Você se aproxima de mim de uma forma tão delicada, de um jeito tão aparentemente inocente.

Me mostrando que eu não devo ficar com medo da sua presença, da sua aproximação.

De um modo suave, diz: Deixe que eu me aproxime de você. Não pedindo permissão, esperando uma resposta. Mas avisando indiretamente de antemão, que irá se aproximar. E é exatamente o que você faz.

Perto o suficiente para estender a sua mão para mim. O que você quer de mim? Eu lhe pergunto.

Apoie sua mão na minha, para uma dança, que irá explicar, trazendo as respostas que você tanto almejava, desejava em descobrir. É o que ele diz, me assegurando de algo que eu sempre quis descobrir.

Exitante, porém decidida, apoio minha mão na sua e quando percebo estamos dançando, sem se quer haver alguma melodia.

Lhe questiono cadê a música e a respostas que eu tanto almejava. E me diz, que devo apenas fechar os meus olhos.

E quando faço, ele diz como um sopro em meu ouvido, dizendo que:

Essa escuridão é a resposta para todas as suas dúvidas, e o silêncio dela, é o que vai te embalar, como uma canção de ninar, mas que nunca terminará e você dela não sairá.

Abro os meus olhos, e invadida pela escuridão e sem mais ninguém, é o que eu sinto e agora vejo em minha volta.