Enfim, o amor (KibaHina) escrita por Nandah


Capítulo 1
Capítulo Único - Enfim, o amor


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos, tudo bem com vocês? Espero que vocês gostem e me desculpe se tiver qualquer erro de português. É minha primeira one do gênero. Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/793972/chapter/1

Já havia se passado 3 anos desde a quarta guerra ninja, qual havia deixado muita destruição e mortes por todos os lados. A destruição não havia sido apenas interna, havia destruído muitas pessoas por dentro também. Pessoas que perderam amigos, amores e parentes. E dentre essas estava Hinata Hyuuga, a herdeira do Clã Hyuuga, a princesa do Byakugan.

 

Ainda que já se passasse 3 longos anos ela ia quase todos os dias até o túmulo de seu primo, levava flores e conversava com ele, gostava de contar as coisas que estavam acontecendo, contar as aflições e o quanto doía a morte dele.

Passava horas ali, sentada, velando o tumulo de seu primo e às vezes, entre um devaneio e outro, ela podia jurar ouvir o som melodioso da risada dele.

No primeiro ano ela sofreu por Neji, se trancou no quarto e só saia para comer ou levar flores ao túmulo dele, não falava com ninguém e até se recusava a treinar. Os anciões de seu clã caíram em peso sobre seu pai, para que tirasse ela do quarto e a fizesse se posicionar em frente ao Clã, afinal uma líder não poderia ser fraca.

Mas Hinata sabia que não importava o que ela fizesse, quantas guerras ganhasse ou quantas missões completasse, ela nunca seria o suficiente para eles e eles sempre a veriam como a filha mais velha fracassada de Hiashi. Mas felizmente, seu pai havia parado de lhe cobrar tanto, havia parado de a olhar como se fosse um fardo e ela agradecia aos céus por isso, por enfim receber o apoio dele.

E foi levando isso em consideração que ela se ergueu, saiu do seu quarto e percebeu que deveria focar em se tornar uma boa líder. Foi assim por meses, vivia cercada de livros e pergaminhos, quase nunca dormia, pois quando fazia tinha frequentes pesadelos e nos seus piores dias era apenas o rosto sanguentado de Neji que a perseguia. Naquele primeiro ano, por meses, ninguém fora do Clã a viu, nem mesmo seus amigos de time ou os outros, ela não recebia as visitas ou fazia questão de tê-las, e seus amigos, contragosto, deram um espaço para ela absorver melhor a morte do primo. Ela sempre saia as noites, bem tarde, quando tinha certeza que ninguém a veria e então ia novamente até o tumulo de Neji para finalmente poder chorar em paz.

E então no segundo ano não era mais a morte de Neji que a entristecia, mas sim o garoto Uzumaki, qual ela achava que seu coração sempre pertenceria. Naruto havia começado a namorar Sakura, por quem sempre foi apaixonado, e mesmo que Hinata não saísse do Clã todos comentavam sobre isso.

E por mais alguns meses ficou ainda mais solitária, treinando sozinha e estudando o máximo sobre as regras e burocracias de seu Clã, se fechou até para a tão amada irmã e seu pai. Hinata desenvolvia uma enorme força e aperfeiçoava seus golpes, se as pessoas que a viram naquele maldito exame Chunin a olhassem novamente não reconheceriam a menina fraca e que hesitava tanto em agir e falar, agora mais rígida e fria, tal como mais forte. Nos meses que se aproximaram do terceiro ano, ela não pode mais fugir e teve que sair do Clã durante a luz do dia, após sua irmã implorar para que ela a acompanhasse para tomar sorvete, Hinata sabia que devia isso a ela, não queria se tornar tão distante da irmã.

E entre cochichos e olhares assustados todos admiravam a linda mulher que Hinata havia se tornado, ainda possuía o mesmo rosto de porcelana e os olhos perolados, mas não carregava mais um sorriso nos lábios tão pouco suas bochechas ficavam rosadas quando olhares eram direcionados a si.

Enquanto sua irmã ria e lhe contava algo haver com Konohamaru, o menino que havia roubado o coração da mais nova, Hinata se pôs a pensar se um dia seria amada como sua irmã era, pois ela via como o garoto a olhava, com todo o amor nos olhos e o carinho na voz, assim como sua irmã também devolvia os mesmos atos e sentimentos. Hinata desejou saber o que era o amor, pois até então nunca havia provado dele.

Enquanto voltavam para casa ela viu Naruto e Sakura, sentados embaixo de uma árvore de mãos dadas, seu coração deu um leve trincada, mas ela não se abalou. Depois de meses se questionando o porquê dele nunca a ter olhado de forma amorosa, mesmo após ela ter se declarado e quase morrido pelo mesmo, ela percebeu que não valia apena se deixar ser tão fraca assim, suas lágrimas não deveriam ser derramadas por alguém que não a merecia de verdade.

— Sabe, onee-san, você deveria sair do Clã, não viver dentro dos livros e da sala de treinamento. — A voz doce da irmã a acompanhou pelo trajeto. — Há formas melhores de se distrair, por que não volta a fazer missões com seu time? Isso sempre te deixava animada.

E Hanabi estava certa, Hinata sempre gostava de fazer missões com seus dois colegas de time — Shino e Kiba —, ela não havia os vistos por dois longos anos e sentiu uma pontinha de saudades dentro de si. Eles eram sua segunda família, a haviam apoiado sempre e ela se martirizou por ter virado as costas para eles também.

E no terceiro ano ela se encontrava em meio a uma missão, enquanto escoltava líderes de uma aldeia vizinha, pela primeira vez em anos ria entre os amigos de time e se recordou de anos atrás quanto os três eram apenas crianças e agora estavam ali crescidos e mais fortes do que nunca.

Nos primeiros três meses dividia seus dias entre missões e as burocracias do Clã, em uma harmonia perfeita entre viver e se trancafiar, pela primeira vez em anos se sentia livre e diferente, ainda que todas as noites se sentasse a frente do túmulo de Neji e se acabasse em lágrimas. Entre o quinto e o sexto mês, enquanto a cena de todas as noites se repetia, ela não se viu mais sozinha no enorme cemitério, pela primeira vez em anos alguém se sentou ao seu lado e passou a mão sobre seus ombros, enquanto acariciava sua cabeça, sem dizer nada ou questionar, ali estava Kiba a apoiando como sempre fez. E como ela sentia saudade disso.

No sétimo mês sempre que estava em missões, ou até treinamentos, não podia evitar de seus olhos se esbarrarem com os do amigo, também não podia evitar da sensação quente se apoderar do seu corpo ou das bochechas ganharem um pouco de rubor sempre que ele a tocava ou a encarava intensamente.

Ela lembrava de uma vez, ainda quando mais nova, onde Kiba havia lhe dito que se um dia ela deixasse de gostar de Naruto que era para ela ceder a ele uma chance de conquista-la, e ali estava ela, sem ao menos dar o consentimento, sendo conquistada pelos olhares e o jeito tão carinhoso dele de falar com ela. Mas a Hyuuga tinha medo, ela já havia entregado seu coração uma vez e o teve completamente arrasado e destruído, mas e se fosse diferente? Ela não conseguia parar de se perguntar, afinal o Inuzuka a olhava como nunca nenhum menino havia a olhado antes, como Naruto nunca havia a olhado.

No oitavo mês a resposta dela foi quase que respondida, por mais que ela não quisesse ter a certeza, juntamente do frio e da neve, o seu primeiro beijo aconteceu. Envolvida pelos braços fortes e o cheiro tão intrigante e sedutor de Kiba, ela se deixou levar pelos lábios macios e a língua delicada que se aventurava em sua boca, assim como o calor que a fazia delirar e querer se entregar para ele. Ela percebeu que estava se apaixonando no mesmo segundo que a cena se repetiu por uma segunda vez e percebeu que estava apaixonada quando pela décima vez os lábios dos dois se encontraram.

No oitavo mês teve que ser presente em seu Clã, mas sempre que que podia escapava para o túmulo de Neji, sempre sendo acompanhada por Kiba e algumas vezes também por Akamaru, e então não era mais ela que falava para a lápide de Neji.

— Eu cuidarei dela Neji-san, por você. — A voz de Kiba saiu rouca e calma, seu olhar possuía um brilho diferente, ele afogava os fios azulados do cabelo da mulher enquanto ela o olhava hipnotizada com as palavras.

No nono mês tudo já estava mais calmo e menos corriqueiro, as missões ocorriam com frequência os fazendo ficar ainda mais juntos, quando o décimo mês chegou com ele veio palavras que Hinata nunca esperava receber de outro homem sem ser seu pai, ainda mais sendo ele dono de seus pensamentos, Kiba havia dito que a amava.

— Você sabe, Hime. Eu sempre a olhei de outra forma, mesmo quando éramos mais novos, você sempre foi um colírio para meus olhos. — Ele sorria enquanto segurava o queixo da garota, a fazendo olhar em seus olhos. — E agora eu percebo mais do que nunca que os sentimentos de muitos anos atrás aumentaram, bom, eu te amo mais do que eu possa expressar.

Ela também havia dito que o amava, pela primeira vez estava sendo correspondida e a sensação a deixava mais leve e feliz, logo a Hinata fria havia sumido e ela voltava a sorrir e andar pelas ruas da vila. Quando chegou o fim do décimo primeiro mês veio a pergunta, qual a fez perder o folego e a concentração dos deveres dentro do Clã, enquanto seu pai a enchia de perguntas sobre o que estava acontecendo e ela apenas desviava de todas, mas Hiashi sabia o que acontecia, a muitos anos não via sua filha tão feliz assim e ele estava pronto para aceita-la com quem fosse.

— Acho que deveríamos oficializar isso, Hime. — Kiba a abraçava enquanto ela descansava entre as pernas dele, o sol nascia logo a frente deles. — Você aceita namorar comigo? Não precisa me responder agora, pense primeiro.

E ela não havia o respondido e Kiba sabia o motivo, ela nunca tomaria uma decisão sem falar com ele antes. E ali estava ela, em frente ao túmulo de Neji, no décimo segundo mês.

— Sabe, Nii-san, eu realmente o amo e ele sente o mesmo por mim. — Suspirou enquanto arrumava as flores recém compradas sobre o túmulo. — Estou disposta a tentar ser, finalmente, feliz. O que você acha Nii-san? Eu deveria me arriscar?

Ela não esperava uma resposta, mas um breve ar frio passou entre seus cabelos alinhados e os bagunçou fazendo ela abrir um enorme sorriso, podia ser pura coincidência, mas para a Hyuuga aquilo foi um sinal, seu primo estava tomando conta dela até mesmo depois de morto e ela sabia que ele queria a ver feliz.

Levantou do chão no mesmo instante e retomou a fala antes de sair correndo para a vila.

— Eu te amo, Nii-san. Obrigada por tudo.

Com os cabelos ao vento e um sorriso enorme, que fazia qualquer pessoa que a olhasse sorrir também, Hinata seguiu ao encontro de seu amado, tendo a resposta para a melhor pergunta que já havia recebido na vida.

 

E depois de ter vivido muita destruição, mortes e dor, agora Hinata Hyuuga havia conhecido enfim o amor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai, gostaram? Não posso mentir e dizer que eu não fiquei bastante apreensiva ao escrever. Sempre shippei os dois, queria desenvolver melhor o casal e a história, mas acho que ainda não estou confiante o suficiente para fazer uma long. De qualquer forma espero que tenham gostado, beijos
.
.
.
.
.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Enfim, o amor (KibaHina)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.