O Expresso Hogwarts deslizava pelos trilhos em meio a campos de trigo, e montanhas. A paisagem ia se alterando a cada momento, até que os últimos raios de sol começavam a desaparecer.

            A Noite fria tomou conta do expresso, e logo toda as lâmpadas do trem estavam acesas, e feitiços de aquecimento entravam em funcionamento para manter os passageiros confortavelmente bem.

            A Velocidade do trem começava a diminuir. Uma planície já podia ser vista no horizonte, logo Hogsmeade estava entrando no campo de visão das janelas do trem. A estação surgiu, e ao longe se podia ver a torre de astronomia de Hogwarts.

            Harry saiu do trem e olhou diretamente para a torre. Parecia que fora há muitos anos, naquela torre, dois garotos mal intencionados duelaram até a morte de o choque de feitiços verde esmeralda malignos, o duelo resultou na morte de um e na quase destruição do outro.

            Aquele duelo criou um ser tão poderoso e tão maligno que quase causou a destruição do mundo. Porem fez algo quase tão ruim quanto. Ativou um poder maligno que causou a morte de muitos bruxos e de três muito importantes para ele.

            O diretor Alvo Dumbledore, que morreu para salvar aos alunos, e Draco e Hermione, que morreram na batalha que acabou com o domínio de Paulo.

            Harry sentiu um empurrão e voltou à consciência, reparou que estava empatando a saída do expresso. Andou o mais depressa que pode para as carruagens encantadas puxadas por testrálios.

            Não reparou em quem sentou ao seu lado, e saiu primeiro que todos da carruagem e seguiu, não em direção ao Castelo como os outros alunos, mais em direção ao jardim, onde estavam duas sepulturas de mármore.

            Ao chegar próximo, um arrepio lhe percorreu o corpo e ele viu uma das sepulturas rachada. Correu, e reparou a falta de um objeto. Um objeto em formato de coração.

- Sr. Potter. – A Voz fria e áspera que o chamou despertou um antigo nojo. – Sei que eles significaram muito para você, - A Voz de Snape mudou e Harry compreendeu que ele não iria criar problemas. – Para mim também, Creio que tivemos a mesma idéia, de visitar o tumulo deles esta noite, antes do inicio do período letivo...

- Professor, o Tumulo está violado. – Harry falou rápido.

- O que disse? – Perguntou.

- O Tumulo de Draco e Hermione, está Violado. E sumiu aquele rubi. – Harry falou mais calmo.

- O Cora... – Mais parou. Sua expressão mudou rápido de Preocupação para Seriedade. – Sr. Potter o senhor vai se atrasar para o banquete. Creio que eu como diretor não possa me atrasar também.  Então queira me acompanhar.

- Diretor? – Perguntou Harry.

- O ministro me fez aceitar o cargo. – Falou Snape sério. – Vamos senhor Potter, andando.

- Mais Diretor, o Tumulo. – Harry falou rápido.

- Eu sei que é importante Potter, porem o Banquete esta a nossa espera, não podemos deixar os alunos esperando. Mais tarde eu convocarei uma reunião e penso se o chamo ou não. Agora vamos, ou terei que colocá-lo em uma detenção. – Snape falou tudo de uma maneira cordial. – E, não espere um tratamento preferencial por tudo o que passou ano passado Potter. Eu sou um Diretor Imparcial.

            Eles caminharam em direção ao Castelo, onde Filch observava de longe. Mais a fundo, na orla da floresta, uma pessoa envolta as sombras observava temerosa eles avançarem, ela apertava algo com as mãos.

            Quando a porta do castelo se fechou, o objeto brilhou e ardeu tão intensamente que ela teve que soltar. Uma fumaça negra surgiu do pedaço de pedra vermelha, e uma voz surgiu.

- Você ousou romper as barreiras naturais da magia? – A voz era cansada e rouca.

- Fiz por você meu Amigo. – Uma voz Masculina, fina e áspera saiu da boca do rapaz parado rente a fumaça.

- Sabe que eu não sou o Draco. – A fumaça respondeu.

- Você é... – O Medo na voz do rapaz foi audível.

- Sim, sou eu. E eu tenho a certeza que Draco não iria gostar de ver você tentando trazê-lo de volta desta forma.

- Quem é você para falar disso. – O rapaz respondeu firme. Dando um passo em direção a luz. A fisionomia foi reconhecida, alto, moreno, traços finos no rosto. Aquele era Blásio Zambini.

- Eu sou Paulo Abraham, o mais poderoso dos bruxos. – A voz veio da fumaça e estava cada vez mais forte.

- É tão poderoso, que está preso em uma pedra. – Blásio zombou.

- Eu não posso morrer. Não importa quantas vezes tentem, eu sou imortal. – Falou Abraham. – Vocês podem me prender, podem destruir meus receptáculos, mais no fim, eu sempre estou vivo.

- Você sabe como trazê-lo de volta? – Blásio perguntou mudando o assunto.

- Sim, eu sei. É da mesma maneira que eu saio daqui. O bom, é que se você fizer o feitiço, todos nós saímos daqui. – Paulo falou com exasperação.

- Você com certeza tem uma condição. – Blásio falou diretamente.

- Você terá que me dar o Coração Escarlate. – Paulo falou mais forte.

- E onde eu encontro esse Coração? – Perguntou Blásio.

- Esse Rubi que você tem em mãos. Ele é o Coração Escarlate. Ou pelo menos parte dele. – Falou Paulo com pensamentos longe.

- Fechado. Eu tiro você e Draco daí, e te entrego o Coração. Só isso? – Perguntou Blásio rápido, notara que a hora já estava voando.

- Sim, Blásio Zambini. – Ele pensou ter ouvido a voz de Draco falando seu nome ao longe, mais resolveu ignorar.

            A Fumaça negra se dissipou magicamente, quando Blásio tocou o Coração. O Brilho intenso se recolheu e a pedra voltou a ser apenas um Rubi.

- Eu vou te Salvar, meu Amigo. E quando eu fizer isso. Eu vou me vingar pelo que você me fez.