About time escrita por Débora Martins, xulia


Capítulo 1
Parte 1


Notas iniciais do capítulo

POV: Bill Weasley



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Ser gerente de um banco definitivamente não se encaixa entre os melhores trabalhos do mundo, mas sempre foi algo que eu gostava de fazer. Claro que é extremamente estressante e eu tenho vontade de pedir demissão aproximadamente 3 vezes por semana, mas no fundo eu gosto. O Gringots é um bom banco, os horários são flexíveis e eu tenho bons benefícios como um ótimo plano dental para garantir meu sorriso impecável que desvia os olhos dos clientes do meu brinco e meu cabelo grande. Sim, quem me vê fora do meu lugar de serviço raramente acredita que eu trabalho em um banco com roupa formal e todas essas coisas.

Por fim, trabalhar no Gringots era algo que eu realmente gostava, a menos quando tinhamos dias como esse. Esse dia em específico havia sido horroroso, meu chefe Grampo (eu sei que parece o nome de um Mafioso maligno, mas é só o sobrenome dele, seu primeiro nome é Guilherme) estava me pressionando com prazos que não faziam sentido e tudo que eu queria era que o dia acabasse. Já havia passado algumas horas encarando o relógio desejando o fim de tarde até que ele finalmente veio. E lá estava eu andando até o Três Vassouras depois de mandar mensagem para Tonks e Charlie implorando para tomarmos uma cerveja juntos. Talvez várias.

Assim que o gole de cerveja desceu gelado pela minha garganta eu já senti meu corpo mais leve. O Três Vassouras era definitivamente meu bar preferido e o happy hour com meu irmão e minha melhor amiga era uma tradição das sextas feiras (e das terças horrorosas como aquela). No fundo, eu precisava daquele momento para tirar tudo que estava sentindo para fora do meu sistema e meu Deus, ainda era terça-feira, não estávamos nem no meio da semana.

Mas como a minha - não tão sábia - tia-avó Muriel sempre me dizia: nada é tão bom que não possa piorar, então assim que abri a terceira cerveja percebi a três mesas de distância aqueles cabelos loiros que eu conhecia muito bem. 

O grande problema era que Fleur Delacour não se lembrava de mim. Pelo menos ela parecia extremamente feliz ao lado do homem que reconheci como seu colega de trabalho, Rogério Davies.

 

***

1 ano antes

Eu tinha uma teoria: a primeira coisa que todos deviam saber sobre Tonks é que ela era muito chata e insistente para alguém de um metro e meio e cabelos coloridos e quanto antes aceitássemos isso, melhor. 

Eu tentei me esquivar e adiar ir na exposição onde ela estava expondo dois quadros mas eu sabia que precisava apoiar minha melhor amiga, mesmo que eu não entendesse nem 1% de arte. 

Mesmo assim eu fui e tentei me interessar por tudo aquilo, apesar de ser muito chato. Até que um quadro em específico me chamou a atenção, se eu estreitasse bem os olhos e virasse levemente a cabeça para a esquerda eu tinha certeza que conseguia ver um coelho em cima de um tiranossauro rex laranja.

— Eu gosto muito como o contraste das cores quentes para as frias dão uma perspectiva contemporânea para esse quadro — só percebi que não estava sozinho quando ouvi uma voz doce com sotaque francês ao meu lado.

Parecia impossível que alguém usando um macacão era elegante, mas ela conseguia, mesmo de saltos altos ainda era muito mais baixa que ele. 

— Você também consegue ver o t-rex quando faz assim? — respondi desnorteado a primeira coisa que me veio a cabeça tombando a cabeça para o lado esquerdo.

Je ne crois pas! Que falta de respeito! Esse quadro é meu e é uma releitura da Pietà de Michelangelo!

E ela saiu batendo os pés e expressão carrancuda. 

— Droga — xinguei baixinho enquanto ela se afastava. 

Então tive uma ideia, eu só precisava de um lugar escuro e um pouco de privacidade. Tudo iria dar certo dessa vez. Fui em direção ao banheiro e entrei em uma cabine. Fechei os olhos e as mãos com força me concentrando inteiramente no momento em que estava admirando o quadro sozinho. 

O que acontece é que os homens da minha família tem um certo… dom. Ainda me lembro de quando fiz dezoito anos e ao invés de me dar as chaves de um carro, meu pai, Arthur, me chamou num canto afastado da festa e explicou tudo para mim. De uma só vez, como arrancar um band-aid. Assim que completam dezoito anos, os Weasley ganham a capacidade de voltar no tempo, obviamente que para lugares nos quais você já tenha estado e dos quais se lembre, por exemplo, não posso voltar no tempo para um dia na França pois nunca estive lá. E embora seja tentador a capacidade de voltar e mudar o passado, meu pai também sabiamente me alertou sobre os perigos de se mexer com o poderoso tempo. Por isso, eu só usava em algumas situações, como por exemplo, não estragar tudo sendo um grande imbecil que não entende nada de artes na frente da garota mais linda que eu já vi na vida.

 

***

 

“Deu certo”, pensei quando saí do banheiro. Caminhei calmamente até o quadro e voltei a inclinar a cabeça para o lado esquerdo enquanto observava o mesmo. “Definitivamente é um coelho em cima de um t-rex”. Olhei em volta e a mulher elegante estava conversando com um senhor que usava um chapéu engraçado no quadro ao lado. Olhei a inscrição do quadro e li o nome da pintora. Fleur Delacour. 

Quando ela se aproximou, não pensei duas vezes e apenas disse.

— Você não acha que esse quadro tem uma perspectiva de contemporaneidade por causa do contraste de cores quentes para as frias?

Ela sorriu e eu comemorei internamente, tinha dado certo!

— Eu digo a mesma coisa!

— Sou Bill, Bill Weasley — estendi a mão. 

— Fleur Delacour — respondeu a loira, apertando-se. Ela tinha mãos extremamente macias.

A Fleur Delacour? Esse quadro então é seu! Eu o adoro.

— Sério que você sabia? — ela me perguntou tombando a cabeça um pouco para o lado, sem deixar de sorrir. 

— Claro que sim, é uma bela releitura da obra de Michelangelo! — Seu sorriso aumentou, se é que era possível.

— Bill gostaria de tomar um café? Tem uma excelente cafeteria a duas quadras daqui?

— Eu adoraria.

 

***

 

— Então Fleur... — apoiei o braço na mesa e colocando a mão no queixo — Quando eu posso te ver novamente?

Ela se aproximou e colocou as duas mãos cobrindo meus olhos.

— Bem agora — respondeu sorrindo retirando suas mãos.

— Quer jantar comigo sábado a noite? — perguntei sorrindo, olhando-a nos olhos.

— Eu adoraria.

Fleur pegou dentro de sua bolsa um cartão de cor salmão e letras arredondadas me entregando. 

— Vou esperar que você me ligue.

— Eu com certeza vou. 

 

***

 

Era o dia do encontro e eu estava nervoso e estava prestes a entrar no banho para começar a me arrumar quando meu celular começou a tocar.

— Oi mamãe! — atendi alegre ao ler o nome no visor.

— Bill, querido. Você pode vir pra cá? — a voz dela era tensa e não tinha o mesmo tom alegre de sempre, fiquei preocupado no mesmo instante.

— Agora mamãe? O que aconteceu? 

— Ronald quebrou a perna e estamos com ele no hospital. Ele vai precisar operar o joelho. As crianças estão sozinhas, o Percy está viajando e não quero que fiquem sozinhas de noite. Não tem ninguém que possa ficar com elas.

Senti um frio na espinha.

— Estou indo agora mesmo, mamãe! 

Meus pais moravam em Southend-on-Sea, uma pequena cidade litorânea a 1 hora de Londres. Xinguei e amaldiçoei até a quinta geração de Rony por quebrar a perna bem naquele dia, mas peguei o carro e dirigi até A Toca mesmo assim. Família era sempre a prioridade.

— Quem quer pizza? — disse abrindo a casa dos meus pais. Ginny, a minha irmã caçula de 11 anos veio correndo e me abraçou.

— Estava com saudade.

— Eu estava aqui a duas semanas, sua doida — respondi me abaixando para abraçá-la.

— É muito tempo — ela choramingou. — Rony vai ficar bem? 

— Vai sim — toquei seu nariz — ele só vai precisar ficar no hospital um tempinho.

Fred e George também apareceram, mas ficou claro que apenas para pegar as caixas de pizza e levá-las para a cozinha. Ginny e eu os seguimos. 

— O que aconteceu com o Rony? — perguntei — Mamãe não explicou direito. 

— Ele foi andar de bicicleta com os amigos hoje depois do almoço — começou Fred. 

— Harry disse que um garoto o desafiou a descer a ladeira — continuou George.

— O problema é que papai tinha esquecido de consertar o freio da bicicleta do Rony — Fred continuava entre uma mordida e outra.

— Então ele não conseguiu parar. 

— E o Percy está viajando? Desde quando ele tem vida social? — perguntei notando a falta de um dos irmãos mais novos.

—  Ele está em Cambridge para as olimpíadas de física — Ginny respondeu

— Ah, está explicado então — meu telefone começou a tocar no bolso do casaco e assim que li o nome “Fleur” no visor, meu coração disparou. Não é possível que eu tinha esquecido completamente de ligar pra ela e avisá-la. — Alô — disse enquanto saia da cozinha e ia para um lugar mais tranquilo.

— Oi, Bill! Você não responde minhas mensagens a um tempão e eu estou meio que plantada te esperando na frente do restaurante a uns 20 minutos. Mon Dieu, pensei que era um cara legal e não que iria me dar um cano assim. 

— Fleur, mil perdões. Eu juro que eu devia ter te ligado, mas eu tive um imprevisto familiar e eu acabei esquecendo. Um dos meus irmãos mais novos quebrou a perna e precisa operar o joelho. Minha mãe me ligou e pediu para eu cuidar dos outros três porque ela e meu pai precisam ficar no hospital. Eu estava na estrada dirigindo e tão preocupado e esqueci de te ligar. O sinal também é tão ruim que provavelmente por isso não vi suas chamadas.

— Ele está bem? 

— Eu acho que sim. Eu acabei de chegar. Desculpe, Fleur. Podemos remarcar o jantar? — perguntei apreensivo.

— Vamos ver, Bill.

E ela desligou o telefone.

— Droga — xinguei — Ela não vai querer remarcar. 

Fui até o lavabo e fechei os olhos e me concentrei no momento em que tinha acordado naquele dia.  

 

***

 

Quando sai do lavabo o dia estava amanhecendo, o sol entrava pela janela da casa de meus pais e minha mãe se assustou quando me viu ali.

— Surpresa! — disse sorrindo.

— Bill, querido! Quando você chegou?

— Acabei de chegar, mamãe — dei-lhe um beijo na testa. 

— Estranho, você nunca vem cedo — ela me olhou com uma sobrancelha erguida.

— Nossa que interrogatório ein, dona Molly. Onde estão todos? 

— As crianças estão dormindo, seu pai está na garagem.

Sai apressado em direção a garagem.

— Não quer tomar café? — mamãe gritou.

— Depois!

 

Meu pai estava arrumando a caixa de ferramentas quando me viu.

— Bill! O que está fazendo aqui tão cedo?

— Por que estão todos chocados que eu acordo cedo? — perguntei rindo.

— Porque você nunca acorda cedo! O que te traz aqui? 

— Nada em especial, papai. O que está fazendo?

— Só arrumando as ferramentas. 

Comecei a andar pela garagem quando vi em um canto uma velha bicicleta laranja que um dia já foi minha.

— Não acredito que ela ainda existe — disse.

Meu pai olhou para o que eu estava apontando.

— Ah, sim. É uma ótima bicicleta. O Rony usa sempre.

— E está boa? Parece meio caída — perguntei mexendo no guidão e apertando os freios.

— Está sim.

— Pai o freio está meio solto, olha só — levei a bicicleta pra ele, mostrando o problema.

— Hum, está mesmo. Melhor eu ajeitar.

Ele rapidamente pegou algumas ferramentas e começou a mexer.

Sorri satisfeito. Se papai consertou a bicicleta, Rony não iria cair e quebrar o joelho então eu não iria perder meu encontro com Fleur. Tudo certo.



***

 

Cheguei 15 minutos antes do combinado para não correr o risco de nada dar errado. Voltei para Londres depois do almoço e ninguém me ligou para cuidar das crianças, então Rony não tinha quebrado a perna. Perfeito.

O restaurante era bem agradável, a atendente me levou até a mesa e eu aproveitei para pedir as entradas e uma garrafa de vinho tinto cabernet sauvignon. 

 

Ela usava um vestido branco, saltos altos e um sorriso cativante. Fleur Delacour era a mulher mais bonita do mundo.

— Boa noite — me levantei para cumprimentá-la e depositei um beijo em sua bochecha.

— Boa noite, Bill — ela respondeu sorrindo e se sentou.

O garçom chegou trazendo uma grande porção de camarão rosa. O sorriso de Fleur se desfez no ato.

— Alguma coisa errada? — perguntei receoso fazendo uma careta.

— Eu sou vegetariana…

— Ah, desculpe… Eu não sabia.

— Tudo bem, pelo menos temos vinho não é! — ela disse se servindo de uma taça, com um sorriso amarelo.

Pedi uma outra entrada que envolvia cogumelos e Fleur parecia mais feliz, mas quando os pratos principais chegaram estávamos os dois tão satisfeitos por termos cada um comido uma entrada inteira que a comida sobrou. 

E Fleur aparentemente não gostava de deixar comida no prato.

Ela também estava um pouquinho bêbada e soltava várias palavras em francês no meio das frases. 

— Então, Bill. Como é trabalhar no banco?

— Um pouco monótono. Exceto pelo setor jurídico, eu juro por Deus que eu nunca na minha vida conheci um advogado simpático, todos são um pé no saco.

Ce n'est pas possible… — ela disse em francês em um tom sarcástico e eu arqueei uma sobrancelha confuso, ela deu uma tossida sem graça — Meus pais são advogados.

— Desculpe? Com certeza são a exceção da regra.

— É, eu aposto que sim.

Ri sem graça e olhei para meu prato. Tudo estava dando errado. 

— E então, como é ser artista? — perguntei com receio, a expressão dela pareceu suavizar um pouco quando começou a falar encantada sobre seu trabalho. 

Estiquei a minha mão na intenção de segurar a dela e tentar tornar a noite em um momento agradável, mas acabei derrubando a taça de vinho que se espalhou por toda a mesa e pelo lindo vestido de Fleur.

Merda. Aquele não era meu dia de sorte.

Ela levantou assustada com uma expressão de raiva misturada com tristeza e foi em direção ao banheiro sem dizer uma única palavra.

Aproveitei a deixa e também fui ao banheiro. Entrei em uma cabine, fechei os olhos e apertei as mãos me concentrando inteiramente para o momento em que eu cheguei no restaurante.

 

***

 

Sai da cabine e olhei no relógio, eram 18h43. Havia funcionado. Fui em direção a mesa que sabia que era minha e pedi apenas uma água com gás. Sem entradas. Sem vinho tinto. 

Quando Fleur chegou eu prendi a respiração, ela sorria tranquilamente e estava exatamente da mesma maneira como me lembrava no começo do encontro, com vestido esvoaçante e mesmo de saltos altos era mais baixa que eu e me inclinei um pouco para cumprimentá-la. 

Sentei de frente para ela e sorri.

— Você está linda — disse simplesmente.

— Obrigada, Bill. Você também está — ela respondeu com aquele sotaque francês que era o som mais lindo que eu já havia ouvido.

Neste momento o garçom chegou e nos entregou os cardápios.

— Gostariam de pedir alguma bebida?

Eu olhei para ela esperando algum sinal e ela abriu o cardápio.

— Vamos decidir e te chamo, pode ser?

O garçom assentiu e se afastou. 

— Gosta de vinho branco? — ela me perguntou.

Imediatamente a cena onde ela se sujava inteira veio a minha cabeça e respirei um pouco aliviado, pelo menos vinho branco não manchava.

— Eu adoro — respondi sincero.

— Acho que podemos dividir uma garrafa então. E dividir uma entrada se não se importar com o fato de eu ser vegetariana?

— Não vejo problema algum nisso.

O ragu de cogumelos estava delicioso e depois ambos pedimos ravioles que estavam deliciosos. Fleur não parecia bêbada dessa vez e foi muito mais simpática — em parte porque eu não tinha feito nenhum comentário idiota como por exemplo ofender a profissão dos pais dela. 

Ela me contou que veio de Paris a dois anos para tentar a sorte em ser artista e que tinha se dado muito bem, a exposição que eu a conheci já era sua terceira o que é um ótimo número para quem estava apenas começando.

— Você é muito talentosa — admiti — Tenho certeza que será muito bem-sucedida. 

E era verdade, eu não entendia nada de artes e a verdade é que a minha primeira impressão a respeito do quadro dela era um dinossauro, mas eu havia feito algumas pesquisas e os os outros quadros dela realmente eram lindos.

— Obrigada, William — ela respondeu, com aquele sotaque doce e tombou a cabeça para o lado, apoiando-a no ombro.

Peguei cuidadosamente a taça de vinho dela e coloquei para o outro lado da mesa, então estendi a minha mão e coloquei sobre a dela.

— Fiquei muito feliz que você aceitou meu convite.

— Eu fiquei muito feliz de você que você me convidou.

Nesse momento o garçom chegou e nos trouxe a sobremesa, um mil folhas com creme patissiere, que Fleur torceu um pouco o nariz logo na primeira garfada.

— Não gostou? — perguntei.

— Gostei, mas vocês ingleses não sabem muito como fazer sobremesas francesas de verdade.

— Ah é? — ri presunçoso.

— Sim, a massa podia ser um pouco mais crocante.

— Você está comendo tudo muito rápido para quem não gosta das nossas sobremesas, Delacour.

Ela gargalhou.

— Não falei que não gosto… só que poderiam ser um pouco melhores.

 

***

 

Eu havia acabado de estacionar o carro em frente ao apartamento de Fleur e sentia meu coração errar uma batida. Ela soltou o cinto de segurança e se virou para mim.

— Eu adorei a noite, Bill. Obrigada — notei quando ela colocou o cabelo atrás da orelha, mordeu levemente os lábios e olhou para o próprio colo, como se estivesse com vergonha.

— Foi uma das melhores noites que tive nos últimos tempos — admiti e também soltei meu cinto de segurança, me ajeitando um pouco no banco e me virei para ela. 

— Obrigada pela carona também, realmente não precisava.

— E perder a oportunidade de passar mais algum tempo com você? — perguntei baixinho e me aproximei um pouco, segurando levemente seu queixo e levantando-o um pouco para que ela olhasse em minha direção.

— Podemos aproveitar mais alguns minutos então — ela sorriu e respondeu em quase um sussurro.

Dessa vez não teria erro, eu não precisaria fechar os olhos e voltar no tempo, aquele era exatamente o momento em que eu queria estar. Meu coração batia tão rápido que eu tinha medo de que Fleur conseguisse ouvi-lo. 

Me aproximei um pouco mais e juntei calmamente nossos lábios, os lábios dela tinham o gosto da baunilha presente na sobremesa que dividimos. Me afastei um milímetro e comecei a sorrir, quando a olhei nos olhos também percebi que ela sorria e então a beijei novamente, dessa vez com maior intensidade. 

 


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