Reinado das flores escrita por Isabella Cullen


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Bom dia leitoras novas e antigas!!!!!!!
Não poderia deixar vocês sem um capítulo sendo que estamos indo para o capítulo 20 no meu computador.
Uma informação bem legal, quem não gosta ok, super respeito, mas pode diversos motivos pessoais o álbum novo da Taylor Folklore foi a inspiração para muitos capítulos e ele diz tanto sobre a fic que foi esse o motivo de eu ter voltado escrever, as músicas iam fazendo os capítulos fluírem e saírem da caminha cabeça. Para quem não sabe essa fic estava parada há anos, mas essas músicas decifraram tantos sentimentos dos personagens que vou revelar uma que eu ouço e só penso no Jacob e na Bella. Seven é o nome da música, quem quiser ter essa sensação do amor deles é só ouvir ela, muito eles e vamos confirmando ou não as teorias.



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Edward

O solar era algo que mamãe adorava, ele tinha sido feito sob muitas ordens diretas dela e com meu pai aprovando tudo. A mesa redonda tinha um estilo francês muito elegante com cadeiras forradas com tecidos que pareciam pinturas, tinha quadros vindo da Alemanha de paisagens muito rústicas, mas femininas e vários vasos de flores. Um lugar muito íntimo que ela se orgulhava demais.

A mesa estava muito bem posta, Isabella e mamãe falavam baixo quando entrei. Assim que perceberam minha presença ela se levantou e fez uma reverência muito adequada.

— Boa tarde senhoras.

— Pelo amor de Deus querido, libere Isabella dessas formalidades.

— Acho desnecessário. – ela disse apenas olhando para a mesa.

Os empregados entraram e sentei me ajeitando e as vendo fazer os mesmos gestos, delicados e simples.

— Está tudo bem com os cavalos? – perguntei iniciando um assunto que pensei que poderia incomodar. Isabella sorriu discretamente.

— Aurora está melhorando muito rápido, Laurent me avisou que ela está tendo progressos e as mantas aquecidas a ajudam bastante.

— Fico feliz. – começamos o almoço com uma sopa leve. Percebi que Isabella estava usando outro vestido, preto e bem mais simples. Sua pele ficava bem pálida com essa cor. – Na Inglaterra não temos o costume de manter o luto fechado por mais que três meses. Não sei se sabe disso.

Ela parou a colher no meio do caminho. Minha mãe me olhou abismada, mas logo mudou sua expressão para algo como repreensão.

— Edward...

— Eu sabia sim. Mas achei que não seria tão importante o que uso senhor.

— Querida use o que achar...

— Teremos uns dias agitados com uma caçada. – sorri para ela, mas percebi que ela não comia mais. – Será um final de semana muito agradável. Nossos amigos mais íntimos virão e terá oportunidade de conhecer alguns.

Seus olhos apenas me olhavam sem me ver.

— Será ótimo.- disse apenas recomeçando a tomar a sopa. Fiquei feliz com sua resposta.

— Isso é um absurdo. – mamãe disse levantando e saindo. Seu comportamento me deixou sem reação diante de Isabella, nunca a vi fazer isso e os empregados estavam tentando manter a pose diante da cena.

Olhei Isabella e ela deixou pegarem seu prato e servirem a carne como se nada tivesse acontecido.

— Sinto muito se estou causando problemas. – ela disse e seus modos muito educados, polidos e treinados estavam ali. Como se ela tivesse feito isso a vida inteira.

— Não está, mamãe é muito protetora com você. Mas também sou muito prático, não digo nada para que se ofendam. É uma jovem viúva na Inglaterra. Sei que morou anos na França, tem costumes diferentes.

— Sim, muito diferentes. – disse apenas voltando a comer. Sem me olhar ou me encarar. Ela apenas terminou sua refeição comigo respondendo a perguntas de maneira direta, discreta e sem revelar nada. – Foi um almoço muito agradável senhor, obrigada pela hospitalidade.

Ela se levantou e eu fiz o mesmo, ela fez a reverência e saiu.

Sentei frustrado. Os empregados ainda estavam tirando tudo quando pedi uma bebida. Logo me serviram e eu fiquei pensando se era uma boa ideia manter essa caçada. Não tínhamos mais como cancelar.

— Leah deixou eu arrumar o quarto. – uma empregada disse baixo atrás de mim, penso que elas acharam que não havia mais ninguém no solar.

— E como é?

— Ela tem uma fotografia na cômoda.

— Uma fotografia? Daquelas que tiram...

Isso ainda era uma invenção muito nova. Fotografias.

— Ela estava linda, tão jovem, seus cabelos soltos em um vestido que parecia claro, suave. Ela tem o cabelo grande. Já viu como Leah demora arrumando eles?

Isso era novo.

— Ele era bonito?

— Forte, mais alto que ela e ela olhava com adoração para ele. – ela deu aqueles suspiros femininos – Pareciam tão perfeitos juntos.

— Que triste... mais algo?

— Bom, ela tem muitos livros. E ela não me deixou mexer na escrivaninha.

— Esse quarto não tem isso.

O quarto dela não tinha mesmo, eu mesmo ajudei a decorar ele.

— Acho que a Condessa mandou colocar porque agora tem e ela usa uma pena de metal com um lindo tinteiro de prata todo ornamentado. Parece daquelas lojas caras do centro de Londres.

— Pena de metal? Nunca vi uma, da próxima vez vou ver se Leah me deixa arrumar o quarto. Quero ver essa pena, isso deve ser algo muito lindo.

— E é. Ela me mostrou.

Paralisei. Isabella falou com a empregada.

— Oh sim, quando me viu encarando ela me mostrou. Disse que era algo que ganhou de presente quando o marido dela voltou de viagem. Ela me disse que a letra fica muito mais bonita e compreensiva do que com penas de ganso. Ela sabe ler e escrever – a empregada suspirou admirada. – E tem muitos livros e papéis que se igualam ao do Duque, mas mais arrumado. Quando entrei ela estava terminando de escrever uma carta, não sei como ela as manda. Perguntei a Harry, ele disse que ela não mandou nada por ele. Harry é único que lida com isso. Não sei mais a quem ela poderia pedir.

As empregadas saíram e continuei ali sentado bebendo e pensando no que tinha ouvido. Penas de metais eram raras, ainda muito caras e mesmo assim Jacob tinha feito esse agrado. Penas e tinteiros para a esposa, não seria melhor joias ou vestidos? Isso não agradaria uma dama de forma alguma. Como estudioso ele deveria achar que ela poderia se interessar pelas mesmas coisas que ele. Isabella não teve um casamento muito normal mesmo, seu marido era um homem de letras e isso poderia ter tornado isso mais platônico do que outra coisa.

Levantei satisfeito e percebi como as coisas poderiam melhorar para ela depois dessa caçada, ela talvez precisasse de alguma interação e umas conversas com algumas moças inglesas. Sim, isso a faria bem.

O dia amanheceu agitado com a chegada de nossos amigos, não consegui ver mamãe apesar de estar sabendo que tudo estava em ordem e todos elogiando a recepção.

— Edward! – Jasper chegou com Emmett na mesma carruagem.

— Bem vindo amigos, como foi a viagem?

— Muito entediante, me diga que convidou pessoas interessantes porque caçar novamente com aquele chato do primo da rainha seria algo muito para mim.

Sorri para ele.

— Está viajando, penso que vai casar com uma prima alemã. A Rainha tem laços muito fortes com sua família e sabe como Albert, seu marido, quer manter as famílias unidas.

— Não seria aquela prima da Rússia? – Jasper perguntou.

— Alix está prometida a um primo do Tzar, ele chegou tarde demais. A Rainha o mandou para Alemanha imediatamente para arrumar uma noiva.

— Essa temporada promete! – disse Jasper sorrindo. – Soube que será o mais desejado depois que aceitou alguns convites, como conseguiu isso com Tânia eu não sei.

— Ela entende que preciso me casar e conversamos muito sobre isso. Minha posição exige que case com alguém da mesma altura.

— Isso seria mesmo apropriado, já pensou em Irina? Ela parece ser bem adequada. – Emmett sugeriu.

— Muito romântica. Os pais a criaram para ser uma esposa apaixonada e ela tem esse ideal de que o casamento feliz da Rainha pode acontecer com ela. Estou precisando de outra coisa.

— Entrem meninos. – mamãe chamou de forma carinhosa. – Acho que estamos ficando sem uma certa animação Emmett.

Ele sorriu e foi até ela abraçando. Fomos criados juntos. Mamãe era como uma mãe todos, nos repreendia igual. A chegada de Jane desgostou mamãe de forma imensa, ela reclamou das estradas e como tudo parecia muito cinza longe de Londres. Sua amada Londres, seu marido apenas agradeceu o convite.

Quando todos estavam em seus quartos se preparando para o jantar mamãe sentou em uma poltrona cansada. Sorri indo servir um pouco do suco que estava sendo servido para os convidados.

— Obrigada querido. – ela disse tomando e me sentei a sua frente.

— Vai ser bom. A senhora não gostaria de me acompanhar a Londres nesta temporada?

— E ver as ladies se jogando em cima de você ou pensando que conseguiriam algo sendo gentis comigo?

— Mamãe...seria de grande ajuda.

— Pelo amor de Deus! Eu não quero isso. E outra, qualquer uma será uma pobre coitada que terá que aturar sua aventura.

Eu a encarei.

— O quê? Acha que não chega aos meus ouvidos as festas que ela frequenta como convidada e mostra seus presentes que dá com muita alegria. – disse com desgosto.

— Isso realmente não é um assunto...

— Mas o que Isabella veste é. – ela disse levantando. – Eu amei seu pai. Ele me foi um homem fiel e digno do seu título. Não estou em posição para opinar em nada querido. Porque sinto pena da jovem idiota que aceitar esse ducado marcado por uma amante.

Ela não esperou minha resposta e saiu. Isso estava se tornando um hábito desagradável de mamãe, ele nunca reagiu antes, mas também nunca opinou sobre meus assuntos. Pensando bem, mamãe nunca foi como é agora. De certa forma, ela se sentia mais livre para expor seus pensamentos e sentimentos. O que era muito bom se não fosse suas falas ou saídas repentinas terminando a conversa no meio.

 

 

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Notas finais do capítulo

Então leitores lindos... o que acharam?



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