***Harry Potter***

                Gina estava demorando, a preocupação já começava a tomar conta de mim. Paulo solto na escola e ela sumida. Não conseguia raciocinar direito, e sem entender bem o motivo eu corri. Corri em direção ao campo de Quadribol. Uma sensação estranha se apoderava do meu corpo, como se algo ruim pudesse acontecer a qualquer minuto.

                Cruzei o gramado e alcancei a porta do campo. Minha mão tremia, conhecia aquela sensação de frio. Mas não era possível, não aqui, e não agora. Eu só havia sentido isso uma vez, há três anos. Ao final do Tribruxo.

                A Porta se abriu ao mero empurrão do meu corpo. O Campo estava deserto, com exceção de uma faixa de cabelos ruivos deitada na arquibancada. Eu a chamei. O Som do eco se propagou pelo estádio. Segundos depois uma onda de ódio transpassou pelo meu rosto.

***Gina Weasley***

                O Treino havia sido cansativo, havia ido até a noite. Eu me deitei em um dos bancos da arquibancada para admirar as estrelas, e acabei pegando no sono de tanto cansaço.

                Acordei quando Harry gritou meu nome. Imaginei que ele estava próximo, pois sentia um corpo próximo ao meu, e quando fui beijada, retribuí com ardor.

***Narrador***

                O Beijo fez com que Harry caísse no chão. Ele não podia acreditar no que via, Não com ele, e ela retribuía com tanto ardor. A Varinha dele cortou o ar, o jato vermelho avançou em direção ao amante, e o corpo inerte de Blásio Zambini caiu no chão.

— Você não podia ter me traído Gina. Não com ele. – Harry gritava, em meio às palavras lágrimas caiam de seus olhos verdes marejados.

— Harry, mais eu não...

— Você ainda quer se defender? – Ele cuspiu. – Eu vi. Você o abraçou, o beijou.

— Eu achei que era você... – Ela gritou mais alto.

— Você acha que eu vou acreditar nisso? – Ele falou mais alto ainda.

                O Riso de Blásio ecoou e interrompeu a discussão.

— Você tem que ver a sua cara, Harry. – Ele riu. – Oh Merlin, Gina me traiu. – Mais risos. – Você é patético. Isso explica por que você nunca derrotou Voldemort antes. Você não tem força. Se você tivesse força poderia ate Me Derrotar.

— Do que está falando Blásio? – Harry retrucou.

— Seu destino é derrotar Voldemort. O de Draco é me Derrotar. Mas nenhum dos dois está nem próximo de seus objetivos. – Ele riu novamente.

— Voldemort está morto. – Harry gritou. – Draco? Ah não...

— Eu acho que você adivinhou algo, Menino que Sobreviveu. – Blásio riu. Uma risada maléfica, rouca e fria.

— Gina, corre. – Harry a puxou e correu em direção a saída do campo.

— Ah, Sr. Potter. Tentando fugir. Tsc. – Blásio sacudiu o braço e a porta do Estádio se fechou.

— O que você quer comigo, Paulo. – Harry se pôs a frente de Gina.

— Ah, finalmente. – Blásio respondeu. – Sabe, no começo, Blásio ainda tentou lutar. Mais não é possível lutar contra mim. Então, acho que ele desistiu ou morreu. Eu tenho 100% do controle deste corpo fraco. Meu Receptáculo mortal, se preferir chamá-lo.

— Se é mortal, quer dizer que pode morrer. Avada Kedavra. – Gina jogou o jato verde em direção a Paulo.

— Vai precisar de mais do que um Avada Kedavra. – Falou Paulo com um sorriso no rosto, Parando o feitiço com um estalar de dedos.

— Então que tal isso. – A Voz de Draco foi ouvida de longe. – Aprisiona-te malignu creature, per detoriete regna mage...

— Malfoy. – Com outro estalar de dedos, Malfoy apareceu caído no chão, ao lado dos dois. – Que lindo. Talvez eu deva mostrar a vocês, quem me disse que Malfoy iria tentar recitar isso. – Outro estalar de dedos. E Rony surgiu ao lado de Paulo.

— Rony... – Gina o olhou com surpresa.

— Calada. – Pareceu que Gina havia sido atingida por um Sectumsempra. Ela foi jogada pra traz com cortes espalhados por todo o corpo, ensangüentada.

                Esse foi o ápice. Rony viu o corpo da irmã caído ao chão, encarou Paulo com ódio e falou rápido.

— Malignus Expulso. – Paulo gritou. E o corpo se queimou, desaparecendo no ar.

— Gina. – Harry caiu do lado do corpo de Gina.

— Minha irmã...

— Saia daqui Rony... – Draco rugiu.

— Você não pode me expulsar. – Ele retrucou.

— Não posso? – Ele estava com o olhar tomado por ódio. – Nós confiamos em você. E você faz o que você fez? Ajudou o inimigo Rony – Draco gritou com nojo, segurando o corpo ensangüentado de Gina. – Saia daqui, antes que eu torture você.

— Antes de ir, acho que vocês devem saber. – Rony falou de cabeça baixa. – Paulo está com o coração.

— Isso explica o buraco na sepultura da Pansy. – Draco fechou os olhos. – Imagina só o que ela dirá, se souber o que você fez para trazê-la de volta. Libertou o maior inimigo do meu Pai.

— Seu pai? – Harry perguntou. – Seu pai está preso Draco.

— Marcus Falazuri foi meu pai na minha antiga encarnação. – Draco explicou rápido. – E aquele, não é o verdadeiro Paulo Abraham. Paulo Abraham, ainda é um Juiz. Aquele é Merlin, tentando sujar a imagem de Paulo.

— Então... – Harry viu quando Rony correu.

— Harry, Hermione era minha mãe em outra encarnação. Você tem noção do quanto isso é estranho? Se não fosse por Merlin, nos não poderíamos nos amar. Nosso amor é uma praga de Merlin para Falazuri. Então eu pergunto. O que eu sinto por ela é Real? Ou é apenas fruto de uma magia? Esse amor é certo?

— Draco... – Uma garotinha vestida de branco surgiu. – Já faz algum tempo Draco. – Ela falou.

— Você é aquela garota do ano passado. – Ele falou. – A que baniu Paulo.

— Sim, Draco. Mais eu não sou uma “Garota”. Eu posso assumir a forma de qualquer coisa. Meu nome é...

— Paulo Abraham. – Draco Concluiu.

— Sim, Draco. – Ela respondeu, e se tornou um rapaz de cabelos longos e prateados. – Eu sou o verdadeiro Paulo.

— O que veio fazer aqui? – Ele perguntou.

— Responder suas perguntas. Você sente algo muito mais que Real, por Hermione. O Fluxo de Chi que envolve as suas encarnações é o mesmo que envolve a encarnação de Marcus. Quando Merlin o alterou, criou os sentimentos verdadeiros. Ele não jogou um feitiço de Amor entre o seu fluxo. Ele o alterou totalmente.

— Então você está dizendo... – Draco falou.

— Ame Hermione, pois seu amor é certo. – Paulo respondeu.

— Você falou que Falazuri iria poder ter sua vingança. Como sabia que Merlin viria a terra? – Draco perguntou.

— Eu o derrubei Draco. Batalhamos por séculos enquanto as suas encarnações seguiam seus rumos. Quando eu finalmente o derrubei, vocês já tinham reencarnado. Então eu tomei as devidas precauções para que a Arca onde estava Falazuri, fosse entregue a Dumbledore.

— Então você o Derrubou? – Harry riu. – Por isso ele queria manchar o seu nome.

— Na verdade, ele queria que Falazuri pensasse que eu havia feito tudo isso. Mas graças a você Draco, eu encontrei uma maneira de fazê-lo lembrar de mim. Lembrar da Minha promessa para ele. E como ele sabe. Uma vez que um Juiz promete, ele cumpre. Mesmo que levem séculos. – Ele fez uma pausa, fechou os olhos como se pensasse em algo e falou – Ah, e Dumbledore tem uma mensagem para vocês: “Existe outro meio de Pará-lo. As Pedras Primordiais estão no mundo. Encontre as quatro. E vocês poderão prendê-lo”. – A Voz de Dumbledore saiu pela boca de Paulo. – Até mais Draco. Harry.