Fireproof escrita por moreutz


Capítulo 1
Capítulo único




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— Jogue logo essa bola, Potter! - Gina Weasley gritava do outro lado do campo para o namorado que estava com uma bola de futebol no pé. 

— Potter? Jura, Gina? Achei que tínhamos conversado sobre ficar brava comigo quando jogamos! - Harry colocava as mãos na cintura, sabia que a demora deixava a ruiva mais ansiosa e não podia perder a oportunidade.

— Estou há um passo de ir aí te dar uma rasteira, você insistiu pra jogar esse jogo trouxa então  JOGUE!

— Certo! - Ele sabia que a parte da rasteira não deveria ser mentira, conhecia Gina há bastante tempo para reconhecer o perigo à sua frente.

Harry começou a percorrer o campo chutando a bola para frente para tentar marcar um gol no aro de madeira que haviam feito. Fora demorado ensinar futebol para a Weasley, mas ela aprendeu e mesmo que fale que não goste, é ela quem chama Harry para jogar todo sábado a tarde. 

Quando o garoto estava chegando perto, ela roubou a bola e, de quebra, conseguiu dar uma rasteira nele, que caiu de costas no chão: 

— Eu avisei que estava há um passo de te dar uma rasteira! - Ela gritava enquanto avançava com a bola. 

— OK MAS PORQUE?!

— GOL! - Gina esticou os braços e saiu correndo pelo gramado até chegar no namorado, que estava se levantando e dar um abraço nele, o que acabou derrubando ambos novamente na grama.

— Te perdoo apenas por esse abraço.

— Você é muito fácil de se convencer, Harry Potter!

— Por você, talvez…

Os dois se deitaram um ao lado do outro olhando para o céu, que começava a escurecer. Era época de lua cheia, e logo mais já seria 2002. Haviam se passado quatro anos desde que tudo acabara, e os dois ainda pensavam muito sobre aquilo.

Tinham perdido muitas pessoas importantes para si ao longo dos anos que culminaram na grande Batalha de Hogwarts, e perderam mais ainda durante a Batalha. 

Por mais que o resultado tenha sido compensador, a dor que sentiam não diminuíra, e talvez nunca diminuísse. 

— Falou com Teddy ontem? - Gina quebrou o silêncio.

— Sim, Andy disse que ele não para mais de falar e disse que quer vir passar um tempo comigo. - Harry dera um sorriso. Teddy era uma das coisas mais importantes para ele e uma grande parte da família que estava em seu coração sempre. Todo o tempo. 

— Por Merlin! Mamãe vai engordar esse garoto se ela o ver! 

— Ele me perguntou sobre os pais. - A voz de Harry ficou insegura. Tonks e Remus o deixara como padrinho de uma criança e logo após foram embora, lutando, juntos, pelo futuro dessa mesma criança que hoje em dia conseguia trocar a cor do cabelo em tons que a mãe dele ficaria orgulhosa. 

— E o que você disse? - Gina não o olhou, mas pegou sua mão, sabia como se sentia.

— Que eles estavam com ele todo o tempo, assim como os meus pais estavam, e que quando ele viesse contaria histórias sobre eles. 

— Aposto que ele adorou!

— Ele deu um grito de ‘’EBA!’’ no telefone que quase me deixou surdo então, sim, ele deve ter gostado. 

Gina olhou para Harry e pensou em como o garoto e ela estavam junto já quase dois anos. Quando a batalha acabara, dois dias depois, Harry apareceu na porta de casa pedindo para vê-lá, e, quando apareceu, o garoto correu para dar um beijo nela, como quando ganhara a partida de quadribol em frente a todos, e Gina soube o que aquilo significava. 

Depois daquilo eles costumavam ter e dar o apoio no que quer que seja, e mesmo quando Gina voltou para terminar os estudos - coisa que George jurava que não precisava - Harry mandava cartas quase todos os dias contando as coisas e como iam as modificações e entrevistas que estava dando. Gina o chamava de famoso metido. 

Mesmo que não admitisse com tanta frequência, sentia a pequena GIna de 11 anos surtando dentro de si por estar tocando Harry Potter, e beijando Harry Potter, e dormindo com Harry Potter, obviamente. 

Senti-lo era como tocar no fogo, pois toda a sua pele queimava, mas não a machucava, como se fosse à prova de fogo. E Harry a tirara tantas vezes da tristeza, de se afundar em seus próprios pensamentos que nem sabia se ele tinha conhecimento de tamanha força. 

Ele pode ter sido O Eleito, lutado contra Voldemort diversas vezes, morrido e voltado, mas Harry Potter não era admirado por ela por conta dessas diversas coisas heroicas. Ia além disso. 

Gina o admirava pela forma que sempre tratou todos com gentileza, por como a cumprimentava e conversava com ela, como a salvou com 12 anos e não a julgou como muitos fizeram. Ela o admirava pelo profundo amor que sentia por todos que merecessem uma chance e, mesmo que ela não fosse assim tão boa, Harry estava disposto a entender e compreender aquela pessoa. 

Os feitos que faziam Gina Weasley se apaixonar cada dia mais por Harr Potter iam além das manchetes dos jornais ou das coisas personalizadas do grande herói. Era o simples fato de ele a abraçar quando a via chorando por lembrar de Fred, ou como quando ela acordava de um pesadelo que envolvia algum deles morrendo ou Voldemort voltando. 

A ruiva sabia que o namorado não tinha a mínima ideia da força que tinha, e isso a fazia amá-lo mais. 

— No que está pensando? - Harry a despertou dos pensamentos.

— Em nada. 

— Vou fingir que não te vi quase babar por mim segundos atrás…

— Isso é uma grande mentira, Potter, eu nunca babaria por você!

— Preciso te lembrar dos seus 12 anos, Weasley? 

— COMO SE ATREVE? - Gina dá um tapa no braço do garoto. 

— AI!

Ficaram algum tempo em silêncio até que Harry falou novamente:

— Como posso fazer um pedido certo se sou agredido dessa maneira? 

— Que? - Gina tentou raciocinar.

— Pedido. - Harry foi se levantou em posição para se ajoelhar e pegando uma caixa do bolso. 

— Não… - Gina o acompanhou em tamanha surpresa, sem saber se chorava ou se ria. 

— Ginervra…

— Ginervra? Jura? Vai começar errado? - Ela revirou os olhos o que fez o garoto dar uma risada.

— Posso continuar? 

— Pode…

— Ginervra Weasley, em toda a minha vida me perguntei que eu era, até que Hogwarts finalmente se mostrou o meu lar. Mas como nem tudo é para sempre, e, embora eu sempre a considere minha casa, eu fui embora após anos ali vividos, memórias guardadas e risos e choros. E ali mesmo eu conheci a pessoa que, na época, não sabia que seria a minha parceira para uma longa vida. - Harry tomou fôlego para continuar, vendo que Gina já estava com os olhos marejados - Passamos por muita coisa juntos, e ainda iremos passar por mais, que eu espero que sejam coisas mais tranquilas, certo?

— Tomara! - Gina riu. 

— Então, Gina Weasley, eu peço aqui, em meio a esse gramado, com esse céu em cima de nós, para que você aceite ser minha companheira em mais coisas por essa vida, até o tempo que formos. Aceita?

— SIM SIM SIM SIM SIM SIM - Gina pulara no, agora noivo, e o abraçara. 

— Então, é um sim? - Harry falou, e recebeu um tapa na cabeça logo após. 

(...)

O almoço no dia seguinte na casa dos Weasleys fora de comemoração, com Molly chorando, Arthur sorridente e Ron perguntando 

— Então você e minha irmã são algo sério, né? 

Mais tarde, quando tudo se acalmou, Harry encontrou a noiva na varanda de seu quarto. Ela costumava ir ali para pensar e refletir, e Harry costumava acompanhá-la em silêncio. 

— Mandei uma carta para Luna. - Gina disse. 

— Já respondeu?

— Sim, ela disse que aceita ser minha madrinha e que trará sementes de alguma coisa muito difícil de falar para limpar qualquer impureza do caminho. 

— Melhor assim. - Harry sorriu. 

— Queria que eles vissem tudo. 

— Eles quem?

— Todos. Fred, Lupin, Tonks, Sirius, Dobby, seus pais, até mesmo Dumbledore, sabe? 

— Eu sei, Gin… Mas, eu creio que eles vão ver, assim como virão tudo até agora. - Harry se aproximou dela e passou um dos braços em volta. 

— Não é a mesma coisa…

— Eu sei. 

E assim os dois ficaram por um tempo em que não conseguiram medir, pois caíram no sono e acordaram com o céu já escuro. Quando foram chamados por Rony que gritava para o jantar, Gina disse:

— Você sabe que os nomes dos nossos filhos serão todos ideias minhas, certo?

— É o que veremos, Ginervra...


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