Subentendido- Fremione escrita por Anna Carolina00


Capítulo 13
Se algo pode dar errado, dará.




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HERMIONE POV

Parece que nada bom pode acontecer sem ser acompanhado de mais problemas.

Conhecemos a Ordem da Fênix, mas Harry precisava ficar isolado e é atacado por dementadores. Harry consegue manter sua vaga em Hogwarts, mas Dolores se torna professora de Defesa Contra Artes das Trevas. Criamos a Armada de Dumbledore e o Senhor Weasley quase foi morto por uma cobra. Conseguimos divulgar a verdade sobre a volta de Você-Sabe quem e…

Sinceramente, eu preferia dizer que o lado ruim neste caso foi que todos os alunos da Armada de Dumbledore foram descobertos e fomos punidos nos moldes de tortura de Dolores. Talvez até expulsos! Mas entre as possibilidades, ocorreu a pior, perdemos Dumbledore. Ele assumiu a responsabilidade pela Armada, conseguiu manter a segurança dos alunos, mas precisou confirmar as barbaridades que o Ministério dizia a respeito dele querer tomar o posto de Ministro da Magia e acabou tendo que deixar Hogwarts.

Minerva também está fora de Hogwarts. Em seguida à partida de Dumbledore, membros do ministério vieram tentar levar ela e Hagrid para depor. Foram precisos 4 bruxos e várias azarações, mas conseguiram levá-la da forma mais desonrosa possível. Confesso que até mesmo a impossibilidade de falar com Sirius me assusta, estamos completamente sozinhos. 

Nem mesmo os breves momentos de alegria do Quadribol puderam animar os alunos, pois com Dolores no comando como Diretora, todos os eventos foram cancelados para nos mantermos focados nos estudos.

Pode parecer estranho ser eu a dizer isso, mas uma escola precisa de mais que horas intermináveis de estudo. 

 Ao menos uma coisa ainda consegue arrancar algumas risadas dos mais novos no Salão da Grifinória...

Gemialidades Weasley!

Se estresse e ansiedade nos consome a cada dia que se aproxima as provas, além do próprio pânico causado pela possibilidade de um ataque de Comensais da Morte… Rir é um alívio mágico.

—Can you dance like a hippogriff?

Música alta, provavelmente tinham enfeitiçado o Salão para abafar o barulho. Os gêmeos usavam capas enfeitiçadas para baterem como asas. Os sapatos sociais pareciam novidade, com os dois sapateando como genuínos leprechauns!

Havia comida e vários doces com selo “Gemialidades Weasley” de qualidade. Lino parecia estar cuidando das vendas enquanto os dois davam o show. Pelo que entendi, a novidade eram sapatos enfeitiçados para tornar a pessoa melhor dançarina, baseada no talento natural dos Weasley.

Em outras circunstâncias, como monitora, eu puxaria Rony comigo e interromperíamos aquela bagunça, mas era uma bagunça bem vinda.

Denis, um garoto do primeiro ano que hoje vi saindo da Sala da Dolores e em seguida Fred e Jorge estavam cuidando de seus ferimentos e tentando animá-lo, agora estava rindo com orelhas gigantes causados por uma balinha da Gemialidades.

Nem sempre as pessoas precisam de um herói que faça algo grandioso. Pode ser que tudo o que precisamos é de um bom motivo para darmos algumas risadas e lembrar que tudo de ruim que está acontecendo vai passar.

Hoje eu declaro que Fred e Jorge foram os heróis para a Grifinória.

***

Chegou o primeiro dia de realização de NOMs e NIEMs.

A torre parecia um deserto, todos pareciam ter acordado mais cedo, provavelmente por ansiedade. Quando fui ao quarto de Harry e Ron para chamá-los para uma última revisão, dei de cara com um Rony preocupado.

—Já estava indo chamar você. Problemas.

Ele abriu caminho e Harry parecia estar tendo mais um daqueles pesadelos que deveriam ser impedidos pelo seu treinamento de Oclumência.

No mesmo instante, ele acordou do surto falando “Sírius!”

—Harry?

—É o Sirius, Hermione. No mesmo lugar que vi o Senhor Weasley. Voldemort estava torturando-o para pegar algo. É a mesma porta que está aparecendo em meus sonhos, só não lembrava onde a havia visto. Agora eu sei, é uma sala no Departamento de Mistérios! Sem Dumbledore ou Mcgonagall... Nós temos que ir salvá-lo!

—Harry, por favor...Me escuta. - cortei sua fala para tentar acalmá-lo - E se… E se for uma ilusão? E se Voldemort manipulou a visão? E se ele só usou Sírius porque queria pegar você?

— E se for verdade? Eu vou deixá-lo morrer? A minha família se resume a ele…

Não tive como responder.

—O que faremos? 

Foi Rony quem perguntou.

—Vamos usar a rede de Flu! Preciso saber se ele está em casa ou em perigo…

 - Mas a Dolores está vigiando todas as lareiras! 

— Não todas.

Harry já estava se levantando e indo em direção a saída do quarto quando dois gêmeos apareceram na porta.

—Harry, você devia tomar cuidado com o que fala.

— As paredes podem ter ouvidos.

Ele os olhou com estranhamento.

—O que vocês…

— Papai pediu para ficar de olho em você.

— Caso tivesse problemas para dormir de novo.

—Excelente, agora abram passagem. - Harry tentou passar pelos dois, mas como bons batedores, fizeram uma muralha na passagem.

— Harry, querido, se quer invadir a sala de uma professora megera…

 Foi Fred quem começou e em seguida foi a vez de Jorge:

—Precisa fazer isso direito. Podemos criar uma distração, das boas.

—Mas eu preciso ir agora…

Fred segurou o ombro de Harry, de um jeito que lembrava como fazia quando ajudava os alunos mais novos da Grifinória misturado com a posição que Molly tinha para dar broncas.

—Harry, você precisa ser esperto e agir com a razão. Se você for pego pela Dolores, como vai poder salvar seu padrinho?

Funcionou.

Devíamos aparecer nas salas para as provas de NOMs e  Fred e Jorge chamariam a atenção enquanto fugimos para a sala da megera. Eles sempre disseram que não viam futuro em terminar os estudos, pelo visto aquele era o momento de ultrapassar todos os limites que os impediam de serem expulsos…

Fogos de artifício! Os gêmeos convocaram suas vassouras que haviam sido confiscadas pela Dolores e destruíram todos os quadros da parede onde haviam os terríveis Atos institucionais (exceto o que proibia a compra e uso de produtos da Gemialidades Weasley).

Pergaminhos voavam para todo lado, assim como um dragão gigantesco de fogos de artifício começou a seguir Dolores. Ela não era exatamente a mais habilidosa bruxa, então não conseguia parar as explosões simultâneas acontecendo nas salas do Castelo.

Gostaria de ficar até o final… Ver o que mais os gêmeos planejaram para essa traquinagem esplêndida, mas logo Harry puxou Rony e eu pelo braço e fomos para a sala da Dolores.

Achei que não tínhamos sido seguidos e nos aproximamos da lareira, mas assim que Harry conversou com Monstro, o Elfo de Sirius, e ouviu que seu mestre estava no Ministério, ouvimos barulho lá fora e vimos a porta se abrir com Draco acompanhado de Blasio, Theodore e Pancy, a versão inteligente de amigos do Malfoy. Os três seguravam Gina, Luna e Neville que foram arremessados para dentro da sala.

Segundos depois, Dolores chegou.

—Estes três aqui tentaram nos impedir quando vimos Potter entrar na sala.

Falou Draco.

Pelo visto nosso plano de passarmos despercebidos foi por água abaixo.

—Olá, Harry Potter. 

Dolores o colocou em uma cadeira e parecia que iria interrogá-lo.

Harry, é claro, negou que iria ver Alvo Dumbledore.

—Mentiroso! -Dolores lhe deu um tapa - Já lhe disse que não deve contar mentiras!

Nesse momento, Snape entrou na sala.

—Mandou me chamar, diretora?

—Sim! A hora de obter respostas chegou, queira ele dizer ou não! Trouxe o soro da verdade, Severo?

Snape olhava a situação com cautela. Era difícil saber se ele informaria a Ordem da situação, mas espero que Harry aproveite o momento para mandar o recado a respeito da desconfiança a respeito de Sirius.

—A senhora gastou todo meus estoque de Veritaserum interrogando os alunos. A última amostra foi usada com a senhorita Chang, mas posso lhe conseguir alguns venenos se assim o desejar… Ou posso ir embora.

— Ele pegou o almofadinhas! - Harry gritou - Ele pegou o almofadinhas no esconderijo.

—Almofadinhas? O que ele quer dizer com isso, Snape?

Com a maior serenidade do mundo, Snape responde:

—Eu não faço a menor ideia.

E saiu da sala.

Dolores continuava irada. Ameaçou usar a maldição cruciatus para conseguir informações do Harry e depois de tudo que já fez, não duvido que ela realmente faria isso, então eu precisava agir:

—Conta logo! Se não contar onde está… Eu mesmo conto.

Dolores sorriu, como se seu rosto fosse tal qual os gatos que preenchiam as paredes da sala.

—Contar o que?

—Sobre a arma secreta de Dumbledore.

Harry me olhou estranho, espero que tenha entendido, às vezes precisamos improvisar. 

Foi o suficiente para convencer Dolores. Nossas varinhas ficaram com Draco e Dolores concordou em nos acompanhar até a “arma”. Para onde fomos? Para a Floresta Negra. 

Meu plano  A envolvia Grope. O plano B envolvia os centauros… Acabou que tivemos uma mistura dos dois e no fim Dolores foi levado pelos seres que segundo Dolores, eram mestiços e de inteligência “quase-humana”.

Saímos vivos, é o que importa. Nossa prioridade agora era Sirius. 

Corremos para o castelo.

No caminho, encontramos com Rony, Gina, Neville e Luna.

—Como conseguiram sair?

Perguntei e Rony respondeu:

—Vomitilhas. Disse a eles que estava com fome e peguei os doces no bolso. Draco pegou da minha mão e comeu. A bagunça foi o suficiente para desarmarmos eles.

— Foi muito esperto, Rony.

—Às vezes eu sou.

Sorrimos.

Neville questionou:

—Como vamos à Londres?

Harry tentou desconversar. Para variar, ele realmente acreditava que poderia resolver tudo sozinho. Neville argumentou que éramos a Armada de Dumbledore e foi o suficiente para Harry entender que estávamos juntos nessa.

Harry repetiu a pergunta

—E como vamos todos para Londres?

Foi Luna quem respondeu:

—Voando, é claro.

Depois desse dia inacreditavelmente mais tenso do que imaginei que seria, ainda que em tese fosse o dia de nossos primeiros NOMs, confesso que não imaginava que terminaríamos a tarde montados em criaturas aladas visíveis apenas para quem já presenciou a morte.

Montamos em testrálios e voamos numa velocidade surpreendente para Londres rumo ao Ministério da Magia. 

Precisamos salvar Sirius Black.


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