No quarto, o relógio ainda encontrava-se parado. Além dali, luzes mergulhavam entre as árvores. Não havia vento perturbando os galhos nem o tempo para badalar qualquer ponteiro.

A noite só não era mais silenciosa pois o uivo da criatura tornou a soar. Uma canção sombria nos ouvidos da garota carregada rumo ao desconhecido.

Apesar do medo, conseguiu vislumbrar o que planava acima das copas e emanava aquelas luzes desconcertantes. Uma... nave.

Não demorou, o vento fez cair uma folha. Na casa deixada para trás, ouviu-se um tique-taque cadenciado.

Não havia mais algo lá fora. Estavam muito além da Terra agora.