O Engano escrita por Linesahh


Capítulo 4
Sucesso ou Desastre?


Notas iniciais do capítulo

Hello, pessoal!
Falando sério, está sendo um milagre conseguir postar esse capítulo, meu PC inventou de dar pau bem na hora que eu sentei pra revisar, é mole? Eu (Line) tive que dar meus pulos aqui, mas ainda bem que deu tudo certo.

E PREPAREM-SE para o que está por vir! No capítulo passado vi que muita gente apostou que as declarações vão dar ruim, né? Mas o que, de fato, irá ser?

Um sucesso ou um desastre?

Boa Leitura ♥️



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“Vamos lá, Kuroo… Você vai conseguir, vai sim!”

Durante o trajeto até o ginásio do Nekoma, era esse o pensamento estimulante e veemente que a imagem ansiosa e inquieta de Kuroo carregava.

O rapaz tinha plena ciência do fato de seu coração (bastante energético, por sinal) estar gradualmente dobrando a rapidez entre cada batida, mostrando-se claramente angustiado e agitado.

Mas, de toda forma, não seria esse detalhe que o impediria de concretizar seu objetivo; afinal, era Kuroo o único e inabalável bloqueador ali.

Os passos de Tetsurou eram firmes e decididos, sem a mínima sombra de hesitação. O medo, felizmente, permanecia escondido dentro de seu interior, o que dava um incentivo extra ao rapaz de pupilas finas e impetuosas.

Em sua mente, repassava várias vezes a longa e complicada madrugada que tivera em companhia de Bokuto. Os dois capitães, decididos a não perderem um segundo sequer de todos que já haviam sido desperdiçados, ingressaram em uma intensa jornada para encontrar as declarações perfeitas. Assim, foram necessárias horas e horas para os rapazes combinarem e decorarem os roteiros de suas próprias confidências-amorosas, testando-as sucessivas vezes um no outro. Eles mal haviam se dado ao luxo de tirarem sarro da situação um tanto cômica, uma vez que ambos encontravam-se focados, preocupados e, em seus íntimos, desesperados demais para isso.

A situação era séria, e, por mais que já fosse algo esperado para Kuroo se fazer, não seria agora que ele faria piadinhas sobre o assunto.

Afinal, era uma grande parte de sua felicidade que estava em jogo.

Assim, o garoto não mediu coragem ou esforço para adentrar o ginásio, ajeitando perfeitamente a postura, como uma forma de dizer a si mesmo: “Relaxa, pois essa é uma partida que você pode vencer.”

Não foi segredo algum que aquele “ímpeto-animador” foi bastante cortado quando a imagem de Kenma enquadrou-se imediatamente em sua visão.

O mais velho cessou o passo na mesma hora, observando receoso e atentamente a figura do Kozume enquanto buscava recuperar-se do tremendo solavanco que o coração lhe dera.

Kenma estava sentado no chão de pernas cruzadas, as costas pressionadas contra a parede e os olhos amarelos — como sempre — entretidos na tela do celular. Os polegares mexiam-se com agilidade, demonstrando que ele estava 100% focado no jogo que jogava.

Com isso, Kuroo, um pouco mais tranquilo, permitiu-se varrer os olhos-avelãs por toda a extensão do local, confirmando para si mesmo que nenhum dos outros jogadores havia chegado ainda.

Aquilo foi o suficiente para que ele categorizasse a situação como sendo o “momento-perfeito.”

Como que roboticamente motivado, Kuroo se aproximou do amigo, anunciando-se. Seu plano era começar a declaração com clareza e objetividade, mas sem deixar o ritmo correr tão acelerado.

Contudo, foi somente o simples ato de Kenma em erguer os olhos para si que o cérebro do mais velho entrou em pane.

Assim, desatou a falar:

— Kenma… — hesitou por um segundo, mas, forçando-se a abandonar quaisquer medos, focou-se totalmente na imagem do outro, tomando fôlego. — Sei que já nos conhecemos há muito tempo, e que somos melhores amigos há anos, mas… Faz um bom tempo que, pelo menos para mim, essa amizade já se transformou em algo a mais. A verdade, Kenma — fechou os olhos por um segundo antes de voltar a abri-los, pois Kuroo soube, nitidamente: a hora havia chegado. —, é que eu gosto de você. Gosto muito. Faz tempo que já não me sinto o mesmo quando estou ao seu lado, tenho sentido coisas diferentes, coisas que já não posso mais ignorar. Então, agora… — Kuroo juntou força, soltando o ar com intensidade. — Mesmo que você já esteja com Akaashi, confortável e feliz, eu me sinto na obrigação de revelar isso a você. Pois, acima de qualquer coisa, você continua sendo o meu melhor amigo. E, para falar a verdade, sempre será.

Ao terminar de falar, Kuroo, esperando que o peso de mil quilos fosse sair imediatamente de seus ombros, assustou-se ao averiguar o contrário.

Pois, mesmo que fosse óbvio, ainda precisava escutar a resposta de Kenma.

De um segundo para o outro na cabeça do capitão do Nekoma, foi como se Kenma houvesse virado o dominador e ele o dominado; como se só o mais novo tivesse o poder da palavra, o poder para condenar ou libertar o destino de Kuroo.

Imerso em tais pensamentos preocupantes, Kuroo forçou-se a esquecer tudo aquilo. Afinal, o mais importante agora era tentar decifrar o olhar inusitado no rosto de Kenma, que — admitia — iria ser uma tarefa difícil.

Kenma continuava lhe encarando com uma expressão engraçada. Para Kuroo, não dava para saber se o mais novo estaria intrigado com tudo o que escutou, ou apenas perdido em confusão.

E foi enquanto pensava nisso que Kuroo, de uma hora para outra, recebeu um “saque-viagem” bem no meio da cara no instante que Kenma, inesperadamente, retirou os fones-de-ouvido.

— Hum… Kuroo? — sua voz saiu carregada de inocência, a expressão entre curiosa e admirada. — Está falando comigo?

Choque.

A fisionomia inteira de Kuroo entrou em estado de petrificação. Completamente. A única batida congelada que seu coração executou deu a ele a ideia de que havia desfalecido em pé mesmo. O ar de seus pulmões pareceu ter sido totalmente sugado por um impiedoso aspirador da última geração.

Falar, se mexer, respirar… Não conseguia fazer nada.

A única coisa que funcionava em seu corpo era o cérebro, o qual sondava, desesperado e escandalizado, sobre somente uma pergunta:

Era possível que uma piada desgraçada daquelas estivesse realmente acontecendo?

Mergulhado como num sonho eterno — pesadelo seria uma denominação melhor —, Kuroo, com seu espírito em estado estático, mal percebeu-se respondendo a pergunta de Kenma:

— … Não é nada, esquece.

Sem saber mais o que dizer ou para onde olhar, uma vez que os olhos de Kenma — que, naquele momento, exalavam pura ingenuidade — pareciam dois faróis brilhantes e fortíssimos, impossíveis de se mirar fixamente, Kuroo virou-se com destino à saída, o rosto tomado pela vermelhidão originada da vergonha e humilhação.

Kenma não havia escutado nada. E tudo por causa dos malditos fones!

Estava pasmo. Totalmente pasmo.

No entanto, ainda não era o fim.

— … Kuroo, espere!

Com o chamado inesperado de Kenma, o coração de Kuroo ofertou seu terceiro e mortal solavanco naquele dia. Ao que parecia, a esperança havia dado-se ao trabalho de voltar a preencher seu espírito.

Enquanto se virava, Kuroo imaginou que talvez aquilo não tivesse passado de uma pegadinha, que Kenma estaria apenas brincando consigo. Era verdade que jamais imaginou que uma coisa dessas pudesse partir do amigo, nunca o vira fazendo tal coisa, de fato...

Mas sempre tinha uma primeira vez pra tudo, certo?

Errado.

— Hum… Você tinha dito alguma coisa sobre o Akaashi? — foi a pergunta proferida por Kenma, o qual ainda tinha o rosto tomado por feições perdidas.

No entanto, interessadas.

De imediato, Kuroo ficou lívido novamente, a cor esvaindo-se por completo de seu rosto, olhos, coração… Tudo.

— Aka-Akaashi?... — a pergunta saiu num fio de voz, totalmente desnorteado.

Kenma assentiu, mostrando mais disposição.

— Sim, você o viu por aí? Combinamos de nos encontrar hoje, quero falar com ele. — explicou. — Se o ver, pode avisá-lo?

Kuroo, já sentindo-se literalmente com o corpo na cova e a alma no céu, foi somente capaz de acenar positivamente feito um zumbi antes de sair dali.

Enquanto atravessava as portas para o mundo exterior, deixando para trás o garoto reservado que era capaz de causar em si as mais diversas sensações possíveis, seja de esperança ou de desespero, Kuroo só conseguiu sentir a dor agoniante que ia florescendo cada vez mais em seu peito:

A dor de quem tivera o coração totalmente esmigalhado.

Era oficial; aquele havia sido, com certeza, o pior dia de toda a sua vida.

E pior que nem oito da matina era ainda...

 

◾◾◾

 

Do lado de fora do ginásio do Nekoma, naquele mesmo instante e postados em frente a uma janela estratégica tanto para a visão quanto para a audição, estavam Yaku, Lev e Yamamoto, o qual haviam assistido toda a cena entre os amigos de camarote.

Observando a imagem de Kuroo se retirando do ginásio com a pior pose de derrota que já haviam visto na vida, os três, então, se olharam.

Estavam pasmos.

— Isso realmente acabou de acontecer? — foi Yamamoto o primeiro a conseguir falar, a voz saindo com uma incredulidade assombrosa.

Lev, que esboçava desnorteamento mais do que qualquer um ali através de seus olhos-verdes e inclinados como os de um gato, baixou os ombros largos, inseguro.

— Se nós três vimos, então penso que sim. — respondeu simplesmente, perturbado.

Yaku levou a mão ao queixo, inclinando a cabeça para baixo e pensando atentamente.

— A situação ficou ainda mais grave do que eu pensava. — o pequeno líbero ergueu os olhos, fixando firmemente os outros dois.

“Precisamos fazer alguma coisa.”

 

◾◾◾

 

— Bokuto-san, estou ouvindo, pode falar.

Akaashi observava o ás com toda a paciência do mundo, ainda que já fosse exatamente a décima quarta vez que proferia aquelas mesmas palavras.

— Só me dê um minuto, Akaashi. — Bokuto soltou uma inspiração profunda, esfregando a nuca e parecendo estar extremamente nervoso e mergulhado numa pilha de nervos seríssima.

“Ou mais algumas horas…”, Akaashi pensou, suspirando internamente. Quanto tempo mais aquilo iria levar?

Desde o início do dia, Bokuto estava tentando lhe dizer alguma coisa — evidentemente — importante. No entanto, até agora ele não fora capaz de pronunciar uma só palavra. Bokuto sempre desistia no último instante ou aparecia alguém para atrapalhá-los, o que só o frustrava ainda mais, culminando em sua desistência.

Seja o que fosse, era algo sério. Só assim para fazer Bokuto ficar tão nervoso daquele jeito.

Akaashi sentiu-se surpreso e relativamente feliz quando o ás o procurou diretamente àquela manhã. Estava curioso para saber o que Bokuto iria falar e, de certa forma, aliviado por ele finalmente ter parado de lhe evitar e ignorar. Até mesmo desmarcou um encontro com Kenma naquele dia para dar total atenção à Bokuto. Depois de uma semana inteira tentando descobrir o que estava acontecendo com o platinado, tinha esperança de que finalmente tudo fosse revelado e esclarecido.

Ergueu os olhos cansados para as janelas do ginásio, notando a crescente escuridão lá fora. Estava tarde, e todos já haviam ido embora após o treino, restando apenas os dois ali. Akaashi sentia-se exausto depois de um dia puxado daqueles, mas, por Bokuto, sempre estava disposto a fazer um sacrifício a mais, principalmente nessa situação frágil e complicada em que estavam metidos.

— Ok. — voltou-se rapidamente para Bokuto, em alerta com a voz mais firme dele. Ficou feliz por finalmente ele ter reunido coragem o suficiente para revelar o que quer que fosse. — Estou pronto.

Akaashi apenas o olhou em silêncio, dando um leve aceno que dizia “estou ouvindo”, tanto para incentivá-lo quanto para confortá-lo.

Bokuto deixou sua bolsa no chão, como se quisesse se livrar de qualquer peso que estivesse carregando. Akaashi avaliou bem sua expressão, e constatou que sim, a hora era aquela.

Ele iria finalmente falar.

— Nós dois amamos vôlei, certo?

O silêncio instaurou-se sobre o ginásio. Akaashi piscou algumas vezes, não conseguindo evitar que sua mente entrasse em pane. Por um momento, achou que havia ouvido errado.

Bokuto queria falar sobre… vôlei?

De fato, não era o que esperava. Na verdade, era uma das últimas coisas que Akaashi esperava nessa situação em particular: o vôlei ser o problema. Normalmente, sempre era, mas, durante toda aquela semana, achou que havia ficado claro que o problema de Bokuto tratava-se de outra coisa completamente distinta.

Será que estava errado?

Como especialista que era em esconder emoções, Akaashi ocultou sua incredulidade e confusão dos olhos dourados de Bokuto e apenas pigarreou, assumindo uma pose tranquila.

— Hum… É sim, gostamos bastante de vôlei. — concordou.

Bokuto assentiu lentamente, encarando-lhe com atenção e intensidade, como se estivesse seguindo um passo a passo e, por enquanto, tudo estivesse sobre controle.

Por enquanto.

— Bem, no vôlei têm as posições, certo? — o ás continuou, seguindo com seu raciocínio ainda intrigante para Akaashi. — Cada posição é relacionada, uma mais que as outras, claro — acrescentou rapidamente. — Mas, no geral, todas são… são… — o rosto dele fez esforço para lembrar da palavra exata.

Akaashi ergueu uma sobrancelha.

— Interligadas?

— Isso, essa é a palavra! — Bokuto acenou com animação, feliz por Akaashi estar acompanhando. — Olha as nossas posições, por exemplo: eu sou o atacante e você o levantador!

O vice-capitão soltou o ar, sentindo-se ainda mais confuso. “Posições”, “relações”, “interligadas”... O que Bokuto queria dizer com tudo isso? Qual era, de fato, a preocupação central do ás em relação às posições? Por alguma obra do destino, Bokuto não estaria mais feliz em ser atacante? Era uma suposição quase senil, mas, como bem esperado, Akaashi sempre pensava em todas as alternativas possíveis.

De toda forma, no momento, o melhor que podia fazer era continuar dando corda para Bokuto.

— Hã… Certo. — assentiu. — E o que tem?

— Olha, nós dois somos muito bons nas nossas posições, certo? — Bokuto continuou. — Mas, mesmo assim, precisamos um do outro, ou nada funcionará. Eu preciso dos seus levantamentos para atacar, assim como você precisa que eu ataque os seus levantamentos. — expôs a lógica.

Ainda não conseguia entender bem aonde Bokuto queria chegar, mas, pelo jeito, era realmente algo relacionado somente à ele e Akaashi, assim como, também, suas respectivas posições em campo.

Concordou novamente.

— Estou ciente de tudo isso, Bokuto-san. — franziu, então, o cenho. — Mas…

— O que estou querendo dizer é que!… — Bokuto interrompeu-lhe, nervoso e agitado, mordendo o lábio inferior por um momento enquanto reunia coragem para revelar, enfim, o que queria dizer desde o começo. Akaashi conhecia aquela expressão, pois era exatamente a mesma que ele exibia quando estava prestes a falar o que o estava incomodando e originando seu “modo-emo” no meio da partida. Os olhos dourados encontraram-se com os azuis-escuros, originando uma reação eletrizante. — Eu quero unir essa ligação ainda mais, torná-la mais forte, mais verdadeira… oficial. — disse, enfim, a palavra chave.

Akaashi o observou em silêncio, nem bem notando quando seu peito passou a subir e descer com certa rapidez. De alguma forma, o nervosismo de Bokuto estava começando a lhe atingir também.

O que ele quis dizer com “unir ainda mais a ligação”? Será que Bokuto estava insatisfeito com o desempenho de ambos como levantador e atacante? Será que achava que não estavam interligados e sincronizados o suficiente? Talvez ele quisesse, no fundo e desde o começo, que ambos treinassem ainda mais para lapidar essas falhas e tornarem-se ainda melhores…

Seria isso?

— Bokuto-san…

— Akaashi. — Bokuto prendeu o ar, a voz grave e intensa. — Eu gosto muito… — ele brecou, como se não fosse capaz de pronunciar as próximas palavras. Por um momento, Akaashi sentiu um frio inundar seu interior e a garganta secar. — … dessa ligação que temos. — Bokuto disse por fim, ainda que não parecesse que essas eram as palavras que ele queria revelar de fato. — Ela é essencial para mim, quase como o ar que respiramos. Não seria o máximo se… — ele ergueu os olhos, fixando-os no levantador. — Se a uníssemos por completo? O que me diz?

A compreensão o invadiu.

Foi como se um peso de mil quilos tivesse deixado os ombros de Akaashi, assim como parecia estar acontecendo com Bokuto. Finalmente havia descoberto e entendido a verdadeira fonte dos problemas do ás.

Não era nada tão sério ou grave como havia pensado, era verdade, mas era importante para o Koutarou. Talvez, desde o começo, Bokuto estivesse passando por uma fase sentimental já que era seu último ano no Fukurodani e, consequentemente, no time de vôlei.

De toda forma, havia entendido o cerne da questão: Bokuto desejava que ambos ficassem ainda mais ligados em campo, a fim de aproveitarem o máximo possível antes que o ano acabasse e ele saísse do colégio.

Estava aliviado. Surpreso também, mas, de toda forma, aliviado. Era algo tão simples…

Por fim, apenas dispôs-se a falar:

— Ah, mas é claro. — sorriu. — Eu também gosto muito de trabalhar com você, Bokuto-san.

Inesperadamente, Bokuto murchou por completo. O brilho que antes ocupava seus olhos dourados, assemelhando-os ainda mais às estrelas, sumiu totalmente; opacos e sem vida.

O ás balbuciou:

— S-Só… Trabalhar?

Um pouco incerto e extremamente confuso com a reação do capitão, Akaashi não soube o que fazer além de concordar, ainda que hesitante.

— Hum… Sim. — encolheu os ombros, como se fosse óbvio.

Foi o fim.

Bokuto, sem nem mesmo olhá-lo, deu-lhe às costas e se retirou do ginásio, desolado e derrotado. Até mesmo a bolsa fora deixada para trás, no entanto, Akaashi estava tão incrédulo e confuso que não teve reação para lembrá-lo do detalhe.

Ou sequer chamá-lo de volta.

Pela quinquagésima vez: o que estava acontecendo com Bokuto? Onde Akaashi havia errado daquela vez? Estava tudo indo tão bem…

Suspirou, massageando as têmporas, que já começavam a dar umas pontadas dolorosas.

Com certeza, teria a pior dor de cabeça de toda a história naquela noite.

 

◾◾◾

 

No andar de cima do ginásio, espiando nas escadas, estavam Komi e Konoha, ambos telespectadores da cena ocorrida lá embaixo. Após verem que Bokuto e Akaashi ficaram para conversar, a decisão de se esconderem para ouvir tudo foi unânime.

… No entanto, depois de verem com os próprios olhos a cena que acabara de acontecer, o choque era a única emoção presente nas feições do líbero e do ponta.

De repente, sem esperar, um toque de celular ecoou entre eles, despertando-lhes do estupor.

Como um robô, Konoha levou o aparelho até o ouvido, atendendo a ligação.

— Yaku? — franziu minimamente o cenho, contudo, conforme foi escutando as palavras do líbero do Nekoma, sua expressão mudou. — Sério? Aí foi de manhã? Pois acabou de acontecer a mesma coisa aqui, agora mesmo!

Komi o cutucou, querendo saber da fofoca, mas Konoha o ignorou.

— Também acho que isso está indo longe demais. — o Akinori bufou, esfregando a nuca. — Precisamos nos encontrar imediatamente. — frisou, olhando, então, para Komi. Suas próximas palavras saíram com intensa firmeza:

“Precisamos tomar uma providência. E vai ser agora!”. 


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Notas finais do capítulo

Galera, há apenas dois sentimentos no meu coração: vergonha e pena (*_*)

E aí? Esperavam por essa? As declarações não foram um desastre, foram, na verdade, uma CATÁSTROFE

Depois dessa vai ser difícil para o Kuroo e o Bokuto dormirem bem essa noite, coitados kkkkkk

Estamos oficialmente na metade da Short-fic, e aguardem ansiosos que ainda tem muuuuuita coisa boa pela frente. Só digo para prepararem os corações

Diz aí o que achou das declarações, se você riu, chorou, desmaiou, sentiu pena, vergonha alheia…Enfim, tudo!

Até o próximo! ♥️



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