Millennium Odyssey: Uma Odisseia de Milênios Atrás escrita por Aquele cara lá


Capítulo 22
Capítulo 22




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"Você não é minha tia. Nunca foi." - Diz Èris, séria. "Não passa de uma maníaca obcecada por poder."

"E-Ela é sua tia !?" - Pergunta Cirius, surpreso.

"Não-" - Diz Èris, se defendendo de um ataque de Levia.

"Eu sei que você quer muito contar sua trágica e triste história de vida, mas tô mais afim é de brigar !" - Diz Levia. "Ei, golem ! Esses caras querem atacar a tumba ! Faz sua parte !"

A criatura de pedra bate suas mãos no chão com força, abrindo um buraco. Cirius, Galadriell e o golem caem.

"Você está bem ?" - Pergunta Galadriell.

"Ugh… Segunda vez, em um dia só…" - Diz Cirius.

"Tudo bem aí em baixo ?" - Pergunta Mira.

"Nem tanto !" - Diz Cirius.

"Concentrem-se em descobrir como se abre a porta ! Nós cuidamos das coisas aqui !" - Diz Galadriell.

"Certo !" - Diz Decker.

O golem avança na direção de Cirius e Galadriell. Eles se jogam em direções opostas, desviando do ataque. Galadriell pega uma espada.

"Ei, Cirius." - Diz Galadriell. "Quer ver quem consegue machucar mais essa coisa ?"

"Pode apostar !" - Diz Cirius.

Èris é jogada para trás. "Ugh !"

"Qual o problema ?" - Pergunta Levia. "Pensei que me odiasse."

"E eu te odeio !" - Diz Èris, correndo na direção de Levia.

Levia solta um suspiro. "Eu queria um adversário, não um boneco de treino." - Ela se defende do ataque de Èris e a joga para trás novamente.

"Eu te ajudo, cavaleira-" - Diz Kaito, dando um passo para frente, mas sendo interrompido por Èris.

"Não ouse chegar perto !" - Diz Èris.

"E você espera que eu faça o quê ?! Fique parado e veja você apanhar ?!" - Pergunta Kaito, bravo. Ele tenta ir até Èris, mas é parado por Mira.

"Deixa ela." - Diz Mira.

"Me solta !" - Diz Kaito, puxando seu braço.

"Você só vai servir pra atrapalhar." - Diz Mira. "Meu pai sempre diz que ter aliados na batalha é a melhor pior coisa que pode acontecer. É bom porque você tem reforço. É ruim porque querendo ou não, você vai se preocupar com seus amigos, e isso vai te atrapalhar."

"Tch. E o que eu vou fazer ?" - Pergunta Kaito.

"Que tal explicar o motivo de estar tão esquisito ?" - Pergunta Mira. "Notei que você está assim desde que chegamos aqui. Por que a Èris odeia aquela mulher ?"

Kaito solta um suspiro. "Aquelas duas têm uma rivalidade bem velha. Eu não sei exatamente tudo, mas sei o que a cavaleira me contou."

"E..." - Diz Mira.

"Bom, isso meio que envolve o passado da cavaleira." - Diz Kaito. "A família dela é bem… peculiar…"

"Como assim ?" - Pergunta Mira.

"O pai e as irmãs dela têm uma igreja, lá em Mako. O que faz sentido, já que são uma família de paladinos. Mas aí que tá a coisa, a cavaleira não é necessariamente uma paladino." - Diz Kaito. "As irmãs dela tem um sangue 100% puro, mas a cavaleira não, porque a mãe dela é uma criminosa. Bom, era."

"Eh !?" - Diz Mira, espantada.

"A esposa do pai da Èris morreu. Daí, ele ajudou uma criminosa a se reformar e os dois acabaram se apaixonando." - Diz Kaito. "Foi assim que a Èris nasceu. Por causa do sangue 'impuro' dela, a cavaleira meio que foi expulsa da família."

"Que horrível…" - Diz Mira.

"Não é bem 'expulsa'. Tá mais pra um olhar de canto dos olhos, quando ela passava perto deles." - Diz Kaito. "Mas o pai da cavaleira é bem legal, até. Ele protege ela. Até demais. O cara é meio super protetor. A mãe dela era o exemplo de vida da Èris. Ainda bem que a cavaleira não seguiu os passos da mãe..."

"Por quê ?" - Pergunta Mira.

"B-Bom, digamos que ela tinha um temperamento bem… forte." - Diz Kaito.

"Tinha ?" - Pergunta Mira.

"Ela não tá mais viva." - Diz Kaito. "Você lembra daquele ataque surpresa em Mako, há anos atrás ?"

"Sim, eu era uma garotinha, na época." - Diz Mira.

"A mãe da cavaleira encontrou uma mulher muito machucada e começou a cuidar dela." - Diz Kaito. "Essa mulher conquistou a confiança da família e até já estava sendo considerada parte da mesma. A mãe da Èris até ensinou o estilo de luta dela, Zenpaku, pra essa mulher. O Zenpaku é uma técnica que você usa duas espadas para atacar e contra-atacar o inimigo. Como é uma técnica que exige muita concentração, velocidade e precisão, a pessoa não pode usar nenhuma armadura, o que deixa ela vulnerável a qualquer ataque. Ou pelo menos foi o que a cavaleira disse. Não tava prestando atenção."

"O que o ataque à Mako tem haver com tudo isso ?" - Pergunta Mira.

"Ah, é. Já tinha até esquecido." - Diz Kaito. "Um dia, a mulher desapareceu. E, quando voltou, tinha um exército de Ignis com ela. Conseguiram invadir Mako sorrateiramente, porque a mulher estudou cada passagem secreta no local. E foi assim que Mako foi atacada. Mas, claro, essa mulher não podia sair sem só atacar um reino inteiro. Ela matou a mãe da cavaleira, a pessoa que ajudou e confiou nela. Já que foi a mãe da cavaleira que a trouxe, advinha em quem caiu a culpa. Èris passou três anos na prisão por causa de tudo isso."

"…Isso é horrível..." - Diz Mira. "Como é que ela ainda consegue servir esse reino ?"

"Aí é com ela." - Diz Kaito. "Eu não faço a mínima ideia, mas uma coisa é certa: você não vai achar alguém mais determinado do que ela. Todos viviam dizendo que a Èris nunca conseguiria nada na vida, porque era 'impura', e, mesmo assim, ela conseguiu entrar para a guarda real de Mako. Se isso não for determinação, eu não sei o que é."

"Ela é bem mais forte do que parece…" - Diz Mira. "Eu respeito mais ela, agora..."

Èris é jogada para trás. "Ugh !"

"Qual o problema ? O gato comeu sua língua ?" - Pergunta Levia.

"Quieta !" - Diz Èris, avançando na direção de Levia. "Eu vou acabar com você !"

"Pode tentar !" - Diz Levia, com um sorriso macabro.

Èris e Levia começam a colidir suas lâminas. Levia consegue jogar as espadas de Èris para cima e pegar o rosto dela. Ela bate a cabeça da cavaleira no chão com força e se prepara para cortá-la. Èris rapidamente põe suas pernas para cima, pega suas espadas com elas e se defende do ataque.

"Eu não esperava menos da filha daquela mulher." - Diz Levia. "Um Zenpaku perfeito, capaz de defender todas as partes do corpo..."

Levia tenta atacar Èris novamente, mas ela se joga para o lado, desviando do ataque. Èris se levanta rapidamente e pega as espadas com as mãos. Levia ataca ela. As duas começam a se encarar.

"Sabe, sua mãe era uma péssima professora." - Diz Levia. "Eu sempre fui uma aluna perfeita. Memorizei todos os ataques que ela me ensinou, e, mesmo assim, ela não queria me ensinar as técnicas avançadas." - Ela diz, com um olhar macabro. "Aquela vadia mereceu cada corte que eu fiz no corpo dela. E você vai morrer da mesma forma."

Èris acaba franquejando. Levia dá uma cabeçada nela, a jogando para trás. Ela joga Èris no chão e começa a chutar o peito dela.

"Qual o problema, hein ?!" - Pergunta Levia. "Por que não grita de dor ?! Eu quero ouvir você implorar por clemência, chorando ! Quero ver seu sangue pingando para fora do seu corpo, até sua vida ir embora !"

"Ei, cavaleira-" - Diz Kaito, parando, quando nota algo.

Èris dá um leve sorriso. "…Aha… Ahahaha... !"

"O quê ?! Você está rindo da minha cara ?!" - Pergunta Levia, com as veias da sua cabeça saltando. "Eu vou te dar um motivo parar rir de mim, sua vadiazinha !" - Ela levanta seus sabres.

"…Hah…" - Diz Èris. "…Você é mais cega do que é idiota..."

De repente, uma pedra cai do teto. Levia rapidamente pula para trás, desviando dela.

"Acha mesmo que consegue me enganar-" - Diz Levia, sendo interrompida por uma flecha, que perfura o peito dela. "Gah !" - Ela cospe sangue e cai no chão.

Èris se levanta com dificuldade e caminha até ela.

"…C… Como… ?" - Pergunta Levia.

"…Quando você… me jogou no chão... eu encostei… em uma armadilha… sem querer…" - Diz Èris, ofegante. "…Tudo que eu… precisava fazer… era arranjar um jeito… de fazer você... ativar ela…"

"…Heh… Eu admito… minha derrota…" - Diz Levia.

Èris levanta sua espada. Levia fecha seus olhos.

"…Eh... ?" - Diz Levia, confusa.

A espada de Èris está fincada no chão, ao lado da cabeça de Levia.

"…Você... não vale o esforço…" - Diz Èris, indo embora.

Levia vê Èris ir embora e pensa consigo mesma. "A fruta não cai muito longe do pé… Do mesmo jeito que sua mãe não conseguiu me matar, você também não consegue… Só espero que… esse não... seja… s… eu… f… i… m…" - Terminando de dizer isso, ela morre.

"Boa, cavaleira !" - Diz Kaito, pondo o braço pelo pescoço de Èris e puxando ela para perto.

"Ugh !" - Diz Èris.

"A-Ah, foi mal !" - Diz Kaito.

Cirius e Galadriell sobem por uma corda que Mira jogou para eles.

Cirius solta um suspiro. "Tanta comoção pra acabarmos com aquela pedra em um só golpe."

"Era só uma pedra. Não tinha muito o que ela fazer." - Diz Galadriell.

Cirius nota a situação. "Heh, eu nunca duvidei dela."

Èris recupera seu fôlego. "Vamos apenas esquecer que ela entrou no nosso caminho, certo ? Luna, algum progresso ?"

"Luna está quase no fim, mas Luna já tem uma ideia." - Diz Luna. "Luna está confusa."

"Por que a confusão ?" - Pergunta Decker.

"A porta conta que uma agulha foi usada para parar o coração de um deus por um guerreiro lendário." - Diz Luna. "Porta diz que agulha é um tesouro muito importante, e, sem ele, o mundo não existiria."

"Agulha… ? Mundo acabando… ?" - Pondera Èris. "Que coisa esquisita…"

"Luna vai tentar ao máximo interpretar o texto para amigos." - Diz Luna. Ela limpa sua garganta. "Séculos atrás, uma mulher mística poderosa desceu dos céus, criou os humanos e os abençoou com magia e poderes que eles jamais imaginariam. Logo, as pessoas começaram a construir altares e templos para essa criatura, e a nomearam Demiurges. A mulher, agora tratada como uma divindade, era benevolente com aqueles fiéis à ela, desde que obedecessem suas ordens. Com o passar dos tempos, Demiurges foi começando a ser esquecida. A mulher não gostou disso e começou uma guerra contra toda a humanidade. Com muitas perdas, os humanos conseguiram vencê-la, mas não conseguiram destruir seu coração."

"C-Cacete !" - Diz Kaito.

"Vendo que não havia jeito de destruir o coração, os humanos cavaram um enorme buraco e o jogaram dentro. Para trancar esse buraco, colocaram três selos mágicos e forjaram três agulhas feitas do ferro extraído do sangue e dos ossos da mulher." - Diz Luna. "O nome delas são: Nebro, Sabaoth e-" - Ela diz, sendo interrompida por Galadriell.

"…Yaldabaoth..." - Diz Galadriell.

Todos olham para Galadriell.

"Como moça ruiva sabe disso ?" - Pergunta Luna.

"Meu pai…" - Diz Galadriell, hesitando. "Meu pai havia me contado algo sobre o verdadeiro nome da Calligro, e o que ela realmente é. Mas eu não acreditei, na época. Quem acreditaria em uma espada feita de sangue e ossos ?"

"O-O quê !?" - Diz Cirius, espantado.

"Então, esse tempo todo, ele tava usando um cadáver pra bater nos outros !?" - Pergunta Kaito.

"Pelo que a porta diz, sim-" - Diz Luna, sendo interrompida por Galadriell, que entra na frente dela e é jogada para a porta, a quebrando.

"Q-Que merda foi essa !?" - Pergunta Kaito, espantado.

Um assobio pode ser ouvido. A jovem de olhar vazio de antes aparece, segurando uma espada vermelha.

Èris começa a tremer. "N-Não pode ser... Vamos fugir, agora ! Precisamos sair daqui o mais rápido possível."

"O que foi cavaleira ?" - Pergunta Kaito.

"Ela é a segunda general mais forte do exército de Ignis, e filha adotiva do rei, Rosaria Esdeath !" - Diz Èris.

"F-Filha do rei de Ignis !?" - Pergunta Mira, espantada.

"I-Isso não é possível !" - Diz Decker.

"Essa pessoa-" - Diz Èris, se interrompendo. "Não… Essa COISA é a própria morte ! Dizem as lendas que, onde ela pisa, nunca mais nasce vida ! Se encontrar com ela no campo de batalha, a última coisa que vai ouvir é o assobio dela, e sua espada perfurando seu coração ! Dizem que quem morre para ela vai diretamente para o inferno, independente de quem seja !"

"L-Luna está com medo !" - Diz Luna. "Mulher assustadora derrubou moça ruiva com um só golpe !"

"Ei, eu não ligo pra quem você é !" - Diz Cirius, bravo. "Quem machuca a Galadriell, vai se ver comigo !"

"Tá maluco !? Não provoca aquela coisa !" - Diz Kaito.

Rosaria aparece na frente de Cirius. Galadriell se defende do ataque dela com uma espada de cabo preto, com uma rosa também preta entre uma lâmina vermelha e o cabo.

"Ugh !" - Diz Galadriell. "Me pegou desprevenida, não vou mentir."

"G-Galadriell !" - Diz Cirius, surpreso.

"Não se preocupem. Eu não vou deixar nada de ruim acontecer com vocês." - Diz Galadriell.

Rosaria força mais sua lâmina. Galadriell consegue jogá-la para trás.

"Hah… Hah… Eu tinha esquecido o quão forte uma espada igual a Calligro era…" - Diz Galadriell.

"Senhorita Galadriell ! Sei que Ignis jamais sairá impune pelas coisas que faz, mas não podemos confrontar ela !" - Diz Èris.

"Vocês não, mas eu posso." - Diz Galadriell. "Saiam daqui o mais rápido que puderem. Eu acabo com essa coisa."

"Nem ferrando !" - Diz Cirius. "Não vamos deixar você pra trás !"

Rosaria tenta atacar novamente, mas Galadriell defende.

"Ugh ! Não é uma questão de me deixar pra trás ou não !" - Diz Galadriell. "Se nós morrermos aqui, quem vai parar o império ?"

Um tiro passa de raspão no rosto de Rosaria.

"Mas se acabarmos com ela, acabamos com uma das maiores forças de Ignis." - Diz Mira.

Rosaria força, até que consegue jogar Galadriell em uma parede. Ela vai na direção de Mira.

"S-Se afaste !" - Diz Mira, assustada.

Quando Rosaria ataca, sua espada é refletida. A aura verde aparece em volta de Mira.

"Eh… ?" - Diz Mira, se olhando confusa. "Mas o que é isso… ?"

"Ninguém encosta na minha irmã." - Diz Cirius, bravo. Ele corre na direção de Rosaria. "Kekkai: Cho !"

A luz negra cobre o fio de Yaldabaoth. Rosaria põe sua lâmina na frente do corpo, para se defender. Cirius rapidamente usa sua espada para cortar a de Rosaria ao meio. Ele soca o rosto dela, a jogando para trás. Rosaria consegue se recuperar, mas Cirius já está na frente dela. Ele enfia Yaldabaoth no peito de Rosaria, a arrasta até uma parede e prende ela lá. Todos ficam boquiabertos com a situação.

"Vocês de Ignis são a escória desse planeta !" - Diz Cirius, bravo. "Eu já estou cansado dessa tirania maldita ! Vou acabar com cada um de vocês, se for preciso !"

Rosaria começa a caminhar na direção de Cirius, aprofundando mais a espada dentro de si. Cirius anda para trás, assustado, até que cai de costas. Ela se solta da espada. Uma névoa começa a cobrir o chão. Pouco a pouco, o grupo começa a desmaiar, até só restar Cirius.

"Ugh ! E… Eu… não vou desistir… !" - Diz Cirius, se levantando. "Ainda posso… acabar com você… !"

Rosaria segura os braços de Cirius, que tenta se soltar, mas está muito fraco para isso.

"…Me... solta… !" - Diz Cirius, sem forças.

De repente, Rosaria abraça ele.

"…M… Mas… o que... você…" - Diz Cirius, desmaiando.

Rosaria põe a cabeça de Cirius em seu peito e começa a fazer carinho nele, enquanto assobia.


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