Millennium Odyssey: Uma Odisseia de Milênios Atrás escrita por Aquele cara lá


Capítulo 29
Capítulo 29




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"Atenção todos ! Dirijam-se ao deck principal ! Mako pode ser vista !" - Diz Decker.

O grupo vai até o deck principal. Dele, pode-se ver um pedaço do chão flutuando acima de uma grande cratera, sendo segurado por quatro correntes feitas de uma luz dourada. Em cima do pedaço de chão, há uma grande cidade branca em formato de espiral, com vários prédios brancos, com detalhes azuis e dourados, e uma construção composta por vários andares em formatos diferentes espalhados para todos os lados.

Cirius olha para esse local, maravilhado. "Whoa… Mako…"

"…É do mesmo jeito que a mamãe e papai descrevem, mas ainda é bem legal…" - Diz Mira, também maravilhada.

"Ouvi dizer que existem bons médicos, aqui." - Diz Vega.

"O que são aquela casas grandes ?" - Pergunta Luna.

"É um novo formato de moradia que Mako está desenvolvendo. Chamam-se prédios." - Diz Decker. "São como casas normais, só que uma em cima da outra."

"Mas como é que isso funciona ? A casa de cima esmaga a casa de baixo, não ?" - Pergunta Luna, confusa.

"É complicado, Luna." - Diz Mira. "Você só precisa saber que ocupa menos espaço e dá mais casas para as pessoas morarem."

"Chegaremos lá em questão de minutos." - Diz Decker.

"Isso é ótimo." - Diz Vega. Ela se vira para Èris, que está em um canto, quieta. "Não precisa mais se preocupar. Nós vamos chegar a tempo."

Èris permanece quieta. Ela sai do local sem olhar no rosto de ninguém.

"Toda essa preocupação deve estar deixando ela muito tensa." - Diz Vega.

Algum tempo depois. Zephyr está mais perto da cidade. Há um mecanismo no local, parecido com uma plataforma. Em volta dela, há alguns guardas armados com espadas e escudos e usando armaduras prateadas. Alguns deles notam o navio e se aproximam dele. Todo o grupo, menos Èris, sai. Os guardas levantam suas armas.

"Alto lá ! Se identifiquem, estrangeiros !" - Diz um guarda.

"Nós viemos pegar nosso amigo-" - Diz Cirius, sendo interrompido por Mira.

"Viemos visitar a cidade !" - Diz Mira.

"Mas não é isso que a gente veio fazer…" - Diz Cirius.

"Se vão mesmo executar o Kaito, não vão querer que ninguém salve ele." - Mira sussurra para Cirius.

"Faz sentido…" - Diz Cirius.

"Chegaram em uma hora ruim. Não tem nada aberto agora." - Diz o guarda.

"Por que a cidade parou ?" - Pergunta Decker.

"Galadriell acabou de voltar com um criminoso." - Diz outro guarda. "Vão executar ele. E a cidade inteira vai ver."

"M-Mas já-" - Diz Vega, se interrompendo. Ela limpa sua garganta. "Mas por que precisam executar ele tão rápido assim ? Quer dizer… Ele não acabou de chegar ?"

"Ordens da igreja." - Diz um guarda. "Padre Solomon ordenou que não deixássemos ninguém entrar nem sair."

"P-Poxa vida ! Deve ser bem importante mesmo, né ? Ahahaha..." - Diz Mira. "Vem cá, pessoal." - Ela faz um sinal para o grupo se juntar, e eles o fazem. "Era só isso que a gente precisava ! Como vamos entrar agora ?"

"Eu ordeno que esse grupo de pessoas passe." - Diz Èris. Ela está com a jaqueta preta, vestido azul calças e botas marrons e suas duas espadas.

Os guardas olham para ela e se curvam.

"P-Perdão ! Não sabíamos que estava aí, Èris !" - Diz um guarda. "M-Mas você não estava desaparecida ?"

"Saio dessa cidade por uns meros dias e já sou considerada uma desaparecida ? Poupem-me." - Diz Èris.

"P-Perdão !" - Diz um guarda.

Èris silenciosamente passa pelo grupo e vai até a plataforma.

"Espere aí !" - Diz um guarda. "Seu pai disse que não podíamos deixar você entrar ! Você vai tentar salvar aquele criminoso !"

"Salvá-lo ? Longe disso." - Diz Èris. Ela olha para todos com um olhar frio. "Eu vou acabar com aquele desgraçado com as minhas próprias mãos. E qualquer um que entrar no meu caminho vai compartilhar do mesmo destino." - Ela desaparece.

O grupo se encara. Eles vão atrás dela, correndo. Todos sobem na plataforma e também desaparecem. Eles são teleportados para outra plataforma, na cidade. O chão do local é cinza. Há algumas casas e prédios espalhados por todos os lados. O grupo vê várias pessoas indo para um lugar com dez pilares, perto do topo.

"Aquela construção toda torta e esquisita deve ser o Palácio de Pandora. É lá que o rei de Mako, Arthur, fica." - Diz Mira.

"O que são aquelas coisas estranhas ?" - Pergunta Luna, apontando para os dez pilares.

"Boa ideia." - Diz Cirius.

Vega se aproxima de um homem. "Com licença. Por que estão todos indo para lá ?"

"São novos aqui ?" - Pergunta o homem. "Aquele é o palco de execução. Todas às vezes que pegam um criminoso perigoso, executam ali, debaixo dos dez Pilares Divinos. Cada pilar representa uma das dez divindades que criou nosso mundo. Heh, bem merecido. Gente daquela laia nunca deveria ter pisado em Mako." - Ele vai embora.

"Já sabemos pra onde temos de ir !" - Diz Vega.

Todos começam a correr. Alguns guardas notam isso e se aproximam do grupo.

"Parados aí !" - Diz um guarda. "Pra que tanta pressa, huh ?"

"É-É que queremos ver o assassinato !" - Diz Mira. Ela força um sorriso. "Sabe como é, né ? Não podemos perder, uh, nenhuma gota de sangue ruim derramado."

"Boa tentativa. Fazemos uma patrulha por essas ruas todos os dias. Conhecemos cada pessoa que mora aqui." - Diz o guarda. "Avisem as Deidades ! Estão tentando resgatar o criminoso !"

Luna derruba alguns guardas. Os que escaparam vão embora, correndo.

"Luna ! Eles são do bem !" - Diz Cirius.

"Mas pessoas más querem machucar amigo da Luna !" - Diz Luna.

"Depois você pede desculpa, Cirius !" - Diz Vega. "Precisamos chegar no palco, antes que matem o Kaito ! Ou pior, antes que a Èris chegue lá !" - Ela vai embora, correndo.

"A ideia dela é boa. Se nos separarmos, conseguiremos despistar os guardas e teremos mais chances de chegar no palco." - Diz Decker.

"Marido vem com Luna !" - Diz Luna, pegando Cirius pelo braço e indo embora com ele rapidamente.

"P-Para de me arrastar pra coisas que eu não quero fazer com você !" - Diz Cirius, desesperado.

"Então nós vamos por aqui, certo ?" - Pergunta Mira.

Alguns guardas chegam.

"Não deixem eles escaparem !" - Diz um guarda.

"Vamos !" - Diz Decker.

Mira e Decker também vão embora. Em um grande palco com alguns símbolos no chão, está Kaito. Ele está com suas roupas rasgadas, com sangue e machucados espalhados pelo seu corpo e com seus braços e pernas amarrados em uma cruz vermelha. Há várias pessoas perto do palco. Há também um homem de cabelo castanho, olhos verdes, vestindo uma roupa preta de padre, e duas garotas, uma de cabelo curto preto, com uma franja cobrindo os olhos, vestindo uma roupa de freira branca, e uma com o cabelo igual ao da outra, só que branco, e uma roupa igual, também, só que preta. As duas estão com chicotes feitos de uma luz dourada. Elas batem com seus chicotes em Kaito, que cospe sangue.

"Gah !" - Diz Kaito, tentando aguentar a dor.

"Agora você vê ? Essa é a punição divina pelos seus atos criminosos contra a minha querida filha." - Diz o padre.

"…L… Legal… Solomon… Agora… onde é que tá... a parte… em que eu… te perguntei... ?" - Pergunta Kaito, debochando do homem.

"Você tem uma boca muito grande, para alguém com uma expectativa de vida muito pequena." - Diz Solomon.

"Hah… Hah… Sabe como é… né… Eu sou… estiloso demais… pra morrer… sem dizer nada…" - Diz Kaito, ofegante.

"Uma escolha de últimas palavras peculiar." - Diz Solomon. "Espero que alguma divindade consiga poupar sua alma, porque eu não vou. Minhas queridas filhas, acabem com a existência pecadora deste incrédulo."

"Sim, pai." - Dizem as duas garotas. Elas pegam seus chicotes e preparam um ataque.

Quando os chicotes chegam perto de Kaito, uma espada acerta os dois e os finca na cruz.

"Mas o quê !?" - Diz Solomon, surpreso. "Quem ousa interromper o ritual sagrado de sacrifício ?!"

Èris caminha até o palco. As garotas puxam seus chicotes de volta, fazendo a espada de Èris voltar para ela.

"F… Filha…" - Diz Solomon, em uma mistura de surpresa e felicidade. "Minha querida filha ! Ainda bem que você voltou !"

Èris corre na direção das duas garotas. Quando ela chega perto, dá uma cabeçada em uma. A outra pega seu chicote, mas Èris pega sua espada mais rápido, a desarma e aponta sua lâmina para o pescoço dela.

"Mas que ultraje é esse !?" - Pergunta Solomon. "Não veio salvar esse criminoso, não é ?"

Èris abaixa sua espada. Onde a espada dela se fincou, na cruz, começa a quebrar, até que o faz. Kaito cai no chão, ainda amarrado à cruz.

"…U… gh… ! Bom te ver… também…" - Diz Kaito.

"Um duelo." - Diz Èris.

"Como ?" - Pergunta Solomon.

"Vocês duas contra mim. Quem ganhar, terá o direito de assassinar esse criminoso." - Diz Èris.

"Eu não aprovo !" - Diz Solomon, bravo. "Nunca deixaria minhas filhas lutarem entre si-" - Ele tenta dizer, mas é interrompido pela freira de preto.

"Não se preocupe, pai. Ela só está passando por uma fase rebelde." - Diz a freira de preto.

"Tudo que precisamos fazer é disciplinar nossa querida irmã." - Diz a freira de branco.

"Mas-" - Solomon tenta dizer, mas é interrompido novamente. Dessa vez, por alguns guardas. "Pai Solomon, o rei quer conversar com você."

"...Certo." - Diz Solomon. "Filhas, sacrifiquem aquele herege." - Ele vai embora, junto com os guardas.

Enquanto isso, em um beco. Cirius está sendo puxado por Luna. Guardas estão correndo atrás deles.

"Calma aí, pessoal ! A gente não quer fazer nada demais !" - Diz Cirius.

Um guarda joga uma lança, que quase acerta Cirius.

"Homens maus querem machucar marido ! Luna não vai deixar !" - Diz Luna, brava.

"Espera aí, Luna-" - Cirius tenta dizer, mas é jogado para frente.

Luna soca o chão com força, fazendo ele abrir. Os guardas caem dentro da fenda.

"Luna ! Eles são gente do bem !" - Diz Cirius.

"Ninguém que machuca o marido de Luna é bom." - Diz Luna.

"Mas esses caras só tão fazendo o trabalho deles !" - Diz Cirius.

Palmas podem ser ouvidas. Luna e Cirius olham para todos os lados. Em cima de uma casa por perto, eles vêem uma mulher de cabelo longo loiro, com uma mecha cobrindo seu olho direito, olho esquerdo verde, usando uma armadura branca, com detalhes roxos e o desenho de uma caveira de boi preta no peito, com uma capa vermelha no ombro direito e uma bainha com um gatilho de arma na cintura. Ela pula, caindo perto dos dois.

"É claro que esses guardas não conseguem lidar com duas crianças." - Diz essa mulher.

"Mais uma pessoa má ?" - Pergunta Luna.

Cirius está maravilhado com a mulher misteriosa. "Não creio…"

Luna olha para Cirius e inclina sua cabeça, confusa. "O marido de Luna conhece mulher estranha ?"

"Tá brincando comigo ? Só um idiota pra não conhecer Leah Gunhildr !" - Diz Cirius. "Ela foi considerada a melhor espadachim em dezoito reinos diferentes ! E isso só com quinze anos ! Agora faz parte das quatro Deidades, os quatro generais de Mako !"

"Vejo que alguém andou estudando~" - Diz Leah.

"Eu sou muito fã de todos vocês !" - Diz Cirius. "Todos os dias, desde criança, eu lia histórias sobre você, Credo, Daedalus e Galadriell ! Vocês são meus heróis !"

"E quem seria meu fã ?" - Pergunta Leah.

"Meu nome é… Bom, eu ainda não decidi isso." - Diz Cirius. "Tecnicamente, meu nome é Cirius Seaglass, já que eu sou adotado. Mas você pode usar meu nome original: Cirius Lunaguard !"

"Cirius Lunaguard…" - Leah murmura para si mesma. "Você sabia que esse sobrenome é igual ao da Galadriell ?"

"É por isso que eu gosto dele !" - Diz Cirius, animado. "Papai e mamãe também eram fãs dela !"

Leah põe suas mãos na cintura e solta um suspiro. "Ninguém põe meu sobrenome em uma criança… Escuta. Eu não sei o que vocês aprontaram, mas os guardas querem pegar os dois. Venham aqui e eu levo vocês para um lugar mais calmo, para conversarmos melhor."

Cirius caminha na direção de Leah, mas é rapidamente parado por Luna, que segura o braço dele. "O que foi ?"

"Mulher malvada quer machucar marido." - Diz Luna, séria.

"Ahahaha ! Tá tudo bem, Luna." - Diz Cirius. "Todo mundo aqui é do bem." - Ele se solta de Luna.

Cirius chega mais perto de Leah, que dá um sorriso confiante. Ela aperta o gatilho em sua bainha. Em um rápido movimento, uma rapieira sai com força da bainha, Leah a pega e ataca Cirius. Luna consegue segurar a espada com suas manoplas, antes que acertasse o jovem.

Cirius cai para trás. "E-Eh !?"

"Muito esperta." - Diz Leah. "Viu minha mão por baixo da capa."

"Luna não vai deixar ninguém machucar marido !" - Diz Luna, brava.

Leah solta um suspiro. "Paixão é uma coisa linda. Não estrague ela achando que aquele garoto pode ser amado." -Terminando de dizer isso, ela força mais sua rapieira, empurrando Luna para trás.

"Espera ! Nós somos do bem ! Isso é tudo um grande engano !" - Diz Cirius.

"Engano ?" - Diz Leah. Ela nega com seu dedo. "Não existe nenhum engano aqui, só uma tarefa que nunca foi terminada." - Leah põe sua rapieira na bainha e põe o dedo no gatilho.

Luna soca o chão, fazendo a fenda de antes se abrir mais. Leah se desequilibra. Luna rapidamente pega Cirius e começa a correr. "Luna avisou marido ! Aqui tem muitas pessoas ruins !"

"Ela deve ter confundido a gente !" - Diz Cirius.

"Ainda bem que Luna sempre vem preparada." - Diz Luna. Ela assobia.

"Pra que isso ?" - Pergunta Cirius.

"Pra ajudar marido." - Diz Luna.

Os dois chegam em uma praça. Leah alcança eles. Ela aperta o gatilho novamente, sendo jogada para frente e pegando sua espada rapidamente. Luna segura a lâmina com as duas mãos.

"Não vai conseguir vencer só se defendendo !" - Diz Leah. Ela aperta o gatilho mais uma vez, forçando mais a espada e jogando Luna para trás.

"Luna !" - Diz Cirius, preocupado.

Leah levanta sua rapieira e prepara um ataque.

"I-Isso é só um engano !" - Diz Cirius. "Você sabe disso, é minha heroína !"

"Heroína... ?" - Diz Leah. "Saber que alguém como você me considera uma heroína me dá nojo." - Ela ataca.

Barulho de aço colidindo pode ser ouvido. Na frente de Cirius, está Garu, o Makai dele, com Calligro em sua boca. Ele está se defendendo do ataque de Leah.

Enquanto isso. Vega está correndo, em uma rua. Ela para de correr e pula para trás. Algo acerta o chão, onde ela estava.

"Quem está aí ?!" - Pergunta Vega, pegando sua guandao.

De trás de uma árvore, sai um homem de cabelo preto bagunçado, com uma mecha amarela, olhos verdes, usando uma armadura dourada, com detalhes roxos e um braço em cada ombro, usando um cachecol vermelho grande, tampando sua boca, e com uma caderneta em mãos, escrevendo nela.

"Quem é você ?" - Pergunta Vega.

O homem não para de olhar para sua caderneta, ignorando Vega. Ele termina de escrever algo e fecha sua caderneta. "Daedalus Morax."

Vega pondera o nome de Daedalus, até que se lembra de algo. Vega está batendo em uma grande árvore de tronco grosso com sua guandao. Apenas alguns arranhões são feitos.

"Hah… Hah… Chega disso, mestra… !" - Diz Vega, ofegante.

Uma mulher de voz forte a responde. "Besteira ! Você mal arranhou a árvore e já quer descansar ?"

"É que… é muito difícil... !" - Diz Vega. "Seria bem mais fácil… se a senhora… me ensinasse… uma técnica nova…"

A mulher solta um suspiro. "Vega, não existe um caminho 'fácil' ou 'rápido' para se tornar mais forte. Força vem com dedicação, não pressa."

"Então me dê… uma arma mais forte... !" - Diz Vega.

"Você não vai aprender nunca ? Armas são apenas ferramentas. A verdadeira força vem de quem as usa. Uma arma destrutiva não significa nada, se não existir ninguém que consiga usá-la." - Diz a mulher. "Só existe uma pessoa que é capaz de usar qualquer arma nesse mundo. Seu nome é Daedalus Morax."

"Parece ser... uma pessoa forte..." - Diz Vega.

"Ele nasceu no meio de uma guerra, e, graças a isso, desenvolveu uma afinidade com armas. Desde pequeno, fazia desenhos e construía armas." - Diz a mulher. "Hoje, se tornou um dos melhores inventores desse mundo. Ele pessoalmente fez as armaduras e armas que as Deidades e todos os soldados de Mako usam."

"Whoa... Será que… ele consegue… me fazer uma… arma boa… ?" - Pergunta Vega.

"Você ouviu uma palavra do que eu disse ?!" - Pergunta a mulher, brava.

"Então era dessa pessoa que a mestra estava falando…" - Vega pensa consigo mesma.

"Você empunha uma arma de Jiyūshima. Ainda assim, não se parece com alguém de lá." - Diz Daedalus.

"Porque eu não sou." - Pergunta Vega.

"E essa sua arma é peculiar. É diferente de qualquer guandao que eu já tenha visto." - Diz Daedalus. "Me dê ela. Irei destruí-la e entender seus segredos."

"Não vou deixar você tirar o Qinglong de mim !" - Diz Vega.

"Você está negando o avanço científico ?" - Pergunta Daedalus. Os braços na armadura dele começam a se mexer. Um pega um rifle, e, o outro, uma lança. Com uma mão, Daedalus pega uma espada e, com a outra, um escudo de ferro. "Que seja. Só preciso pegar ela do seu cadáver."

Enquanto isso, em uma floresta. Mira e Decker estão correndo.

"Se passarmos por aqui, vamos poder resgatar Kaito de surpresa." - Diz Decker.

"Você pega ele e eu te dou cobertura." - Diz Mira.

"Não estamos tão longe assim. Só espero que os outros estejam bem." - Diz Decker.

"Nem mais um passo." - Diz um homem.

Mira e Decker param de correr. Na frente deles, está um homem de cabelo prateado, olhos azuis, usando uma túnica branca, com cruzes vermelhas, botas pretas e com um livro em mãos.

"Eu conheço ele." - Diz Mira. "Credo Sparda, uma das quatro Deidades de Mako. Ele tem um poder mágico incrivelmente forte."

"Então são vocês que invadiram Mako ?" - Pergunta Credo. "Por que motivo ? A vida de um criminoso vale tanto assim ?"

"Ele não é um criminoso, é nosso amigo !" - Diz Mira. "Mako deveria ser uma nação onde todos são seguros ! Por que vocês estão fazendo uma barbaridade dessas ?"

"Não há nada melhor que sangue de criminosos, para manter a justiça em ordem. Se você derrama sangue inocente, seu sangue será derramado." - Diz Credo.

"Um pensamento desses nunca levará está nação para a frente." - Diz Decker.

"Silêncio !" - Diz Credo. "Aqueles que contrariam Mako, estão contrariando sua própria existência. A cidade perfeita, onde nenhum criminoso é admitido. Estamos todos seguros, dentro deste ambiente."

"Conversar com um cara desses não adianta, Decker." - Diz Mira. Ela pega seu rifle. "Somos obrigados a lutar."

"Não aqui." - Diz Credo, indo embora.

"Eh ?" - Diz Mira, confusa.

"Cada uma dessas árvores foi plantada em memória à uma das vítimas do ataque de Ignis." - Diz Credo. "Lutar aqui seria uma desonra e um desrespeito aos mortos e suas famílias."

Mira e Decker seguem Credo. Eles chegam em uma plataforma de pedra.

"Pronto." - Diz Credo. "Aqui, nossa luta não afetará ninguém."

"Você quer mesmo lutar ?" - Pergunta Mira.

"Meu dever é lutar. Meu lugar é no campo de batalha, cumprindo cada ordem que meu rei me der." - Diz Credo.

"Eu tenho uma proposta." - Diz Mira.

"Diga." - Diz Credo.

"Se perdermos, você pode nos executar." - Diz Mira. "Existem duas pessoas aqui, um soldado chamado Connor, e uma empregada do castelo chamada Cordelia. São meus pais. Eles trabalham duro, dia e noite, para poderem dar um futuro para seus dois filhos. Se ganharmos, eu quero que você dê um aumento para eles."

"Mira…" - Diz Decker, encarando Mira.

"Aceito sua proposta." - Diz Credo.

"Então podemos começar." - Diz Mira. Ela se vira para Decker. "Você fica fora dessa."

"Eu posso ajudar !" - Diz Decker.

"Não tem muito o que você fazer contra ele, e, qualquer ataque que receber, pode te matar." - Diz Mira.

"Certo…" - Diz Decker, cabisbaixo. "Eu sei quando não sou útil…" - Ele se afasta de Mira.

Mira põe algumas balas em seu rifle. "Pronta !"

Credo abre seu livro. "Vamos começar."


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