Guerra é Guerra escrita por Nc Earnshaw


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

SEJAM BEM-VINDOS A GUERRA É GUERRA! É com muita felicidade que estou postando esse prólogo. Essa história vem de uma ideia muito antiga, desde que lançou Road to Ninja, e estou me sentindo nas nuvens por começar a postar.
Para aqueles que não leram os avisos, a história vai ter onze capítulos + prólogo e epílogo. Não tenho data de postagem, mas pretendo concluir antes do dia 22 de dezembro.
Boa leitura!



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Prólogo

por N.C Earnshaw 

 

 

Símbolo usado para indicar os personagens da outra dimensão - “ * ”

 

O SOL ESTAVA SE PONDO EM FRENTE aos seus olhos. Toda Konoha se encontrava iluminada pelos últimos raios de claridade, os vendedores diurnos davam lugar as atrações noturnas, e as ruas pareciam ficar cada vez mais agitadas. A imagem encantadora da beleza da mãe natureza não o animava. Sasuke* continuava a se sentir o homem mais azarado da face da terra, querendo apenas se deitar em posição fetal em sua cama e não se levantar por dois ou três dias.

Dali, sentado no topo do monte Hokage, o garoto Uchiha* observava o movimento da vila, pensando no quão sua vida era desgostosa. E no quanto a dor de um coração partido estava o afetando. 

Seu estômago doía sem parar, a vontade de chorar o pegava em momentos para lá de constrangedores, e o desejo de insistir em algo sem futuro, fazia-o se erguer por alguns segundos com uma determinação palpável, para ir em busca de alguém que somente o desprezava. 

A risada sarcástica de Sakura* ecoava em sua mente. Após anos de tentativas frustradas, no dia anterior, Sasuke* decidiu ser mais objetivo ao se declarar. Com um buquê de rosas, bateu na janela da Haruno* determinado a tê-la para si, mas a cena no quarto dela trouxe lágrimas aos seus olhos. Era Sakura*, beijando outro. 

O estômago do Uchiha* se revirou, o corpo ficou congelado e ele não conseguiu mover sequer um dedo. A imagem do seu grande amor de infância, beijando lábios que não eram os seus, deixou-o estagnado. 

No entanto, quando o estupor passou, uma fúria de proporções astronômicas tomou conta dele, e ele errou. Arrancou a porta da varanda da Haruno* com um único golpe, e invadiu o quarto dela como um marido flagrando a esposa com o amante. 

O “casal” se virou para ele com expressões opostas. O garoto, que ele identificou como Shikamaru*, fitou-o com um semblante assustado e deu um grito estridente quando percebeu o sharingan ativado. Sakura* apenas o encarou, ainda sentada na cama, impassível; algo comum para a Haruno*, que sempre ocultou seus sentimentos com uma máscara fria. Logo assim, Sasuke* não se irritou com sua falta de reação. Sua raiva se encontrava focada no ser do sexo masculino sentado ao lado dela. 

Com um rosnado feroz, Sasuke* ergueu Shikamaru* pela gola da camisa, e preparou um soco potente, que quebraria ao menos alguns dentes do imbecil. Ele merecia por mexer com a garota de um Uchiha. 

— Cara, por favor, não me bate — choramingou o Nara, com lágrimas assustadas escorrendo pelo seu rosto. 

Sasuke* observou o quão patético era o pretendente de Sakura. Era apenas um idiota que não sabia somar nem 2 + 2. Ele sentiu pena da criatura inferior, e o largou de qualquer jeito, voltando seu olhar para a garota por quem era apaixonado desde os oito anos.

— Obrigado, cara! — agradeceu Shikamaru*, erguendo-se num pulo. Ele saiu correndo dali, entretanto, não sem antes lançar um olhar repreendedor a menina de cabelos rosa. Olhar este, que Sasuke* não percebeu. 

— Sério? O Nara? — O Uchiha* passou uma das mãos nos fios rebeldes para tentar se acalmar. 

— Ele é bonitinho — respondeu Sakura* com um dar de ombros. Ela não parecia nem um pouco afetada pela situação. Por um segundo, Sasuke* achou que até conseguiu vislumbrar um brilho de satisfação em sua íris, mas foi rápido demais para ele registrar o pensamento. 

— Bonitinho? Ele é um imbecil! Como você pôde…

A risada sarcástica de Sakura* quase o fez encolher. 

— Como pude o quê? — inquiriu, levantando-se e se aproximando dele com passos duros. — Não entendi, pode me explicar? 

Sasuke* não podia negar. Sakura Haruno*, filha dos dois maiores heróis de Konoha, era intimidadora. Nem seu próprio pai, assustava-o tanto quanto ela, então ele teve que juntar muita força dentro de si para conseguir dizer as palavras seguintes. 

— Ficar com outro homem quando sabe que eu te amo — sussurrou ele, sentindo os membros do seu corpo relaxarem. A sensação de, finalmente, dizer “eu te amo” para ela, era libertadora. 

Um soco certeiro o atingiu no estômago, fazendo Sasuke* perder o ar e se encolher como uma bola no chão. A dor se espalhava por cada nervo seu, e o caçula dos Uchihas sentiu uma vontade imensa de gritar por sua mãe. 

— Sakura-chan! Por que me bateu? — A frase saiu entrecortada, contudo, a Haruno* pareceu entender bem. A máscara fria, que ela tanto usava, tinha caído. E Sasuke* somente conseguia visualizar raiva. 

— Pare de dizer essas porcarias pra mim! — gritou ela. O Uchiha*, assustado, abriu a boca para interromper, mas teve que rolar para longe do pé dela que queria esmagar seu rosto. — Você não me ama! Nunca me amou e nunca vai me amar! Você, Sasuke Uchiha, só pensa em si mesmo e não quer saber dos sentimentos dos outros! Sabe quantas garotas eu vi chorando por aí por sua causa? 

Nem Sasuke* sabia a quantidade. Mas tinha certeza que eram muitas. Ele adorava flertar com qualquer uma e amava ir em encontros. Para o seu pesar, algumas garotas não entendiam que ele apenas queria passar o tempo, e se apegavam a ele. Era uma pena, pois o Uchiha só tinha olhares para uma garota. E, nesse momento, ela estava quebrando seu coração em pedaços. 

— Você é infantil e egoísta — continuou ela, desestabilizada, despejando tudo que estava entalado em sua garganta. — Eu realmente pensei que com o tempo, você iria amadurecer, que me respeitaria depois de anos sendo companheiros de equipe…

— Eu te respeito. — A voz fraca dele não foi o bastante para apaziguar o discurso de ódio, e se pronunciar apenas a deixou mais irada. 

— Se me respeitasse não me daria flores como dá para todas as outras garotas! Se me respeitasse, não flertaria comigo em toda oportunidade que conseguisse! Não me chamaria de linda, de gatinha, cheirosa, ou qualquer apelido ridículo que você arruma… — O rosto de Sakura se encontrava vermelho pela raiva e pelo esforço que estava fazendo. Ela mesma não conseguia acreditar na sua reação. — E, principalmente, se me respeitasse, não viria se declarar para mim e dizer que me ama, quando nós dois sabemos bem que sou só mais uma em sua lista. 

A Haruno* arregalou os olhos ao se dar conta das palavras que saíram de sua boca. Então tentou se corrigir. 

— Porque eu nunca namoraria alguém como você. 

Ela o deixou largado em seu quarto, sentindo dor. A dor de ser rechaçado pela mulher de sua vida. Porque os sentimentos dele eram sim, sinceros. E ele a amava com cada fibra do seu ser. 

Sasuke* não se lembrava como conseguiu se erguer, entretanto, lembrava das horas seguintes de tortura. 

“Eu queria que existisse um universo em que a Sakura retribuísse meus sentimentos”, desejou com os olhos fechados, aproveitando o vento fresco que batia em seu rosto, pedindo com todo seu coração que existisse algum lugar, perdido no universo, que Sakura Haruno amasse Sasuke Uchiha. 

Uma explosão foi a última coisa que Sasuke* ouviu antes de perder completamente a consciência. 


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