A distância entre nós- Fremione escrita por Anna Carolina00


Capítulo 8
Segredo




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Hermione POV

 

A semana seguiu de maneira estranha. Acordei mais tarde que o habitual e tive a sensação de ter respostas para coisas que não compreendia. Agora a forma com que Harry executou a poção parecia fazer sentido. Eram técnicas sofisticadas de grandes pocionistas, coisa que não se acharia em um livro para estudantes. Nos dias seguintes, minhas dúvidas no trabalho de runas foram sanadas enquanto eu dormia, consegui aperfeiçoar meus feitiços não verbais e até mesmo a teoria por trás de semitransfiguração animal. Eu consegui lidar com todo o acúmulo de matérias e ser a primeira da turma, exceto, é claro, em poções, pois Harry tinha um suporte de quem possuía a alcunha de Príncipe Mestiço.

—Poderia ser uma mulher, Harry. Acho que essa letra parece mais de uma menina escrevendo…

— E quantas meninas se autodenominam “príncipes”, Hermione? - Foi a resposta curta e grossa que Harry me deu na noite de sexta. - Além disso, preciso te avisar que hoje você não pode pegar minha capa escondido….

— O que disse, Harry?

— Francamente, Hermione. Não sei o que te deu nessas últimas madrugadas, mas eu sei que só você saberia onde deixo a capa e saberia usar um feitiço não verbal para convocá-la  se chamar atenção de ninguém… Poderia ter só pedido emprestado, não precisava pegar na surdina, eu vi você trazendo ela de volta noite passada.

Harry voltou sua atenção para o trabalho de transmutação de pássaros e eu subi para o quarto apressada. Só Rony e eu sabíamos onde Harry deixava sua capa. Se ele tinha tanta certeza que era eu pegando a capa… Meus sonos mais duradouros começaram logo em seguida ao contrato que fiz com o livro Preparatório para MONs. Também comecei a aprender melhor o conteúdo sem uma explicação racional… Eu só precisava de uma evidência para ter certeza e eu tinha a impressão que sabia onde encontrar:

Abri o livro na última página. A letras começaram a se escrever sozinhas:

Boa noite, Senhorita Granger. Pude sentir suas inquietações. Não fui claro quanto às cláusulas de nosso contrato, mas acredito que essa semana foi uma excelente demonstração de como nosso contato pode ser benéfico. 

Continue com seus estudos diurnos e saberei exatamente o que buscar para sanar suas dúvidas enquanto você dorme. 

Você terá mais tempo para estudar… Posso lhe mostrar como adquirir conhecimento nunca antes imaginado! Sei que você se responsabiliza pelo acontecimento no departamento de mistérios… Comigo ao seu lado, até mesmo o conhecimento além do humano poderá ser acessado. Basta permitir que eu esteja contigo em tempo integral, não apenas enquanto você dorme.

Fechei o livro, imediatamente.

Comecei a respirar pesado, como se não houvesse mais ar ao meu redor, como todo o espaço do quarto diminuísse exponencialmente… Isso porque estava dentro de mim, o que quer que aquela coisa seja, está dentro de mim.

Fechei os olhos e desejei que aquilo fosse apenas uma piada de mal gosto. Abri o livro novamente.

Isso não é uma piada, Hermione Granger. Eu posso ouvir você pensar. Pode me chamar de Kraish, não sou um perigo, apenas tenho um conhecimento milenar acumulado e desejo poder lhe influenciar com aquilo que sei que é de seu interesse….

Fechei o livro novamente. 

Não tenho certeza de nada além de uma constatação: não posso mais dormir.







Fred POV

Foi no meu sexto ano que descobri ter sentimentos pela Hermione  e acabei começando a namorar Angelina. Acho que tem alguma coisa meio doida e  hormonal associada a esse ano… Pelo menos não vai ter um grande baile de inverno como teve no ano do Torneio Tribruxo. 

Hermione comentou em nosso pergaminho sobre a primeira semana de aulas, tudo tranquilo. Falou sobre Rony ter conseguido a vaga de goleiro e eu perguntei que bruxaria ela tinha feito para colocarem ele de novo. Às  vezes ele é muito bom, mas às  vezes é horrível! Eu como irmão mais velho preciso dar ênfase em como ele já quase matou Katia Bell ano passado… 

O Rony conseguiu a vaga por mérito próprio, ok? Só  precisou de uma ajudinha com a concorrência…

Sorri ao ler isso. O que uma bruxa como Hermione poderia considerar como ajudar os outros ?

Você  fez os outros goleiros vomitarem ou enfeitiçou um balaço?

 

Nenhum dos dois!!!! (Eu conseguia imaginar a cara de irritada que Hermione fazia enquanto escrevia isso) Só tinha mais um goleiro que estava indo bem no teste… Mas Gina já havia me dito que o Córmaco era um imbecil. Eu o deixei confuso na última defesa que ele teria de fazer… Foi pelo bem da Grifinória!

 

Você nem liga pro jogo, querida! Foi pelo bem do Rony que eu sei.... (pensar nisso me dava a já conhecida sensação de ciúmes ) Como você dois estão…?

 

Falamos sobre sair juntos. 

NÃO LITERALMENTE!

Acredito que ele concordou como amigo.

O novo professor de poções tem o costume de fazer bailes e Harry e eu seremos convidados. Então eu disse que ele poderia ir comigo… E ele disse que não deixaria eu ir com outro babaca para um baile.

:)

Eu respondi com um:

:)

 

Acho que esse assunto ainda é meio desconfortável para nós dois, mas eu quero que ela se sinta livre para sair com alguém e acho que ela quer que eu saiba que ela está se dando essa chance.

Comentei em seguida no pergaminho:

Vou sair com a Vera depois do trabalho hoje. Ela combinou de me mostrar que ainda existem bares abertos, mesmo que no Beco Diagonal não tenha mais nenhum…

 

Fred! Quase esqueci, pode me enviar mais Feitiços Patenteados para Devanear? Estão sendo de grande ajuda para dormir. Posso te enviar o dinheiro por uma coruja…

 

Nem pensar, Hermione. Você o ajudou a criar, o mínimo que posso fazer é te dar um suprimento inesgotável deles… Vou enviar eles transmutados em livros, de novo. Preciso voltar ao trabalho agora. Até mais.

 

Até.

 

Eu percebi que ela não quis comentar sobre minha relação com a Vera… Mas ela está quase saindo com Rony, então está tudo bem com isso, certo?

 

***

    Estava quase na hora do fim expediente quando Jorge me chamou para o canto com uma expressão séria.

    – Não faça alarde, mas Madame Malkin sumiu, acabaram de dar falta dela. Ninfadora está nos esperando na saída.  Podemos chegar a tempo.

    “A tempo de encontrá-la viva” é o que ele quis dizer.

    Os ataques nunca aconteciam de dia. Depois do último ataque na sorveteria do Florean, que parecia ser o mais violento de todos, pensamos que haviam acabado os ataques só nos restava procurar pistas… Mas pelo visto estávamos enganados.

    Olhei para Vera que já me esperava na saída.

    –Feche a loja para nós, Vera. Precisamos resolver alguns negócios.

    –Ok, Senhor Weasley.

    Ela havia começado a me chamar de Fred na última semana… Mas é justo que fique meio magoada. Cancelei nosso encontro com menos de 10 palavras de explicação.

    Aparatei nos fundos, Jorge e Ninfadora estavam lá. 

—O alarme da Madame Malkin não vai acionar enquanto estiverem acompanhados de uma aurora, mas precisamos ser rápidos. Vamos aparatar dentro da loja e ir direto para a cena do crime, o quarto que fica nos fundos.

Foi o que fizemos. Jorge e eu observamos o quarto e começamos a conversar do nosso jeito, as ideias sincronizadas.

—Estranho.

— Tem os arranhões característicos.

—Mas nenhum livro com a runa característica.

—Nenhum livro, na verdade.

Vimos uma estante completamente vazia. Ninfadora só nos ouvia calada. Respirei fundo e senti um odor incomum.

—Accio Odore Revelium!

Convoquei um de nossos protótipos que estava na loja.

—O que é isso?

    Ninfadora perguntou e Jorge respondeu.

    –Nosso protótipo que dá cor ao cheiros, mesmo os mais leves.

    –Excelente para logros com puns.

    –Úteis para encontrar comida escondida.

    – Agora… Extremamente útil para seguir uma pista!

Jorge soprou o pó de dentro do potinho e ele se espalhou pelo ambiente ganhando diferentes tonalidades. Era difícil saber qual deles era o que estávamos procurando até  que uma extensa área cor de rosa se formou sobre a cama. A poeira se movimentou para o chão como se fosse arrastada pelo chão seguindo as marcas até a janela que estava aberta.

Não pensamos duas vezes em sair por ali e seguir a coloração rosada. Jorge adicionava mais pó do Odere Revellium à medida que ele diminuía. 

Seguimos até  um beco sem saída onde havia um caldeirão abandonado, o cheiro parecia "entrar" no caldeirão. 

Era uma chave portal, é claro.

Ninfadora, Jorge e eu imediatamente tocamos a chave já com varinhas a postos. Entretanto, chegamos em uma floresta aparentemente inabitada. 

—Rastros de uma criatura correndo - Tonks apontou para marcas no chão- Parecem recentes… Seguem naquela direção!

Ela indicou uma clareira à beira de um riacho. Fez sinal de silêncio pedindo que esperássemos  e correu furtivamente até lá. Segundos depois, aparatou ao nosso lado:

—Sem sinal de um lobisomem, mas encontrei a madame Malkin... - Ela tocou nosso ombro e nos aparatou de frente com o corpo - … Sinto muito, acho que chegamos tarde demais…

Olhei para a senhora com roupas pomposas e um grande machucado no pescoço, sangue escorria até a margem e se misturava com a água. Seu olhos estavam fechados, mas rosto parecia inchado como se estivesse chorando enquanto fora atacada.

Jorge usou um feitiço para fechar o ferimento, apesar de já ser tarde demais, então foi averiguar o perímetro. Tonks havia desaparatado para avisar o chefe dos Aurores sobre o corpo encontrado e sobre a chave portal.

Olhei mais atentamente para o corpo da senhora. Lembro dela nos dando doces quando fomos comprar roupas lá. Uma única vez, nossa tia Muriel quis dar de presente um conjunto de vestes chiques para todos os sobrinhos naquele natal… O mesmo natal que soltamos uma bomba de bosta debaixo de sua cadeira durante a ceia.  Nunca mais voltamos a comprar roupas lá até abrirmos a Gemialidades. Madame Malkin elogiou nosso empreendimento e nos desejou boa sorte. Era uma boa pessoa.

Olhei mais atentamente em sua mão e havia um pequeno vidrinho aberto. Era um vidro de perfume. Pelo visto não era apenas uma senhora gentil… Agiu com esperteza para nos levar até ela!

Peguei o vidro e notei que havia algo luminoso dentro do pote.

—Jorge, vem aqui!

—Tem rastros descendo o riacho e uma fogueira acima… Parece que há outros corpos… Mas é melhor que os aurores cuidem disso. O que encontrou?

—Isso! -indiquei o pote -Madame Malkin nos deixou uma memória.

 

***

Hermione POV

 

Não estava tudo bem comigo. Mas não valia a pena incomodar Fred com isso, não com ele já  conseguindo o que queria...Seguir em frente.

Eu sabia que se dormisse, Kraish poderia tomar conta do meu corpo e eu não tenho ideia do que ele poderia fazer comigo ou pior, com outra pessoa.

 

Na terceira noite eu já quase não me aguentava em pé. 

Dobby tentou me ajudar preparando chás que pudessem me manter acordada para estudar… Ele assumiu os estudos dos elfos, assim meu querido grupo de alunos se tornou cada vez mais independente. Fred deu um conjunto de penas com corretores automáticos e os elfos choraram de emoção por receber um presente tão magnífico! Tive de explicar que elas não eram muito confiáveis e lhe dei dicionários trouxas para ajudar na escrita. 

Os elfos leram Os contos de Beedle, o Bardo durante o verão e decidiram que querem escrever suas próprias lendas! Combinei com a professora Mcgonagall que tentaremos transformar em um livro... Eles ficaram extasiados com a ideia! 

Era maravilhoso vê-los agindo de maneira independente, pois eu não tinha condições de acompanhá-los nesse momento. Já  era difícil convencer Rony e Harry que eu estava bem… Gina passava a maior parte do tempo com Dino e Luna, então quando notou minhas olheiras, apenas pediu que eu estudasse menos ou acabaria surtando.

 

Eu queria poder dizer que depois que Rony conseguiu a vaga no time, nós nos abraçamos e ele tomou coragem de me chamar para sair, mas o máximo que aconteceu foi vê-lo sorrindo para Lilá quando ela o abraçou na saída do campo.

 

Tentei focar em meus problemas.

Já  havíamos voltado do jantar quando lembrei dos Feitiços Patenteados para Devanear. 

—Harry, pode me emprestar sua capa hoje?

—Vai sair de madrugada para invadir a biblioteca de novo, Mione? Não acredito que sou eu quem vai lhe dizer isso, mas precisa tomar cuidado ou pode ser...expulsa.

—Harry! Nem pense nisso… Só preciso de um livro da seção reservada, não é nada demais.

—Quer companhia, Hermione? - Rony falou e eu podia jurar que era uma tentativa de flerte- Se bem que… Bem... Acho que não cabe mais nós dois na capa de invisibilidade, né?… Deixa para lá.

—Obrigada… Rony… Mas eu prefiro fazer isso sozinha.

Sai de lá o mais rápido que pude. Às vezes acho que Rony pode querer algo comigo, às vezes parece ser só  o Rony de sempre.  Essa indecisão me perturba.

 

***

Saí do quarto de madrugada.

Fui para a torre de astronomia, experimentaria o Devaneio lá. Se minha teoria estivesse certa, eu conseguiria controlar meu corpo durante o sonho vívido e poderia dormir em paz! 

 

Verifiquei que estava sozinha e abri a pequena embalagem que liberou uma fumaça. Era agora ou nunca, respirei fundo e inalei. Minha mente começou a revirar. Deitei olhando para o céu e as estrelas pareciam dançar. Eu sentia que podia esticar minha mão e alcançá-las e foi o que eu fiz. As luzes se moviam em torno da minha mão como se fossem vaga-lumes, eu sentia calor e o frio da brisa que entrava pela janela. Havia música. Eu sabia que nada daquilo era real, mas escolhi me deixar levar pela sensação de estar sendo levitada. 

   

A sensação durou meia hora, como prometido.

Eu dormi por meia hora, como prometido.

Meu corpo não foi controlado por ninguém, como eu havia imaginado.

 

Pedi que Fred me enviasse mais envelopes, devanear passou a ser minha rotina noturna a cada dois ou três dias.

 

Quando abria o livro de Kraish, ele implorava para que eu não insistisse nisso, dizia que eu precisava dele, que eu seria uma bruxa melhor se eu o ouvisse… Eu sabia que precisava me livrar do livro. Passei a carregá-lo comigo para que ninguém o abrisse por engano. Era vergonhoso demais tentar explicar essa situação, principalmente se fosse Harry. 

Numa madrugada em que eu seguia para a Torre de astronomia, enquanto eu pensava em uma forma de me livrar dele, passei pelo corredor da Sala Precisa e ouvi o barulho da porta surgindo para atender minha necessidade. 

 

Era um grande salão cheio de estantes recheado de objetos velhos guardados. Fazia sentido imaginar que aquele lugar era como a Sala Precisava se apresentava quando alguém precisava guardar algo.

Andei até uma estante e guardei o livro.

Ouvi um barulho na porta e tudo aconteceu muito rápido. Num instante a porta se abriu e vi Malfoy entrando na sala. Nós  dois fomos pegos de surpresa.

—Granger. -Malfoy!

Nós  dois estávamos de varinhas postas, movendo-nos com sutileza.

—O que está fazendo tão  tarde fora da cama, Granger?

— Eu poderia lhe perguntar o mesmo, Malfoy.

— Eu não respondo, você não responde. Se alguém souber disso, acredito que sua fama de boa moça sangue-ruim tem mais a perder do que eu…

— Pense em você, Malfoy. A última vez que você me enfrentou saiu com o nariz quebrado. E agora eu tenho uma varinha.

Ele sorriu com escárnio.

— Vejo olhos cansados, mãos trêmulas, essas olheiras… Quanto tempo sem dormir direito?Dias...? Semanas…? 

—Você não parece melhor que isso, Malfoy. 

—E pelo visto você encontrou uma solução para sua "insônia" - Draco olhava para o Feitiço de Devaneio em minha mão - Não achei que essa coisa Weasley funcionava… E me surpreende, logo a miserável Sabe-Tudo trazendo um produto proibido para Hogwarts!

—Onde você quer chegar, Malfoy?

— Um acordo. Eu não ligo para o motivo estúpido que está tirando seu sono, nem vou te responder sobre o meu… Mas eu preciso dormir. - era impressão minha ou Malfoy estava me pedindo ajuda? - Isso...Funciona?

—Sim. Pelo menos para mim. Posso controlar o que sonho e… - eu ia dizer meu corpo, mas em hipótese alguma eu deixaria Malfoy saber o que estou passando - e dormir sem incômodos.

— É o que preciso… Mas aqueles gêmeos  traidores… Digo, os dois Weasley jamais venderiam para mim. Mas se você concordar em comprar para mim, posso te pagar por isso.

Sua fala me lembrou de quando Draco comprou sua vaga no time da Sonserina.

—Você não vai me comprar, Malfoy.

—Todo mundo tem seu preço, Granger.

—Acho que você  não  entendeu… Você  não precisa me comprar. Só pague pelo devaneio. Até  alguém grosso e preconceituoso como você  merece algum momento de sono. -Draco me olhava com estranhamento, acho que nem ele espera alguma gentileza da minha parte - E francamente, você  está  pior que um vampiro, vai precisar de mais que meia hora de sono para corrigir essa cara de morto vivo.

Nós  dois rimos. Era estranho, eu jamais acreditaria que poderia rir ou demonstrar qualquer sentimento positivo próximo a Draco Malfoy. Mas aqui estamos nós.

—Pode ficar com esse, se quiser - estendi a mão com um saquinho com devaneio - eu tenho outro para hoje.

Ele assentiu calado. Eu queria perguntar como ele entrou na Sala Precisa, mas combinamos não fazer perguntas. O que nos unia naquele momento era apenas a ânsia para conseguir dormir. Eu descobriria mais a frente que o que atormentava Malfoy eram pesadelos, que estando consciente no sonho lhe permitia lutar contra seus medos. Inevitavelmente ele descobriria o meu, mas agora o que sabemos um do outro é que estávamos dispostos a manter aquilo como nosso segredo.





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