{as quatro fases da lua}

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"estas alegrias violentas têm fins violentos, falecendo no triunfo, como fogo e pólvora, que num beijo se consomem."

william shakespeare. romeu e julieta, ato II, cena VI

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I

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{lua nova}

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— full moon (the black ghosts) —

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BLACK

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Tudo era sombrio. Seu nome, seu sangue, seu legado, sua vida. Escuridão era a única coisa que existia. Sirius Órion Black viera de uma linhagem mui nobre e antiga, mas isso não lhe fora nada além da mais imperdoável das maldições. Crescera em uma casa fria e nefasta. Com uma família gélida e depravada. Não havia risada ou calor na residência dos Black e a única luz provinha das estrelas que haviam nomeado seus membros.

Uma família de estrelas – uma constelação de sangue-puro – e, ainda assim, nenhum vestígio de luz em qualquer um deles. Uma ironia trágica. Um crepúsculo deprimente. Uma infância infeliz. Um prenúncio funesto para uma vida que seria marcada por desgraças. Por 11 anos, Sirius não desejara nada além de fugir. Por 11 anos, Sirius ansiara por luz e calor, gritando no vácuo e implorando por salvação.

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LUPIN

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Não havia nenhuma lua no céu. Não houvera por algum tempo. Ou talvez ela estivesse ali, escondida na penumbra infinita de um céu noturno. Invisível e insignificante. Não importava. Por um instante tão doce e breve que poderia soar como um sonho, a lua não importara para Remus John Lupin. Por um único segundo, ele pudera ignorar a existência daquele satélite amaldiçoado e ser apenas uma pessoa. Uma criança.

Não durou muito. A inocência nunca dura. Bastara uma mordida e tudo desmoronara. A chama da felicidade se transformou em cinzas. O doce se tornou amargo. Os pecados de seu pai se tornaram dele para purgar. Remus nunca mais teria a chance de ignorar o ciclo lunar. Pelo contrário, seria moldado por ele. Torturado. Assombrado. Quebrado. Construído e desconstruído e construído novamente. Feito e desfeito pelos caprichos da lua. Destinado a passar o resto de sua vida ansiando pela escuridão e o frio de uma noite sem luar.