The Stars in George Weasley escrita por Morgan


Capítulo 5
Five - The Invitation


Notas iniciais do capítulo

A música do final do capítulo é essa, se alguém estiver interessado em ler acompanhado! Boa leitura, até o próximo! ♥ https://www.youtube.com/watch?v=v8oqbWrP1QY&feature=emb_title



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Quando Amy conseguiu se afastar da cena patética que George e Angelina estavam performando, a primeira coisa que ela pensou é que deveria beber. Deveria beber a ponto de esquecer seu nome e Cedric ter que carregá-la de volta a sala comunal da Lufa-Lufa e estava pronta para dar início a esse plano quando Louis Sheffield começou a se aproximar dela. 

Veja bem, Amy gostava de George, gostava mesmo, mas ela não era cega. Louis era o capitão da Sonserina, tinha lindos olhos azuis tão claros que faziam Amy sentir que estava prestes a se afogar e cabelos lisos e platinados que hora caíam sob sua testa e hora eram postos para cima, o deixando ainda mais bonito e contrastando com suas sobrancelhas escuras. Ele era alto e esguio e lindo de morrer. Amy podia contar nos dedos as garotas e garotos que conhecia que nunca haviam pensado no septanista. 

E Louis ainda era melhor porque ele havia sido o choque de realidade que o time da Sonserina parecia precisar depois de ter o machista de Marcus Flint como capitão durante tanto tempo. Ele era engraçado de um jeito meio sarcástico e nunca havia deixado ninguém do seu time cometer as mesmas faltas que Flint costumava incentivar. Amy havia o conhecido através de Daphne que embora passasse tempo demais com a lufana e os gêmeos ainda tinha muitos amigos na Sonserina e Louis era um dos mais próximos. 

Sheffield também tinha protagonizado o maior escândalo de Hogwarts nos últimos tempos: No último ano de Oliver Wood em Hogwarts, eles namoraram. O capitão da Grifinória e o capitão da Sonserina. Era uma espécie de Romeu e Julieta moderno e muita gente odiou, mas os dois não pareciam se importar. Andavam de mãos dadas pelos corredores e acompanhavam um ao outro nas aulas o tempo todo mesmo sendo o ano dos NIEMs de Oliver e dos NOMs de Louis e durante os jogos, eles jogavam com ainda mais raiva e decididos a vencer. A Grifinória ainda foi campeã naquele ano e embora as pessoas gostassem de dizer que Louis havia deixado o ex-namorado vencer, Amy sabia que não. Se tinha aprendido algo convivendo com Daphne durante todos aqueles anos era que sonserinos não cediam assim por nada. Louis comemorou com Oliver naquele ano, Amy se lembrava, porque estava com Fred e George naquele dia também. Eles terminaram pouco tempo depois que Wood se formou. 

— Você parece sozinha, Diggory – disse Louis no ouvido de Amy – E eu me sinto pessoalmente atacado por isso.

Amy ergueu os olhos com um sorriso brincalhão no rosto.

— Então por que não muda as coisas, Sheffield?

Essa foi a última coisa que Amy se lembrava de dizer antes de Louis a puxar para pista de dança e eles dançarem a noite toda. No começo sua animação era forçada e ela pensou que beijar Louis para tampar o buraco era exatamente o que ela queria, mas as coisas aconteceram naturalmente demais. Amélie não bebeu mais, deixou que Louis a puxasse para o seu campo gravitacional onde ninguém mais existia além dele e, agora, ela. Ele a rodopiou, a ergueu, eles dançaram separados com risadas altas e colados quando a música se tornou lenta. E quando Amy pensou que nada poderia melhorar e que seu rosto já doía de tanto sorrir para o sonserino, ele se inclinou e a beijou devagar, quase como se dissesse oi e sem pensar em mais nada ou ninguém, Amy correspondeu. 

*

Na segunda-feira de manhã, Amy foi a primeira a sair da sala comunal. Assim que passou pelo armário de troféus, seu estômago deu uma bela reviravolta ao ler que o baile de outono seria no próximo fim de semana, adiando a partida de Lufa-Lufa contra Grifinória para a segunda-feira a noite, algo pouco comum no cronograma da escola. Ela conseguiu fugir dos amigos e do irmão no domingo, mas sabia que seria impossível fazer isso hoje, então apenas contava com a multidão de gente e as aulas para freiá-los. 

Enquanto estava com Louis, se sentiu bem, não pensava em muita coisa além do garoto e dela mesma, mas depois, quando tudo acabou e só existiam ela com os próprios pensamentos, era impossível não se lembrar de George e Angelina. 

Amélie se sentia tão idiota por ter pensando por cinco minutos inteiros que algo poderia acontecer. Ela quase sentia grata a Angelina por ter falado com George antes dela, agora Amy tinha certeza que não aguentaria uma rejeição, seria vergonhoso demais, como ela encararia George depois disso?

Não encararia, essa era a resposta. Ela suspirou, sentando-se na mesa de sua casa. A maioria dos alunos da Grifinória já estavam sentados a sua frente conversando animadamente sobre seus pares no baile. Seria impossível ter qualquer tipo de convivência com ele assim. Amy não era o tipo de pessoa que simplesmente superava tudo facilmente. Amy viu Daphne ao longe junto de seu primo Draco, a garota falava rapidamente enquanto mexia as mãos e Amy deu uma risada baixinha. Ela provavelmente estava dando um de seus inúmeros sermões no mais novo. 

— E aí, Weasley – disse Thomas na frente de Amy. O coração da lufana gelou por dois segundos enquanto a figura caía ao seu lado depois de cumprimentar Thomas e encostava as costas na mesa antes de encarar a garota de lado e ela perceber que aquele era Fred. Seu coração continuou pesado e Amélie não soube se queria ou não que fosse outro gêmeo. 

— Nós não tínhamos, não sei, uma regra de infância de não sumir por vinte quatro horas inteiras? – questionou Fred. Amy sorriu, puxando o prato que estava a sua frente e mexendo o pão com geleia devagar. 

— Desculpe.

— Eu vi o que aconteceu. Sinto muito, Amy – disse Fred e ela assentiu devagar – Mas não acho que ele estava pensando direito.

A lufana piscou, virando-se para o melhor amigo na mesma hora.

— Juro por Deus, Fred, se você está aqui para defendê-lo de algo que, diga-se de passagem, ele nem precisa de defesa, eu vou chutar você tão forte que você vai parar no campo. Estou falando sério. Não quero saber disso.

Fred não se abalou, sua resposta foi apenas se esticar e pegar uma bolinha de queijo que estava ao lado de Amy. 

— Sei que não preciso defender ninguém e não estou fazendo isso – disse ele, ainda de boca cheia – Estou dizendo que sei que ele não estava pensando direito. Desde aquele dia com você ele anda diferente. Não acho que seja possível ele ter mudado tanto em pouco tempo a ponto de perdoá-la. Ele é mais orgulhoso do que parece.

— Bom, problema dele. E dela – respondeu, olhando em volta por um momento para se certificar que ninguém a estava escutando – Não me importo, Fred. Não temos nada, nunca tivemos nada, somos só amigos e é assim que vai ser. Eu vou agradecer se você parar de falar sobre isso. 

— Você vai desistir sem nem ter dito a ele o que sentia? Sem nem sequer saber se faria diferença ou não? – perguntou o amigo enquanto comia outra bolinha de queijo. Amy bufou. Fred parecia só escutar o que queria o tempo todo, isso a irritava como o inferno. 

— Sim. Vou fazer exatamente isso. Pode me chamar de covarde, oh corajoso e bravo grifinório! – explodiu Amy puxando a fatia de pão com geleia que Fred estava prestes a roubar do seu prato – Mas faça isso quando criar um par de bolas suficientemente fortes para admitir que essa história de "não gosto de relacionamentos" não cola mais e que tudo que você queria era estar com Daphne Atria Black!

Fred piscou, ainda com a mão que antes segurava o pão parada no ar e a boca entreaberta. Amy sorriu vitoriosa.

— Ok – respondeu ele, fechando a boca. A lufana franziu o cenho.

— Ok? 

— Ok – disse ele novamente, assentindo minimamente – É... ok.

— Ok o que? – perguntou ela, mas Fred estava olhando para frente agora, respirando fundo e balançando a cabeça decidido.

— Vou criar o que você falou. Vou falar para ela – disse ele, calmo, começando a se levantar. Os olhos de Amy pareciam estar prestes a sair da órbita e ela o puxou para baixo. Fred olhou para a amiga sem entender – O que?

— Você vai falar com ela? Com Daphne? Nossa Daph?!

— Sim. Não foi o que você disse?

Ele falava com tanta calma que Amy queria explodir. Sua voz não mostrava nenhum traço de nervosismo e Amy sabia que era assim com tudo que o amigo queria fazer, mas Daphne não era um assunto qualquer. Ainda agarrada ao braço de Fred, Amy se esqueceu completamente de qualquer problema amoroso que estivesse em sua mente. 

— Agora?! Você não pode fazer isso agora!

— Por que não? – disse ele – Ela está bem ali. 

Amy suspirou, passando os dedos pelos cabelos longos e escuros enquanto olhava para o ruivo a sua frente.

— Freddie, me escute – começou – Você é meu melhor amigo, sabe disso, não é? 

— Eu sou quase o seu único amigo, então não quer di– Amy apertou suas unhas no braço do garoto e ele fez uma careta – 'Tá bom, 'tá bom! Desculpe!

— Eu te amo, Fred, mas você é... bem... você é um pouco brincalhão, você sabe – disse ela – E Daphne te conhece a vida toda, assim como eu e mesmo que ela goste de você e eu não estou dizendo que gosta! Mas mesmo que ela goste, você não pode só chegar assim, ela não vai te levar a sério. Vai achar que você está brincando com a cara dela e eu garanto que você não quer deixar Daphne pensar isso de você! Quer dizer... você de fato disse para quem quisesse ouvir que nunca namoraria nesse castelo, não é?

Amy falou tudo muito rápido, mas não era nada com que Fred não estivesse acostumado. Ele puxou o braço devagar, respirando fundo. 

— Tudo bem, você tem razão – disse ele depois de um tempo. Amy quase conseguia ouvir as engrenangens na cabeça dele rodando, quando Fred finalmente se virou e apontando um dedo para Amy, disse: – Vou pensar em alguma coisa. Não deixe ela ir ao baile com ninguém!

Amy ergueu as palmas da mão para cima.

— Como eu poderia fazer isso?! 

Fred deu de ombros.

— Não sei, mas não deixe. Eu vou chamá-lá, só preciso... organizar as coisas – Fred se levantou, mas seu tom de voz foi bem mais baixo do que antes – Principalmente o seu irmão, não deixe ela aceitar o convite do seu irmão!

Amy coçou a testa olhando para os lados, mas Fred ainda a fitava intensamente. 

— Tudo bem, tudo bem! Vou fazer o meu melhor, mas é bom você se apressar. Não é como se ela não fosse começar a ser chamada a qualquer momento.

— Não se preocupe. Não vou perder a minha chance – ele começou a andar, mas parou de repente, virando-se para amiga e arqueando as sobrancelhas – Sei que não vai seguir o meu conselho sobre você-sabe-o-que, mas temos que falar sobre o Capitão Platinado? 

Amy riu, negando com a cabeça.

— Não, foi só na festa.

Fred assentiu, se despediu e sumiu em direção a mesa da Grifinória. 

Amy terminou sua refeição com um pequeno sorriso no rosto e assim foi para sua primeira aula do dia. Fred raramente dizia coisas que não iria cumprir, então talvez fosse realmente o momento em que os dois se entenderiam. 

— E então? – disse Daphne baixinho assim que se sentou ao lado de Amy – Nós odiamos ele? 

Amy sorriu para a melhor amiga por um momento antes de balançar a cabeça.

— Ele não fez nada. 

— Isso vai depender da sua perspectiva. George é burro. Pra mim isso já é fazer alguma coisa.

— Nunca tivemos nada. Literalmente nunca chegamos nem perto disso. Só... vamos deixar para lá, tudo bem? Vou ficar longe dele por um momento e tudo vai se resolver.

Daphne assentiu começando a virar-se para frente quando parou e se voltou para a amiga novamente, querendo uma confirmação.

— Tem certeza que não o odiamos?

— Daph, ele é seu amigo – disse Amy com uma risada. 

— Posso gostar dele e odiá-lo por você. Consigo fazer as duas coisas, Amélie – afirmou a garota quando a lufana revirou os olhos – Tudo bem, você quem sabe. Ah! Já ia esquecendo! Eu–

Minerva McGonagall entrou na sala imponente e apressada com suas vestes verde-esmeralda balançando atrás dela, impedindo que Daphne terminasse sua frase se não quisesse perder alguns pontos para Sonserina. Amy sorriu inutilmente, porque no minuto em que pisaram fora da sala para irem para a aula de Feitiços e Herbologia, Daphne colou na amiga, mesmo sabendo que se atrasaria para chegar na estufa.

— Louis Sheffield – disse, pausadamente com o maior dos sorrisos no rosto – Por que não me disse que era afim dele? 

— Porque você sabe que eu não sou – respondeu Amy – Só estavámos na mesma festa e na mesma vibe, eu acho. 

— Vibe — Amy revirou os olhos ao ouvir a voz de Fred ao seu lado. Como eles conseguiam chegar sem serem notados desse jeito? – Já disse que isso não vai pegar, Amy.

— Me deixa – retrucou. 

— Do que vocês estavam falando? – questionou George, fazendo com que Amy olhasse para ele pela primeira vez. 

Amy sabia que veria George mais cedo ou mais tarde e ela sabia também que não era muito o tipo de pessoa que consegue dar um gelo em ninguém, então não sabia bem como se comportar. É claro que George ficava com garotas. Amy sabia disso a anos e isso nunca havia mudado a relação dos dois, então por que ela se sentia mal? Era por que era Angelina, a garota que o tratou mal e Amy ainda tinha dificuldade em processar que George gostava de alguém como ela e não conseguia enxergar a lufana? Ou era por que pela primeira vez ela pensou em se abrir, em ter esperanças e foi tudo tirado de suas mãos mais rápido do que se ela tivesse estuporado alguém? Amy desviou o olhar e Daphne percebendo o desconforto da amiga, se colocou entre os dois. 

— Estavámos falando de Louis – disse – Meu capitão está louquinho pela nossa batedora favorita desde que eles ficaram no sábado. 

— Seu capitão? – Fred cuspiu as palavras como se tivessem xingado sua própria mãe – Você nem joga quadribol, Daphne. 

Amy gargalhou olhando para o rosto ofendido do amigo enquanto Daphne cruzava os braços e o olhava com indiferença, mas sua risada lentamente morreu quando George falou praticamente ao mesmo tempo.

— Você ficou com Sheffield? – perguntou George, as sobrancelhas franzidas em uma clara expressão surpresa. 

— Sim – respondeu Amy.

— Louis Sheffield?

— Sim, George – repetiu a garota – Louis Sheffield. Por que a surpresa? Você também acha que ele é muito bonito para mim?

George piscou, abriu e fechou a boca várias vezes e Amy riu sem humor algum ao perceber a hesitação do garoto, agarrou seus livros contra o peito com mais força e se virou, sem dizer uma palavra sequer para os amigos, saiu em direção a sala de Flitwick. 

Daphne e Fred olhavam boquiabertos para a cena enquanto George ainda mirava Amélie de costas andando a passos largos e rápidos afim de sumir da vista do garoto. 

— Pelas barbas de Merlin! – exclamou Daphne dando um empurrão no ombro de George – O que há de errado com você? 

E como se só naquele momento George tivesse acordado, ele desviou o olhar de onde Amy nem sequer estava mais depois de ter virado em um dos corredores.

— Não foi... não foi isso que eu quis dizer! – disse ele tarde demais.

Fred balançou a cabeça, desviando o olhar do irmão, totalmente incrédulo. George costumava ter um pouco mais desenvoltura do que isso, não costumava? Ele podia apostar que sim. 

— Ela realmente ficou com ele? Amy e... Louis?

— Por que é tão difícil de acreditar? – questionou Fred.

George lembrava-se de ter se sentindo incomodado com Amy e Thomas dançando e uma voz no fundo de sua mente dizia, incoerentemente, que ele era muito sortudo por não ter visto ela beijar Louis Sheffield. O Louis Sheffield. O melhor artilheiro e capitão que a Sonserina já havia visto que conseguia ter uma legião de fãs de garotas e garotos lotando seus jogos quase todos os fins de semana.

— Não é difícil de acreditar! Só fiquei surpreso! – exclamou ele – Por que ela ficou com tanta raiva?

Daphne bufou – Sabe, Georgie, eu gosto muito de você, sério. Muito mais do que gosto deste aqui – ela apontou para Fred –, mas por Morgana, você é muito lerdo! 

— Eu não queria ofender ninguém – disse ele – Nunca diria que Amy não é o suficiente para alguém. Se tivesse que dizer isso seria sobre ele. Nunca sobre ela! 

A sonserina sorriu.

— Então você deveria ter dito isso. Por que não consegue dizer isso a ela?

George passou a mão nos cabelos, frustrado e Fred deu dois tapinhas no seu ombro antes de se voltar para Daphne com toda seriedade do mundo.

— Seu capitão.

Daphne riu

— Bom, agora é o capitão da Amy – George sentiu o estômago embrulhar enquanto a garota amarrava o cabelo no topo de sua cabeça e se preparava para ir para sua aula – Mas é uma boa experiência. Agora vamos poder comentar sobre o beijo dele juntas. 

E com uma piscadela na direção de Fred e um tchauzinho para George, Black saiu.

— Ela já ficou com ele também... – murmurou Fred se apoiando no irmão gêmeo, como se estivesse prestes a cair, vivenciando seu drama da melhor forma que conseguia, como sempre – O maldito já ficou com as duas. As duas!

— E com Oliver também – comentou George displicentemente, ainda olhando para o último local onde vira Amélie Diggory. Fred soltou um pouco de ar pela boca, indignado. 

— E com Oliver! A audácia desse oxigenado! Estou falando sério... – Fred suspirou e puxou o irmão – O que há com você? Está parecendo que viu um fantasma. Nem sequer vi Nick Quase-Sem-Cabeça hoje. 

George mordeu os lábios antes de responder.

— Nada.

Fred o avaliou por um tempo.

— Bom, é claramente alguma coisa, mas não tenho tempo o bastante para adivinhar. Quando quiser colocar suas dúvidas para fora, é só me chamar. Agora eu vou resolver algumas coisas sobre o convite de Daphne antes que ela desenterre algum outro ex super famoso e querido. Ainda vai me ajudar, certo?

— Claro – respondeu George prontamente.

— Ótimo. Me encontre na sala vinte e sete antes do jantar – o irmão sorriu e se virou – Ah! Ouvi que Angelina estava querendo falar com você.

— Ouviu? – questionou – De quem?

— Dela. Ela me disse quando voltei para pegar a gravata de manhã. 

George arregalou os olhos – Freddie, isso foi a horas atrás!

— Eu sei.

— E você não me disse antes porque...? 

Fred deu de ombros com um sorriso doce no rosto.

— Eu não gosto dela – George enfiou novamente os dedos no cabelo, olhando para os lados enquanto o irmão continuava com o mesmo rosto sem expressão, mostrando que além de falar sério, ele também não se arrependia de nada.

— Freddie, por favor... 

— Eu não gosto dela – repetiu – Está tudo bem, George. Acontece. Se quer ficar com ela, tudo bem. É, tipo, um castigo unicamente seu, apenas diga a ela que não é porque você voltou a falar com ela que eu também vou voltar, porque eu não vou.

George estalou a língua, mas Fred já havia aberto um sorriso e começado a se afastar.

— Mais tarde! Não se atrase!

George resolveu que já havia demorado demais para falar com Angelina, então poderia demorar mais um pouco. Também resolveu que já havia visto aulas demais naquele dia e seguiu para a sala vinte e sete. 

Ele juntou algumas mesas perto da janela e se deitou, pensando na ironia que era estar ali naquele momento. Há um ano atrás Angelina Johnson havia engolido e mastigado seu orgulho fazendo com que ele fugisse de todos, agora ele estava ali novamente, mas dessa vez não tão magoado com Angelina quanto antes. 

Sua mãe sempre falara que ter tanto orgulho fazia mal e que devíamos perdoar as pessoas, não era isso que George estava fazendo? Ele havia gostado de Angelina por tanto tempo, não seria correto, por ele, dar uma chance a ela, depois dela ter tentado se desculpar por tanto tempo? Parecia correto. George havia gostado dela por tanto tempo, por que ele não podia ter uma coisa boa? Ele nunca nem sequer tivera certeza que não gostava mais da garota, podia fazer isso agora e se não desse certo, bom, tudo bem. Ao menos os dois teriam tentado. George e Angelina, e ela gostando dele como a pessoa que ele é e não Fred. 

Parecia fazer muito sentido em sua mente, lógico, racional, como George gostava de ser, então por que diabos ele se sentia tão incomodado? 

George se virou, tentando evitar a luz solar que o acertava no rosto, observando a sala, agora vazia e silenciosa, bem diferente de como costumava ficar nas noites de sábado. George ainda se lembrava claramente do desconforto que sentira ao ver Thomas Orwell puxar Amy para pista de dança, se lembrava de desejar que ela estivesse com Fred ou qualquer outro que ele soubesse que era amigo da garota, como Lee, Cedric, Summerby, Rony ou Harry. Ele repetia a si mesmo que era porque Thomas claramente não era uma pessoa muito legal, mas que desculpa ele teria para a agonia que sentia ao pensar em Louis Sheffield e Amy se beijando? 

E por que ele estava pensando isso, para começo de conversa? Ele nunca havia se incomodado com isso antes, por que agora, depois de todos esses anos, tudo a sua volta o lembrava Amélie Diggory? A forma como o sol entrava pela janela e esquentava suas costas o fazia pensar em como o quarto da lufana era quente e reconfortante, sorrisos pequenos e amigáveis o lembravam como a garota estava sempre pronta para sorrir, piadas sem graça também o lembravam dela, já que não importava de quem, Amy sempre ria quando surgia algo assim, mesmo que toda a sala estivesse em silêncio e George sabia que era porque ela não deixaria que a pessoa que contou se sentisse mal. E agora, até mesmo quando pensava em música e dança, era ela quem vinha em sua mente. Como se uma porta tivesse sido aberta em sua mente, George parecia se lembrar de todas as vezes que vira Amy dançando sozinha e em como ela sempre agarrava a barra de sua saia de um jeito muito charmoso. 

E então, é claro, ele se lembrava de como era beijá-la, porque a única parte ruim nessa história era que George sabia que estava bêbado e mesmo que ele se lembrasse e não se sentisse assim tão alheio as suas próprias ações, ele sabia que não havia sido correto, mas o beijo? Ah, George não se arrependia do beijo. Não se arrependia de ter segurado o pescoço de Amy e a puxado para perto dele para sentir seus lábios carnudos e macios contra os dele. Não. Ele não se arrependia, na verdade ele...

George parou, se sentando na mesma hora, sentindo seu coração bater mais forte conforme a realidade de seus pensamentos finalmente o alcançavam. Daphne tinha razão.

— O que há de errado comigo?

*

Três dias depois, Amy podia jurar que metade da Sonserina havia chamado Daphne para o baile, mas a garota havia dito não para todos. Amy tinha se preparado para argumentar com a amiga caso ela pensasse em dizer sim para alguém, mas isso não aconteceu. O que Amy pode dizer que fez, e isso ela fez mesmo, foi afastar o irmão de Daph o máximo que podia. Cedric sempre havia tido uma quedinha pela amiga da irmã, mas não era por isso que Amy sabia que o lufano faria o convite. Ele faria o convite porque isso era algo comum entre eles. 

Apenas alunos do quarto ano em diante podem ir ao baile de outono e enquanto era quartanista Cedric namorou Cho Chang da Corvinal e os dois foram juntos. O namoro foi bem intenso, mas tão rápido quanto começou, ele também terminou e então, depois disso, no primeiro baile das garotas, Cedric acompanhou Daphne, que alegou não ter recebido convite de ninguém que fosse "á sua altura". Fez a mesma coisa no quinto ano delas também sob a mesma alegação de Daphne. George havia ido com uma das garotas do time e Amy foi com Thomas durante o quarto ano e no quinto resolveu ir com Fred, já que ele se recusava a chamar alguma garota que gostasse dele com medo de ferir os sentimentos dela.

Fred e Amy haviam se divertido a noite inteira juntos e Amy pensou como aquilo havia sido melhor do que ir com qualquer garoto que você sentisse minimamente a vontade de beijar. 

— Você não quer ir ao baile, é isso? – perguntou Draco Malfoy para a prima. 

Os três estavam sentados a mesa da Sonserina depois do almoço. O salão havia esvaziado consideravelmente e Draco estava fazendo propaganda sobre Blaise Zabini, este que, por acaso, Daphne já havia rejeitado. 

— Não é sobre querer ir ao baile ou não – explicou Daphne – Só não quero ir com qualquer pessoa. É a mesma coisa com você. Você disse que não quer ir com Pansy. 

— Bem, mas Blaise é legal, Pansy não! Não como... algo assim. Parece romântico demais, ela vai pensar besteira.

Daphne soltou uma risadinha.

— Blaise não é nada legal, Draco – argumentou Amy. O garoto bufou em direção a lufana.

— Ele é sim, você nem o conhece, Amy.

— Ele quase me derrubou da vassoura no último jogo!

— E não é basicamente isso que você faz como batedora com todo mundo? – retrucou – Todo mundo mesmo. Já te vi jogar, Amy, ninguém está seguro com você em campo!

Amy balançou a mão em direção a Draco de forma indiferente. Amava implicar com o garoto. O garoto Malfoy era bem intragável quando entrou em Hogwarts e ele e Daphne brigavam o tempo todo, até Fred e George intervirem quando a garota estava realmente prestes a socar a cara do mais novo. Amy nunca soube o que exatamente George conversou com a sonserina, mas depois daquele dia os dois primos passaram a se entender. Ficou claro com o tempo que Draco gostaria da aprovação da prima e a admirava mais do que demonstrava. Lucius era irmão da mãe de Daph, Violet, e Narcisa era irmã mais nova de Aldous, seu pai. A família estava inteiramente ligada, mas nenhum deles gostava disso, exceto Daphne e Draco. Pensamentos diferentes demais, diziam eles. 

De qualquer forma, era impossível dizer que a convivência com Daphne Black não fizera bem a Draco Malfoy. 

— Podemos fazer o mesmo arranjo do ano passado, Amy – disse Daph, ignorando a discussão dos dois – Posso ir com Cedric... – Amy abriu a boca para dizer que o irmão já tinha par - embora soubesse por fonte segura que ele não tinha, mas a sonserina continuou – Apesar de que é o último ano dele... Acho que ele deve querer ir com outra pessoa, não é? Alguém que goste – ela pensou por um instante, torcendo a boca e dando de ombros antes de dizer: – Bem, você pode ir com Fred. Vocês se divertiram muito ano passado. Eu posso ir com Lee ou, não sei, George. 

Amy conseguiu ver na expressão da garota que ela não queria mesmo fazer o mesmo arranjo do ano passado e embora gostasse de Lee e George não era nenhum dos dois que ela queria que a acompanhassem. A lufana sorriu, mas Draco não pareceu gostar.

— Você trocaria Blaise por Jordan e pelo número dois? – o garoto balançou a cabeça, indignado. Amy esticou o braço e desferiu um tapa estalado na cabeça do garoto – Ai! 

— O nome dele é George Weasley, não número dois. Chame-o pelo nome! 

Daphne riu enquanto Draco a olhava em busca de um apoio que nunca viria – 'Tá, tanto faz! Você não pode ir do mesmo jeito, porque os dois tem pares. 

— Quem? – perguntou a sonserina, interessada – E como você sabe?

— Por que você não acredita que eu e Hermione Granger somos amigos agora? Eu pedi desculpa para todos eles! – Daphne apertou os olhos, mas fez sinal para que o garoto continuasse. Ainda esfregando a lateral da cabeça, Draco resolveu compartilhar a fofoca com as duas garotas – Lee vai para o baile com Katie Bell e George com Angelina Johnson.

Amy continuou encarando Draco, sem se dar conta de que Daphne ao seu lado praquejava sem acreditar que George tinha sido idiota o bastante para chamar a artilheira para o baile. 

A lufana não podia negar que não havia pensado sobre isso. No jantar de segunda-feira teve que assistir George e Angelina performarem mais uma cena terrível durante o jantar, bem na frente dela e de sua salada e então, enquanto descia em direção as cozinhas mais tarde naquele dia, decidiu que definitivamente se afastaria de George, Angelina e o que quer que fosse. Avisou a Fred e a Daphne e os dois, mesmo contrariados, não disseram mais nada. Ela não podia continuar presenciando aquilo, não mais. Era torturante. Então se ela tivesse que fugir e parecer um pouco infantil para o bem de sua saúde mental, bem, era o que ela faria. Não importava o que George estivesse pensando disso. Não que ela achasse que ele estivesse pensando em qualquer coisa relacionada com ela quando estava com a garota dos seus sonhos ao seu lado. 

Saber que George havia convidado Angelina para ir ao baile despertava em Amélie o pior sentimento que ela já havia experimentado além da tristeza e da frustração: a inveja. 

Amy respirou fundo, sentindo seus olhos arderem, mas se recusando a derramar uma lágrima sequer. Não podia se achar mais ridícula nem se tentasse na situação atual, mas agora chorar por alguém que nem sequer sabia sobre seus sentimentos e estava apenas, bem, vivendo tranquilamente com os dele? Não, isso era demais. Demais mesmo. Amy Diggory não faria isso. Sentimentos podem não ser opcionais, mas a forma como lidamos com eles definitivamente são. 

E então, quando Fred, George e Lee despontaram na entrada do salão, Amy respirou fundo mais uma vez, tentando ignorar que quando os olhos de George pararam nela seu sorriso aumentou ainda mais. Não. Ela não tinha tempo para pensar nisso. Era hora de focar na coisa boa que estava prestes a acontecer com seus dois melhores amigos. 

George e Lee ficaram um pouco mais atrás de Fred enquanto ele caminhava com um sorriso convencido no rosto até Daphne que já havia notado a presença dos três. A garota franziu o cenho quando o ruivo parou na sua frente. 

— Boa noite, srta. Black – disse ele, encarando os olhos acinzentados da garota. Daphne trocou um rápido olhar com os dois grifinórios sorridentes antes de se voltar a Fred novamente. Ele ergueu a mão, mostrando uma única rosa branca em sua mão e a oferecendo a Daphne – Me lembrou você.

— O que você está fazendo, Fred? 

Amy puxou a mochila que estava em seus pés, tirando o pequeno disco de plástico e dando play. Os leves acordes de Just The Two of Us do trouxa Grover Washington começando a tocar. 

— Quero te fazer uma pergunta – ele se aproximou, colocando com delicadeza a rosa branca atrás da orelha de Daphne quando percebeu que a garota não a pegaria, ele passou a mão rapidamente pelos cabelos claros dela e deu um sorriso quando a mesma não se afastou –, mas me foi dito que se eu não fizesse com estilo, você não ouviria. 

George e Lee se abaixaram ao lado de Fred e com apenas um impulso rápido o garoto subiu em cima da mesa de jantar da Sonserina. Daphne arregalou os olhos olhando para os amigos em volta e Amy teve certeza que seu sorriso bobo denunciou sua participação naquilo tudo para amiga.

— I see the crystal raindrops fall and the beauty of it all (Eu vejo as gotas de chuva de cristal caindo e vejo a beleza de tudo isso) – Fred andou até o fim da mesa como se fosse uma passarela enquanto cantava e Daphne o olhava boquiaberta, sentindo voltando de correr dali, mas ao mesmo tempo querendo ficar mais do que qualquer outra pessoa – Is when the sun comes shining through to make those rainbows in my mind (É quando o Sol vem brilhando para fazer aqueles arco-íris na minha cabeça) – ele se virou, olhando diretamente para Daphne e começando a caminhar de volta para ela – When I think of you some time and I want to spend some time with you (Quando eu penso em você as vezes e quero passar meu tempo com você).

— Ai meu Deus – murmurou Draco, assustado, recebendo uma forte cotovelada de George e um pedido de silêncio de Amy, tudo ao mesmo tempo. 

— Just the two of us. We can make it if we try, just the two of us... (Apenas nós dois. Podemos fazer isso se tentarmos, apenas nós dois)

— Just the two of us (Apenas nós dois) – cantaram Amy, Lee e George ao mesmo tempo, felizes em fazer a segunda voz de Fred. 

— Just the two of us building castles in the sky, just the two of us (Apenas nós dois construindo castelos no céu, apenas nós dois) – perto de Amy, George balançou a varinha, fazendo com que tudo ao redor dos colegas começasse a brilhar, como se várias estrelas cadentes caíssem sobre eles sem que sentissem, deixando a cena dos dois muito mais bonita quando Fred se sentou na mesa bem ao lado de Daphne sem tirar os olhos dela um segundo sequer – You and I (Você e eu).

A garota balançou a cabeça, ainda sem acreditar que aquilo estava acontecendo enquanto Amy sorria alegremente para a cena junto com vários outros alunos que se reuniam ao redor deles para assistir ao que quer que fosse que Fred Weasley poderia estar fazendo agora.

— We look for love, no time for tears, wasted waters's all that is and it don't make no flowers grow (Procuramos por amor, sem tempo para lágrimas, águas desperdiçadas é tudo o que é e não faz flores crescerem) – Fred passou a mão atrás da orelha de Daphne onde ele havia colocado a rosa branca, mas quando sua mão voltou para o olhar de todos, o que estava em sua mão era um buquê inteiro das mesmas rosas. Ele passou a mão livre por cima e em um segundo, as rosas passaram de brancas para azuis, rosas, roxas, amarelas e todas as cores possíveis, em um infinito arco-íris que refletia nos olhos da sonserina. Daphne o segurou na mesma hora – Good things might come to those who wait, not to those who wait to late. We got to go for all we know... (Coisas boas podem vir para quem espera, não para aqueles que esperam demais. Nós temos que ir por tudo que conhecemos) – pela primeira vez, Daphne não parecia envergonhada ou assustada, ela estava encantada e totalmente hipnotizada pela figura a sua frente. Fred abriu um sorriso de lado, finalizando a música em uma mensagem clara para a sonserina a sua frente – Just the two of us... We can make it if we try (Apenas nós dois... Nós podemos fazer isso se tentarmos).

Algumas garotas em volta suspiravam com o espetáculo montado por Fred para Daphne, mas tudo que a mais velha conseguia fazer era encarar o garoto como se não acreditasse no que estava acontecendo. Amy duvidava que um dia ela fosse acreditar.

— O que você está fazendo? – disse ela em um fio de voz com os últimos acordes da música tocando atrás de si, alto o suficiente para que apenas aqueles que estavam por perto escutassem. 

— Coisas boas não vêm para aqueles que esperam demais, Daph, e eu cansei de esperar. Uma vez disse para um torre cheia de gente que relacionamentos não eram para mim. Estou aqui para dizer que mudei de ideia – Daphne soltou uma risada nervosa como Amy sabia que ela sempre fazia quando não sabia o que dizer. Fred também, porque ele sorriu e colocou uma mecha do cabelo loiro da garota atrás de sua orelha – Tenho alguns minutos agora antes que Filch perceba que os doces que ele recebeu não são exatamente doces. Quer ir ao baile comigo, Daphne Black? 

Fred olhava fixamente para Daphne que ainda parecia estar fora de órbita, agarrada ao buquê enfeitiçado como se sua vida dependesse disso e como se Filch conseguisse pressentir a tensão do momento, escancarou a porta ao lado de sua gata irritante, começando a mancar em direção a eles. 

— Alunos em cima da mesa! Alunos fazendo baderna! – gritou ele, mas Fred nem sequer se mexeu. 

— Ah, merda – murmurou George baixinho, chamando a atenção de Amy para si – Jurei que que ele ficaria dormindo por mais algum tem– George parou de falar ao notar as duas últimas pessoas que eles gostariam que estivessem acompanhando Filch naquele momento: Minerva McGonagall e Severo Snape – Não, não, não! Não agora!

— E então, Black, quer tentar? – sussurrou Fred e Daphne riu como alguém que ainda pensa estar sonhando e totalmente alheia ao que Amy e George já haviam percebido. 

— Sim, Weasley. Eu quero – respondeu.

Depois da tão esperada resposta tudo aconteceu rápido demais. Amy trocou um olhar com George no minuto em que o garoto puxou o irmão gêmeo pelo braço e o fez descer da mesa, colocando-o do seu lado em um acordo silencioso enquanto Amy se enfiava de baixo da mesa, reaparecendo do outro lado para a surpresa de Daphne. A lufana arrebatou o buquê enfeitiçado da mão da amiga, que a olhou sem entender e com uma careta esticou a mão para pegá-lo de volta, recebendo um tapa na mão na mesma hora. 

— Sr. Weasley! O que é que você pensa que está fazendo?! – bradou Minerva McGonagall na direção dos gêmeos, sem saber exatamente para qual dos dois olhar. 

— Ele estava em cima da mesa, professora! Estava sim! – exclamou Filch, com raiva por ter sido enganado mais uma vez pelos doces das Gemialidades Weasley.

Amy viu quando a mão de George desceu e agarrou a do irmão disfarçadamente por um segundo antes de soltá-la, como se estivesse passando um recado.

— Estava fazendo um show para chamar a garota para o baile! – continuava ele.

— Francamente! Francamente! – exclamava McGonagall – Esse não é o intuito do baile de outono! Todos estão chamando suas parceiras com educação, respeito e civilidade, por que tudo com vocês precisa ser diferente? 

— Fred Weasley, professora! – gritou Pansy Parkinson a alguns metros de distância – Subiu na mesa como se estivesse desfilando para chamar Daphne Black para o baile!

— Espero que tenha gostado do convite, srta. Black – disse Snape, inclinando-se e olhando diretamente para a aluna – Porque está terminantemente proibida de ir ao baile. 

— Receio que assim como você, Weasley – disse Minerva, olhando para Fred. Amy imaginou se havia sido apenas sorte a diretora da Grifinória acertar o gêmeo correto, mas não importava, porque pela primeira vez Daphne Black estava sem palavras e totalmente indefesa. E agora era a vez de Amy protegê-la. Diggory ergueu o buquê colorido e balançou na frente de todos como se segurasse uma bandeira.

— O que vocês estão falando? Daphne não tem nada a ver com isso – Amy revirou os olhos – O pedido era para mim! 

— Francamente, Parkinson, se você não sabe nos identificar não deveria tentar nos dedurar então. Ele é o Fred, eu sou o George. E era eu quem estava fazendo o convite, professora – completou George, olhando rapidamente por cima do ombro para Amy. 

— Nã– começou Daphne, recebendo um pisão de Amy em seu pé. A garota olhou para amiga, indignada pela dor e pela mentira que faria os dois amigos serem proibidos de irem a festa. Fred parecia igualmente chocado, olhando de um para o outro, mas Fred e George nunca desmentiam um ao outro na frente de outras pessoas, muito menos em situações como essa, então tudo que restava ao garoto era confiar no irmão gêmeo. 

— Você e a srta. Diggory? – questionou Snape, cerrando os olhos em direção ao ruivo. George assentiu. 

— É mentira! – gritou Parkinson.

Pansy nunca havia gostado de Daphne por algum motivo desconhecido e bizarro, já que ela era totalmente apaixonada por Malfoy e era de se esperar que tratasse bem os parentes do mesmo. 

— Era a Black! Estou dizendo! – ela olhou em volta, incentivando seus colegas de casa a concordarem com ela, mas Amy percebeu que Draco os encarava com os olhos sérios, duros como gelo, como se os desafiassem a falar. Todos continuaram em silêncio.

— Essa garota está ficando biruta – murmurou Lee Jordan.

— Draco? – chamou Snape, fazendo o garoto desviar o olhar – Quem eram? 

E soando totalmente sincero sem um peso sequer na voz, Draco respondeu:

— Diggory e Weasley, senhor – disse – George Weasley, senhor. 

Snape continuou segurando o olhar de Draco por um momento antes de se virar para McGonagall.

— Acredito que sejam mesmo Diggory e Weasley, Minerva – a mais velha assentiu.

— Vocês dois – ela apontou para Amy e George – Para minha sala. Agora. Trarei Pomona para conversar com você, srta. Diggory.

— Sheffield – chamou Snape, fazendo com que Amy olhasse na mesma direção que o professor. Louis estava ali o tempo todo e ela não viu? – Leve todos os alunos para sala comunal. Agora. 

— Sim, senhor – respondeu o garoto. Juntos, McGonagall e Snape se viraram e partiram junto de Filch, que tinha um sorriso vitorioso no rosto. Louis segurou o olhar de Amy no seu por um momento e a enviou um sorriso antes de se levantar e chamar os alunos em direção às masmorras como Snape havia ordenado. 

— Vocês não deveriam! – chorou Daphne – Merlin, não poderão ir ao baile! 

— Antes eu do que você – respondeu Amy com um sorriso reconfortante para a amiga – Não se preocupe, Daph. 

— É, vocês não precisam agradecer nem nada – disse George em um tom provocativo. Fred revirou os olhos.

— Isso foi estupidez – disse ele, mas um pequeno sorriso começacava a se formar em seu rosto quando ele passou os olhos pela amiga e pelo irmão – Mas obrigado. Mesmo.

— Guarde o meu buquê por mim? – perguntou Amy e Daphne riu, pegando as rosas de volta. A garota se levantou, dirigindo-se a George – Vamos? Temos um sermão para ouvir.

George riu, fingindo que tirava o chapéu e dava um passo para trás, abrindo espaço para Amélie.

— Vamos lá, Ames. Está na hora de descobrir onde teremos a nossa dança especial. 

 

 

 

 

 

 

 

 


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