Millennium Odyssey: Uma Odisseia de Milênios Atrás escrita por Aquele cara lá


Capítulo 36
Capítulo 36




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Cirius está dormindo. Alguém começa a bater na porta do quarto dele, o acordando. Ele esfrega seus olhos, solta um bocejo e vai até a porta. Quem está batendo é Claude. Ele está com a venda em seus olhos.

"Finalmente !" - Diz Claude. "Simbora !" - Ele pega Cirius pela mão e o puxa. Claude puxa ele até o cargueiro do navio, onde Galadriell está brincando com os Makais. Ele se esconde atrás de uma caixa e puxa Cirius consigo.

"O que você-" - Diz Cirius, sendo silenciado por Claude, que tampa a boca dele.

"É um plano infalível com seis passos." - Claude sussurra. "Confia em mim, você vai me agradecer, no final."

Cirius tira a mão de Claude da frente da sua boca. "O que você vai fazer ?"

"Simples." - Claude sussurra. Ele pega um pedaço de carne e joga atrás de Galadriell.

Os Makais vêem o pedaço de carne e tentam pegá-lo, empurrando Galadriell em cima dele. Eles começam a lambê-la.

"P-Parem com isso !" - Diz Galadriell. "Vocês estão me sujando !"

Claude sai de trás da caixa, rindo. "Ahahaha ! Cara, essa foi boa !"

"Você !" - Diz Galadriell, brava. "Isso é coisa sua ! Eu vou matar você !"

"Eeekkk ! S-Simbora !" - Diz Claude, assustado. Ele pega Cirius e começa a correr. Claude leva Cirius até a cozinha, onde Mira e Èris estão cozinhando.

"Ok, hora do plano dois e três." - Claude sussurra. Ele limpa sua garganta. "Hmm… Cheirinho gostoso~"

"Mais um passo para perto de nós e eu juro que vou servir a sua cabeça em um palito." - Diz Èris.

"M-Mas eu nem fiz nada !" - Diz Claude. "Fala pra elas, irmãozinho !"

"E-Eu !?" - Pergunta Cirius, espantado.

Mira sorri. "Bom dia, maninho~"

"Por que só ele ganha um sorriso ?!" - Pergunta Claude, bravo.

"Quieto. Se não, recheio você com balas." - Diz Mira.

"Povinho agressivo, hein…" - Diz Claude.

"Você chegou em uma boa hora, maninho. Pode ajudar a gente, só um pouquinho ?" - Pergunta Mira.

"Claro !" - Diz Cirius.

"Pode pegar aquele pote grande com geléia ali, por favor ?" - Pergunta Èris. "É que nós duas estamos com as mãos ocupadas. Ehehehe."

"Sem problema~" - Diz Cirius. Ele pega o pote e leva até Mira e Èris.

"Eu só dou sorte~" - Claude pensa consigo mesmo. Ele cria um pequeno pedaço de gelo e o joga no chão.

Cirius escorrega no pedaço de gelo e acaba deixando a geléia cair em Èris e Mira.

"Ugh ! Ai..." - Diz Cirius.

"Cirius ! Mais cuidado !" - Diz Mira, brava.

"Você sujou a gente ! Vamos ter que parar de cozinhar para irmos tomar banho !" - Diz Èris.

As duas vão embora.

"F-Foi mal…" - Diz Cirius.

"Que azar, hein." - Diz Claude. "Bom, o que foi, foi. Vamos para o quarto passo."

"Pra que tudo isso ?" - Pergunta Cirius.

"Menos perguntas e mais ação." - Diz Claude, levantando Cirius. "Você vai me agradecer, daqui a pouco."

Os dois vão embora. Algum tempo depois. Eles chegam em uma pequena biblioteca. Há algumas mesas com vidros, tubos e potes contendo líquidos. Vega está nesse local, lendo um livro, enquanto um pote em sua frente está com um substância borbulhante. Ela pega uma poeira e cuidadosamente despeja nesse líquido, que começa a subir, mas para.

Vega solta um suspiro, aliviada. "Quase…"

"Uma poção, huh ?" - Pergunta Claude.

Vega ignora Claude.

"Oi, Vega." - Diz Cirius.

"Oh ! Bom dia, Cirius !" - Diz Vega. "Tudo bem ?"

"…Por que eu não tô surpreso… ?" - Claude se pergunta.

"O que você tá fazendo ?" - Pergunta Cirius.

"Era pra ser um remédio que cura dor de barriga, mas tá parecendo que ELE vai causar a dor de barriga." - Diz Vega.

"Parece melhor que o remédio de dor de cabeça da vovó." - Diz Cirius. Um arrepio corre pelo corpo dele. "A-Aquele negócio funciona, mas tem um gosto horrível."

"Você dá sorte." - Diz Claude. "É porque ainda não comeu a comida que aquela garota esquisita faz."

"Deixa eu adivinhar, é a Stella ?" - Pergunta Cirius

"I-Isso aí..." - Diz Claude. "Não quero passar por aquilo nunca mais…"

Cirius põe a mão no ombro de Claude. "Eu sei como você se sente…"

"Cirius, você poderia se afastar um pouco ?" - Pergunta Vega. "É que eu vou colocar um coisa, e pode dar muito errado, se colocar muito."

"Beleza." - Diz Cirius, indo para trás. Claude o acompanha.

Vega pega mais poeira e começa a se concentrar. Ela despeja lentamente. Claude espirra, a assustando e fazendo Vega deixar toda a poeira cair. De repente, o frasco explode, jogando o líquido nela.

"Seu idiota ! Olha só o que fez !" - Diz Vega, brava.

"Foi sem querer !" - Diz Claude. Ele sussurra para Cirius. "Não foi não~"

"Ugh ! Agora eu preciso ir me limpar !" - Diz Vega, indo embora.

"Heh, agora que as coisas boas começam." - Diz Claude.

"Tudo que você fez foi atrapalhar elas ! Isso não tem nada de bom !" - Diz Cirius.

"Essa é a sua primeira lição." - Diz Claude. "Os problemas de alguns são beneficiários para outros."

Cirius inclina sua cabeça, confuso. "Não entendi…"

"Espera só alguns minutinhos. Você vai entender." - Diz Claude.

Algum tempo depois. Claude e Cirius estão em um corredor.

Claude olha para os lados, checando o local. "Tudo limpo. Podemos começar o passo cinco."

"E qual é ?" - Pergunta Cirius.

"Eu pensei que ia ser mais difícil, mas esse vai ser bem mais simples." - Diz Claude. Ele começa a andar na ponta dos dedos, até uma porta. Cirius o segue.

"Não tem ninguém aqui." - Diz Cirius.

"Cuidado nunca é demais." - Diz Claude. "Escuta. Eu vou entrar nessa porta e, quando sair, quero que você venha correndo. Me entendeu ?"

"Mas pra quê ?" - Pergunta Cirius.

"Não questiona seu irmão mais velho. Ele é muito sábio." - Diz Claude. "Eu tô indo." - Ele abre a porta vagarosamente e entra. Em questão de segundos, Claude vai embora, correndo. Cirius corre atrás dele.

Os dois chegam no deck principal.

"O que você pegou ?" - Pergunta Cirius.

"O paraíso, Cirius !" - Diz Claude, animado. "Eu peguei o melhor tesouro que um homem poderia pegar !" - Ele abre sua mão. Há algumas calcinhas nela.

"Eh !?" - Diz Cirius, espantado. "Era isso !?"

"Claro que sim ! Eu não fiquei sujando todas essas garotas à toa !" - Diz Claude. "Vai me dizer que você não sabe a importância desse tesouro ?"

"Bota essas coisas no lugar, cara !" - Diz Cirius. "Se as meninas descobrirem, já era !"

"Cirius, uma calcinha é uma das melhores coisas que se pode adquirir !" - Diz Claude. "Elas são macias, fofinhas, perfumadas ! Hah… Eu tô no paraíso…"

Cirius está olhando para ele, assustado.

"Fica tranquilo. Não é como se aquela cavaleira fosse dar falta de uma calcinha." - Diz Claude.

Alguém limpa a garganta. Claude começa a suar. Ele vira sua cabeça lentamente, assustado. Atrás dele, estão as meninas, com olhares sérios.

"A-Ah..." - Diz Claude, assustado. Ele se recompõe. "Madames, não poderiam ter chegado em uma hora melhor. O vento estava levando suas preciosas roupas íntimas, e eu, como o cavalheiro que sou, as salvei de um fim trágico. Aqui, podem pegá-las de volta."

As meninas continuam encarando Claude.

Claude respira fundo. Ele força um sorriso. "…Foi… mal… ?"

Elas começam a bater em Claude.

"N-Na cara não ! Tudo menos o meu rostinho lindo !" - Claude súplica.

Algum tempo depois. O sol está se pondo. Claude está com vários curativos em seu rosto. Ele e Cirius estão sentados, olhando o pôr do sol.

Claude passa a mão em seu rosto. "Valeu a pena…"

"Você é um esquisitão." - Diz Cirius.

"Ainda sim, valeu a pena." - Diz Claude.

"Aí. Por que você usa esse troço na cara ?" - Pergunta Cirius.

Claude tira a venda. "Isso ?"

"Você consegue enxergar perfeitamente bem, não ? Então, pra que isso ?" - Pergunta Cirius.

"Esse olhos são iguais aos da mamãe, Cirius." - Diz Claude. "Enquanto eu enxergar, ela também vai. Eu fiz coisas que nenhuma mãe gostaria de ver seu filho fazendo, então ando com essa venda para ela não precisar se preocupar comigo… E, não é como se eu andasse com ela o tempo todo. Eu tiro, de vez em quando. Quando tem alguma coisa que ela gostaria de ver. Tipo o pôr do sol. Essas coisas- Ah, você já entendeu. Um amigo meu que me deu essa dica. Vocês iam se dar bem."

Os dois permanecem em silêncio.

"Se você realmente gosta tanto assim dela, por que tá ajudando a gente ?" - Pergunta Cirius.

"Provavelmente porque eu tenho medo…" - Diz Claude. "E se ela não for mais a mesma pessoa ? Do mesmo jeito que ela quase destruiu a humanidade uma vez, pode fazer de novo. E se isso acontecer ? Eu vou ter de matar a minha própria mãe ? Eu não quero isso… Ninguém quer…"

Cirius encara Claude. Ele encosta sua cabeça em seus joelhos. "Eu não sei o que fez ela querer matar todo mundo, mas a mamãe parece ser uma pessoa legal, pelo que você fala. Então a gente pode conversar. E se não der certo, tem sempre a opção de devolver a noção dela com a porrada."

"Não foi a primeira vez que eu ouvi isso." - Diz Claude, dando um leve sorriso. Ele diz para si mesmo. "Tomara que não termine do mesmo jeito…"

"Falou alguma coisa ?" - Pergunta Cirius.

Claude se levanta. "Nah. Só tô com sono. E é melhor você dormir também, porque vamos chegar em Ignis amanhã." - Ele vai embora.

"Ignis, huh…" - Diz Cirius. "Será que eu tô fazendo mesmo a coisa certa… ?"


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