Just Us escrita por rasquel


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Alô a todos que vão ler, minha primeira história aqui no site e confesso que estou ansiosa, até porque é sobre um dos meus casais preferidos da saga e que, na minha opinião mereciam muito mais atenção nos livros (talvez até um só para eles hehe). Relendo a saga pensei, por que não fazer alguma coisa sobre eles, não é mesmo?? E cá estou. Enfim, eu espero que gostem.

P.S. A one se passa depois de amanhecer.

Boa leitura!



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Silêncio.  

Era exatamente assim que a casa se encontrava no momento em que Esme adentrou o lugar, Carlisle apareceu logo em seguida e assim como a esposa, estranhou todo o silêncio. Se olharam desconfiados, incertos. Não era comum que a casa estivesse vazia como naquele momento, havia sempre alguém em algum cômodo; fosse Edward tocando piano para Bella e Renesmee, Emmett e Jasper e suas constantes brincadeiras de lutas, até mesmo Alice e sua fissura por moda e Rosalie a cuidar do carro... Mas não naquele momento.  

A enorme casa aonde vivia com sua família encontrava-se tão vazia e silenciosa que ao primeiro momento o casal sentiu-se estranho. Solitários até.  

 — Acho que teremos a casa toda nossa hoje. — Carlisle Cullen comenta, aparecendo de relance após procurar por alguém nos cômodos de cima. Em sua mão existia um pedaço de papel cortado com perfeição, o entregou para a mulher.  

Esme leu o pequeno recado reconhecendo a bela caligrafia de Alice, avisando que Renesmee dormiria na casa de Charlie e os vampiros sairiam para caçar. Voltariam apenas no dia seguinte.

— Isso é... Uma novidade. — Diz a vampira, colocando o papel sobre a mesa de centro de sua sala. Estranhando como era ter a casa apenas para eles.  

A casa estava sempre cheia, sempre havia algum tipo de interrupção de alguém ou algo. Os momentos a sós que tinha com Carlisle tornaram-se raros, a culpa era do que os cercavam, o trabalho, problemas com outros vampiros... O pouco que conseguiam ter um momento para si mesmos era rapidamente interrompido por alguma ligação do hospital ou algum problema.  

E ao que o bilhete deixado por Alice em nome dos outros vampiros, naquela noite em questão teriam finalmente um momento sozinhos. E sem ninguém para atrapalhá-los.  

— Bem, já que temos a casa só para nós, o que quer fazer? — O homem perguntou, olhando em direção a mulher, os olhos dourados fixos no rosto pensativo da vampira que tanto amava.  

Esme deu com os ombros. Não queria caçar, afinal tinham feito isso no dia anterior, também não queria sair, conhecia Forks com a palma da mão e bem, não existia uma novidade na cidade que pudesse ser atrativa para o casal. Na verdade, ela não sabia exatamente o que poderiam fazer, passava boa parte de seu tempo mimando e cuidando da pequena Renesmee, ou assistindo Edward tocar piano ou jogando xadrez com Carlisle. A pergunta a pegou desprevenida, pois ela não conseguia imaginar o que poderiam fazer.  

— Estou aberta a sugestões. — Respondeu com um sorriso leve, aproximando-se do homem com passos lentos e humanos, perguntando-se mentalmente se ele também se sentia estranho por ter a casa vazia.  

Carlisle torceu levemente os lábios finos, era possível ver as engrenagens de sua mente a trabalhar, mas não houve resposta. Ao menos não algo imediato.  

— É tão estranho, não é? — Ele perguntou, envolvendo a mulher com os braços. Suas mãos apertando a cintura fina da vampira fazendo com que ela viesse para mais perto de seu corpo.  

Ela concordou.  

— É estranho porque faz tanto tempo desde que ficamos assim sozinhos. — Diz dando um riso levo, olhando ao redor e notando como a casa parecia até maior do que realmente era por serem os únicos vampiros ali presentes. O silêncio da residência se unia ao silêncio da noite, nem mesmo se ouvia o ruivo já tão conhecido dos lobos. Tudo estava muito quieto até mesmo para Forks; mas, Esme não negaria em dizer que gostou daquilo. Era bom.  

Sua fala era uma verdade conhecida e compartilhada por ambos, estava claro que estavam estranhando a ausência de sua família a sempre agitar o lugar, fosse com conversas ou seus afazeres pessoais. Desde que se tornaram os responsáveis pelos outros, o tempo que compartilhavam juntos era algo restrito e insuficiente, não que reclamassem disso ou não gostavam, pelo contrário. Esme gostava de sua função como mãe e agora avó, gostava de cuidar deles, de cada um ao seu particular e não era diferente com Carlisle. O homem gostava de ser o pai e responsável pelos demais, gostava de seu trabalho no hospital e de ajudar a pessoas — como também ajudava os demais vampiros que moravam ali —, mas não poderia mentir em dizer que não sentia falta de estar a sós com sua esposa.  

Esme Cullen arqueou uma sobrancelha.  

— Podemos terminar aquela nossa partida de xadrez e depois pensamos no que podemos fazer — Sugeriu com doçura assim que percebeu que nem mesmo seu parceiro para fazer alguma ideia do que fazer. O que era normal, pois haviam se acostumado tanto com a falta de tempo que, tê-lo finalmente era estranho ao primeiro momento.  

Carlisle nem precisou responder, os lábios se esticaram num sorriso sugestivo e ele deixou a sala com sua velocidade de vampiro. Ao retornar, estava com o tabuleiro em mãos e as peças posicionadas como haviam deixado o jogo parado desde a última vez em que jogaram. Esme sentou-se no sofá de frente para a mesa de centro aonde o homem colocou o tabuleiro com cuidado, sentando-se do outro lado de modo que, ficaram um de frente para o outro. Ambos se entreolharam de uma forma cúmplice, desafiando o outro apenas com o olhar enquanto davam continuidade para o jogo.  

Esme gostava de jogar com Carlisle, ele não lia sua mente para saber os movimentos que ela faria e nem mesmo teria visões de suas decisões; como Edward e Alice. Rosalie não gostava muito do jogo e Emmett se interessava mais em suas próprias brincadeiras e lutas fingidas com Jasper ou Edward para demonstrar interesse pelo jogo. Ela também gostava de jogar com Jasper, mas tinha uma preferência maior pela companhia do marido.  

O jogo prosseguia muito calmo e silencioso também, assim como toda a casa e a noite em questão, cada novo movimento feito os olhos dourados dos dois vampiros se encontravam em um olhar pouco desafiador e provocativo. O motivo do jogo não era que um deles saísse vencedor, era mais algo que costumaram a fazer no tempo livre. O real jogo estava nas trocas constantes de olhares sempre que uma peça era movida ou uma jogada era feita. Em certo momento Carlisle fez uma jogada que Esme reconheceu como sendo a zwischenzug, a surpreendendo e a deixando sem escolhas para impedir a vitória do homem. Levemente confusa e de certa forma, até mesmo indignada por não ter percebido o que ele tinha feito, a mulher ergueu os olhos na direção do vampiro e o encarou com os lábios levemente entreabertos, deixando claro sua surpresa.  

Seus olhos se estreitaram em um desafio claro, mas ela nada fez, pois independente da jogada que faria, ele sairia vencedor da longa partida. Ela balançou a cabeça muito levemente em uma negativa e riu de si mesma, os olhos se fixaram no homem à frente, olhando-o com atenção enquanto ele, parecia esperar por alguma nova jogada ou ao menos uma tentativa. Carlisle estava trajado com uma blusa social azul que, parecia destacar a pele pálida e o cabelo loiro em um penteado perfeito. A calça também social e escura combinava mais com o sapato preto, a harmonia das cores de sua roupa deixava o homem com um ar elegante e atraente e Esme percebia isso. Tinha conhecimento de que as jovens de Forks sempre inventava algum incidente para apenas ser atendidas por ele no hospital e a vampira achava graça disso, em como muitas delas cometiam tais tipos de loucura apenas para vê-lo e tentar flertar com o homem; mesmo sabendo que era casado. 

Esme não as julgava, afinal, eram todas jovens demais e mesmo que já estivesse em seu corpo imortal por um tempo, entendia como os hormônios estavam a flor da pele e bem, Carlisle não era feio e chamava a atenção por onde passava. Não apenas das jovens, mas das adultas também. Não sentia ciúmes, pois sabia que o homem jamais a trairia e confiava nele.  

— Pelo visto eu ganhei. — Anunciou ele em um tom brincalhão e divertido, atraindo a atenção da vampira novamente ao dizer o óbvio. É claro que ele tinha ganho a partida e ela percebera isso. 

Os olhos da mulher recaíram sobre o tabuleiro durante alguns segundos.  

— Parabéns, senhor Cullen. — O parabenizou, erguendo muito lentamente seus olhos de volta para o homem. Os lábios avermelhados esticando-se num sorriso mais singelo e quase provocativo, o suficiente para causar uma reação no corpo do homem.  

Carlisle também a olhou, os dois parados durante um longo tempo nas mesmas posições. Os olhos fixos no outro, existia uma conversa silenciosa ali; feita apenas com a troca interrupta de olhares firmes e decididos. O matriarca da família observou a mulher em silêncio absoluto, sempre gostava de fazer isso quando estavam sozinhos ou quando a via distraída, fosse com Renesmee ou com algum afazer.  

Esme era tudo o que ele desejava, talvez até mais do que isso. Amava aquela mulher como nunca amou alguém antes e gostava de deixar isso claro em suas atitudes. Tinha ciência de que chamava a atenção das moças e mulheres da cidade, entendia que isso era como um tipo de sina que carregava, a perfeição que sua imortalidade lhe proporcionada fazia com que aos olhos humanos fosse um chamariz para olhares e até mesmo suspiros discretos. Admitia que Forks tinha belas mulheres, muitas delas deixava esse interesse escancarado em suas atitudes e falas, mas era inegável que tinha olhos somente para Esme. Seu coração — mesmo que não fosse mais humano — pertencia àquela mulher e isso era um fato. Jamais mudaria, jamais a trocaria. 

Pensar em seu amor pela mulher o fez reagir, levantou-se do grande sofá e quando deu-se conta estava puxando-a pela mão para que ela também ficasse de pé. A mulher o olhou com leve confusão, mas ele nem dera muita atenção. Só queria tê-la, sem interrupções, sem ligações urgentes do hospital, sem urgências familiares para resolver, sem nada disso.  

Os lábios se encontraram facilmente em um beijo tímido e lento de início, afinal queria aproveitar o tempo a sós ao máximo e não havia necessidade para pressa. O tempo não era problema para eles. Esme reagiu ao beijo imediatamente, levando as mãos para o cabelo também dourado do homem, massageando-o com gentileza enquanto as mãos do vampiro se fechavam ao redor do corpo da mulher, sentindo-o reagir ao toque gélido de suas mãos. Lentamente seus lábios se afastaram do outro, assim como seus rostos, novamente os olhos dourados se encontraram e ambos se encararam.  

Esme foi a primeira a reagir. O sorriso largo e travesso que seus lábios mostraram foi como um incentivo para que o vampiro também esticasse os lábios e mostrasse o mesmo sorriso que ela estava exibindo. O casal sentiu, o desejo em seu interior correr por cada músculo, a euforia dominá-los; aquele velho descontrole que sentiram quando se uniram pela primeira vez.  

Correram para o quarto, seus corpos batendo em um vaso caro que Alice comprara anos atrás; o som do vidro se quebrando em centenas de pedaços foi ignorado e ofuscado pelo som alegre de suas risadas ao se darem conta que pareciam dois recém-casados.  

Quando entraram no quarto Carlisle fechou a porta com força a chutando em uma ação involuntária e automática, ignorando o barulho da madeira da porta batendo e do quadro caindo no chão por causa da ação brusca. Na privacidade de seu quarto, beijaram-se de maneira mais urgente e ansiosa, as mãos masculinas e frias correndo pelo corpo imortal da mulher enquanto Esme infiltrava os dedos finos pelos fios loiros do homem, dando um puxão mais forte quando sentiu o corpo mais rente ao dele. O vampiro mexeu os lábios, sua língua invadindo a boca dela.  

Os corpos se moveram outra vez, batendo contra a parede causando um novo estrondo na porta, eram sempre tão controlados em suas demonstrações de afeto diante dos outros que, naquele momento que estavam sozinhos podiam finalmente libertar daquele autocontrole que impuseram para si mesmos. Carlisle a colocou em seu colo facilmente, puxando as pernas da mulher para que ela usasse seu corpo para apoio, as mãos experientes e rápidas apertavam a pele pálida de suas coxas com extrema força, nada que a incomodasse ou que lhe causasse dor, Esme parecia sequer sentir sua força já que, parecia ocupada demais em tirar a roupa do homem sem danificar as peças ou estragá-las; afinal, gostava de vê-lo as usando.  

Contudo a vampira não conteve a própria força, percebeu tarde demais quando as mãos puxaram com força descontrolada a camisa social, os botões da mesma caindo no chão enquanto o tecido se desfazia em suas mãos, revelando o corpo moldado e perfeito do vampiro. Carlisle também não se controlou, nem mesmo viu razão para tal, ouviu as roupas da mulher também sendo rasgadas por suas mãos e os pedaços irregulares do pano caírem no chão. Levou apenas segundos para que estivessem ambos com suas roupas destruídas e esquecidas no chão, não houve lamentos para elas.  

Ele a empurrou em direção a cama que nunca usavam, Esme sentindo a maciez do conjunto da cama em contato com sua pele gelada, mas a sensação não chegava nem perto do que sentia com os lábios de Carlisle a explorá-la. Seus lábios se encontravam em seu pescoço, as mordidas leves e controladas pareciam contidas — como se ele temesse machucá-la de alguma maneira, mesmo que fosse impossível — enquanto as mãos corriam por suas pernas, cintura, braços. A mulher percebeu que ele parecia finalmente livre para extravasar o próprio desejo e ela não ficou para trás, explorava o homem com suas mãos, esquecendo-se de tudo por um momento e dando atenção exclusiva para ele. Tocando com mais urgência, arranhando a pele pálida com força descontrolada quando o sentiu beijar-lhe os seios.  

Esme deixou um grunhido baixo sair dos lábios, agitou-se por baixo do corpo do homem conforme sentia os lábios de Carlisle beijar sua pele nua. Quanto tempo fazia desde que tiveram um momento como aquele? Ela nem se deu ao trabalho de pensar muito, concentrou toda sua atenção no Cullen a lhe explorar com urgência e avidez. Seus lábios voltaram a se encontrar e ambos tiveram seus gemidos contidos quando os corpos se moveram involuntariamente em direção ao outro, como se fossem imãs.  

Ele espaçou as pernas da mulher com lentidão, se Esme ainda tivesse um coração que batesse, o mesmo estaria batendo em um ritmo descontrolado e ansioso para o que estaria por vir. Ambos gemeram alto quando Carlisle a penetrou, o membro do vampiro a invadindo-a em um único movimento. Ele começou a se movimentar com experiência, fazendo o corpo da mulher responder a cada movimento. Esme fechou os olhos, aproveitando ao máximo daquilo, suas mãos apertaram as costas do homem em um movimento rápido e firme, as unhas fincando na pele pálida e gelada enquanto o quadril de Carlisle se movia cada vez mais rápido.  

Os gemidos e grunhidos ansiosos preencheram o quarto cortando o silêncio do ambiente com rapidez, o pensamento de que poderiam ser ouvidos não os incomodou e tão pouco foi algo que os envergonhou. Eles precisavam daquilo, daquele momento particular e tão especial para sentirem o outro novamente, cada toque, cada beijo, cada gemido e suspiro que deixavam escapar de seus lábios... Precisavam sentir o outro. E sentiram, estavam completos.  

Carlisle aproximou-se da curva do pescoço de Esme, os dentes roçando levemente sobre a pele pálida da mulher enquanto ele aumentava as estocadas e a violência no gesto, soltando-se por completo. O corpo dela começava a dar os primeiros sinais de satisfação completa e a violência de seus gestos também. A vampira o apertava mais forte, o arranhava sem se preocupar com possíveis marcas ou ferimentos, ambos se deixando levar pelo completo desejo. Não demorou para que os gemidos dos vampiros se tornassem mais altos, o quarto foi preenchido pelo som uníssono de ambos gemendo alto quando alcançaram seu ápice; entregando-se completamente ao momento.  

Cullen precisou conter a própria força quando a mão agarrou a cabeceira da cama e a apertou com violência, afinal não iria destruir a cama, mas era tarde demais. A madeira se partiu em dois e eles ouviram quando isso aconteceu, Esme não se importou com aquilo, em seu próprio descontrole agarrou o travesseiro ao alcançar o clímax também o destruiu; como fizera com as roupas do homem.  

 A noite passou lenta, como gostariam que passasse, o horário não era importante e fora completamente ignorado. Não se contiveram, pararam pouquíssimas vezes apenas para livrar-se do que estava destruído no quarto, se tocaram, se beijaram e somente quando o sol começou a aparecer, anunciando mais uma manhã em Forks eles finalmente pararam. Deitados juntos na cama que conseguira sobreviver à destruição de suas forças. O corpo feminino estava sobre o do homem completamente relaxado e leve, a mão maior e masculina passeava pela pele de Esme em uma carícia mais lenta, diferente da trocara anteriormente.  

— Deveríamos agradecer a Alice por ter deixado a casa. — Carlisle a lembrou, olhando para a mulher deitada sobre seu corpo. Esme ergueu o rosto em sua direção e assentiu, esticando os lábios em um sorriso mais simples.  

— E vamos. — Concordou. — E também torcer para que isso aconteça com mais frequência.  

Carlisle concordou, aproximando o rosto da mulher para perto do seu e beijando-lhe os lábios. 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem, não prometo nada, mas espero escrever mais sobre esse casal que tanto amo!

Beijos :*



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