My Medical Romance escrita por Alina Black


Capítulo 53
Renesmee - Sindrome de Peter Pan?




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Ella levantou do sofá e apoiou ambas as mãos sobre a mesa de Edward – Não está vendo papai? Renesmee me arrastou por todo hospital, não tem sido o suficiente tudo que ela tem feito?

Olhei para Ella confusa – O que eu tenho feito Ella?

— Calem-se as duas! Edward falou em um tom exaltado de voz, a porta abriu e a assistente social entrou na sala acompanhada de uma das secretarias.

— Desculpe interromper doutor, mas eu recebi um chamado de Paul.

— Meu pai olhou para mim – Eu pedi para Paul.

Edward assentiu e a mulher aproximou-se – Por favor sente-se.

A mulher agradeceu puxando uma das cadeiras que estavam a frente da mesa e se sentou, dei alguns passos e me mantive de pé próximo a mesa enquanto Ella puxava a outra cadeira e se sentava.

Antes que pudéssemos iniciar a conversa novamente a porta foi aberta, dessa vez era Jacob quem passava por ela, deduzi que ele já estava sabendo do que havia ocorrido pela sua expressão fechada e de desgosto.

— O que está acontecendo? Foi a primeira pergunta feita por ele, seus olhos percorreram pela sala e pararam na assistente social mudando sua expressão para procupação – Onde está a minha filha?

— Nossa Filha Jacob! Disse minha irmã problematica em um tom exaltado de voz.

— Ella contenha-se – nosso pai a interrompeu.

— Jade está bem, Emily está com ela – Respondi tentando acalma-lo – O motivo de tê-lo chamado Jacob é porque é tenho uma queixa...

— Não seja ridícula Renesmee – Ella me interrompeu – Você me arrancou a força do quarto da minha filha, que direito você acha que tem?

— Senhorita Cullen peço que se contenha, eu estou aqui para resolver essa situação da melhor forma possível, pois se trata de uma criança – Alertou a assistente social.

Jacob suspirou e rolou os olhos aproximando-se da mesa de meu pai – Olá Matha! Gentilmente ele cumprimentou a mulher e em seguida direcionou sua atenção para mim- Doutora Swan pode me explicar o que está acontecendo?

— Dentro deste hospital Jade é minha responsabilidade – Respondi – Eu não posso permitir nenhum comportamento agressivo com relação a ela ou qualquer outra criança que seja meu paciente, e Ella mesmo sendo mãe dela teve um comportamento extremamente agressivo com Jade.

A expressão no rosto de Jacob se tornou ainda mais pesada- Ella me dê uma boa razão para eu não torcer o seu pescoço! Ele falou olhando para minha irmã.

— Jacob acalme-se também!

— Ai que exagero – Ella se defendeu – Eu apenas disse que Renesmee não é a mãe dela, apenas a verdade, isso tudo está acontecendo por culpa sua Jacob.

— Não Ella não foi apenas isso, você a arrancou dos braços da Emily e gritou com a criança.

— Eu apenas a corrigi- Ella rebateu novamente.

— Você gritou com uma criança doente de três anos Ella.

— Parem as duas agora! Edward falou em um tom mais alto de voz.

— Por favor, acalmem-se – Pediu Martha – Eu estou aqui para resolvermos essa situação de uma forma que não agrida a criança, Jacob eu acompanho sua situação com relação a guarda da Jade, você quer entrar com uma intervenção com relação as visitas da mãe da menina?

— Sim! Ele respondeu.

—Como é que é? Ela se levantou e caminhou parando na frente de Jacob e olhou para Edward– Pai você não pode permitir isso.

— Não cabe a ele permitir ou não – Falei olhando para ela.

— Há claro! Ella sorriu – É o que você deseja não é querida irmã, meu marido e minha filha, ou você acha que ninguém percebeu ainda?

Baixei a cabeça e ri, naquele momento percebi que o caso de minha irmã era muito mais grave do que eu imaginava, me perguntei se não seria “Síndrome de Peter Pan” na verdade eu buscava uma explicação lógica para tanta imaturidade e comportamentos infantis -  Por favor Ella me poupe da sua infantilidade.

— Ella não vou mais pedir para se calar – Novamente a voz de Edward Cullen se sobressaiu sobre as demais na sala – Isso aqui é um hospital não é a nossa casa, aqui dentro sou o chefe e não seu pai, as regras são para todos independente de quem seja, se Jacob está a proibindo de ver Jade e acha que ele está errado peça que seu advogado resolva essa situação é um direito seu.

Ella sacudiu a cabeça de forma negativa – Tem razão papai e é isso que eu pretendo fazer, ninguém vai me proibir de ver a minha filha – Ella caminhou até a cadeira pegando a sua bolsa e olhou para Jacob e para mim e seguiu para a porta saindo da sala ignorando os gritos de nosso pai.

— Eu disse a Bella que isso era uma péssima ideia – Disse meu pai levando ambas as mãos ao rosto.

Ao perceber que o assunto se tornava familiar a assistente social se levantou – Bom eu espero você Jacob com os papéis para assinar, espero que resolva essa situação da melhor forma possível para Jade.

— Obrigado Martha, mas talvez nem seja necessário, Jade teve alta hoje e pretendo leva-la para casa agora mesmo e na minha casa Ella não entra – Jacob respondeu.

Martha assentiu – Está bem, bom preciso retornar ao meu trabalho.

— Obrigado Martha! Disse Edward.

— Estou à disposição – Ela sorriu e caminhou até a porta saindo da sala.

Meu pai pareceu relaxar– Acho que agora posso voltar a trabalhar – Disse ele pegando alguns papéis que estavam em sua mesa e olhou para Nessie e para mim – Vou conversar com Ella a noite, tentar por juízo naquela cabeça.

Jacob riu– Você tenta fazer isso a anos Edward.

— Ella é minha filha Jacob, e mesmo que seja inconsequente é a mãe da Jade, tenho esperanças que ela amadureça um dia.

Não segurei o riso, percebi que não era somente Isabella Swan quem acreditava que poderia mudar Ella, Edward sofria do mesmo problema– Isso nunca vai acontecer, não enquanto continuarem a tratando como uma adolescente e justificando os atos dela – Como eu não estava interessada nos debates sobre o comportamento de Ella decidi retornar ao trabalho – Eu preciso atender meus pacientes- Falei caminhando até a porta, mas antes de passar pela mesma fui parada por Jacob.

— Será que podemos conversar depois?

— Claro! Respondi um pouco surpresa com aquela atitude– Até depois doutor Black- Dei um tímido sorriso e sai fechando a porta.

O dia estava apenas começando.

Durante o restante da manhã eu atendi meus pacientes e assumi a emergência, mas havia prometido a Paul que não assumiria o plantão da noite apesar de não ter gostado nem um pouco da decisão dele eu já havia dado problemas demais em uma única semana e decidi seguir as regras e não abusar da sorte.

Quando meu plantão finalmente terminou eu troquei de roupa ouvindo as piadas ditas por meus colegas de plantão sobre meu último vexame do dia, confesso que era divertido os apelidos que eu havia ganho “ miss nocaute” e “ Cullen Barraqueira” mas eu sobreviveria a isso.

Tranquilamente eu segui pelos corredores do hospital e parei diante do elevador apertando o botão, quando o elevador parou e a porta abriu a presença de Carlisle dentro do elevador me surpreendeu – Carlisle! Murmurei entrando e me coloquei ao lado dele.

— Que bom vê-la minha neta – Disse Carlisle em um tom gentil e carinhoso.

— Não sabia que estava no hospital – Falei olhando para ele, Carlisle estava muito bem, aparentava estar mais jovem, estava muito diferente de quando eu o havia conhecido.

— Precisava assinar alguns papéis – Ele respondeu -   E também desejava muito ver a minha neta – Ele olhou para mim e sorriu largamente- Algo me dizia que eu a encontraria aqui.

— O fato de sua neta morar no hospital?

Carlisle riu, o elevador parou e saímos juntos caminhando pelo estacionamento – Eu darei um jantar em casa no final de semana, é uma pequena comemoração por estar sóbrio a três meses, e é importante que a principal responsável por isso esteja presente.

Parei ao lado do meu carro e o encarei – O senhor sabe que não gosto das reuniões familiares dos Cullen, elas nunca terminam bem.

Carlisle riu- Ainda bem que não gosta, eu ficaria decepcionado se gostasse, mas poderia ao menos pensar no meu convite?

Dei um suspiro – Eu prometo pensar com carinho.

— Já é alguma coisa – Carlisle respondeu – Boa noite e cuidado na estrada.

— Boa noite Carlisle – Respondi dando um tímido sorriso, Carlisle apertou meu queixo em um gesto de carinho e cortou o estacionamento na direção do seu carro, o observei por alguns segundos e entrei no meu.

Coloquei uma musica para tocar e dei partida no veículo, após longo dia era hora de voltar para casa.

Tudo que eu precisava era de uma boa noite de sono.


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