Velhos Amigos escrita por PepitaPocket


Capítulo 13
O Início de Uma Vida a Dois


Notas iniciais do capítulo

Yo o/
Juro que esse não era o capítulo final que eu queria escrever, mas foi o que eu consegui, então peço desculpas, pois não acho que ficou satisfatório. Mas, prometi a mim mesma que a fic teria 13 capítulos apenas, não sou supersticiosa nem nada, mas... Cumpri tal promessa xD
De qualquer forma essa é a primeira parte, em algum momento trarei a segunda parte, em um outro projeto, posterior. Então, a história de Iruka x Shizune não termina por aqui.
Capítulo dedicado a IshidaNeji e Goenjo por terem me brindado com seus comentários no decorrer da história, Gracías pelo apoio e pelos demais leitores que não se manifestaram, mas acompanharam essa pequena história e até a próxima o/



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Iruka achou que iria ter uma síncope quando foi pedir formalmente a mão de Shizune para Tsunade. A agora ex-godaime Hokage fez questão de que o sensei fosse até ela pedir a mão de sua garotinha e ainda jurasse solenemente que iria fazê-la feliz.

Essa parte por incrível que pareça foi fácil para Iruka, que sentia com toda a fibra de seu ser o desejo de fazer Shizune feliz e também ser feliz.

Não era certo se responsabilizar pela felicidade de outra pessoa. Mas, Iruka pela primeira vez na vida, se sentia suficientemente otimista. Tinha plena certeza de que ele e Shizune seriam felizes.

Por isso, ele nem titubeou quando Tsunade lhe apresentou essa pequena exigência.

Sabia que a Senju não estava passando por um bom momento. A tenacidade ainda estava lá, mas havia uma espécie de ansiedade em seu olhar.

Sua saída do posto de Hokage pegou a todos desprevenidos. Geralmente, só se deixa o cargo quando se morre ou se aposenta. Tsunade escolheu não tão precocemente assim a segunda opção.

A verdade é que nenhum dos figurões da vila estava preparado para isto. Hyuuga Hiashi iria assumir a posição de forma temporária.

A escolha seria Hatake Kakashi, mas este declinou a oferta. Até se encontrar um membro mais adequado, as coisas ficariam em aberto... A esperança é que Tsunade voltasse atrás em sua decisão.

Mas, a Senju não faria isto.

Por muito tempo, ela viveu a amargura de se estar constantemente sozinho. Seu ponto de virada deveria ter sido quando ela aceitou a posição que havia sido de seu avô e também de seu pai (Tobirama Senju).

Mas, este ponto foi quando uma garota de testa particularmente grande foi lhe pedir treinamento. Havia lido todos os relatórios sobre os times, inclusive de Sakura. O maior destaque era sempre seu controle de chakra, essa foi a razão de Tsunade tê-la aceito como sua pupila sem saber que o destino estava pregando uma de suas pegadinhas cretinas.

— Faço questão de que tenham uma festa de casamento digna. – Tsunade surpreendeu Shizune com suas palavras. – Terão minha benção para essa união.

A loira se permitiu dar um sorriso para sua quase filha.

— Só peço que seja o quanto antes. Pretendo sair da vila em breve e para mim seria uma lástima perder seu casamento minha querida.

A mulher disse abrindo seus braços para Shizune, que um tantinho sem jeito se aninhou no aconchego de um abraço.

Era raro esse tipo de demonstração, mas a própria Senju estava bastante fragilizada com tudo o que houve nos últimos dias.

Nunca esperou que Sakura entendesse as razões que a levaram serem abandonada por ela e Orochimaru. Mas, também não pensou que sua testinha fosse literalmente colocar o pé na estrada.

Por isso, estava confortável na posição de professora. As vezes, ouvinte. E mais raramente de eterna segunda mãe, ou seja, a mulher que fica sempre em segundo lugar, porque alguém já ocupa o posto legítimo.

Mas, isso era melhor do que o desprezo, não?

Shizune e Iruka eram dois órfão solitários. Estavam certos de seu sentimento. Por causa disto, eles não tinham receio de se lançar precocemente em um casamento.

Os dois queriam uma cerimônia mais intimista, mas ambos acabaram conhecendo muita gente por causa de seus respectivos trabalhos. Sem contar que Shizune, era discipula e braço direito da própria Godaime que não estava contabilizando gastos para aquele casório.

Na verdade, os preparativos foram uma válvula de escape da Senju que pela primeira vez estava ouvindo os conselhos de Orochimaru...

“Deixe nossa pirralha da testa grande colocando as ideias no lugar... O sobrancelhudo cabeça de tigela já foi atrás dela junto com meia dúzia de serpentes espiãs”.

Se não fossem os relatórios por menorizados delas, Tsunade teria mandado as favas os conselhos daquela cobra cretina.

Em detrimento de todo o drama pessoal de sua shishou, pela primeira vez Shizune conseguiu pensar um pouquinho em si. Embora, houvesse momentos que ela se martirizava por estar dando atenção demais a escolha das flores, do menu e até a posição das cadeiras para as centenas de convidados que compareceriam ao grande dia.

Porém, Tsunade também se distraia nesses detalhes. Ela não dizia nada, mas aqueles preparativos indiretamente remetiam ao casamento dos sonhos que a Senju nunca teve.

Um dia antes do casamento, Iruka foi arrastado para um bar por Asuma que fez questão que ele comemorasse seu último dia de solteiro. Foi uma despedida sem nada demais... Apenas, doses cavalares de bebida, muito churrasco e algumas conversas indecentes aos ouvidos do inocente Iruka.

Já Shizune foi a um SPA prolongar seu dia de noiva. Tsunade quebraria na porrada qualquer um que ousasse querer desviar sua menina do bom caminho nas vésperas do casamento. Sendo assim, a médica-nin que nunca teve tempo de cuidar direito de si, desfrutou de diferentes tipos de massagens e outros mimos que deixaram sua pele macia como a de um bebê.

As unhas estavam pintadas de rosa. Os cabelos negros ainda mais sedosos, e tinha aquele brilho tão bonito que só os apaixonados tem.

Mas, ainda assim, havia algo que estava deixando Shizune receosa.

Como se adivinhasse, a razão da hesitação da moça, Tsunade abordou o assunto de forma inesperada.

Estavam as duas degustando vinho, com sukiyaki como acompanhamento. A noite estava fresca, o que era uma raridade em Konoha, mesmo sendo outono.

— Você ama Iruka? – Tsunade perguntou lançando um olhar levemente jocoso para Shizune que por um instante achou aquela pergunta um tanto desproporcionada.

Era óbvio que ela amava seu encantador Irukinha. Caso contrário todos os arranjos do casamento não haveriam de ter acontecido e elas não estariam ali...

Então, o brilho no olhar de Tsunade disse tudo... Sem muitas palavras, Shizune quase entendeu o que sua shishou queria falar.

— Eu amo Iruka com todo meu coração. Mas, tenho medo... – A moça deixou as palavras morrerem. A ideia de ter algo mais íntimo com um homem, mesmo que fosse o escolhido de seu coração, era demasiadamente assustadora.

Contudo, a ideia de não viver nada também era assustadora. Entre o sim e o não, ela escolhia dizer SIM pela primeira vez.

...

O jardim em torno da torre Hokage estava deslumbrante com todas aquelas orquídeas e hibiscos.

A mãe de Ino fizera um trabalho digno de um conto de fadas. Só de olhar aquele arco de flores Shizune já tinha vontade de chorar.

Seu quimono de cetim com detalhes vermelhos caíra com perfeição, e ela usava um bonito grampo de cabelo de pérolas que foi enfeitado com rosas brancas.

O objeto fora da mãe de Shizune que naquele dia sentiu necessidade de ter algo de sua progenitora por perto. Nunca conheceu seu pai, mas tivera todo o amor de seu tio Dan e depois todo o cuidado e ensinamento de Tsunade que não era uma pessoa amorosa... Mas, ao seu modo sempre cuidou dela, sempre esteve com ela, inclusive naquele dia.

Ao contrário de todas as expectativas, Sakura não apareceu. Mesmo, Shizune a convidando para ser sua madrinha de casamento ao lado de Lee.

A rosada mandou uma longa carta para sua “senpai” explicando seus motivos e havia tanta confusão naquelas palavras que Shizune não conseguiu ficar com raiva.

Mesmo assim, Tsunade sobrepujara-se acima da dor e da frustração.

Estava ali com um sorriso radiante, como raramente esboçou.

Das sombras, Shizune pode ver Orochimaru ali de olho em sua rainha. Eles tinham um acordo, depois do casamento, eles partiriam para ir atrás de sua família.

Contudo, Shizune era parte dessa família.

Era importante para a Senju deixa-la segura.

...

Iruka também estava nervoso.

Se não fosse a presença apaziguadora de Asuma, ele certamente não teria conseguido ficar em pé, enquanto esperava por sua noiva.

“Shizune-chan, deve ter desistido de se casa com um idiota como eu”.

Iruka pensou todo tristonho, se deixando morder mais uma vez pelo bichinho da insegurança.

Mas, antes que ele dissesse qualquer coisa, ele a viu.

Shizune vindo acompanhada por Tsunade, que asseverou seu olhar para Iruka apenas para lhe dar uma última intimada de que estava entregando-lhe um bem precioso.

E quando viu Shizune e seus olhos se encontraram, Iruka nem pestanejou em sua intenção de cuidar bem dela.

Assim como Shizune teve certeza de que ela cuidaria dele.

Enfim, um teria o outro. Ficaram frente a frente, trocando um olhar apaixonado e cheio de promessas que seus corações iriam cumprir. Simplesmente, porque isso os fazia feliz.

Estar juntos.

E o casamento seria o primeiro passo para o inicio de uma vida a dois. E assim lado a lado eles caminharam na esperança de ser feliz.

FIM (Primeira Parte)


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