Millennium Odyssey: Uma Odisseia de Milênios Atrás escrita por Aquele cara lá


Capítulo 4
Capítulo 4




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O grupo está andando por um campo, em seus Makais. Está tarde, e o sol está se pondo.

"Estamos quase chegando lá. Querem parar um pouco ?" - Pergunta Èris.

"Por mim, tudo bem." - Diz Kaito.

"Já que estamos quase lá, podemos parar." - Diz Cirius.

Èris aponta para uma pequena floresta. Todos vão para lá. Eles caminham, até acharem uma clareira. Todos descem de seus lobos.

"Aqui parece ser um bom lugar para fazermos uma fogueira." - Diz Èris, enquanto checa o local.

"Beleza. Eu vou pegar uns gravetos." - Diz Kaito, indo embora. "Você vem, Cirius ?"

"Sim." - Diz Cirius.

Èris olha para a coisa enrolada em um pano nas costas de Cirius. "Você não vai deixar isso aqui ?"

"Não. Eu não posso tirar o olho disso." - Diz Cirius, indo embora.

Èris inclina sua cabeça, confusa. Ela dá de ombros e também vai embora. Algum tempo depois. Eles estão sentados em volta de uma fogueira, com alguns pedaços de carne assando em gravetos. Os lobos estão dormindo.

"Whoa ! Isso é gostoso mesmo !"- Diz Cirius, mordendo um pedaço de carne.

"Eu disse, não disse ? Ela cozinha bem melhor do que luta." - Diz Kaito, também mordendo em um pedaço de carne.

Èris solta um suspiro. "Pelo menos elogiou minha culinária." - Ela põe mais lenha no fogo.

"Onde aprendeu a fazer isso ?" - Pergunta Cirius.

Èris pega um pedaço de carne, o morde e fica maravilhada com o sabor. "Hmm~ Me superei !" - Ela pega um pequeno caderno e escreve nele.

"Eh ?" - Diz Cirius, confuso.

"A segunda paixão dela é culinária. Ela anota cada ideia de receita nova naquele caderninho" - Diz Kaito.

"Não tem nada melhor do que fazer um prato que deixe todos sorrindo." - Diz Èris, guardando sua caderneta.

"Isso é legal. Mira também gosta de cozinhar." - Diz Cirius.

"Respondendo sua pergunta anterior, nós, a guarda real de Mako, recebemos treinamento de sobrevivência, caso acabemos nos perdendo em uma missão." - Diz Èris.

"Você pode me ensinar a fazer isso ?" - Pergunta Cirius.

"Não vejo porquê não." - Diz Èris.

"Desse jeito, eu entro pra guarda real, e alcanço a Galadriell mais fácil !" - Diz Cirius.

"Sobre isso…" - Diz Èris, apreensiva. "Você é de Ignis ?"

"Claro que não é, cavaleira ! Olha só pra esse cara-" - Diz Kaito, que é interrompido por Cirius.

"Já morei lá." - Diz Cirius.

"H-Hein !?" - Diz Kaito, confuso.

"Eu sabia !" - Diz Èris. "Então você é daquela tribo !"

"Eh ? Eu não sou de Ignis, só morei lá." - Diz Cirius.

"Oh ! Desculpe a confusão." - Diz Èris, rindo.

"Você morou mesmo naquele buraco sem fundo ? Cara, você parece inofensivo." - Diz Kaito.

"Como era a vida lá ?" - Pergunta Èris.

"Para as pessoas em volta de mim, legal. Para mim, um inferno." - Diz Cirius.

"Dá pra imaginar." - Diz Kaito. "Viver em um lugar quente daqueles deve ser horrível."

"Como é Artemis, Kaito ?" - Pergunta Cirius.

"Só um monte de gente rica e tediosa. Nada demais acontece naquela cidade." - Diz Kaito.

"Que chato." - Diz Cirius. "E Mako ?"

"É bem como dizem. Não tem nada muito especial, a não as quatro Deidades, principalmente a Galadriell. Fora isso, mais nada." - Diz Èris. "Como era Ignis ?"

"Cara, era beeem chato. Eu era chicoteado toda hora." - Diz Cirius.

Èris e Kaito se encaram, por alguns segundos.

"O que..." - Diz Èris, incerta. "O que EXATAMENTE você fazia em Ignis ?" - Pergunta Èris.

"Mira não contou ?" - Pergunta Cirius. Ele sorri. "Eu era um escravo. E um dos bons, hein."

A dupla se espanta, ao ouvir isso.

"…Cirius… Isso é horrível…" - Diz Èris, chocada.

"Isso não é tão chocante pra mim, já que minha cidade também tem escravos. Mas ainda não é uma coisa legal de ouvir…" - Diz Kaito.

"Que nada. Tá tranquilo. Não era tão ruim assim." - Diz Cirius. "Pelo menos eu tinha um lugar pra dormir. E QUASE comida de graça."

"Isso não é legal, Cirius... Você deve ter passado por muita coisa ruim, naquele lugar…" - Diz Èris.

"Não. Eu conheci bastante gente legal, quando era criança. Tinha a mãe, o papai, a Galadriell, o senhor Jigou-" - Diz Cirius, sendo interrompido por Èris.

"Galadriell ?" - Pergunta Èris.

"É ! Eu vi ela uma vez, quando era criança !" - Diz Cirius.

"Você conhece ela pessoalmente !?" - Pergunta Èris, espantada.

"Sim ! Foi demais ! Tá, o papai e a mamãe morreram nesse dia, mas mesmo assim, ela foi demais." - Diz Cirius.

"Seus pais morreram ?" - Pergunta Kaito.

"Quando eu era criança, um dos exércitos de Ignis atacou meu vilarejo. Daí, a Galadriell chegou lá e ela quebrou a cara de todo mundo !" - Diz Cirius.

"Vilarejo… Ignis…" - Diz Èris, ficando pensativa. "Vilarejo… ?"

"Tudo bem aí, cavaleira ?" - Pergunta Kaito.

"Vilarejo... Ah ! Por acaso você é de Jhinrai ?" - Pergunta Èris.

Cirius concorda com sua cabeça.

"…Mas isso é impossível..." - Diz Èris.

"Qual o problema ?" - Diz Kaito.

Èris puxa Kaito para um canto. "Kaito, tem alguma coisa errada."

Kaito solta um suspiro."Tá esquisita de novo, cavaleira."

"Não é isso. É que o vilarejo que ele está se referindo desapareceu do mapa há muito tempo." - Diz Èris.

"E… ?" - Pergunta Kaito.

"O vilarejo de Jhinrai desapareceu porque um exército de Ignis decidiu destruir ele por pura diversão." - Diz Èris.

"Assim como qualquer outra coisa que eles fazem. Novidade." - Diz Kaito.

"O problema é que Galadriell foi designada para essa missão. Quando ela terminou, fez um relatório dizendo que não haviam sobreviventes." - Diz Èris.

"Ela deve ter se enganado." - Diz Cirius, entrando no meio da dupla, que se assusta.

"Que susto, garoto !" - Diz Kaito, bravo.

"Foi mal !" - Diz Cirius.

"Sua história está errada. Como pôde ter conhecido a Galadriell no dia em que a vila foi atacada, se ela não achou nenhum sobrevivente ?" - Pergunta Èris.

"Mas é verdade !" - Diz Cirius.

"Bom, a cavaleira tá certa. Contra fatos, não há argumentos." - Diz Kaito.

"Mas eu juro que é verdade ! Olha ! Ela até me deu um presente !" - Diz Cirius, tirando a coisa enrolada em pano de suas costas. Ele desenrola essa coisa. É uma espada com uma longa lâmina fina e vermelha.

Èris fica chocada, ao ver a espada. "M-Mas o que isso está fazendo aí !?"

Kaito está confuso. "Eu, uh, sou o único que não sabe o que é isso ?"

"Como é que você não conhece a lendária espada Calligro !? Até onde vai sua ignorância ?!" - Pergunta Èris, brava.

"Ei ! A culpa é minha ?! Eu só não sei o que um pedaço de ferro colorido é !" - Diz Kaito, bravo.

"Calligro foi a espada que Kurono empunhou, quando acabou com a primeira Guerra dos Titãs. Foi essa mesma espada que acabou com a Segunda Guerra dos Titãs, agora nas mãos da filha de seu primeiro dono, Galadriell." - Diz Èris.

"Desencana, cavaleira. Se fosse uma coisa tão importante assim, aquela mulher não ia dar pra ninguém." - Diz Kaito.

"Não é de mentira ! É realmente a Calligro !" - Diz Cirius.

"Eu acredito em você. Conheço esse formato… Cada batida que o martelo deu na espada, na hora de forja-la, foi tão cuidadoso, que a espada não tem curvas ou amassados… Essa É a Calligro…" - Diz Èris, maravilhada com a espada.

"Ela me deu isso de presente e disse para devolver quando nos encontrarmos de novo." - Diz Cirius, encarando a espada. Ele começa a se lembrar de quando viu Galadriell. Há várias casas pegando fogo, brasas e fumaça subindo aos céus e soldados mortos por toda parte.

"Qual seu nome, garoto ?" - Galadriell pergunta para Cirius, ainda criança.

"Cirius Lunaguard, senhorita…" - Diz Cirius.

Galadriell dá uma leve risada. "Que coincidência, o meu também. Seus pais devem ser aqueles fãs que põe o sobrenome da pessoa que eles gostam no filho. Não é a primeira vez que isso me acontece." - Ela põe a mão na cabeça de Cirius e bagunça o cabelo dele. Galadriell dá um sorriso. "Não precisa ser formal comigo. Meu nome é Galadriell Lunaguard, mas pode me chamar só de Galadriell."

Cirius concorda com sua cabeça.

"Você foi bem corajoso hoje. Saiba que eu admiro sua coragem." - Diz Galadriell.

"Meus pais... morreram… ?" - Pergunta Cirius, cabisbaixo.

"Claro que não !" - Diz Galadriell. "Pais nunca morrem. Eles sempre deixam um pedacinho deles no mundo, para continuar o legado."

"…É sério… ?" - Pergunta Cirius.

"E como !" - Diz Galadriell. "Olha aqui, já que eu gostei de você, vou te dar um presente."

"Sério ? Eba !" - Diz Cirius.

Galadriell finca sua espada no chão. "Toma. Pode ficar com ela. Mas é temporário, ok ?"

"Eh !? Não são assim que presentes funcionam !" - Diz Cirius.

"É que ela é muito importante pra mim. Então eu quero que você me devolva ela, quando nos encontrarmos de novo." - Diz Galadriell.

"Por que não posso devolver agora ?" - Pergunta Cirius.

"Porque eu quero que me devolva ela quando nos encontrarmos quartel da guarda real do reino de Mako, quando você for o melhor soldado de lá." - Diz Galadriell. Ela estende seu punho. "Me promete que faz isso ?"

Cirius encosta seu punho no de Galadriell. "Pode apostar."

"É assim que eu gosto de ver !" - Diz Galadriell. "Cirius, tá tudo bem ?"

"Eh ?" - Diz Cirius, confuso.

Èris está balançando sua mão na frete do rosto dele. "Tá tudo bem, Cirius ?"

Cirius balança sua cabeça, acordando de um transe. "A-Ah ! Tá sim !"

"Ótimo, porque tá na hora de dormir." - Diz Kaito, já deitado no chão.

"Ei ! Não decidimos quem é que vai ficar de vigia primeiro !" - Diz Èris. Ela olha para o lado. Cirius também está deitado no chão, dormindo. Èris solta um suspiro. "Tá, eu fico de vigia primeiro…"


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