New Moon - A outra Swan escrita por Liz Black, Alina Black


Capítulo 92
Cadáver




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Bella estava deitada sob uma mesa, sua pele estava sem cor  debaixo do brilho  em um quarto que  parecia uma ala de emergência localizada no meio de uma biblioteca, tinham  luzes eram brancas e brilhantes, , seu corpo tremia como um peixe na areia,  Rosalie foi arrancando e tirando as roupas do caminho, enquanto Edward enfiava uma seringa em seu braço.

—  O que está acontecendo, Edward? – Perguntei tentando manter o meu controle.

—  Ele está sufocando!

— A placenta deve ser retirada.

— Tirem-o daí! Gritou Bella voltando do desmaio momentâneo- Ele não consegue respirar! Faça agora!

— A morfina.” Rosnou Edward.

— Não! Agora - Outro jorro de sangue sufocou o que ela estava tentado dizer, dei um pulo para o outro lado da mesa e segurei sua cabeça evitando que o sangue a fizesse sufocar, ao ouvir o que Edward havia dito Rosalie se aproximou com um bisturi nas mãos, deixei apenas uma das mãos em Bella e segurei seu braço– O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?

— Deixe a morfina se espalhar! Disse Edward para a vampira.

— Não há tempo- ele está morrendo! Respondeu Rosalie.

—— Espera....

A loira me ignorou,  cortou a carne de Bella, mas algo me alertou e então eu vi  a loira perder o controle.

— NÃO, ROSE!- Edward gritou , mas as mãos dele estavam ocupadas, tentando levantar Bella para que ela pudesse respirar.

Houve um grande estrondo, Jake se chocou contra Rosalie pulando por cima da mesa a golpeando na direção da porta e esmagando o rosto dela com uma das mãos contra a parede, em seguida tentou tira—la da sala, Alice apareceu e o ajudou  e então eu ouvi o grito de Leah.

— Eles vieram — murmurou Edward. Bella estava  ficando azulada, seus olhos arregalados e vidrados — Ainda bem que é boa em primeiros socorros — completou Edward.

— Sim — respondi compreendendo seu pedido.

— - Então faça ela respirar, tenho que tira..

Houve um outro barulho, mas agora era  de algo se partindo dentro dela, o mais alto até agora, tão alto que nós dois  esperamos, chocados, pelo seu grito de resposta, mas não tivemos,  As pernas de Bella, que antes estavam curvadas agora estavam sem vida, espalhadas de uma forma não natural.

—— A coluna dela ,

—O desespero e a dor me consumiram — Tire isso de dentro dela! - Eu rosnei, botando o bisturi na frente dele. — Ela não vai sentir  nada agora! Em seguida  me inclinei por cima da cabeça dela, então eu pressionei a minha nela e soprei ar nos seus pulmões. Eu senti seu corpo trêmulo expandindo, então não havia nada bloqueando sua garganta.

 Seus lábios tinham gosto de sangue, e aquele gosto mexeu comigo, agora eu podia sentir o cheiro, chamativo, doce. Eu ouvi o som leve, molhado, do bisturi em seu estômago. Mais sangue pingando no chão...

— Carlie....

— Carlie...

A voz de Edward me trouxe de volta a realidade.

Eu estremeci enquanto mandava mais ar para Bella e ela  tossiu para mim, seus olhos piscando, revirando cegamente—  Fique comigo por favor! - Eu gritei pra ela deixando as lagrima me vencerem — Você me ouviu? Fique! Você não vai me deixar sozinha nessa entendeu? Mantenha seu coração batendo!

Mas o seu corpo ficou rígido embaixo das minhas mãos, apesar da respiração dela ter aumentado de ritmo e seu coração continuava a bater, mas para mim aquela rigidez dela significava que estava tudo acabado, ela não estava mais lá.

— Eliot..

Edward murmurou em meio ao choro do pequeno ser que tinha em suas mãos, eu me afastei da mesa e do corpo sem vida, ela tinha razão, havia um bebê ali, mas aquilo não diminuiu a minha dor, eu não podia mas então Bella ergueu uma das mãos na direção deles, uma gota de esperança me dominou e corri para o lado dela novamente.

— Preciso ser rápido e fazer acontecer — Disse Edward — Carlie pegue o bebê.

Ignorei o pedido de Edward e voltei a massagear o coração de Bella.

— Carlie.

— Joga ele pela janela, ele é igual você não é ele não vai morrer— Respondi.

— Me dê ele Edward — A voz da loira invadiu o local, os irmãos sanguessugas tiveram uma breve discussão, mas como não havia tempo Edward acabou cedendo e entregou a criança a vampira loira.

— Carlie eu preciso que se afaste.

Olhei para Edward e ele tinha uma seringa nas mãos, toda prateada, como se fosse feita de metal— O que é isso? Indaguei.

A mão livre gélida dele tocou meu braço me tirou do seu caminho — Meu veneno - ele respondeu enquanto injetava.

Então o  coração dela deu um salto, como se ele tivesse batido nela de uma forma agressiva e enquanto ele tentava reanima—la me posicionei ao lado dele e voltei a pressionar o coração dela, em seguida ouvir o som da pele dela se partindo quando ele a mordia, de novo e de  novo, forçando o veneno no sistema dela, em todos os pontos que era possível, novamente fui vencida pelas lagrimas quando percebi que era em vão, não havia nada ali, apenas eu, apenas ele e um cadáver.

—Mamãe teve com você aquela conversa sobre garotos? Perguntou Bella quando entrei no quarto, um travesseiro foi atira—do na direção dela e ela riu o agarrando.

— Você sabia que era essa a conversa e me deixou ir — reclamei.

— Somos irmãs temos que passar por todos os momentos juntas até os de sofrimento.”

Dei as costas deixando-Edward com a morta dele, eu caminhei lentamente porta a fora, caminhando  lentamente porque eu não conseguia fazer meus pés se moverem mais rápido do que aquilo — Sam e os outros estão lá fora — reconheci a voz de Leah.

— Acabou, ela se foi, que se fodam todos eles...murmurei

Eu me sentia dentro de um oceano de dor, me sentia vazia de novo, me sentia derrotada, não havia conseguido salvar a minha irmã mesmo ela tendo se sacrificado por vontade própria, havia sido feita em pedaços por aquele monstrinho, como eu olharia para nossos pais quando estivéssemos diante de seu caixão. Tudo estava acabado.

Eu parei no último degrau, reunindo minhas forças para sair, então vi que Rosalie estava na ponta limpa do sofá branco, de costas para Leah e para mim, murmurando carinhosamente para a coisinha enrolada num cobertor que estava em seus braços, podia ouvir todos os barulhos do confronto vindo do lado de fora, olhei para a criança nos braços da loira e percebi que aquilo tudo era apenas vontade dela, e eu havia prometido a ela que não deixaria que eles o machucassem.

Meus pés conseguiram enfim descer os últimos degraus e Leah me acompanhou até o meio da sala, então sorri ao ver que aquele bebê tinha os olhos dela, de qualquer forma, mesmo que ela não estivesse mais presente aquele pequeno ser, Eliot era a lembrança mas viva que eu tinha de Bella.

Rosalie estava totalmente distraída com Eliot, sem prestar o mínimo de atenção em nós, e após mimar o menino o colocou em seu ombro, os olhos da criança se direcionaram para nós duas e Leah caiu ao meu lado de joelhos no chão.

A luz da lua nova invadiu a sala nos iluminando e então eu comecei a ouvir aquela voz, a mesma voz da noite da fogueira quando eu conheci a história de nossos antepassados.

 — Desperte  pequena Ulley, está na hora de despertar.


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