Sempre tive hábitos solipsistas.

Não direi meu nome, apenas saiba que fiz algo terrível, desta forma, estou me refugiando numa ilha próxima ao litoral.

Eu e mais nove pessoas, na verdade... Não sabemos o nome um dos outros, e não  sabemos os crimes que nos levaram até aqui... Capitão não parecia interessado em nosso histórico, quando nos aceitou na embarcação. Agradeço, mas temo pelo que meus companheiros de viagem fizeram para preferir enfrentar o desconhecido de uma ilha, a viver em sociedade.

No pequeno bote, distante da costa Paulistana, encaro o horizonte com um vago e inestimável sentimento de tibieza.