O Futuro Está Aqui escrita por Vanilla Sky


Capítulo 9
Conversas francas


Notas iniciais do capítulo

"Quem foi que atualizou tudo por aqui?"
♫ Foi a Vanilla e mais ninguém! ♫
"Quem escreveu tudo isso aqui?"
♫ Foi a Vanilla e mais ninguém! ♫

COM LICENÇA... Foi aqui que pediram umas atualizações de fanfic com bastante amor e momentos fofos e significativos para lidar com o final de WandaVision? Então não se preocupem porque o pedido já chegou ♥

Como vocês estão, amados? Como lidaram com o final ontem? Lembrando que aqui não tem spoiler da série, mas nos comentários SIM, então fiquem à vontade para falar sobre a série e suas expectativas para o futuro!
Desculpem que esse capítulo ficou um pouco mais curto, é uma questão de tempo para escrever mesmo. Também estava trabalhando na oneshot nova da coletânea e em Beginning, Middle, End ao mesmo tempo. A oneshot vou postar em seguida, e o capítulo novo da fic mais curtinha devo postar um pouco mais tarde, por ele ser maiorzinho :)

Enfim, aproveitem o capítulo! Bem fofinho porque a gente merece ♥



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Naquela noite, Visão estava aflito.

Ele observava Wanda dormir escorado na janela, de vez em quando virando seu rosto para fora, temendo novos drones buscando a sua localização. Ninguém sabe o que seria deles caso os encontrassem, ou o que seria da casa se, em outras circunstâncias, as máquinas estivessem armadas.

A moça grávida ressonava sobre o travesseiro, notadamente cansada após uma tarde pintando as paredes daquele sótão e tirando poeira da cômoda, só parando vez ou outra para admirar as flores recebidas. Ela dormira enquanto lia um pouco do guia para a gravidez, em especial dicas para mães e pais de primeira viagem. Visão pegar o livro de suas mãos com cautela para não a acordar, depois plantou um beijo no topo de sua cabeça e acariciou a barriga que carregava seu filho com a ponta dos dedos e os poderes da joia da mente, uma maneira de se comunicar com aquele pedacinho de gente.

Ao olhar para ela, descansando pacificamente, Visão atravessou a parede para o ambiente externo e voou pelo céu, observando o ambiente de cima. A noite estava calma. A cidade ao horizonte estava praticamente toda no escuro, salvo por poucas luzes somente visíveis pela visão noturna do sintozóide. Não havia barulhos estranhos ao seu sistema auditivo sensível, só o vento balançando as folhas da floresta.

Mesmo assim, a inquietude em seus sistemas internos permanecia; e ele decidiu voar entre as árvores para garantir que não havia nada de errado. Nenhum sinal de invasão ou de dispositivos os quais tivessem o condão de descobrir onde estavam escondidos. Ao chegar na cerca onde quebrara o localizador na noite anterior, sentiu algo diferente em seus sistemas internos: o ódio em sua forma mais pura.

Visão puxou a cerca fixa no chão com um puxão muito forte, e deixou o corpo denso o suficiente para carregá-la nos braços de uma vez só, voando para cima do rio que cortava o terreno somente para jogá-la na água. Um barulho alto foi precedido de muita água em sua direção, e o grande pedaço de madeira boiando rio abaixo. Se antes o inimigo tinha alguma pista de sua posição, agora certamente não teria mais.

Ele flutuou de volta para a casa de campo, para encontrar Natasha sentada no lance de escadas da entrada.

— Se divertindo jogando muros no rio? Deu para ouvir o estouro daqui.

Visão parecia levemente encabulado pela situação.

— Eu não queria que nossos inimigos tivessem acesso a algum resquício da nossa localização e...

— Vis.

Natasha indicou o lugar vago ao seu lado para Visão se acomodar. Jogando a capa dourada para trás das costas, ele sentou ao seu lado. A Viúva Negra possuía, em suas mãos, um canivete para talhar um pedaço de madeira que retirara da floresta. Usava um moletom preto por cima de seu pijama, provavelmente querendo um ar fresco antes de voltar a dormir.

— Eu não preciso ler pensamentos para saber que você não queria apagar a nossa localização. – Prosseguiu Natasha, ainda modelando a madeira com sua navalha. – O que aconteceu?

Visão ficou um longo tempo em silêncio, escutando apenas o fio da lâmina sobre a lenha, repensando em sua decisão de se livrar daquela cerca.

— Eu não sei, Nat. – Natasha fitou-o com o canto dos olhos. – Eu só... Senti uma emoção poderosa em meus sistemas. Algo que não consegui discernir, mas que me cegou por completo, e eu só queria me livrar daquela cerca.

— Oh, céus. – Ela sorriu. – O Visão está com ódio?

— Ódio?

— Isso. A sensação de ficar cego e querer que algo suma da sua vista... Nem que você precise jogá-la no rio. Isso é a força do ódio.

O ar da noite soprava as madeixas ruivas da moça, e ela seguia concentrada em seu artesanato que, pouco a pouco, tomava a forma de um animal, com orelhas redondas sobre a cabeça.

— Deve haver algum erro na minha programação. Não fui criado para sentir esse tipo de sentimento nesta intensidade.

— O único erro é suprimir isso.

Uma nova onda de silêncio entre eles precedeu uma nova fala de Natasha:

— Você está evoluindo, Vis. Passou de um robô criado para finalizar Ultron para um humano tão complexa que foi capaz até de conceber junto com a Wanda. E, com essa evolução, é normal descobrir sentimentos novos.

Em sua mente, Visão relembrou alguns sentimentos que descobrira com Wanda. O amor, o aconchego, a vontade de protegê-la. A vontade de proteger seu filho. Essa, em especial, evoluindo a ponto de trazer o ódio para as palmas de sua mão, tão tangível que mal parecia pertencer a ele.

— E se eu machucar a Wanda?

Guardando o canivete em seu bolso, Natasha segurou o braço de Visão as pontas dos dedos firmes no tecido mutável de sua roupa, e exibiu um sorriso fraco. Seus olhos estavam um pouco cansados, e ela deveria ir dormir logo; porém, ainda queria trazer certo conforto para um sintozóide assustado com o que seus sentimentos eram capazes de fazer com a mulher que amava.

— Você é incapaz de machucar a Wanda. Se fosse para fazer isso, teria deixado ela grávida lá em Edimburgo e ido embora para sempre. – Ele estremeceu. – Pode ficar tranquilo quanto a isso, pois você vai aprender a dosar esses sentimentos.

Natasha pegou a peça que trabalhara e entregou ao seu colega de equipe. Era um urso que parecia um totem, com as patas dianteiras sobre a barriga. Visão não estava tão acostumado a ganhar presentes, então estranhou o gesto a princípio, porém, depois sentiu que era algo amável e agradeceu.

— Um charme de boa sorte para você cuidar da sua família. Na Rússia, de onde eu venho, os ursos são comuns, e usados como símbolos de transformação interior, até. Acho propício para você. – Ela o abraçou. – Cuide bem da Wanda e de você. A mini Nat tem muita sorte de ter pais como vocês.

Antes de voltar para o seu quarto, Visão tornou-se intangível para subir até o sótão, deixando o ícone de urso ao lado das flores sobre a cômoda. A luz prateada da lua preenchia as paredes vazias, dando um ar etéreo para o futuro quarto da criança.

Quando atravessou a porta fechada do cômodo em que Wanda dormia, já usando roupas humanas, percebeu que Wanda estava sentada na cama, observando sua própria barriga descoberta.

— Wanda! – Visão choramingou. – Você deveria estar dormindo!

Ao sentar ao lado dela, a moça questionou:

— Você ainda vai me querer quando eu parecer um barril e tiver estrias?

Visão parou e soltou uma breve risada. Aquela era a preocupação de Wanda? As suas mãos envolveram a barriga e os seios da amada, e ele sentiu-se confortável em dizer, com a boca encostada em seu pescoço:

— Eu vou querer você para sempre. Porque eu te amo.

A voz faltou na garganta de Wanda quando ela tentou dizer algo após aquela tão repentina declaração. Uma singela lágrima escorreu, talvez pelos sentimentos à flor da pele ocasionados pela gravidez. Ela pôs as mãos sobre as mãos de Visão e respondeu:

— Eu também te amo, Visão. Muito.

Eles ficaram alguns segundos abraçados, até a voz de Visão irromper no ar:

— E você parece mesmo um barril.

— O quê? – Protestou Wanda.

— Um barril cheio de doces, carregando meu maior presente com você.

Wanda riu enquanto buscava um beijo em seus lábios, e ficou de joelhos na cama em seguida para poder abraçá-lo melhor. O sintozóide a puxou e a ajeitou cautelosamente em seu colo largo, para poder depositar doces beijos em seus lábios e rosto enquanto acariciava sua barriga com todo o amor possível. No fim, manteve a joia pulsante encostada em sua testa, externando o carinho através daquele singelo ato. 

— Não há nada mais bonito que uma mulher grávida. – Ele esfregou o seu nariz no nariz dela. – Não há nada mais bonito que a minha mulher grávida.


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Notas finais do capítulo

Curiosidade! A referência ao barril cheio de doces e não haver nada mais bonito que uma mulher grávida vem do quadrinho do Visão e da Feiticeira Escarlate de 1985 ♥ coisa mais fofa a Wanda barrigudinha com a roupa dos quadrinhos original sahusuhasuh
Enfim, peço desculpas pelo capítulo curto, mas espero de coração que tenham gostado! A partir da semana que vem prometo fazer capítulos um pouquinho maiores e com mais conteúdo. Mas algo para aquecer o coração é bom também, né? ;)
Aceito críticas e sugestões, e podem ficar A VONTADE pra criticar. Porém, torço para que o diálogo do Visão com a Nat, e depois dele com a Wanda, tenha aquecido o coração de vcs!
Um beijão e um abraço bem quentinho, fiquem bem! Até breve ♥



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