Com Gosto de Cerejas escrita por PepitaPocket


Capítulo 1
Capítulo Único




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Logo em suas primeiras horas, o sol em Konoha já se mostrava impiedosamente, e penetrara a cortina do quarto onde a garota de cabelos róseos estava repousada, fazendo-a acordar, embora relutante por causa do sono.

A maciez do colchão, a delicadeza do tecido do lençol sobre sua pele, o cheiro forte de madeira fresca, com um outro aroma que ela não conseguiu identificar, denunciaram que ela se encontrava de novo nos aposentos de sua shishou, que certamente a carregou até ali após ela ficar inconsciente após mais uma sessão exaustiva de treinamento.

Por falar nisto, ela conseguira sair da cama, sem grandes protestos de seus músculos, logo que aquilo começara ela achara que iria morrer, por causa das distensões musculares, que só aliviavam sobre ninjutsu médico.

Mas, graças a uma pomada milagrosa, que havia sido presente de Lee, essa era uma das coisas que a Kunoichi não tinha que se preocupar pela manhã.

— Valeu, Lee. – A menina dissera com um sorriso genuíno nos lábios.

#

O que fez com que um pouco longe dali, um garoto que já estava desde as cinco horas da manhã, fazendo uma árdua sessão de treinamento, espirrasse.

“Saúde”.

Neji Hyuuga que o acompanhava, lhe disse polidamente, e Lee fez um aceno, aceitando a gentileza, embora ele tivesse certeza que não estava resfriado ou algo assim... Talvez, sua avozinha tivesse razão, quando dizia que toda vez que espirramos, é porque alguém mencionou o nosso nome.

Aquilo deixou o sobrancelhudo esperançoso, quanto a seu nome ser dito por alguma garota bonita pelo menos.

Mas, logo ele mesmo desdenhou desse pensamento e voltou a treinar, já que sua realidade amorosa, era mais amarga que qualquer treinamento intensivo.

#

— Estamos tendo um progresso, pelo visto. – Sakura quase foi parar em baixo da cama, de tanto susto, quando se deparara com sua shishou usando apenas um robe verde, de cetim e seus cabelos estavam soltos, mas além da beleza surreal, Tsunade exalava uma aura intimidante que sempre fazia com que a garota quase batesse continência perto dela.

O único corajoso o bastante para desacatá-la era Naruto, mas se bem que desde que ele surpreendentemente começou a namorar Karin, ele parecia até mais bem comportado.

— Shishou. – Sakura choramingou de um modo exagerado, e Tsunade arqueou a sobrancelha, perguntando-se se aquela garota havia caído do berço quando era pequena.

Ta bem, que ela pegava pesado nos treinamentos, deveria ter jogado apenas duas bombas, ao invés de cinco na cabeça dela, mas ela estava estressada naquele dia, e o treinamento com a testinha lhe acalmava os nervos.

— É a primeira vez, que eu não a vejo balbuciando o nome do Sasuke pela manhã. – Tsunade disse apenas para provocá-la um pouco mais.

E, foi engraçado, o modo como os olhos de Sakura se arregalaram, e sua boca se entreabriu no formato de um grande ó. Shizune estava certa quando dizia que provocar Sakura sobre garotos, era tão divertido quanto jogar bombas na cabeça dela.

Tsunade pensou dando um sorriso esquisito, pensando em coisas mais esquisitas ainda.

— Shishou, não diga essas coisas. – A garota disse cheia de constrangimento.

Já era esquisito acordar sem roupa na cama de sua mestra, pelo menos umas duas vezes por semana, e agora tê-la falando sobre aquelas coisas consigo, era mais do que a jovem rosada podia suportar.

E, o pior é que ela não podia nem a fazer calar a boca, com um soco intimidante, como ela fazia com o Naruto, ou alguma provocação barata, como fazia com Ino, afinal era com a Godaime que ela estava lidando, ou seja nada mais injusto.

— Café da manhã. – Tsunade disse, fazendo um gesto para que a garota a seguisse. Por sorte, Tsunade havia deixado um robe também verde,  perto de sua cama.

Parecia aquelas combinações que alguns editoriais de moda, fazem entre mães e filhas que usam roupas iguais.

Mas, Sakura nem ousou comentar uma coisa dessas em voz alta, não queria bancar a abusada.

Shizune e Tonton, já estavam sentadas a mesa, e até a porquinha parecia estar aguardando, pacientemente a chegada delas, sobretudo da sannin.

E, Sakura reconheceu o cheiro do tempero de Tsunade na comida, e aquilo aumentara ainda mais o apetite da Kunoichi, que devorara com satisfação as duas porções de natto, mais quatro ovos, uma banana e uma porção extra grande de arroz.

Sakura era chata para comer, mas Tsunade sabia como dobrar sua chatice com os quitutes certos, e isso era sempre motivo de ciúme por parte de Mebuki, que mesmo tendo a criado, não conseguia acertar nos seus gostos.

— Hoje tivemos um progresso e tanto Shizune... – Tsunade quebrou o silencio, em um tom surpreendentemente bem-humorado.

Sakura sabia que não era boa ideia, encher a boca daquele jeito, enquanto sua Shishou estava falando, ainda mais naquele tom brincalhão que era esquisito vindo de sua pessoa.

— Sakura-chan, enfim trocou o nome do Sasuke-kun, por de outro garoto. – Sakura se sentiu sufocar com o comentário de sua shishou, ao mesmo tempo que suas bochechas se aqueciam.

Shizune por sua vez, arregalara os olhos, surpresa ao mesmo tempo por Tsunade estar tão falante pela manhã, e claro pelo comentário de sua mestra que parecia estar se divertindo e muito com o constrangimento da rosada, que queria se enfiar embaixo da mesa.

— Não é nada disso... Hum. Eu. Só. Hum. – Sakura se atrapalhava com as palavras. – Encontrei o Lee no campo de treinamento e ele me deu algumas dicas... Hum. Foi isso. – Quanto mais falava, mais as palavras destrambelhavam na sua língua. – O Lee, me recomendou o uso de uma pomada para dores musculares... Hum. E ele tem muita experiência com treinamento de taijutsu e... – Desistiu de falar porque seu rosto estava tão quente que ela jurou que iria derreter, ainda mais com Tsunade caindo na risada e até Shizune.

— Realmente é um progresso e tanto. – Sakura que havia pensado em tomar um pouco de chá gelado, para refrescar a cuca literalmente, e não falar nada que a fizesse sair voando dali com uma pancada bem dada por sua shishou, acabou se engasgando com a bebida.

— Até você Shizune-chan? – Sakura choramingou, quase se escondendo embaixo da mesa mais uma vez.

— Relaxa, Sakura... Nós duas já tivemos sua idade é normal... Se interessar por garotos. – Tsunade fez questão de usar o plural, e Sakura franziu o cenho achando que sua mestra estava muito saidinha, com aqueles pensamentos.

Mas, a verdade é que Tsunade apenas queria encontrar um meio de diminuir a influencia negativa, que misteriosamente Sasuke exercia sobre Sakura, através daquela sua paixão obsessiva que ela nutria por ele.

Naruto tentara por um bom tempo ser o substituto do Uchiha no coração da Haruno, mas até ele sabia ser um bom perdedor e acabou jogando a toalha.

— Lee não me interessa desse jeito. – Sakura fez um bico sem nem perceber. – Ele é esquisito demais e... Hm. Hiperativo demais. – A jovem expressou sua opinião que apesar de ser verdadeira, também a deixou se sentindo mal consigo, porque ela conseguia ver muitas qualidades em Lee, qualidade que ela mesma gostaria de ter, sua determinação, seu esforço, sua autoconfiança, ele sempre acreditava em si mesmo e sempre dava o melhor de si, por maiores que fossem as adversidades.

“Acho que verde é a cor favorita de alguém”. – Quando ouviu o comentário de sua inner Sakura desistiu de se defender, e se concentrou em apenas não fazer nada para acabar com o humor de Tsunade, naquela manhã.

Se bem que Shizune, fizera isto quando entregara a agenda da semana para a Godaime, que como sempre estava lotada de compromissos e muita papelada.

— Esta faltando todo esse suprimento de ervas, é? – Tsunade parara de reclamar apenas quando entre as anotações de Shizune ela encontrou algo que chamou sua atenção e a fez focar em outra coisa que não fosse brigar com sua assistente.

— Hai! Tivemos o incêndio no herbário principal da vila, mês passado e não conseguimos repor todas as mudas.

Shizune dissera entristecida, ao lembrar da ação criminosa de vândalos que trouxeram muito prejuízo a vila, e aos estudos de botânica e farmácia.

— Estamos no final de outono, logo será inicio de inverno, época perfeita para o nascimento de Raiz de Luminus. – Era uma flor roxa exuberante, que tinha uma exótica cor florescente que parecia brilhar a noite, sua flor era extremamente venenosa, mas a raiz, era um potente analgésico também.

— Precisaríamos de alguém que conheça bem a região e saiba manipular este tipo de planta. – Shizune disse casualmente, lançando seu olhar para Sakura que pressentiu que iria sobrar para ela.

Pensando bem, fazia algum tempo que ela não saia do vilarejo para uma missão, e a ideia de sair do vilarejo até a animava, porém não uma simples missão de coleta de ervas.

— Eu não conheço muito a região. – Sakura defendeu-se na esperança que Tsunade achasse outra pessoa para dar a missão.

— Mas, o time Gai conhece muito bem... Era um dos locais de treinamento. – Sakura que estava tomando seu chá acabou se afogando com a bebida, achando que suas duas professoras estavam agindo contra sua ilustre pessoa.

...

Depois de tomar um rápido banho e colocar uma muda de roupa limpa que ela sempre deixava na casa de sua Shishou, ela saíra as pressas para o escritório da Godaime que já havia ido começar mais um dia de labuta.

No meio do caminho, ela deu uma passada rápida na floricultura, só para trocar uma palavrinha com Ino, mas a loira havia ido visitar Kiba e essas visitas eram cada vez mais frequentes, pensou a Haruno que fez uma nota mental para usar aquilo, para provocar sua amiga quando ela viesse chama-la de testa de marquise de novo.

Sakura então recomeçara a correr, sabendo que Tsunade ficaria chateada, com seu atraso, já que a Senju lhe deu meia hora para que ela chegasse a seu escritório e já tinha passado quase duas.

“Será que ela vai ficar chateada?” – Sakura perguntou torcendo que sua shishou, tivesse encontrado uma reserva extra de saquê e não estivesse com o humor “daquele jeito”.

Mas, tão concentrada em sua torcida interna, ela não prestou atenção no caminho e POFT.

— Ai. – A Kunoichi bateu de frente em algo sólido e acabou ricocheteando em direção ao chão.

Mas, não caiu no chão porque braços fortes a seguraram e tinham um cheiro característico de...

— LEE?! – Sakura piscou aturdida quando se viu nos braços de seu amigo sobrancelhudo, que corou imediatamente quando viu que estava segurando em seus braços, nada mais, nada menos do que sua preciosa flor.

— SAKURA-CHAN! – O garoto falou de um jeito um tanto espalhafatoso, e a garota quis cavar um buraco e se socar, quando ele a largou e começou a rodopiar na ponta dos pés, com um olhar sonhador.

— Nunca mais lavarei esses braços, Sakura-chan. Seu perfume ficara neles para sempre. – A garota se tremelicou toda, achando que a convivência de Lee com Killer Bee não estava fazendo bem para os neurônios do garoto, que toda vez que a via tentava lhe cantar um rap poético de amor.

Seja o que isso significasse, certamente não soava bem aos ouvidos da garota.

— Certo, Lee... Hum. Eu preciso ir. – Sakura disse toda sem jeito. – Ah, e obrigada pela dica. – A jovem dissera lhe dando um sorriso genuíno que fizera com que o garoto quase engasgasse, por ela ter lhe dedicado um de seus bonitos sorrisos.

“Eu sou um garoto de sorte, GAI-SENSEI!” – Lee  comemora com lágrimas nos olhos, enquanto cheirava os próprios braços em busca de resquícios do cheiro dela.

— Até mais... – Sakura repetiu uma vez mais aquela fala, só para garantir que o sobrancelhudo havia entendido o que ela estava dizendo, mas para surpresa da rosada, ele seguiu atrás dela rodopiando e com coraçãozinho nos olhos e tudo.

— Gomensai, shishou, por... – Sakura parou de falar quando viu sua shishou em cima da mente, com a roupa amarrotada, enquanto que uma sombra dispersara-se rapidamente.

Se não conhecesse tão bem a Godaime, a jovem Haruno diria que ela estava fazendo coisas indecentes em cima daquela mesa com alguém. Mas, quando não conseguiu pensar em ninguém corajoso o suficiente, para dar “uns pegas” na sua fada madrinha, Sakura refutou aquela ideia.

— Aconteceu alguma coisa? – Sakura perguntou muito vermelha.

— Não aprendeu bater na porta, pirralha? – Tsunade perguntou se ajeitando, bastante pálida e visivelmente errática.

— Está tudo bem? – Sakura perguntou trocando o peso de um pé para o outro, e felizmente para Tsunade ela não teve que bolar nenhuma desculpa, para responder aquela pergunta, pois alguém entrara rodopiando na sala, e Lee ficara ali com coraçõezinhos nos olhos e falando coisas sem sentido.

— Hã, que foi que deu nele? – Tsunade perguntou com olhos arregalados, enquanto tentava dar uma ajeitadinha na própria roupa.

Sakura até abriu a boca para dar a resposta, mas se deu o direito de ficar calada, pois a própria Tsunade não tinha respondido sua pergunta.

— Seja como for, chamei os dois porque quero que tenho uma missão para vocês. – Tsunade disse se ajeitando em sua habitual pose de mandatária da vila

 Sakura já até imaginava do que se tratava, já Lee mesmo sem asas sentiu como se pudesse voar naquele instante. Uma missão com sua preciosa flor de cerejeira, era o mesmo que ter encontrado o famigerado pote de ouro no fim do arco íris.

— Pode deixar, Tsunade-sama, não a decepcionarei. – Ele disse em um tom motivacional. – Não pouparei esforços, para cumprir essa árdua tarefa e trazer de volta Sakura-chan em segurança.

Ele dissera com chama nos olhos, e se prostrando de joelhos perante Tsunade, que ficou com uma gota de cabeça que só não foi maior do que a de Sakura que estava com vontade de  pedir para sua senhora, mandar outro em seu lugar, ou substituir Lee, afinal Neji ou Tenten deveriam conhecer bem a região onde estavam as flores de Luminus.

— Certo, certo... Sakura preciso que você consiga pelo menos um exemplar de Flor de Luminus, acho que ensinei você a como manejar plantas venenosas, e Lee preciso que sirva de guia no parque da Mouretsuna Yamaryuu (Montanha do Dragão Destruidor).

Era uma das trilas mais inóspitas do país do fogo, e por isso mesmo uma das regiões favoritas de Gai-sensei para o treinamento.

— Essa região além de ser famosa, pelos deslizamentos de terra, é assentamento de bandoleiros, que passam o inverno escondidos na região, por conta de seu difícil acesso. Por isso, a missão será classificada nível A.

Isso fez os olhos dois jovens brilharem, o que colocou um sorriso sem humor, nos lábios de Tsunade também, pelos mais novos terem em seu espírito essa tentação inexplicável pelo perigo.

Quando os jovens, saíram Tsunade vira seu visitante entrar ali na sala de novo, cheio das mãos bobas, mas ela o repeliu:

— Antes disso, quero que cuide daqueles dois. – Tsunade disse em tom autoritário.

O moreno de longos cabelos e pelo muito branca, não ficou muito feliz com isso naturalmente.

— Se os pirralhos não dão conta, então porque os mandou? – Ele perguntou com ar de sabichão, mas calou-se quando ela lhe dera um forte beliscão na bochecha, já que eles estavam quase coladinhos.

— Porque é missão deles procurar a flor e a sua protege-los. – Ela disse ameaçando lhe dar um peteleco na testa, e sabendo no que aquilo iria dar, ele tratou em atender o pedido da loirinha bonitinha, já pensando na recompensa, é claro.

...

Já na sala de saída do vilarejo, Lee continuava andando ao lado de Sakura quase grudadinho, o que pusera uma veia de exasperação na testa da jovem, que ficou com vontade de dar um chega para lá no garoto, mas o percebendo estranhamente quieto, não disse nada.

— Está tudo bem? – Ela perguntou sabendo que assim como quando o hiperativo cabeça oca de cor laranja ficava quieto, sempre significava alguma coisa, a mesma coisa seria com o hiperativo cabeça oca da cor verde também.

Para surpresa da garota, ele olhara-a nos olhos, e pegara suas mãos sustentando o olhar, com uma convicção que foi de prender o fôlego.

— Aconteça, o que acontecer, a protegerei com minha vida. – Aquilo teria causado mais efeito na garota se seus olhos não tivessem sido tomados por aqueles ridículos coraçõezinhos de novo.

...

Uma hora mais tarde, os dois estavam na estrada.

Lee, estava andando plantando bananeira, para choque de Sakura que por um momento entendeu porque, Tenten reclamava tanto.

Pois, muitos desavisados que nunca tinham visto o sobrancelhudo, andando naquele dia, olharam chocados para ele e por extensão para Sakura que estava de seu lado.

Incrível, que uma garota de cabelos róseos não chama muita atenção, mas um cara de grossas sobrancelhas andando como se estivesse eternamente plantando bananeira, sim.

— Lee, por favor, ande normal. – Sakura lhe pediu com as bochechas rubras, principalmente quando ele a olhou de novo, era tão na cara que ele gostava dela, que a garota quase se sentiu mal por ele, pois ela sabia como ninguém o quanto era doloroso amar, quem não estava nem ai para você.

“Pode correspondê-lo se quiser”. – Escutara a voz maternal de sua inner em sua cabeça, e se já não era esquisito ter uma voz de algo que não era você dando pitaco em seus pensamentos, ela ainda ficava usando aquele tom com ela.

— Tudo que você quiser, Sakura-chan. – Lee dissera de um jeito tanto abobalhado, mas Sakura teve que muito a contragosto admitir que ele ficava uma gracinha se esforçando tanto daquele jeito para agradá-la.

Um pouco mais a frente, Orochimaru viajava contrariado, por ser babá daqueles dois pirralhos.

Era evidente que ele estava doidinho para dar um pouco de carinho para a testinha de cabelos exóticos, mas ela tinha de complicar as coisas, só poderia ter aprendido isso com a Tsunade.

“Kukuku. Tomara que esses dois parem de ficar no chove e não molha, porque já basta minha história com Tsunade, nessa constante desagradável”.

O sannin pensara, acelerando o passo, para aliviar as coisas para aqueles dois pirralhos, que levaram longos dois dias para chegar até a entrada do parque que naquela época do ano, ficava fechado.

Sakura logo de cara não gostou do aspecto daquele lugar pedregoso.

Como se adivinhasse o receio da garota, Lee a puxou repentinamente pela mão fazendo o queixo da garota ir direto para o chão.

Ela chegou a fechar o punho para bater em Lee, mas Tsunade a ameaçou de lhe dar dez vezes a mesma quantidade de soco, que ela desse em alguém sem justificativa.

Ou seja, nada de pancada no Naruto. Até porque aquela troglodita do cabelo vermelho não deixava. E, nem no Lee ela podia bater.

— Está tudo bem, Sakura-chan. Eu vou cuidar de você. – Então, Lee tinha que olhá-la com seus olhinhos tão bonitinhos e brilhantes, e com um sorriso tão singelo.

— Hai. – Sakura respondeu achando que ela deveria estar muito carente, para estar tão comovida com coisas tão banais.

Como estava próximo do anoitecer, eles decidiram acampar cerca de um quilômetro a partir da entrada do parque, como dali para frente eles iriam apenas subir por uma trilha rochosa, tendo que escalar em alguns pontos, eles teriam de estar bem descansados no dia seguinte.

Sakura ficou de pegar alguns peixes, e conseguir lenha para um fogueira, embora estivesse ventando muito.

Lee ficou de organizar o acampamento, mas quando ela retornou o encontrou enredado na corda de amarrar a barraca no chão.

Sakura, nem teve muito tempo para pensar de onde tinha saído aquela barraca, já que Lee, quanto mais tentava se desenrolar, mais se enrolava.

A Kunoichi tivera de usar uma kunai para auxiliar seu amigo, enquanto prendia o riso, já que ela não entendia como alguém com habilidades  tão altas de destreza no taijutsu não conseguira montar uma barraca.

— Tudo bem? – Sakura perguntou analisando cuidadosamente o corpo de Lee, com medo que o barbante tivesse o cortado ou algo assim.

— Eu sou um idiota. – Lee dissera magoado consigo mesmo, o que deixou Sakura um pouco surpresa, por sua reação pessimista. Pois, aquilo não combinava, com ele de jeito nenhum.

— Porque? – Sakura perguntou realmente sem entender.

— Eu trouxe a barraca que era da minha avozinha, para que você não passasse frio essa noite, e queria que fosse uma surpresa, mas eu estraguei tudo... – Ele disse aquilo com os olhos marejando-se deixando a Haruno sem saber nem o que responder.

Mas, não queria que ele chorasse, então sem pensar duas vezes ela o abraçou, para surpresa de Lee, que ficou todo durinho, de um jeito que Sakura demorou a descobrir que não era normal. Então, ao olhar novamente ele tinha tido um desmaio.

“Estranho até para desmaiar”. – Sakura disse entredentes, pensando que aquela seria uma longa noite.

— Você gosta dele. – Inner dissera puxando a língua de um jeito que irritou Sakura, que ficou tentada em dar um chega para lá naquela voz xarope, mas de novo não podia.

“Finalmente um pouco de diversão”.

Orochimaru que voltava depois de mais uma sessão de caça a bandido, parara em uma árvore para descansar e vira a cena que aqueceu seu coração carente, já que ele dificilmente tinha um momento terno com sua turrona.

— Kukuku.

Animado ele acabou dando sua típica risada, que fez Sakura quase desmaiar, não tão durinha como Lee. Tamanho susto, mas depois de ficar algum período de vigilância, ela concluiu que deveria ser uma coruja esquisita.

A seguir Orochimaru decidiu sair de fininho, porque se ele fosse encontrado ali, seria problemático. Então, ele partiu para livrar o caminho para aqueles dois do perigo, pois já bastava as complicações que eles mesmo arranjam para eles mesmos.

E, por falar nisso ao amanhecer, Sakura teve que recorrer a pílulas de energético, pois quem dormiu na barraca foi o Lee, que virou uma bela adormecida, nos braços da Haruno.

Ele era sempre tão dedicado aos treinos, que acabava dormindo pouco, e era tão focado no autoaperfeiçoamento, que ele nunca relaxava, mas isso enfim aconteceu quando ele pode ficar “coladinho” com a dona de seu coração, mesmo que desmaiado.

— Eu sou um idiota. – A garota estava terminando de ajeitar o café da manhã, quando um Lee todo choroso atrás dela a surpreendeu.

— Hm. – Sakura pensou em maneiras de consolá-lo, mas não teve jeito, diante daqueles olhos tristonhos.

Então, nervosa, com aquela versão mais pessimista de seu idiota, ela tratou de lhe empurrar um pedaço de bolinho de arroz, feito por Tsunade-sama. E, como esperado a comida de sua mestra fazia milagres.

Pois, logo ele se animou, ao menos foi o que a inocente Sakura pensou. Pois, o motivo da animação do garoto foi sua preciosa Sakura-chan, lhe dando comidinha na boca, e seus dedos até roçaram de leve, os seus lábios.

Vendo que quanto as esquisitices do Lee, não tinha muito o que a Sakura pudesse fazer, ela tratou de juntar as coisas e seguir o caminho.

Felizmente, logo o Lee voltou a caminhar plantando bananeira, e a falar sobre o fogo da juventude.

Em qualquer outro cenário, aquilo seria estranho ou vexatório, mas naquele momento foi motivo de alívio para a rosada que até de um sorriso terno diante da cena.

E, assim eles seguiram o caminho.

Não conversaram muito, fizeram duas pausas, mais por necessidade da garota já que Lee era naturalmente cheio de energia, imagine estando totalmente descansado, coisa que não acontecia desde que ele ganhou sua bandana de genin.

Enquanto eles caminhavam pela trilha, Sakura não pode notar que o lugar era inóspito, não tinha uma viva alma, e a medida que eles avançavam a vegetação tornava-se mais escassa, e o caminho mais pedregoso.

A visão, não era nada extraordinária também, se não fosse pela encosta montanhosa, e o caminho íngreme, e claro as Flores de Luminus, não teria nada de interessante ali.

Sakura observou tão distraída, que ela acabou pisando em falso, e só foi se dá por conta quando virou o pé para o lado, em meio a um choramingo de dor.

— P*** que me pariu. – A garota soltou um palavrão bem alto, fazendo com que Lee ficasse com as bochechas vermelhas, e Orochimaru que estava por perto, depois de ter destruído mais um acampamento de criminosos, eles até tentaram meter medo no sannin, que acabou lhes dando uma aula demonstrativa de como assustar alguém.

“Acho que Tsunade não vai gostar disso”. – O sannin pensou zombeteiro, achando aquela garota uma tapada, por ter conseguido torcer o pé de um jeito tão tosco. “Nem parece que herdou meus genes”.

O homem pensou com certo azedume.

— Oh, não você torceu, Sakura-chan. – Lee disse nervoso, por sua gatinha estar sentindo dor.

— Eu sei, Lee. – Sakura disse pegando o coldre e derrubando um pouco de água fria no local. Depois de ela avaliar o tornozelo, ela deduziu que era apenas um torção não tinha quebrado, então aplicou um pouco de ninjutsu, e tirou uma bandagem de seu kit médico novinho que ela tinha ganhando de presente de Shizune.

Enquanto trabalhava no próprio machucado, Lee observava cada movimento dela, simplesmente embasbacado.

Seus cabelos róseos caindo de um nó frouxo por seu rosto, seus olhos verdes concentrados na tarefa, e até as gotas de suor em seu rosto, pareciam atraentes para o Lee, que não conseguia parar de admirar a beleza de sua flor de cerejeira.

— Pronto. – Sakura se empertigou com as mãos na cintura, tentando parecer forte, mas a verdade é que aquilo estava doendo, mesmo com a aplicação do ninjutsu médico.

Não era tão eficiente, aplicar em si mesmo e aplicar nos outros.

E, ela não iria liberar seu Byakugou por algo tão simples.

Então quando ela foi pegar sua mochila, Lee fez isso por ela, e não contente, a tomou nos braços, no melhor estilo noiva e simplesmente a carregou.

— Hm. O que está fazendo? – Sakura perguntou piscando confusa, mas Lee não respondeu, apenas seguiu o caminho a toda velocidade, decepcionando Orochimaru que estava esperando alguma coisa interessante para bisbilhotar, mas recebeu só vento e poeira na cara.

Graças ao conhecimento de Lee, e sua velocidade descomunal, eles alcançaram o cume da montanha, em três dias. Sakura já conseguia colocar o pé no chão, mas Lee fazia questão de organizar tudo no acampamento, e ele se tornou expert em montar a famigerada barraca.

O melhor momento para o garoto era sempre quando ele e Sakura sentavam-se juntinhos perto da fogueira, mais por insistência dele do que da rosada que não conseguia dar um chega para lá no inocente garoto.

Em uma noite, tudo estava tão quieto, o fogo crepitando transmitindo um calor, reconfortante naquela noite fria. Mas, nada parecia mais aconchegante do que a presença do garoto ali ao seu lado, que olhava com distração o fogo, enquanto lidava com o receio de fazer alguma coisa errada, e a garota adorável ao seu lado se afastasse.

Mas, nessa note em particular em vez de se afastar como de costume, Sakura não resistiu a tentação e se recostou no ombro de Lee, e fechara os olhos. Ela podia ver os músculos do garoto se retesando, certamente estava com receio de fazer alguma bobagem, como que para tranquilizá-lo que estava tudo bem, ela segurou suas mãos, e ele teve de se controlar para não cair no choro tamanha emoção.

Quem estava com vontade de chorar, era Orochimaru que os via ali tão fofinhos juntinhos, serenos e tranquilos, graças a seus esforços em limpar a região... Tornando aquela experiência muito mais agradável do que seria se eles tivessem que lutar até o caminho. Se bem que jovens gostam de aventura, mas melhor que isso fosse uma história de romance.

“Kukuku. Se tivesse alguém tão bonzinho, para fazer isso por mim e Tsunade quando jovens”.

Orochimaru pensou de bom humor, já planejando minuciosamente a recompensa que pediria a Godaime que havia o colocado em sua observação direta, desde que ele decidiu se entregar a Konoha, com a garanti a de que não seria preso é claro.

— Essa coruja, esquisita de novo. – Sakura franziu o cenho aborrecida com aquele som que ela escutava de vez em quando.

Lee estava tão embevecido pelo charme de sua flor de cerejeira, que nem reparou em nada além disso.

— Coruja? – Ele perguntou confuso, ficando abobalhado com o quanto ela ficava linda, até quando zangada. Se fosse um bom desenhista ele teria até arriscado fazer algo para eternizar seu rosto naquele momento. Será que ela iria gostar que ele lhe dissesse algo assim?

— Deixa para lá. – Sakura disse ficando envergonhada pela própria idiotice, o Lee a acharia uma idiota, se ela continuasse se levando por aquela neurose.

“Coruja! Que ofensa”. – Orochimaru pensara com indignação, ser comparado com um ser penado, quando ele achava suas escamas um charme.

— Está bem? – Sakura perguntou preocupada, quando viu Lee com as bochechas infladas, e o rosto retorcido de um jeito que ela chegou a pensar que ela estava com dor de barriga.

— Você é linda. – Ele disse aquilo tão repentinamente que a garota arregalou os olhos surpresa de estar ouvindo um elogio absolutamente do nada.

Mas, claro que como toda jovenzinha de dezesseis anos, ela adorou ouvir aquilo e se derreteu por inteiro.

— Você é muito gentil, Lee-kun. – Sakura disse vermelhinha como um tomate.

E, o garoto também ficou todo sem jeito por estar sendo elogiado por sua musa, e eles ficaram ali entre sorrisos bobos e olhares intensos, fazendo Orochimaru lamentar não ter levado um pouco de pipoca para assistir aqueles dois se pegarem.

Mas, para frustração do sannin Sakura apenas acomodou a cabeça no ombro de Lee, fechou os olhos e ali ficou descansando enquanto ele acarinhava seus cabelos, ela até chegou ter uma ínfima de vontade de repelir sua mão, mas estava tão confortável ali que ela fechou os olhos e se deixar levar pelos sonhos.

Então, mais um dia e eles enfim chegaram ao ponto onde haveria as flores de Luminus, que apareceriam apenas mais a noite.

Era noite de lua nova, e tudo estaria em uma perfeita escuridão.

Sakura pegou seu equipamento de corte, suas luvas, e preparou-se para efetuar a missão.

— Por nada no mundo toque na flor, Lee. – Sakura disse preocupada com a inocência do garoto que fez um aceno exagerado com a cabeça, lamentando que com aquilo sua missão chegaria ao fim.

— GAI, SENSEI COMEU ESSA FLOR QUANDO MAIS JOVEM E SOBREVIVEU. – Ele disse pensando se deveria passar pelo mesmo teste de sobrevivência de seu sensei.

Mas, Sakura lhe olhou de um jeito tão assustador naquele momento, que ele deixou aquilo para lá.

— A shishou me disse que foram necessários cinquenta milagres para salvá-lo, então os milagres do tipo estão esgotados, então nem tente.

Sakura disse estalando o punho pela primeira vez, e o garoto fico pianinho.

O miolo da folha era amarelo vivo, parecendo um pequeno raio de sol, e as pétalas roxas púrpuras o adornavam em padrões que eram únicos em cada flor que se abrira exatamente as dez horas da noite e as dez e meia estavam brilhando.

Presenteando aos três visitantes inesquecível de tão bonita.

— Sakura-chan, cuidado. – Lee dissera amedrontado pela possibilidade de sua flor de cerejeira se machucar com a flor venenosa.

“Eu poderia pegar essa flor, sem tanto frufru”. Orochimaru pensou com indignação, por Tsunade ter colocando-o apenas como guarda-costas dos dois pirralhos.

Sakura sem muita dificuldade cortá-la a muda, e colocara-a no recipiente trazido para esse fim.

— Pronto, agora é só colocar no pergaminho. – Sakura dissera dando um de seus sorriso bonitos novamente, e Lee ficou ali admirando-a por um momento, até que sem que ninguém ali pudesse prever, a lâmina transpassou o abdome da jovem que cuspiu um pouco de sangue para desespero de Lee que dera um grito, agoniado:

— SAKURA! – Ao mesmo tempo que corria na sua direção, enquanto um dos muitos criminosos que viviam na região e que com muito custo haviam fugido de Orochimaru, voltara para se vingar do sannin, mas como não o encontrou, resolveu descontar no primeiro desavisado, que foi Sakura.

— Sangue fresco. – Ele dissera deslizando a língua por seus lábios.

Ao mesmo tempo que desviara com muita dificuldade de um chute giratório de Lee, mas não tivera sorte de seu soco que na verdade eram três socos consecutivos, em uma velocidade inumada.

— Sanpanchi. – Lee gritava enfurecido. O corpo do sujeito que não tinha músculos bem definidos, uma careca lustrosa e um bigode que apenas ele achava charmoso. Ele tentou uma manobra de defesa com os cotovelos, mas ele foi lento.

— Sankikku. – Ele então tentou contra-atacar, mas Lee de novo foi mais rápido com os pés, fazendo-o voar com tudo para trás. Ele levou as mãos para amortecer a queda, ela não viera, porque como se fosse um touro ensandecido, ele lhe atingiu um golpe de cabeça, que era muito dura, e foi o bastante para destroçar a sua costela direita.

— Gankona no Jutsu. – Ele dissera a plenos pulmões. E, Orochimaru ficou admirado, porque aquele golpe parecia combinar com o moleque, que teria recomeçado tudo de novo se Sakura que assim como o sannin assistia tudo admirada, liberava o selo de seu Byakugou, permitindo que seu ferimento fosse curado, enquanto ela lamentava não ter tido rápida o bastante para evadir.

— Estava distraída com o príncipe das sobrancelhas. – Sua inner tinha que dar pitaco.

— Como se atreve a machucar, Sakura-chan desse jeito. – Lee estava tão furioso que nem raciocinava mais e vê-lo daquele jeito era preocupante para a jovem Haruno, que o surpreendeu quando segurou seu cotovelo e o puxou de encontro a si.

— Sakura?! – Lee perguntou aturdido tendo certeza que vira a garota ser ferida, na verdade bastara ver uma gotinha de sangue da jovem para que ele se enlouquecesse de desespero. – Eu vi você, eu vi... – Ele disse com os olhos marejando-se, entre uma fungada e outra, e havia tanta  preocupação naquele olhar, tanta ternura, e numa intensidade imensurável de amor, que Sakura se sentiu comovida, e apenas o abraçou.

— Está tudo bem, Lee. – A garota disse abraçando-o para alegria do garoto que adorou senti-la daquele jeito e com aquele cheirinho gostoso que somente ela tinha.

O criminoso ali jazido, até tentou se levantar, mas irritada, Sakura o chutou para longe, porque ele estava estragado seu momento com o seu adorável sobrancelhudo.

Furioso, o sujeito até tentou inutilmente se levantar, porque se deparou com um sujeito pálido de cabelos negros, com sangue em seus olhos dourados, por ele não só ter fugido de sua ilustre pessoa, como se atrevido a voltar e tentar estragar o romance de sua testinha.

— Sakura-chan... Sakura-chan... É... É... – Ele fungou e apertou a garota com tanta força que ela chegou a gemer um pouquinho de dor. – VOCÊ MESMO?

Ele perguntou com os olhos marejados, apavorado pela mais remota ideia de perde-lo.

Foi quando um impulso poderoso, tomou conta de Sakura que teve que ficar na ponta dos pés, para conseguir enfim, beijá-lo.

A jovem grudou seus lábios nos de Lee, que ficou ali estático sem acreditar no que tinha acontecido.

Por um momento a garota achou que ele não tinha gostado de seus lábios, mas a verdade é que era tanta felicidade que ele não estava conseguindo lidar.

Era como se seu coração fosse parar naquele instante.

 — Acho que já posso ir para o céu.

Ele disse se deixando cair para trás, puxando a garota junto que por um momento se assustou, mas logo riu como há muito tempo não sorria, ao mesmo tempo que acariciava o rosto do Lee, pensando que ainda não o amava, mas aquela sementinha em seu peito lhe fazia muito bem, e poderia se tornar algo belo, se ela desse uma chance.

— Obrigada por gostar de mim. – Sakura disse com sinceridade.

E, ele entrelaçou suas mãos na de Sakura, antes de aproximar seu rosto cheio de receoso do seu, mas Sakura não hesitou e o deixou beijá-la.

Fazendo-o descobrir assim o gosto de seus lábios.

Ambos se enroscaram mais no chão, se deixando levar pelo frenesi do contato, mas antes que as coisas ficassem “profundas” demais Orochimaru deu um jeito de separá-los, arremessando um galho na direção oposta, de modo a fazer aqueles dois cabeça ocas enamorados, que querendo ou não estavam em missão.

Então, depois de tocar um sorriso cumplice, e mais uma porção de olhares de cumplicidade, eles pegaram a flor e a selaram em um pergaminho, e de mãos dadas se prepararam para voltar para casa, determinados a não se separar tão cedo.

Já Orochimaru só pensava em sua recompensa, mas isso é história para uma outra one-shot.


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