New Moon - A outra Swan escrita por Liz Black, Alina Black


Capítulo 97
A nova guardiã


Notas iniciais do capítulo

Próximo capitulo Pov da Nessie, a fic esta chegando ao final.



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Ellen? Porque diabos meu pai chamou  Nessie de Ellen?

A cadeira de rodas de meu pai girou novamente, então pude perceber com perfeição seu semblante, seus olhos arregalados e os músculos de seus braços tensos, era possível ouvir o acelerar de seus batimentos cardíacos, meu pai estava totalmente atônito.

— Ellen Uley – murmurou meu pai olhando para Nessie.

— Pai- o interrompi – Esta é Carlie, não é a bisavó de Sam – Completei tentando compreender o porquê dele esta a chamando por aquele nome.

Os olhos de meu pai se direcionaram para mim – Quando vi Carlie pela primeira vez eu me surpreendi com a semelhança dela com Ellen, embora eu não a tenha conhecido pessoalmente e sim pelas fotografias, eu só precisei de alguns segundos para saber que ela não era filha de Charlie.

— Charlie é meu pai – Afirmou Nessie.

Billy Black sorriu – Sim você é, mas também é filha de Joshua, bisneta de Levi, descendente direta de um membro da tribo Quileute, você não tem como fugir disso.

— Eu não estou fugindo – Nessie respondeu – Quando me chamou por esse nome, Ellen eu respondi instantaneamente e em minha mente surgiram lembranças de uma vida que não é a minha.

— Mas que já foi há muitos anos atrás – Disse meu pai.

Sacudi a cabeça tentando compreender aquele papo – Não estou entendendo nada – falei passando ambas as mãos em meu rosto, o comportamento de meu pai e de Nessie estava me deixando cada vez mais confuso.

— Venham – disse meu pai arrastando sua cadeira até a porta – Vocês irão entender.

Nessie e eu trocamos olhares e então o seguimos, segurei a cadeira de meu pai a empurrando o ajudando a descer os degraus e seguimos pela estreita estrada de asfalto na direção da casa do velho Quil Alteara.

— Você disse que precisa ver o velho Quil, certo? Perguntou meu pai.

—Sim – Nessie respondeu olhando para mim.

— Não vou perguntar por que pois imagino – Disse Billy Black.

Ao alteara moravam um pouco mais afastados das demais casas da vila, próximo a trilha que dava para o penhasco, haviam três casas pequenas pintadas de azul desbotadas pela chuva, nos caminhamos em silêncio até a ultima casa e assim que nos aproximamos o suficiente meu pai gritou em um tom amigável – Quil! Seu velho rabugento me diga que está ai.

Me perguntei o que aconteceria se eu fizesse aquilo, a expressão de Nessie era serena porém seus olhos percorriam por cada canto da vila como se tentasse reconhecer aquele lugar. A puxei pelo braço e ela sorriu encostando o rosto em meu peito.

— O que você quer Billy?

A porta da casa se abriu e Billy arrastou sua cadeira aproximando-se um pouco mais – Mão me diga que tem noticias ruins novamente? Continuou o velho em um tom alto de voz.

O rosto de meu pai girou em nossa direção e ele olhou para mim – Ande me ajude filho – Disse ele em um tom carinhoso, soltei o braço do corpo de Nessie e me aproximei empurrando sua cadeira – Espero que esse velho não tenha um infarto – disse meu pai enquanto entravamos na casebre.

A casa do velho não era muito diferente da nossa, uma pequena sala, uma TV, uma porta que dava para a cozinha, o homem que estava sentando em uma cadeira de balanço  direcionou seus olhos em nossa direção e percebi a surpresa em seu semblante ao ver que meu pai não estava sozinho – Jacob – disse ele ao olhar para mim – Estava mais magrelo da ultima vez que o vi.

— As crianças crescem rápido – Disse meu pai.

— Eu imagino os motivos – respondeu o velho que ao olhar para Nessie foi tomado pelo espanto.

— Não preciso explicar porque estamos aqui – disse meu pai pedindo para que Nessie se aproximasse, ela olhou para mim e assenti e então ela se colocou ao lado de meu pai.

— di?a-di? – O velho Quil pronunciou em Quileute.

Nessie sorriu - Oli-t liýa Tsikáti!

Olhei para o meu pai – Ele perguntou o que ela deseja – murmurou ele para mim.

— E o que ela disse? Sussurrei.

— As antigas escrituras – Respondeu meu pai.

Olhei para Nessie novamente confuso, porque ela queria as escrituras Quileutes?

O velho Quil sorriu – E porque eu daria a você?

— Porque sou a guardiã delas – Nessie respondeu.

— Então o momento chegou? – Disse o velho Quil – O momento em que todos conhecerão a verdade, a verdadeira historia de nossos ancestrais.

O velho levantou-se ajudado por uma bengala de madeira e caminhou lentamente arrastando-se pela sala desaparecendo no pequeno e curto corredor, os olhos verde de Nessie brilharam em minha direção então percebi que apesar de aparentemente ela estar segura  havia medo em seus olhos.

Ficamos em silêncio aguardando o retorno do Velho Quil e logo ouvimos seus passos e o som de sua bengala batendo no chão de madeira, o ancião retornou com um livro debaixo do braço retornando para sua cadeira de balanço – A cada cem anos é dado a este livro um novo guardião, aquele que consegue falar a língua de nossos antepassados e assim consegue o ler, quando este guardião não é encontrado o antigo retorna em um novo corpo para voltar a protege-lo – explicou o velho Quil – Ellen foi a ultima guardiã das escrituras e ela retornou para continuar o guardando.

O velho estendeu o livro na direção de Nessie – Bisneta de Levi, escolhida de Ellen, eu devolvo a você a nossa história, você deve proteger as escrituras e passar para as próximas gerações para que nossa história nunca morra.

Nessie deu alguns passos e segurou o livro com ambas as mãos- Eu prometo não decepciona-los – disse ela olhando para o velho Quil.

— Tenho certeza que não decepcionará – respondeu ele.

Nessie olhou para mim encostando o livro velho e desgastado contra seu peito, a alguns meses atrás eu diria que aquilo era uma grande loucura mas depois de tudo que havíamos vivido nos últimos dias nada mais me surpreendia.

Nos despedimos do velho Quil e meu pai que decidiu ficar e esperar os demais anciões, eu sabia que havia algo mais que eles não podiam falar, desde criança sempre havia sido assim, alguns segredos sempre eram revelados no momento oportuno.

— Então a minha garota é uma guardiã – sussurrei a puxando para meus braços enquanto caminhávamos pela reserva.

Nessie suspirou – Não estou tão segura com relação a isso, eu não sou Ellen Uley embora eu tenha sido no passado, mas quando retornei prometi não fugir mais do que o destino tem reservado para mim.

— Você tem escolhas anjo, destino é apenas resultado dessas escolhas – falei beijando seus cabelos.

Ela ergueu a cabeça olhando em meus olhos – Falando em escolhas eu acho que ainda da tempo de fazermos a cerimônia da passagem antes de voltar para casa com Charlie.

— Ness...

—Jake – ela me interrompeu – Eu sou a guardiã – disse ela saindo de meus braços e me mostrando o livro sagrado – Além disso estou precisando de um visual novo.

Franzi as sobrancelhas e cruzei os braços – e como vai explicar a Charlie sua nova tatuagem?

Sua expressão se tornou pensativa – Vou precisar esconder por um tempo.

Como sabia que não a convenceria acabei cedendo – Vamos – falei segurando sua mão livre – Se tivermos sorte ainda encontramos a matilha de Sam e os outros na praia.

Nessie sorriu e corremos na direção da trilha para o penhasco.

(...)

O sol começava a se por quando nos reunimos na foz do Rio Quillayute, em pé sobre as rochas estavam presentes, a matilha de Sam que agora era formada por Quil, Embry, Paul, Jared e os mais novos Brady e Collin, e próximos a mim Seth e Leah que formavam a minha matilha.

Leah me entregou a navalha e Nessie se sentou em uma rocha colocando seus pés dentro das águas da nascente, carinhosamente segurei seus cabelos  como se fosse amarrar um rabo de cavalo – Carlie Uley eu a declaro oficialmente uma guerreira da tribo Quileute – falei com a voz firme e passei a navalha em seus cabelos.

Nessie se levantou olhando para seu cabelo em minha mão e sorriu.

—E sua Beta – Ela completou dando um lindo sorriso.

Segurei sua mão e soltei seus cabelos no rio em seguida a abracei por trás encostando o queixo em sua cabeça, e observamos em silêncio os fios longos cortados desaparecerem, rimos juntos ao ver a bagunça feita pelos outros garotos, embora agora existissem duas matilhas Nessie era a ligação que nos mantinha unidos.


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