem febre, mas diz que seu estomago dói e suas mãos estão geladas e pegajosas. – ela diz preocupada e sussurra para o marido:  – Ela está vendo borrões pretos, Juno.

— Astoria, filha, qual o problema?

— Papai? É você? – Astoria diz procurando o rosto do pai no além de seus ombros. – Eu estou bem, vou me levantar.

Ela quase se sentou na cama e voltou a se deitar, caindo “tonta”.

— Não! – ambos os pais exclamaram em uníssono.

— Eu tenho uma prova hoje, não posso faltar. – Astoria gemeu. – Eu preciso, já que só assim consigo ir para uma boa faculdade, ter uma vida produtiva e trazer orgulho aos meus queridos pais.

— Querida, você já nos dá bastante orgulho. – Freya disse, segurando a filha na cama. – Você não vai para a escola desse jeito!

Astoria conseguia ouvir os pés agitados de sua irmã mais velha, alta e loira batendo impacientemente no piso de madeira encerado de seu quarto.

— Ok, ok. Qual o problema dela? – Daphne perguntou com as mãos na cintura de seu uniforme de líder de torcida.

— Ela não se sente bem. – a mãe disse em seu tom mais cansado de quem previa uma briga entre as irmãs.

— Ah, claro. – Daphne girou os olhos.

— Daphne, irmãzinha? É você? – Tori disse docemente em voz fraquinha. – Eu não consigo te enxergar, Daphne... Daphne!

— E o Oscar vai para... – Daphne mostrou o dedo do meio para a irmã, aproveitando que os pais estavam de costas para ela.

— Obrigada por sua falta de ajuda. – Freya se aproximou de Astoria. – Vá para a escola, Daphne.

— Vocês vão deixá-la ficar em casa? – Daphne disse com sua voz aguda e estridente. – Eu não acredito nisso. Se eu estivesse com dois garfos enfiados nos olhos e uma faca nas minhas costas vocês me mandariam para a escola de qualquer jeito. Isso é tão injusto.

— Oh, Daph, não fique tão zangada comigo. – Astoria se aconchegou mais nas cobertas. – Pelo menos você tem saúde.

— É isso. – Daphne bufou diante da péssima atuação da irmã e gritou saindo do quarto. – Eu vou sair dessa família! Vocês não me merecem.

— Está tudo bem mamãe, eu vou dormir mais um pouco e tomar um advil ou um paracetamol mais tarde, na hora do almoço. – Tori sorriu timidamente.

— Eu tenho um evento até o meio dia com as Filhas da Revolução Americana, após o almoço, uma função com algumas das companhias que apoiaram nossa última caridade. Mas chegarei às seis em ponto. – ela sorriu, amorosamente. – Minhas assistentes vão me encontrar facilmente, se você precisar de mim.

— E eu te ligarei para ter notícias sobre você, minha filha.

— Ah, é tão bom saber que eu tenho mais amorosos, carinhosos e presentes como vocês. – Astoria sorriu mais uma vez, com as mãos no abdômen, reprimindo uma cara de dor.

— Fique bem, meu bebê. – a mãe dela fez uma voz doce demais, que a lembrava mais Daphne que a si mesma.

— Eu também vou chegar às seis em ponto. – o pai dela garantiu já da porta. – Não deixe de me ligar se precisar de alguma coisa.

— Nós te amamos, querida. – a mãe disse já fechando a porta.

— Eu também amo vocês. – ela disse com a vozinha fraca.

Esperou a porta fechar, batendo as pontas dos dedos na cama de ansiedade. Ouviu primeiro o carro de Daphne dar a partida, então o do motorista de Freya e por fim o de seu pai.

— Eles acreditaram! – ela murmurou para ninguém em específico. Ou talvez para você que esteja lendo, vocês vão perceber que a veia dramática dela a faz falar para o nada como se tivesse gravando um VT pelo menos quarenta vezes por dia. – Incrível.

Ela se levantou da cama, ligando o rádio no CD da Alanis Morissete que nunca saía de lá. Era 1996, claro que não existia um álbum mais incrível que Jagged Little Pill e ela poderia provar – mesmo que o álbum tivesse saído em 1995, ainda era uma joia rara e estava em todas as paradas de sucesso.

— Uma das piores atuações de toda a minha carreira. – ela cantou os primeiros versos de All I really want. — E eles acreditaram! Agora, como que eu poderia possivelmente suportar a escola num dia de sol e céu azul maravilhoso como esse?

Ela aumentou a música quando começou a tocar You Oughta Know. Pulando em sua cama e fazendo air guitar com suas mãos e braços, ela caiu ajoelhada ao fim da música no colchão.

— Ah, esse é a minha sétima falta por doença; - ela respirou fundo. – Eu preciso fazer desse o melhor dos dias... Até porque está cada vez mais difícil inventar doenças... Na próxima vez talvez eu tenha que tossir um pulmão ou forçar vômito. Eca.

Ela caminhou até o banheiro, ainda sob o som de Alanis e ligou a banheira na água quente.

— O que vocês amadores não entendem. – e ela diz isso pensando em você, leitor, que sempre quis fingir passar mal para faltar num dia de aula e nunca conseguiu. – É que existe uma linha tênue entre ficar doente em casa e doente no hospital, que é bem pior que escola. Uma dessas é febre: febre e tosse, ok, gripe. Febre e dor de barriga? Pronto socorro. Leve tontura e moleza no corpo, você fica em casa. Fingir desmaio e perda de consciência? Pronto socorro.

Ela sorriu, prendendo o cabelo para seu banho de banheira. Essa é a parte em que Astoria Greengrass divide com vocês seu grande ensinamento para a vida:

— A vida, ela passa muito rápido, se você não parar, aproveitar e olhar em volta de vez em quando... Você pode perde-la! – ela respirou fundo. – E você não vai querer isso, ou vai?  

Ela se deitou na banheira pensando que de fato ela tinha uma prova hoje, de biologia. Sobre células... Mas, e daí se as células eram eucariontes ou procariontes? O fato de uma ter núcleo e a outra não, não mudava o fato de que ela tinha dezesseis anos, carteira e nenhum carro. Daphne reclama da atenção que Astoria recebe, mas ganhou uma BMW com dezesseis, enquanto Astoria ganhou um computador.

— Como eu deveria dirigir um computador?

Para as aventuras que teria naquele dia, Astoria Greengrass precisava de um carro, e sabia muito bem qual queria e com quem conseguir:

Draco Malfoy.


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