Millennium Odyssey: Uma Odisseia de Milênios Atrás escrita por Aquele cara lá


Capítulo 40
Capítulo 40




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Cirius, Claude e Rosaria estão sentados no deck principal do navio voador, encarando o agora vermelho horizonte e a grande esfera de chamas roxas na frente do sol.

"O que vamos fazer... ?" - Pergunta Cirius.

Ninguém responde.

"…É..." - Diz Cirius.

O silêncio continua. O grupo chega.

Mira põe um prato com comida na frente de Cirius. "Come. Vai fazer bem." - Ela entrega um prato para Claude e Rosaria. "Só pra que fique claro, vocês deram sorte de eu ter feito comida demais."

Èris solta um suspiro. "Cirius, você mal conhecia ele. Sem tirar o fato de que o Augustus foi a causa de tudo isso."

"Dessa vez, eu tô com o Cirius." - Diz Kaito.

Èris olha para Kaito, espantada. "E-Eh !?"

"Meu velho também não é lá um santo, mas… eu não ia exatamente ficar contente se ele morresse…" - Diz Kaito, triste.

"Bom, o meu também não…" - Diz Èris.

Rosaria cutuca Cirius.

"O que foi ?" - Pergunta Cirius.

"Desencosta do meu irmão, sua esquisitona !" - Diz Mira, brava. Ela tenta tirar a mão de Rosaria de perto de Cirius, mas Claude rapidamente a impede. "O que foi isso, hein ?!"

"Para a segurança de todos vocês, mantenham distância dela." - Diz Claude, sério.

"Agora está nos ameaçando ?!" - Pergunta Galadriell.

"Eu tô falando sério." - Diz Claude. "Se não acredita em mim, eu posso provar."

Rosaria pega uma colher. Em questão de segundos, essa colher começa a enferrujar, até que vira poeira. O grupo se espanta.

"M-Mas o que foi isso !?" - Pergunta Èris.

"Tudo que as mãos dela tocam, envelhece mais rápido." - Diz Claude.

"Mentira ! Ela consegue encostar em você e no Cirius !" - Diz Mira.

"Já viram a minha mãe ? Quantos anos acham que ela tem ?" - Pergunta Claude.

"Isso não explica nada ! Mas eu não faço a mínima ideia de como isso funciona, então não vou perguntar mais nada." - Diz Kaito.

"Como alguém possui uma magia tão poderosa assim ?" - Pergunta Galadriell.

"Quem disse que-" - Diz Claude, se interrompendo, quando ele vê, com o canto de seus olhos, que Rosaria está o olhando. Ele limpa sua garganta. "Quem disse que isso é da sua conta ?"

"Você é arrogante demais, pra alguém que está sobre nossa custódia." - Diz Galadriell.

"Pra onde a gente tá indo agora ?" - Pergunta Cirius.

"Kaarst." - Diz Èris. "Doriarte disse que terminaria nossas armas em três dias. Então, elas já estão prontas."

"A gente vai chegar mais rápido, graças a essa coisa." - Diz Mira. "Doriarte pode até ajudar a gente a usar Kekkai."

"Com as novas armas, aquela coisa nem vai ver o que acertou." - Diz Kaito.

"Falando nisso." - Diz Galadriell. Ela se vira para Claude. "Você. Como matamos aquilo ?"

"Uh… Eu sei lá !" - Diz Claude, confuso. "Eu nunca planejei matar minha própria mãe !"

Kaito solta um suspiro. "Ótimo. Você é inútil. Não esperava menos."

"Mas…" - Diz Claude. Todos olham para ele. Claude aponta para a bola de chamas roxas. "Aquilo é a maior preocupação."

"O que é aquela coisa ?" - Pergunta Cirius.

"Imagina aquela bomba que usamos pra explodir Serperius. Agora, multiplica por mil." - Diz Claude. "Aquilo é uma esfera feita da habilidade especial da mamãe." - Ele estende sua mão. Na palma dela, uma chama roxa se forma.

"Eu lembro disso..." - Diz Cirius. "Você usou essa coisa contra mim."

"F-Foi mal. Ehehehe… Eu tinha exagerado um pouco." - Diz Claude. "Ela chama isso de 'Chama do Purgatório'"

"...Chama do Purgatório..." - Mira murmura.

"O que foi ?" - Pergunta Cirius.

"Eu tenho quase certeza de que li isso em algum lugar…" - Diz Mira, pensativa. Ela se lembra de algo. "Ah, já sei !" - Mira vai embora, correndo. Poucos minutos depois, ela volta com um livro em mãos.

"O que é isso ?" - Pergunta Èris.

"Eu peguei ele no acampamento de escavação." - Diz Mira. "O conteúdo tinha chamado minha atenção."

"E isso tem haver com o assunto aonde… ?" - Pergunta Kaito.

Mira abre o livro e começa a folheá-lo. Ela para em uma página. "Sabia que tinha ouvido esse nome em algum lugar."

"Que informação esse seu livro estranho tem sobre aquela bola quente no céu ?" - Pergunta Kaito.

"Mais ou menos. Não tem muita informação, mas o que tem, já é o suficiente para termos que nos preocupar." - Diz Mira. "Aqui diz que, em uma das ruínas, estava escrito o seguinte." - Ela limpa sua garganta. "Quando a borboleta suas asas voltar a bater, os quatro guardiões irão perecer, a terra irá tremer e os céus irão se escurecer. Quando o último solstício chegar, toda sua ira guardada vai se libertar e aqueles que não seguirem suas palavras irão pagar."

"Por que tem sempre de ser um poema ?" - Pergunta Kaito.

Mira dá de ombros.

"Então, temos até o próximo solstício para resolver isso, ou vamos todos morrer ?" - Pergunta Èris.

"O próximo solstício é..." - Diz Kaito. Ele começa a contar nos dedos. "N-Nem ferrando !"

"O que foi ?" - Pergunta Èris.

"O próximo solstício vai ser ano que vem, nesse exato dia." - Diz Kaito. "Coincidência demais !"

"Um ano, huh…" - Diz Galadriell. "Temos um ano para treinarmos e acabarmos com isso."

"Parece bastante tempo, pra mim." - Diz Cirius.

"Mas pode não ser." - Diz Èris. "Não estamos lutando contra um animal qualquer ou uma pessoa normal, é de uma criatura com força o suficiente para se equiparar a um deus que estamos falando."

"Aquela coisa derrubou todo mundo com um ataque só." - Diz Kaito.

"Você tem razão…" - Diz Cirius.

"Vamos discutir mais sobre isso, quando chegarmos em Kaarst." - Diz Galadriell.

"Bora ver o que tem nesse navio." - Diz Kaito.

"Vocês podem ir." - Diz Èris. "Eu preciso cuidar da Vega e da Luna."

"Nenhuma das duas acordou…" - Diz Galadriell.

"Eu vou te ajudar." - Diz Mira. "Vai ser bom ter um tempo para aceitar toda essa maluquice que tá acontecendo."

Èris e Mira vão embora.

"Eu vou ficar aqui..." - Diz Cirius.

"Não precisa ficar assim-" - Diz Galadriell, sendo interrompida por Kaito, que pega o braço dela e a puxa. "Vamo dá uma volta, chefe da cavaleira."

Kaito leva Galadriell embora.

"O que pensa que está fazendo, criminoso ?! Me solte !" - Diz Galadriell, brava. Ela se solta de Kaito.

Kaito solta um suspiro. "Você tem de parar de bancar a irmã mais velha. Deixa o Cirius ficar com a família de verdade dele por um tempo."

"E sobre o que você acha que eles vão conversar ?! Quantas vezes Ignis destruiu vidas ?!" - Pergunta Galadriell.

Kaito dá de ombros. Ele põe as mãos nos bolsos de sua calça e vai embora. "Você precisa de um veneno pra fazer um antídoto."

Algum tempo depois. Rosaria está no deck principal do navio, olhando para o céu. Vega aparece, com faixas amarradas pelo seu corpo. Ela está com sua guan dao em mãos. Vega joga sua lança em Rosaria, que rapidamente se vira, faz uma espada com sangue e se defende do ataque, jogando a lança para cima. A guan dao cai ao lado dela.

"Eu vim em paz." - Diz Vega. "Por mais que não pareça."

Rosaria ergue sua espada.

"Vou ir direto ao ponto." - Diz Vega. "Eu sei o que você é. Qinglong !"

A lança se transforma no dragão, que morde o ombro de Rosaria. Ela tira o dragão de si e o joga para Vega.

"Então minha mestra realmente estava certa..." - Diz Vega, encarando Rosaria. "Você realmente é incapaz de derramar uma gota de sangue sequer…"

Pode-se ver através dos buracos que a mordida causou. Nenhum sangue está saindo.

"Eu sei sobre você, e as coisas que aconteceram." - Diz Vega. "Mas eu quero que me conte mais sobre os detalhes."

Rosaria usa sua espada para escrever no chão. "E o que você ganha com isso ?"

"Estou estudando sobre uma área da medicina que pode te ajudar." - Diz Vega. "Me ajudaria bastante ter o depoimento de alguém que sofre de uma doença psicossomática."

"Por que eu deveria cooperar com alguém que não gosta de mim ?" - Escreve Rosaria.

Vega solta um suspiro. "Você é teimosa. Se eu te contar a minha, me conta a sua ? Mas fica só entre a gente, hein. Acontece que…" - Ela se senta, com as pernas cruzadas. "…nós duas não somos tão diferentes assim, eu e você. Tá, são duas histórias beeem diferentes. Mas são um pouco parecidas. Toda essa coisa de eu ser uma sacerdotisa de Kyuhira é uma mentira. Nem existe uma deusa assim. Isso foi só uma invenção, pra me manter viva por mais tempo…"

Rosaria também se senta.

"Vai me ouvir ? Ótimo." - Diz Vega, sorrindo. "Eu nasci com muita magia dentro de mim. O que pode parecer bom, mas não é. Graças a isso, meu corpo é fraco. Quanto mais tempo eu uso magia, mais meus órgãos começam a morrer. Eu nasci em um pequeno vilarejo, chamado Ebon, em Alphiden. Um lugar onde as pessoas sofriam constantes ataques de monstros, e os recursos não eram tão acessíveis. Então, isso fazia os moradores optarem por usar a minha magia. Eu sabia que me machucava, mas era muito bom saber que eu conseguia ajudar alguém… Um dia, eu passei mal por curar muitos aventureiros. Os que não consegui curar, se revoltaram e começaram a reclamar e pedir para eu voltar a curá-los, como se eu fosse uma poção qualquer… Mas eu não podia continuar, ou ia morrer. Foi aí que meus pais decidiram se mudar para Urizen e inventar a história de que eu era uma sacerdotisa. Se meus poderes fossem 'divinos', ninguém ia tentar exagerar. É por isso que decidi virar uma médica. Assim, eu ia poder continuar o meu sonho de ajudar as pessoas que precisam. Claro, nada disso se compara a você."

"Como você sabe sobre mim ?" - Escreve Rosaria.

"Minha mestra viajou para vários lugares." - Diz Vega. "Um dia, ela passou por Verneas e ouviu as histórias sobre a casa proibida."

Rosaria põe a mão em seu queixo, pensativa. Ela tem uma ideia e escreve. "Por acaso, sua mestra é uma mulher alta de… personalidade forte ?"

"Isso, uh… Isso é um jeito de descrever ela…" - Diz Vega. "Depois de tanto tempo assim, você ainda lembra, huh…"

"O que você quer comigo ? Se sabe o que eu sou, então não precisa de mais nada." - Escreve Rosaria.

"Eu não tô aqui pelo que você é, mas sim, pelo que você tem." - Diz Vega. "Mas… seria curioso descobrir como alguém como você consegue desenvolver doenças."

"Por que continua me chamando de 'alguém'" - Escreve Rosaria.

"Bom, você não é humana. Isso é um fato." - Diz Vega. "Mas também não significa que não é. O que define um ser humano não é uma espécie, mas sim uma personalidade, sentimentos."

Rosaria encara Vega, por alguns segundos. Ela escreve. "Prossiga com suas perguntas. Mas apenas responderei o que eu quiser."

"Você ainda odeia seu pai, não é ?" - Pergunta Vega.

"Próxima pergunta." - Escreve Rosaria.

"Essa é a única pergunta que eu preciso." - Diz Vega.

"Então não precisa mais de mim." - Escreve Rosaria. Ela se levanta e vai embora.

Vega também se levanta. "O que te incomoda mais ? Seu pai ter te matado, ou ele ter usado os restos da sua mãe para te trazer de volta ?"

Rosaria para de andar.

"Você não pode correr para sempre." - Diz Vega. "Fugir dos problemas não faz eles desaparecerem, só adia o inevitável."

Rosaria joga sua espada em Vega, que consegue se defender com sua guan dao. Ela corre na direção de Vega, pega sua espada de volta e a ataca várias vezes. Vega se defende desses ataques e revida, jogando a espada de Rosaria para trás. Rosaria tenta pegar sua espada, mas Vega põe sua lança no pescoço dela.

"Por acaso, a baronesa do campo de batalha perdeu a concentração ? Isso é uma novidade." - Diz Vega. Ela tira sua lâmina do pescoço de Rosaria e solta um suspiro. "Você realmente é muito teimosa."

A espada de Rosaria volta para ela. Ela escreve. "Não mencione mais isso."

"É exatamente por isso que a gente tá aqui." - Diz Vega. "Quer uma confirmação de que isso não é uma brincadeira ?" - Ela pega o pulso de Rosaria e põe a mão dela em seu coração.

Rosaria puxa sua mão rapidamente.

Vega fraqueja e se apóia em um joelho. Há uma ferida no peito dela. "V… Viu só... ? Não é... brincadeira…" - Pouco a pouco, a ferida começa a se fechar. "Essa é uma das vantagens de ter muita magia dentro e você. Escuta, eu sei que você não quer fazer isso. Mas, por favor, abre uma exceção, só hoje. Se não for por você, faça isso pelas outras pessoas sofrendo do mesmo problema."

"Tudo bem. Eu faço." - Escreve Rosaria.

"Obrigada." - Diz Vega, sorrindo. "Vamos começar. Eu vou te contar algumas coisas e quero que você me diga exatamente como se sente sobre isso."

Rosaria concorda com sua cabeça.

"Você tinha alguns amigos, quando era criança ? Como se sente sobre eles ?" - Pergunta Vega.

"Havia algumas crianças com quem eu interagia. Seria curioso revê-los." - Escreve Rosaria.

"Tenho certeza de que eles vão querer ver você também." - Diz Vega. "Agora, conte-me mais sobre seus pais."

"Minha mãe trabalhava como empregada, indo de casa em casa, todos os dias, para podermos comer. Ela era um exemplo de pessoa e uma figura de esperança para todo o vilarejo." - Escreve Rosaria.

"E o seu pai ?" - Pergunta Vega.

"Eu não quero falar sobre isso." - Escreve Rosaria.

"Vamos precisar, se você quer que me ajudar." - Diz Vega.

Rosaria hesita. Ela volta a escrever. "Aquele homem também ajudava na casa, fazendo brinquedos para as crianças."

"O que realmente aconteceu, no dia em que tudo acabou ?" - Pergunta Vega.

"Foi em uma discussão. No calor do momento, aquele homem bateu na minha mãe, e acabou matando ela. No desespero, ele enterrou o corpo no quintal e seguiu sua vida normalmente, como se nada tivesse acontecido. Na época, não sabia de nada." - Escreve Rosaria. Ela começa a chorar.

"Tá tudo bem." - Diz Vega, acalmando Rosaria. "Escuta, eu sei que dói falar disso, e se não quiser continuar, eu entendo."

Rosaria enxuga suas lágrimas. "Eu quero continuar."

"Muito obrigada pela sua cooperação." - Diz Vega, sorrindo.

"Na época, eu não sabia de nada daquilo. Eu apenas vi ele triste e queria ajudar. Só queria vê-lo sorrir novamente." - Escreve Rosaria.

"E foi aí que ele começou a te estuprar…" - Diz Vega.

"Eu pensei que essa era a forma dele dizer que era grato por todos os trabalhos que fiz para manter aquela casa em pé. Só queria ajudar. Um dia, fiquei doente e não consegui trabalhar. Sem dinheiro para comer, aquele homem começou a me forçar a trabalhar, até que não consegui mais aguentar e acabei sofrendo um colapso. Foi aí que ele desenterrou o corpo da mamãe e fez uma boneca com a pele e cabelo dela e meus órgãos. Depois, aquele homem usou alquimia proibida para dar vida para a boneca. Brincar com a vida sempre tem consequências. Tudo que eu toco se degrada mais rápido por causa de uma maldição que recebi." - Escreve Rosaria.

"O que faz de você um homúnculo." - Diz Vega.

"As pessoas do vilarejo não me viam mais como pessoa, mas sim, uma abominação. Todos se afastaram de mim, e me trataram como se eu fosse uma criatura abominável. E eles não estavam errados." - Escreve Rosaria.

"Você se considera um monstro ?" - Pergunta Vega.

"O que mais eu sou ?" - Escreve Rosaria.

"Quando foi que conheceu Augustus ?" - Pergunta Vega.

"Um dia, o rei visitou o vilarejo, espalhando a palavra de Demiurges. Eu queria ver, então fugi de casa e me escondi, para observá-lo. Foi quando acabei esbarrando em Claude, sem querer. Ele pegou minha mão e me ajudou a levantar. Foi muito bom ter contato físico com alguém. E ele foi tão gentil comigo... Foi aí que decidi ir embora com ele. O rei me acolheu e fez eu me sentir a pessoa mais importante do mundo." - Escreve Rosaria.

"E, desde então, você serve a família real de Ignis." - Diz Vega.

Rosaria concorda com sua cabeça.

"Obrigada. Você realmente ajudou nas minhas pesquisas." - Diz Vega. Ela vai embora.

Rosaria entra na frente de Vega.

"O que foi ?" - Pergunta Vega.

"Você mencionou alguma coisa sobre doença. O que eu tenho ?" - Escreve Rosaria.

"Eu ainda não tenho certeza disso. Comecei a estudar alguns livros sobre doenças que envolvem o cérebro, e descobri uma coisa chamada doença psicossomática. É uma doença que, na verdade, não existe." - Diz Vega.

Rosaria inclina sua cabeça, confusa.

"Uma doença psicossomática é quando uma pessoa sofre por alguns traumas, depressão, ansiedade, ou algumas outras coisas." - Diz Vega. "Ela faz com que o paciente ache tanto que está com algo, que pode acabar desenvolvendo este algo. Por exemplo, se eu ficar muito ansioso, posso acabar desenvolvendo arritmia cardíaca."

"Você acha que eu sofro disso ?" - Escreve Rosaria.

"É difícil dizer. Mas eu acho que sim." - Diz Vega.

"Existe uma cura ?" - Escreve Rosaria.

"Normalmente, isso termina quando o paciente supera o que está passando." - Diz Vega. "Eu posso checar, se você quiser."

Rosaria concorda com sua cabeça.

"Então, abra sua boca, por favor." - Diz Vega.

Rosaria abre sua boca. Vega começa a se concentrar. Um pouco de água entra na boca de Rosaria. Segundos depois, essa água sai.

"É, como eu pensei." - Diz Vega. "Tudo está aí."

"Então isso significa que eu sempre pude falar ?" - Escreve Rosaria.

"E muito bem." - Diz Vega. "Você só não consegue falar nada porque passou por tudo isso."

"Eu sei que somos inimigos, mas você poderia ser minha amiga ?" - Escreve Rosaria.

"Honestamente, eu não sei. Vocês destruíram a vida de muitas pessoas, inclusive a minha." - Diz Vega. "MAS…" - Ela sorri. "Eu estou disposta a deixar isso tudo de lado, se você prometer não destruir a vida de mais ninguém."

"Estou muito grata pela sua amizade. Eu te abraçaria, mas sou incapaz de fazer isso." - Escreve Rosaria.

"Não se preocupa. Eu te entendo." - Diz Vega. "Agora, preciso voltar a fazer remédios para o grupo. E para mim também. Ehehehe." - Ela vai embora.

Rosaria volta para a ponta do deck. Ela dá um leve sorriso.


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