A figura de Son Goku se revelava frente a frente com a figura do Grande Arauto. Ambos idênticos, se diferenciavam agora apenas pela cor de suas calças e pelo fato de que o Arauto utilizava um colar de ossos em torno do pescoço. Goku revelara seus olhos dourados, que faziam contraste com os do Grande Arauto, que não deixara de notar:

— Quer tanto se parecer com o original que até mudou a cor dos olhos, Clone Temporal-San? - de sorriso maligno no rosto, o Goku que se tornara receptáculo da Maldade Encarnada, indaga - Acho que tem coisa aí...

— Esses olhos são olhos especiais, que consegui aperfeiçoar através de meu último treinamento. Você já saber do que se trata, Arauto, pois assistiu a todas as lutas que ocorreram no Domínio dos Deuses e já me viu utilizando tal habilidade! - Son Goku exclama - Para pegar alguém como você, só evoluindo as capacidades das Células Crono S, então... enquanto meus olhos se manterem dourados, você não será capaz de escapar de minha ilusão!

— O quê? - Son Goku-Sama olha para os lados, vendo as figuras fantasmagóricas de Gine, Bardock e Son Gohan, sorrindo para ele - Você está mexendo com a pessoa errada, Clone Temporal-San... e vai pagar muito caro por isso! - o Grande Arauto se coloca em posição de luta, assim como Son Goku, ambos, refletindo um ao outro - Vou acabar com você em poucos segundos! - e assim, o combate final tem início

Na Fortaleza de Zarama, alguns dos guerreiros saem, após ouvir um chamado especial de Zarama. Número 17 se despede de seus filhos, irmã e mestre, dizendo que sua hora havia chegado. Os três se dirigem a ele, o puxando pelo braço:

— Papai, você não disse que ficaríamos juntos até o fim? - Hiyori o questiona - Por que quer atender ao chamado de Zarama sozinho? A gente tem que ir junto!

— Eu não previ que seria necessário no fim. Eu terei de quebrar a promessa que fiz, em prol de mantê-los seguros. Eu ficarei bem... - Número 17 abraça os três, logo em seguida olhando para Sekyo - Mas caso algo ocorra, você fica no comando, rapaz... - ele faz um cafuné em seu filho mais velho e se une a Ragnar, que se encontrava unido a Riruka e Clowd 

— Tome cuidado, irmão... - Número 18 diz, sem demonstrar emoções, mesmo que por dentro estivesse preocupada com o caminho que aquilo iria tomar. Número 17 apenas acena com a cabeça e segue em frente. - Tome cuidado...

Na bifurcação que levava até os Portões do Fim, local onde Zarama e Daishinkan tinham seu embate de ideias e para o qual Merus havia partido, sendo seguido por Khai; Sminoh, que abandonara o grupo de guerreiros presentes na Fortaleza de Zarama sem se importar de avisá-los, se revelara parado em frente a outro guerreiro. O guerreiro jovem se encontrava sentado, recostado sob um rochedo, exausto. A figura de Kogeta jazia ali, com suas três espadas embainhadas, trajando calça preta, sem camisa:

— Está frio, Sminoh-San... - Kogeta murmura, cabisbaixo, como se tivesse se entregado - Eu sinto que jamais serei feliz. O que é isso que apareceu no meu braço? - Kogeta então mostra o bracelete negro presente em seu pulso esquerdo, que tinha dois dígitos zero, em vermelho, ao centro - Zarama disse que seria importante. Que era aqui que eu devia contemplar o fim de tudo... mas pra quê? Morrer sozinho... sem ninguém... 

— Você não está sozinho, Kogeta-Kun... - Sminoh, o Kaioshin de pele esverdeada, a trajar um manto laranja, coloca sua mão sob o ombro do Saiyajin - Se Zarama confia em você, ele tem algum motivo. As esperanças de todos estão com você, Kogeta-Kun! - Sminoh gera um traje idêntico ao que Kogeta usava, que se revelara sob o corpo do Saiyajin - Agora você não está mais com frio, não é? - um silêncio impera, quando Sminoh suspira - Tenho que ir, Kogeta-Kun... se tudo der certo, voltarei para lhe fazer companhia... - e assim, Sminoh se vai - Thekyro, no final, disse que irá esperar por você, para que possam ter sua revanche no além vida, quando tudo isso acabar...

Nos Portões do Fim, sob a clareira, Zarama continuava a encarar Daishinkan, com suas energias oscilando e trazendo um prenúncio do fim. Após destruir as Armas Sagradas, Daishinkan despertara a fúria de Zarama, que tinha apenas ódio em seu olhar. Eis que o embate é interrompido pela chegada de um guerreiro em específico: Merus. Ele se coloca calmamente ao lado de Zarama, encarando a figura de seu Pai. Daishinkan continua calmo e solene, indagando:

— Olá, meu "filho adotivo"... Estava a sua espera. Suas ações até aqui foram evidentes o bastante para saber que era apenas um aviso para o Sumo Sacerdote. Para Eu... - Daishinkan o fita nos olhos, exibindo um leve sorriso - Um Mortal que se tornou Deus deveria saber o seu lugar, mas parece que o tiro saiu pela culatra. O desejo impulsivo que os Mortais tem por justiça, no fundo, nunca desapareceu de você, não é, Merus? Por isso, tentará impedir o fim do mundo, selando meus poderes...

— O cenário já está instalado, "Pai"... - Merus tinha um olhar de triunfo no rosto, quando o vácuo ao seu redor, começa a se transfigurar numa parede de tijolos brancos, assim como a área ao redor de Daishinkan, deixando Zarama perplexo - Sob esse terreno neutro, criado a partir de minha Luz, A Luz de Ressurreição, sua invencibilidade será anulada! Você pode lutar, enquanto minha Luz estiver em voga. Lute comigo, Sumo Sacerdote... ou se entregue e se deixe ser selado!

— Você, me desafiando para um luta, Merus-Sama? - Daishinkan sorri, abrindo os braços, ao levá-los para ambos os espectros - Você é poderoso para um Falso Anjo, mas não se compara aos verdadeiros membros de nossa raça. O que alguém como você poderá fazer perante a criação máxima de Zeno-Sama?

— Você está enganado, "Pai". Eu me tornei tão poderoso quanto qualquer um de meus irmãos, pois nunca parei de treinar em segredo. O mortal dentro de mim nunca abandonou sua honra e será essa honra que trará sua derrocada! - Merus some de vista, reaparecendo frente a Daishinkan, a portar seu báculo, atingindo o mesmo sob o queixo do Sumo Sacerdote e o arremessando para o alto, onde desferira dezenas de golpes de báculo, bombardeando o corpo dele com tiros de energia - E pra encerrar... - Merus coloca sua mão sob a cabeça de Daishinkan - Selo de Dez Cruzamentos!

— Olhe ao seu redor, Merus-Sama... - Daishinkan murmura, ainda com a mão de Merus sob sua face - Sua Luz fora subjugada por uma mera Peculiaridade. As paredes da Luz de Ressurreição já não existem mais. Se eu decidir lutar, seus esforços serão em vão, pois o mundo será destruído! - o selo de Merus oscilara, ao ele perceber que sua Luz havia desaparecido - Mais uma coisa. Devia olhar suas costas...

Merus retira sua mão da testa de Daishinkan, ao seu corpo desviar por Instinto do chute de alta potência que havia sido direcionado a sua nuca. O recém-chegado Khai, o Líder dos Kaioshins, se revela em campo. Ele ajuda Daishinkan a se levantar, por respeito, lhe fazendo uma reverência:

— Obrigado, Khai-Sama. Por sua devoção, lhe presentearei com grande poder... - Daishinkan aponta a palma de sua mão direita para Khai, que recebe parte de seus poderes - Pode lutar livremente. Você não é Eu, então não irá destruir o mundo. Mas quanto a destruir aquele que importunara sua mente durante todo esse tempo, esse sim você poderá destruir... - Khai sorri, aceitando o presente de Daishinkan, logo em seguida se voltando para Merus

— E aqui nos encontramos, não é, Falso Anjo? - Khai, de manto vermelho, pele lilás e cabelo branco escorrido, encara seu oponente - Tudo começou quando você invadiu meus domínios e começou a estragar o Show de Exibição para o Grande Arauto. Logo que vi aquele guerreiro encapuzado, sabia de quem se tratava. Seu lado mortal estava inquieto, não  é mesmo? Vendo seus amigos sofrendo... - Khai o encarava, sem temor, com os poderes de Daishinkan oscilando em seu interior - Você estragou as chances de meu povo criar um Show de Exibição perfeito com suas intervenções e isso baixou nossas chances de sermos condecorados pelo Arauto, para zero! Isso é imperdoável!

— Então é tudo sobre o que você queria ganhar do Grande Arauto? - Merus indaga, com seu báculo a reluzir - Me desculpe por falar, mas você não é muito diferente dos outros, não é? No fim, você só queria mais poder, para poder governar sobre todos, não é? Por que não me atacou daquela vez, em que me retirou o capuz, Khai-Sama? - Merus indaga, sem demonstrar temor - Ah, é por que não tinha poder o suficiente nem para me arranhar! Você me pegou de surpresa agora, por isso conseguiu inibir minha Luz de Julgamento! 

— Você está cego, Merus? O próprio Daishinkan me concedeu seus poderes! Minha Peculiaridade será levada a níveis estratosféricos, não podendo ser anulada por magia alguma! - Khai sorri um sorriso psicótico, quando seu corpo começa a se remexer ficando mais alto e com músculos retorcidos - É um poder realmente esmagador! E ele agora é meu! - Khai se revela sob o terreno hipotético gerado por sua Peculiaridade, tomado por nuvens e a luz do sol - Aqui, será onde você cairá, Merus!

"Não mesmo..." - uma voz monstruosa ecoa, ao a dimensão da Peculiaridade de Khai ser consumida por Energia da Destruição - "Merus-Sama me deu uma nova chance, então assim como naquele vez..." - Geene diz, se lembrando de como atacara Mojito, sem piedade - "Irei protegê-lo até o fim!" - a serpente marinha gigante se projeta dos céus, avançando contra Khai, que a segura pelas mandíbulas, usando as mãos e pés

A figura de Geene, gigantesca, afunda o corpo do Kaioshin sob uma cratera, numa área a Norte dos Portões do Fim, em meio a escuridão. O som de ossos se quebrando é ouvido, quando o corpo de Geene é rasgado ao meio, tendo sua vida ceifada. Khai se revela ofegante, com seus músculos começado a se atrofiar, de tão retorcidos:

— É poder demais! Infelizmente essa serpente maldita me desviou do caminho... - Khai dispara em direção a Merus, ofuscando sua Luz mais uma vez - Morra, Mortal imundo! - o Kaioshin, sob os poderes de Daishinkan, estava prestes a atingir Merus no pescoço, quando um som agudo ensurdecedor ecoa - Mas... o que é isso? Esse som, se parar pra pensar, eu já o ouvi antes...

— Hooaaaaaaaaa!!! - Sminoh aparece por trás de Khai, lhe cravando sua lâmina de som sob as costas do Kaioshin, que espirra sangue - Eu sabia que tinha algo estranho naquela história, Khai... - Sminoh chuta as costas do Kaioshin, retirando sua espada do interior dele - Você simplesmente abandonou seu discípulo Thekyro para morrer para o Grande Arauto, tudo por que não queria que ele o seguisse e o impedisse de trazer o fim deste mundo, não é? Se você não tivesse vindo, Merus teria salvado a todos, seu filho da puta!

— Khaahahahahaha!! - Khai se volta para Sminoh, com sua face desfigurada e corpo se alongando, retorcido - Eu tenho os poderes que sempre sonhei! Eu finalmente sou invencível, sem precisar das vantagens de minha Peculiaridade! Sua lâmina não surtirá efeito sob meu corpo, Sminoh, nem mesmo sua parede de som! - Khai dispara apenas uma pressão de Ki e Sminoh verte sangue por todo o corpo, caindo em queda livre - Viu? Está morto com apenas uma pequena parcela de meus poderes! 

— Não, ele não morrerá... - Merus murmura, afundando a mão sob a ferida causada por Sminoh anteriormente - Mas você irá! Se você não morrer, Sminoh voltará aqui, teimoso como ele é e acabará tendo um destino cruel. Eu não deixarei que uma emoção pura como a que ele sentia por Thekyro seja subjugada dessa maneira! Ele finalmente entendeu o que o amor é capaz, algo que você nunca entenderá, Khai! 

— E como pretende me matar, Merus? Eu tenho os poderes do Sumo Sacerdote! - Khai vira sua cabeça ao contrário, encarando a face do Anjo - Você não pode fazer nada contra mim! Você perdeu a oportunidade de utilizar seu selamento aquela hora. Deve ser um selamento bem complicado, não é?

— Sim, eu estava o preparando desde que os mortais chegaram ao Domínio dos Deuses e você estragou tudo... - Merus engole em seco - Mas como disse, não faço isso por mim... - Merus envolve seu corpo em energia dourada - ...eu faço isso pelo amor que permeia por toda a humanidade! O Despedaçar da Alma...

— Ghe... então a lenda sobre o Mortal que Se Tornou Deus eram apenas lenda mesmo. Nunca se tornará realidade, afinal... No final, você não conseguiu impedir o fim do mundo, não é, Merus? - Khai sorri, sentindo sua vida ser ceifada junto da de Merus 

— Sem o meu selamento pronto, é inútil tentar resistir contra Daishinkan. O mundo seria destruído da mesma maneira. Mas se posso salvar a vida daquele honrado Kaioshin... - Merus vê que Sminoh já se levantara lá embaixo - Eu o farei! Todas as vidas importam, Khai! Você, com sua sede de poder, só não foi capaz de entender isso. Por esse motivo, sua alma jamais descansará!

— Khahahahaha!! Que final mais triste, não é? - Khai debocha - Eu já ia morrer daqui alguns minutos, Merus! Meu corpo não suporta nem ao menos uma parte dos poderes de Daishinkan, não está vendo? Você pensa que é um herói, mas está se matando por que não suportará ver que o mundo pelo qual tanto prezou, será destruído! Você nunca me enganou... - e assim, Khai e Merus morrem pelo Despedaçar da Alma

— Então Anjos podem morrer, afinal, se o quiserem... - Sminoh, lá embaixo, vê os corpos de Khai e Merus atingirem o piso - Eu entendi a mensagem, Merus-Sama... irei utilizar o tempo de vida que me resta, da melhor maneira... - Sminoh marcha em direção a Kogeta, que se encontrava recostado sob o rochedo, longe dali - ...estando ao lado dele. Utilizando o meu amor para ajudar quem precisa...

Nos Portões do Fim, Zarama e Daishinkan retomam seu embate. Além da bifurcação, no interior da Morada de Deus, os dois Goku's continuavam os seu combate. Son Goku atinge uma sequência de socos no rosto do Grande Arauto, que tivera seus olhos a oscilarem em negro, claramente perturbado pela visões causadas pelo potencial máximo das Células Crono S da Alma de seu oponente. A Maldade Encarnada então retoma o controle e atinge uma joelhada no estômago do Saiyajin, logo em seguida arremessando Goku com um chute giratório direto no peito. O novo choque ocorre, com ambos os Goku's se atarracando pelas mãos e flutuando, a dispersar energia. 

O baque ocorre, quando as mãos escorregam e a disputa de socos e chutes segue frenética. Son Goku então guia seu punho direito ao coração, com o espírito de Son Gohan, o pai de criação de Goku, aparecendo para ajudá-lo. O Grande Arauto vê aquela cena, sendo desestabilizado, recebendo o soco de alta potência direto no peito. A Maldade Encarnada começa a ser partida no interior do corpo, quando eleva seu potencial maligno ao máximo, recuperando o controle. O gancho de direita do Arauto arremessa Goku para o alto, onde é bombardeado por tiros de energia em sequência.

Son Goku cai em queda livre, dando um giro no ar e desferindo um chute de alta potência contra o Arauto, que o barra com o braço esquerdo. Utilizando o direito, ele puxa Goku pela perna e arremessa contra a plataforma, disparando dezenas de tiros de alta potência contra o corpo de Saiyajin, que logo em seguida se levanta num salto, com feridas leves e partindo num gingado, desferindo socos em direção ao rosto do Arauto, que desvia de alguns e é atingindo por outros. A perna direita de Goku atinge o joelho do Malgino, quando por fim o soco de alta potência estala sob sua face. 

A figura de Son Goku-Sama termina enterrada em uma cratera. As imagens espectrais geradas pelos Olhos da Alma de Goku se materializam nas figuras de Bardock, Gine e Son Gohan mais uma vez, caminhando até o Arauto e lhe estendendo a mão:

"Vamos, meu filho..." - os três dizem, em uníssono, com um sorriso no rosto - "Levante daí e venha conosco, para um lugar de paz, onde a luz impera..." 

— Eu já decidi o meu caminho, pessoal... - a voz do Arauto soa fraca - No momento em que a Maldade Encarnada se apossara de mim, meu destino fora selado! - um pulsar de energia das trevas eclodira do corpo do Arauto, que se colocara de pé, sumindo de vista - Aqui, Clone Temporal-San... - o soco é desferido rumo ao pomo-de-Adão, quando Goku desvia, levando um soco em resposta, em direção ao rosto do Grande Arauto, que baixara a guarda

Goku atinge o poderoso golpe, mas ao mesmo tempo Son Goku-Sama destrói o D-Vice da Infinite Charge dele, a inutilizando. Tendo feito isso, o potencial de Goku caíra por terra, pois seus poderes não estavam mais equilibrados aos do Grande Arauto, mesmo que estivessem em sua escala máxima. O Arauto saltara sob o corpo dele, lhe perfurando os olhos, ao cravar seus dedos indicadores sob os mesmos:

— Agora esses malditos olhos não irão mais me perturbar, não é? - Son Goku-Sama encara a face do agora cego, Son Goku - Você fora reduzido a nada, Clone Temporal-San... cego, sem sua habilidade especial e sem os poderes da Infinite Charge, que ameaça você representa para alguém como eu? - Son Goku apenas se coloca ereto, de braços levantados para cima

Na Fortaleza de Zarama, um recém-chegado se prostra em frente aos guerreiros ali presentes, fugindo dos confins do Domínio dos Anjos, se curvando perante a eles. Amon, o discípulo de Merus, reconhecera os mortais como seus iguais, então se colocando de pé:

— Meu mestre deu sua vida por este mundo. No final, eu acabei percebendo que seus ideais faziam sentido. Eu estava cego pelas imposições da Ordem Final, pelo Código dos Anjos, mas sentir a energia de meu mestre se apagar... - Amon tinha lágrimas a escorrer pelo rosto - Isso me fez acordar! Por favor, me deixe ajudá-los! Me deixem me redimir com o povo de meu mestre! 

— E como espera fazer isso, Anjo? - Tenshin indaga - Merus-Sama era uma das pessoas mais bondosas que já conheci. Sua energia se apagar... ele se sacrificar por este mundo. Não tem como voltar atrás agora! Mas se você quer a compaixão da qual os  mortais são capazes, aceitamos os seus préstimos! Por Son Goku, o guerreiro que enfrenta o Grande Arauto... - Tenshin se coloca de pé - Nós lutaremos por ele! - Tenshin vê a Genki Dama ser gerada sob as mãos do Clone Temporal, no telão - Você sabe por que está aqui, não sabe? 

— Sim, meu mestre me falou, antes de ir embora... - Amon aponta seu báculo para o horizonte, em frente a Fortaleza de Zarama, encontrando a localização dos portões de metal que davam acesso a Morada de Deus, subjugando as defesas de Whis e Vados, ao elevar seus poderes ao máximo - Ghaaaaaaaaaaaaah!!! - Amon tinha as veias a saltar do rosto, quando conseguira abrir o portal sob os portões  e localizar a Genki Dama de Son Goku - Ele confia que será ajudado pelo universo... que esse desejo se realize, por meio de nosso punhos! Mestre, esse é meu pedido de desculpas para você... e para toda a humanidade!

Naquele momento, todos os presentes na Fortaleza de Zarama, se uniram ao se conectarem aos ombros de Amon, por meio de uma corrente. Uma corrente de amor criada pelo maior poder que os humanos possuíam. Até mesmo os deuses ali presentes: Wokka, Jirasen, Ea e Anat, se uniram nessa. Mirai Trunks posicionara sua espada, a apoiando por cima do ombro direito de Amon, enquanto Dabura posicionava seu tridente por cima do ombro esquerdo. Mestre Kame liderava seus discípulos, apontando ambas as mãos sob as costas do Anjo, com Tenshin, Kuririn, Yamcha e Chaos elevando seus poderes ao máximo:

— Eu não pude ser útil em batalha depois do Domínio Hakaishin. Não pude mostrar que sou capaz de ultrapassar os poderes da Forma Ultimate... - Yamcha diz - Mas isso não importa! Irei utilizar esse meu poder, para ajudar aquele que sempre esteve na linha de frente. Para ajudar aquele garotinho que conheci no deserto aquela vez... Son Goku!

— Eu digo o mesmo. Eu luto por aquele guerreiro que enfrentei no Torneio de Artes Marciais. Que indiretamente me livrou das pessoas más que me cercavam! - Tenshin vocifera - Eu luto pelo campeão de Artes Marciais, Son Goku! - Chaos também se une ao brado de Tenshin, dizendo "É isso aí!"

— E eu, eu luto pelo meu melhor amigo... - Kuririn, de lágrimas nos olhos, se lembra de todos os momentos que passara junto de Goku e de como evoluíram juntos - Eu luto pelo meu melhor amigo, Son Goku! - Kuririn libera sua energia 

— Vai nessa, Kakarotto!! - Vegeta sorri, enviando suas energias, assim como Bulma, Yamoshi e todos os outros que estavam ali - Acaba com esse filho da puta, que esse sim, é só uma cópia barata que se considera Deus! Te conhecendo, sempre soube que você nunca almejou governar a nada... você pode ser um Clone Temporal, mas você é o verdadeiro Kakarotto que conheço! Vai lá, seu grande imbecil! 

— Eu luto por aquele que me fez aquela promessa em meu leito de morte no Novo Mundo! - Mestre Kame brada - E a cumpriu com todas as suas forças! Eu luto pelo Lendário Mestre das Artes Marciais, Son Goku! Eu luto pelo Homem Mais Forte Deste Mundo!

As energias dos guerreiros se uniam, formando uma esfera de poder, que reluzia frente a Amon, que a mirava sob a Genki Dama em formação de Son Goku. Por fim, a esfera que Amon portava precisava de impulso. Brave Yuki saltara, girando seu corpo no ar, focado, quando levara sua perna, no dispersar de fogo:

— Essa é por você, Zaiko... - Brave se lembra de seu discípulo, que fora morto em batalha pelo Grande Arauto, quando desferira o chute de alta potência - Bomba de Fogo!! - como se chutasse uma bola de futebol, ele atinge a esfera da luz, arremessando-a com alta potência até a Morada de Deus, deixando um rastro de fogo por onde passara. O Multiverso grita, como se uma torcida de futebol comemorasse um gol, ao a esfera atingir o interior da Genki Dama de Son Goku, a tornando gigantesca.

O Grande Arauto ficara incrédulo de como um guerreiro no estado em que Son Goku se encontrava, podia segurar tamanho poder sob suas mãos. A Genki Dama formada pelas esperanças dos que confiavam em Son Goku, as esperanças da humanidade, se revelava cristalina. O som das trombetas angelicais soavam, num cântico divino que permeava a todo o Cosmo. Son Goku, cego, apenas sorri:

— Sabe por que você não me impediu, Grande Arauto? - Goku indaga - Por que no fundo, sabe que não pode deter o poder dos humanos. Não pode deter um poder abstrato e impalpável, que reside na fibra de cada ser... - Goku dispara a Genki Dama, a qual é barrada por ambas as mãos do Grande Arauto - ...e que ecoará na eternidade!

Naquele momento, Ragnar, Riruka e Clowd, juntos de Número 17, chegaram aos Portões do Fim, o caminho que Zarama dissera pra que tomassem. Sminoh já se encontrava junto de Kogeta, para contemplar o fim de tudo. A Genki Dama de Son Goku pressiona o Grande Arauto, que escancara a sua face, em fúria, tentando contê-la. Yamoshi encerra seu brado, deixando que o restante dos guerreiros mantivesse seu contato visceral com a energia que demonstrava a honra dos mortais. O Deus dos Saiyajins apenas faz um sinal com a cabeça para os filhos de Número 17 e eles entendem o recado. Havia chegado a hora. Antes que Yamoshi utilizasse o teleporte, Número 18 se atrelara ao seu braço, indo junto de seus sobrinhos. 

Zarama e Daishinkan se encaram uma última vez, com o Deus Nameku enviando sua mensagem final para os Magos Eternos e Número 17:

"Goryuu e Bankotsu não estão mais aqui, por isso a cria de Zeno, Número 17, servirá como catalisador para sanar a falta das Peças Fundamentais. A Energia Ilimitada dele sustentará os dois pilares que faltam, até o feitiço ser completo." - Zarama faz uma pausa e continua - "Número 17, você salvará o Multiverso mais uma vez. Esse é seu destino. Eleve seus poderes ao máximo, ao sinal dos Magos Eternos, os direcionando para o epicentro do rachar dos mundos!" - e assim, Zarama finda seu discurso, se voltando para Daishikan - "Salvem a humanidade, meus filhos..."

Naquele momento, Naraku, Tanta e Bibra sentem um aperto no peito, ao último adeus de seu Pai. Os três, na Fortaleza de Zarama, elevam seus poderes, ampliando ainda mais a Genki Dama de Son Goku. Os espíritos de Bell e Banjo, dentro de Bibra, rugem. Hizaura e Kolder fazem o mesmo. Tanta, no momento final antes do fim do mundo, apenas pensa consigo mesmo:

"No fim, tudo foi para este momento." - ele olha, esperançoso, para o telão, vendo a Genki Dama de Son Goku triunfar sobre o Grande Arauto - "Minha missão... não...  nossa missão, meus caros amigos..." - a imagem de todos os guerreiros que lutaram pela Assembléia Saiyajin e pela Armada de Shin se passa em sua mente - "Nossa missão está completa!" - as figuras dos pequenos Zaiko e Goku sorriem para ele, quando a explosão catastrófica da Genki Dama fizera o mundo tremer 

Nos Portões do Fim, Número 17 se posicionara, atendendo os requisitos de Zarama, enquanto os Magos se encontravam a flutuar, de joelhos cruzados e mão unidas ao centro, como se meditassem. Riruka ainda levava o colar com os restos de Bankotsu ao pescoço. Clowd sorria solenemente, enquanto Rangar se encontrava em êxtase em seu interior. Ele sabia que de alguma forma, Goryuu e Bankotsu estavam junto deles. Eis que Número 17 é tocado no ombro, quando sua irmã se revela ao seu lado. Logo em seguida, seus filhos: Sekyo, Tenkou e Hiyori, o envolveram num abraço. Como prometido, eles estariam todos juntos, ao final. Yamoshi ficara para trás, tendo uma última conversa com Kogeta. Kraad, na Fortaleza de Zarama, não sabia do paradeiro de seu pupilo, do contrário teria ido para lá na mesma hora. Yamoshi então sorri, após deixar seu recado final, partindo rumo ao profano ritual. 

Daishinkan e Zarama finalmente direcionam seus punhos um contra o outro. O choque ocorre. O Mundo então é destruído. O Multiverso racha, enquanto os guerreiros na Fortaleza de Zarama rugem. Enquanto o cego Son Goku triunfa. Enquanto os telespectadores pelo Multiverso bradam sua torcida pela vitória. Os Magos ascendem, realizam o feitiço primitivo que os colocara nessa história. Número 17 e sua família erguem os braços, direcionando suas energias para o alto. Os dois Zeno's, no interior das esferas verdes, comemoram. O épico momento chegara, onde tudo o que havia se passado encontrava o seu destino, o seu propósito. A figura do Grande Arauto ressurge, ilesa, através da névoa. A Morada de Deus se racha, como uma pintura velha, com os Anjos Guardiões sendo partidos juntos.

O cego Son Goku se arremessa de braço abertos sob o Grande Arauto, lhe abraçando. Ele então reaparece atrás dele, segurando a Maldade Encarnada, a esfera de energia das trevas a se agitar, em mãos. A energia ainda tentava se agarrar ao corpo do Grande Arauto, presa por um fio de magia. Eis que o guerreiro despencara dos céus, enterrando seu punho sob o rosto do Grande Arauto. Esse guerreiro era Uub, que estava ali a contemplar toda a cena, após despertar. Ele sorri, assim como seu cego mestre. Uub cai junto do Grande Arauto, que agora tinha olhos negros e tivera seu colar de ossos partido. Mestre e discípulo caem no vácuo da destruição do Multiverso, enquanto o herói lendário segurava a Maldade Encarnada em mãos. Son Goku espatifa a esfera, que revolve suas partículas para o interior do corpo do Clone Temporal. 

"No final, você apenas queria descansar, não é, Akira-Sama?" - Son Goku sorri, despencando, ao sentir a Maldade Encarnada o consumir - "Você levará um tempo até consumir esse coração recheado pelo amor dos humanos. O mundo está acabando. Aquele mundo que você criou já não existirá mais... um novo mundo se erguerá..." - Son Goku sente sua vida sendo ceifada, junto da Maldade Encarnada - "Um mundo de paz..."

Uub e o outrora Grande Arauto se entreolham antes de atingirem o vácuo de escuridão. Uub sabia que seu mestre estava de volta, tudo pelo sacrifício que seu eu de outra era realizara, por meio do amor de seus amigos. Pelo Multiverso, todos sentem seus corpos racharem, assim como a tela em que foram pintados tridimensionalmente por Deus se rachava. No topo da Corporação Cápsula, na Terra do Universo 7, Mokuro, o discípulo de Kalif e futuro dono da Corporação Cápsula, olha em direção aos céus. O irmão de Kogeta vê que como previra, aqueles abalos sísmicos de outrora, trariam tudo abaixo. Ele então, com a face de seu irmão em sua mente, realiza seu discurso final para todos os humanos na Terra, por meio dos satélites da Corporação:

"Vocês, humanos aí fora..." - Mokuro murmura, sentindo seu corpo rachar, na tela de pintura que era o mundo  - "Chegamos ao fim de uma era! Nós lutamos com tudo o que tínhamos, não é verdade? Não desistimos nem por ao menos um segundo, pois essa é nossa luta... é uma luta diária e da qual não podemos abrir mão, jamais! Aqui, onde tudo termina, eu... apenas uma criança... deixo essa mensagem a todos vocês..." - Mokuro faz uma pausa e termina - "Vivam cada segundo como se não houvesse amanhã! Aqui, no momento em que nossas vidas se findam... sejamos gratos por tudo o que vivemos! Sejamos gratos por ter tido essa grande oportunidade chamada vida!" 

Naquele momento, Mokuro sente seu espírito ser partido em pedaços, mas ele não estava triste. Ele tivera um último vislumbre que lhe trouxera um sorriso ao rosto. Sminoh e Kogeta estavam gargalhando, como se não houvesse tristeza no mundo. Sminoh acabava de contar uma piada e isso os fizera rir, mesmo naquele momento onde tudo terminava. Sminoh se torna pó, ao passo de Kogeta, sorrindo, cai no vácuo do espaço. Mokuro desaparece, na certeza de que seu irmão, assim como toda a humanidade, se sentia grato por tudo. As existências de Daishinkan e Zarama somem para todo o sempre. O bracelete preto de Kogeta, que fora forjado em seu braço pela magia de Zarama, então marca "01"...