Substantivo Feminino escrita por Siaht


Capítulo 1
Substantivo Feminino


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas lindas!!!
Tudo bem com vocês?
Aqui estou mais uma vez, postando mais uma fanfic para o Pride Month. Novamente, quero agradecer pelo convite e indicar que leiam todas as histórias maravilhosas desse projeto e o sigam nas redes sociais (@pridemonthffs e https://pridemonthfanfics.tumblr.com/).
Tive a ideia para essa fanfic há alguns meses, após ver essa fanart (encurtador.com.br/amSU6), e finalmente resolvi colocá-la no papel.
Espero que gostem! ♥



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{substantivo feminino}

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feminino

(adj.) relativo a ou próprio de mulher

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A garota entrou no dormitório como um furacão. Uma enviada de Euro, assumindo a forma de uma tempestade violenta e destruindo tudo em seu caminho. O rosto rubro pela ira, os olhos castanhos faiscando em ódio. Os dedos das mãos brancos, pela força que usava ao segurar a vassoura. O uniforme de Quadribol imundo. Olivia Wood parecia prestes a assassinar alguém.

Peggy Weasley tirou os olhos do livro de transfiguração, assim que ouviu a porta se abrindo com força. Em qualquer outro dia se queixaria das botas enlameadas da colega de quarto, mas não naquela quinta-feira. O olhar no rosto da outra menina deixava claro que não era uma boa ideia contrariá-la. Olivia Wood tinha tendência a explosões temperamentais. Peggy já estava acostumada.

— Você está bem? — a Weasley questionou, enquanto ajeitava os óculos que começavam a deslizar pelo seu nariz longo e sardento.

— Eles não me escutam! — Liv esbravejou, jogando a vassoura em um canto do quarto. Um gesto de que, Peggy estava convicta, ela logo se arrependeria — Eu sou a porra da capitã, mas ninguém me escuta. Não de verdade. Eles acham que eu estou exagerando. Todo mundo sempre acha que eu estou exagerando e que pode questionar a minha autoridade. Ninguém nunca questionava a autoridade do seu irmão.

Peggy suspirou. Charlie, o irmão em questão, havia sido capitão do time de Quadribol da Grifinória antes de Olivia e, mesmo dois anos após sua formatura, ainda era lembrado com devoção e saudosismo. Era quase um consenso que, tanto como capitão quanto como ser humano, o rapaz era infinitamente mais agradável e “fácil” do que a Wood. A Weasley, que também não era a pessoa mais agradável ou "fácil" do mundo, se solidarizava com a menina.

Talvez fosse aquilo, mais do que o fato de dividirem um dormitório, que as tivesse feito amigas, para começo de conversa. As duas, afinal, não tinham muito em comum. Olivia era aficionada por Quadribol, por atividades ao ar livre e por festas. Era extrovertida, impulsiva, dramática. Peggy, por sua vez, era uma grande cdf, uma monitora amante de livros e normas. Introvertida, calculista, racional. De uma forma ou de outra, ambas eram párias sociais. Figuras não quistas. Duas desajustadas que tinham adjetivos como “insuportáveis”, “obcecadas” e “histéricas” constantemente associados aos seus nomes.

Talvez tudo fosse mais fácil, se elas vivessem em outro mundo. Ainda assim, gostando ou não, as duas viviam naquele mundo. Um mundo de homens. Um mundo no qual mulheres deveriam ser dóceis, comportadas e delicadas. Humildes, castas e belas. Enfeites encantadores, sem opiniões altas, conhecimento exagerado ou línguas afiadas. Competitividade, liderança e ambição não eram traços femininos e qualquer garota que ousasse clamá-los para si seria queimada.

Peggy, entretanto, fora forjada por aço e fel. Não havia dentro dela espaço para sorrisos ou doçura. Ela era mais inteligente do que todos que conhecia e iria deixar isso claro sempre que possível. Era pura arrogância, dedicação, confiança e anseio. Queria, queria e queria. E faria qualquer coisa para conseguir o que desejava. Já Olivia fora feita de suor, sangue e berros em um campo de Quadribol. Era mente e corpo ágil, espírito de liderança, paixão desesperada, insubmissão. Uma vontade de vencer que gritava através de cada poro de seu corpo. Então, não, elas não eram belas ou aprazíeis. Eram as mulheres desviantes, desvairadas, desagradáveis. E se queimassem, queimariam juntas.

— Bom, todos eles são idiotas que têm o mesmo nível de inteligência de macacos amestrados. Você é a melhor jogadora que esse time mequetrefe já viu. E a capitã com mais potencial também. — Peggy ofereceu, acreditando fielmente em cada uma de suas palavras. Liv era excepcional — O Charlie era bom, mas, digo com propriedade, que falta ao meu irmão a raiva e o desejo necessários para lutar pela vitória. E se as amebas desse time não conseguem ver isso, então eles podem ir se foder.

— Você acabou de falar um palavrão? — a colega de quarto perguntou espantada.

— Sim, você é uma péssima influência para mim, Wood. — Peggy afirmou, dando de ombros e logo as duas estavam gargalhando. Boa parte da raiva de Olivia se dissolvendo no som.

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Olivia Wood gostava de pensar em si mesma como uma garota determinada. Alguém que sabia exatamente o que queria e que faria tudo em seu alcance para atingir esse objetivo. A maioria das pessoas, no entanto, a chamaria de obcecada. Ou de coisas bem menos simpáticas. A maioria das pessoas, é claro, não gostava dela.

Aos 16 anos, a menina já havia se acostumado com sua baixa popularidade. Sua mãe, que parecia ter bem mais problemas para lidar com a falta de habilidade social da filha, entretanto, estava sempre lhe dizendo que seu problema era ter uma presença muito agressiva. Que Liv era muito teimosa, muito orgulhosa, muito sincera, muito firme em suas ideias. Que deveria ser mais flexível, mais calada, mais simpática, mais doce. Em outras palavras, menos ela mesma.

Havia momentos em que Olivia tinha certeza que a mãe mudaria tudo a seu respeito, se pudesse. Sabia que a matriarca a amava, contudo, achava que a mulher não gostava dela. Amar e gostar eram coisas diferentes, afinal, e era uma diferença que importava. A adolescente não acreditava que fosse algo intencional ou feito para machucá-la, Agnes Wood era apenas um tipo diferente de mulher. Uma mulher que se encaixava. Com seus cabelos loiros, seus olhos azuis, seu rosto bem maquiado, seu corpo magro, seu colar de pérolas, seus vestidos em tons pasteis, sua personalidade amável.

Agnes existia de forma perfeita e pacífica dentro do universo cor-de-rosa da feminilidade. Olivia a admirava. Apesar disso, a menina – alta demais, musculosa demais, com cabelos curtos demais e opiniões demais – travava batalhas épicas apenas para conseguir existir dentro do "feminino" e se sentia sufocar lentamente dentro daqueles rótulos. Não cabia nos padrões que foram feitos para aprisionar mulheres, como passarinhos em gaiolas bonitas. Seu sonho sempre fora voar.

Liv não se lembrava de um momento de sua vida em que não amasse voar e não amasse Quadribol. Seu pai a ensinara a jogar, quando finalmente perdera as esperanças de ter um filho homem, e ela, que sempre teve muita energia e pouca paciência para bonecas, se agarrara ao esporte como se sua vida dependesse disso. Talvez dependesse, porque a jovem só sentia realmente viva e feliz quando estava jogando. Seu sonho era ser uma jogadora profissional. Uma goleira. Um sonho que muitas pessoas não pareciam levar a sério.

O Quadribol era um esporte inclusivo há algum tempo e as Harpias de Holyhead estavam ali para provar que mulheres podiam jogar tão bem – ou até melhor – do que homens. Ainda assim, aquele permanecia um espaço dominado pelo masculino. Um time feminino e a presença de uma ou outra garota nos inúmeros outros times – que permaneciam tendo equipes formadas predominantemente por rapazes – não iriam conseguir mudar sozinhas toda uma mentalidade arcaica, preconceituosa e ilógica que vinha de séculos atrás. Para muitas pessoas, a mãe dela inclusa, meninas não tinham que se meter em esportes violentos e não deviam aspirar passar o resto de seus dias agarrando balaços.

Sendo assim, Olivia tinha certeza de que não podia ser apenas boa no que fazia. Para ter ao menos uma chance de se tornar profissional, tinha que ser a melhor. E, se um dia conseguisse chegar a um time da primeira divisão, teria que ser perfeita. Nenhuma falha lhe seria permitida, porque não seria uma falha apenas dela, mas uma falha de todas as mulheres que já existiram ou viriam a existir. Individualidade era algo para homens brancos e cis, mulheres estavam destinada a existir no plural, entrelaçadas por seu gênero.  

Talvez por isso, Olivia Wood sentisse tanta raiva. Talvez por isso passasse seus dias querendo gritar, querendo provar ao mundo inteiro que estavam errados. Talvez por isso quisesse tanto vencer. Procurava na vitória algum tipo de respeito e validação.

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A porta do quarto se fechou suavemente. De uma forma tão sutil que, não fosse pela menina ruiva apoiada contra ela, Olivia não teria sequer percebido que algo acontecera. Peggy era sempre silenciosa, soturna, quieta. Pelo menos, em seu exterior. A Wood sabia que a mente da amiga era uma verdadeira zona de guerra, na qual o caos reinava, os ruídos explodiam e não havia descanso.

— Você está bem? — questionou preocupada, vendo o rosto pálido da Weasley e a forma como ela mal se mexia, como se um único passo fosse capaz de fazê-la desmoronar. — Peggy?

— O Peter terminou comigo. — a menina disse em um sussurro soluçado. Lágrimas brilharam atrás das lentes de seus óculos.

— O que aconteceu? — Liv perguntou, enquanto trazia a ruiva para se sentar em sua cama.

— Ele disse que eu sou demais. Não no sentido positivo. Em excesso. Que não suportava a minha mania de ter que ser sempre a melhor e vencê-lo em tudo. Eu disse que não estava tentando vencê-lo. Então, ele disse que sou absurdamente desagradável e seca. E foi isso. — Peggy contou tudo de forma calma e etérea, como se mal estivesse presente em seu próprio corpo, mas uma lágrima solitária lhe escorreu pelo rosto.

Peter Clearwater era um homem morto. Olivia iria matá-lo. Iria matá-lo de forma lenta e dolorosa. Aquele rascunho de nerd nunca merecera uma garota tão incrível quanto a Weasley e agora iria pagar por ter ousado magoá-la.

— Filho da puta! Você sabe qual é o problema, não é? O problema é que esse diabrete medíocre e mesquinho se sente intimidado pelo fato de você ser muito mais inteligente do que ele. O desgraçado quer te diminuir por isso. Mas não vai conseguir, porque eu acabo com a vida daquele trasgo antes disso.

Peggy a olhou com os olhos azuis cintilando.

— Você não precisa ficar tão irritada por algo que nem aconteceu com você.

— Mas aconteceu com você. O que pra mim é a mesma coisa. Nós somos uma dupla, Peggy. Nós duas contra o mundo, se lembra?

— Melhores amigas para sempre. — a ruiva sorriu. Liv se forçou a sorrir também, evitando dizer que queria ser muito mais do que amiga da Weasley.

Olivia Wood não saberia dizer o momento exato em que percebera que gostava de garotas. Não acontecera de um dia para o outro, como se uma lâmpada houvesse se acendido em sua cabeça e uma epifania a consumisse. Fora algo gradual, mas que, ao mesmo tempo, ela sempre soubera. De uma forma ou de outra, em algum ponto ficara bastante claro para a moça que ela gostava de garotas. Apenas garotas. E, de repente, de Peggy. Apenas de Peggy.

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Peggy Weasley sabia que não era uma pessoa fácil. Era impossível não saber quando isso lhe fora dito tantas vezes. Era resmungona, mandona, cética e extremamente ambiciosa. Passava a maior parte do seu tempo se dedicando aos estudos e a qualquer coisa que fosse lhe possibilitar alcançar uma carreira de sucesso no Ministério da Magia.

A menina tinha grandes planos, grandes sonhos, grandes desejos. Ansiando, ansiando, ansiando. Era assim desde a infância, talvez por ter crescido com tantas coisas lhe sendo negadas, devido à condição financeira dos Weasley. Não entenda mal, Peggy amava sua família, ainda assim, havia uma parte dela que se ressentia da falta de racionalidade de seus pais. Ter sete filhos, quando não se tinha dinheiro suficiente para isso, era uma completa loucura. Uma irresponsabilidade.

Além disso, era difícil crescer com tantos irmãos, disputando atenção, conquistas, prioridades. Ser a única garota entre seis rapazes não tornava a situação mais fácil. Pelo contrário. Eles eram “garotos” demais. Falastrões, desordeiros, barulhentos, dotados de privilégios que ela não possuía – como não precisar ajudar na cozinha ou a fazer suéteres de natal – e de muito mais liberdade para fazerem o que quisessem e irem aonde bem entendessem. Os seis também tinham a irritante mania de tentar protegê-la, mesmo que ela fosse mais velha do que quatro deles, de tratá-la como uma coisinha frágil que iria quebrar a qualquer momento ou como alguém que lhes devesse satisfação de seus atos. Quase surtaram quando a irmã começara a namorar Peter, como se a menina fosse propriedade deles ou coisa parecida. Era indignante e bastante incômodo também.

Logo, havia momento em que a ruiva olhava para sua família e desejava fugir. Sair correndo e não olhar para trás, se escondendo em algum lugar quieto, deserto e silencioso. Algum lugar em que pudesse ouvir os próprios pensamentos e não apenas barulho. Algum lugar em que pudesse estudar em paz. Talvez aquilo fizesse dela uma pessoa egoísta e ruim. Talvez a garota não visse problemas em ser uma pessoa egoísta e ruim.

No entanto, ficava pior. Havia momentos em que Peggy olhava para a mãe e, por mais que amasse acima de qualquer coisa, sentia um certo desespero. Uma certeza estranha de estar vendo o reflexo de tudo o que não queria ser – esposa, mãe, dona de casa –, mas de tudo o que as pessoas esperavam que se tornasse. Havia um valor óbvio e gigantesco em tudo o que Molly Weasley era, aquele apenas não era o destino que a adolescente queria para si mesma.

Se dependesse da matriarca, contudo, tudo o que a filha faria seria encontrar um bom homem e construir uma família com ele. A mãe certamente ficaria arrasada ao descobrir sobre o término. Ela gostava de Peter, o achava um rapaz inteligente, gentil e decente. O problema era que Peggy não gostava tanto assim do garoto (que definitivamente não era gentil ou decente). 

A menina acreditara de verdade que estava apaixonada, quando aceitara namorar com ele. Com o tempo, entretanto, acabara percebendo que o que sentia era uma espécie de admiração por alguém que considerava seu semelhante em um nível intelectual. E nada mais.

Além disso, o monitor da Corvinal parecia interessado nela. Parecia gostar de sua personalidade e achá-la bonita. Aquilo não acontecia com muita frequência quando se era uma moça alta demais, magra demais, com quase nenhum peito e conhecida como uma sabe-tudo arrogante e sem senso de humor. E, por mais que a garota odiasse admitir, uma parte dela se sentira grata a ele. Como se lhe devesse alguma coisa apenas por ele gostar dela.

Com o passar dos meses, isso foi se perdendo. Os dois não formavam um bom casal. A Weasley havia ficado magoada com a forma como ele terminara com ela, é claro, mas muito mais porque o garoto atingira seus pontos fracos, e fora deliberadamente cruel, do que por qualquer sentimento de amor ou afeto. Ela não gostava de Peter Clearwater. Se fosse honesta consigo mesma, admitiria que sequer gostava de garotos. E não sabia como deveria se sentir sobre isso. 

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— Você está bem? — Peggy perguntou, entrando no vestiário quase vazio. Olivia era a única pessoa que ainda estava ali, sentada sozinha em um dos bancos, muitas horas após o jogo, parecendo desolada.

— Não. — a menina admitiu, enquanto a amiga se sentava ao seu lado.

Olivia Wood detestava perder. Era competitiva desde criança e cada derrota era encarada como um punhal sendo enfiado em sua alma e a rasgando com a sensação do fracasso. Ainda assim, perder para a Sonserina era sempre pior. Para além de uma rivalidade secular entre as duas casas, havia o fator Marcus Flint. O otário misógino que estaria certamente gritando aos quatro ventos que a Grifinória jamais teria chances, enquanto tivesse uma mulher como capitã.

— Se você quiser, eu lanço um feitiço no Flint que vai fazer a língua dele cair. — a ruiva sugeriu como se pudesse ler a mente da goleira.

Liv riu. Peggy sempre a fazia rir. Era uma das coisas que gostava sobre ela, mas não a única. Gostava de como ela era determinada, confiante, ambiciosa, absurdamente inteligente. Gostava de como a amiga não pedia desculpas por nada disso. Gostava dos cachos ruivos, das sardas, dos olhos azuis, dos óculos. Gostava de tudo sobre ela.

— Não me tente com suas propostas indecorosas, Weasley.

Peggy riu.

— Você soca os idiotas e os amaldiçoo e, assim, nós vamos dominar o mundo, Wood.

— Eu gosto muito de como você pensa.

As duas riram novamente. Não eram o tipo de pessoa que ria com frequência. A menos, é claro, que estivessem juntas. 

— Sinto muito pelo jogo. De verdade. — a monitora disse, entrelaçando as mãos às mãos da amiga. Ela não se importava com Quadribol, mas se importava com Olivia. E sempre admiraria o esforço, a força e a paixão que a menina dedicava ao esporte. Sempre admiraria o orgulho com o qual ela vestia seu uniforme, aquele misto de graça e brutalidade com o qual se movia em campo, a torrente de palavrões que soltava quando se irritava com outro jogador. Acima de tudo, admirava como Liv era boa no que fazia, sabia que era boa no que fazia e jamais se desculparia por isso. Era uma escolha poderosa em um mundo no qual mulheres pareciam precisar se desculpar apenas por existir.  

— Obrigada por estar aqui e por ter vindo ver se eu estava bem.

Ei, nós somos uma dupla, Liv. Nós duas contra o mundo, se lembra?

— Melhores amigas para sempre.

Peggy sorriu, mas sentiu algo se agitar dentro dela. Uma espécie de estalo lhe atingindo com força e a fazendo perceber, pela primeira vez, que queria ser mais do que a melhor amiga de Olivia Wood. Elas eram uma boa dupla, afinal, e estavam destinadas a dominar o mundo. Duas rainhas reinando juntas. Fazia todo sentido, portanto, que fossem mais do que amigas.Talvez sempre houvessem sido mais do que amigas e ela, que se julgava tão inteligente, apenas não houvesse notado antes.

— O que foi? — Olivia questionou, estranhando o silêncio repentino. 

— Acho que tive uma epifania.

— Uma epifania boa, eu espero.

— Ah, Liv, uma epifania gloriosa!

E então Olivia riu. Peggy sempre a fazia rir. 


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Notas finais do capítulo

Acho que esse final acabou funcionando melhor na minha cabeça do que no papel. Queria alguma coisa bonitinha e deixasse possibilidades abertas, mas acabei não ficando muito satisfeita.
Sobre as personagens: tentei me manter fiel às personalidades do Percy e do Oliver, pensando em como essas personalidades não seriam tão bem aceitas se eles fossem mulheres. Eu sei que elas realmente não ficaram as pessoas mais agradáveis do mundo e que têm vários defeitos, principalmente a Peggy (todas as versões femininas do nome Percy são muito feias e eu escrevi em isso em uma fase muito obcecada por Hamilton, rs), mas era essa mesma a intenção.
De qualquer forma, espero que tenham gostado! ♥
Beijinhos,
Thaís



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