New Moon - A outra Swan escrita por Liz Black, Alina Black


Capítulo 114
Honestidade


Notas iniciais do capítulo

Voltei, vou aproveitar as festas de final de ano para atualizar as fics.



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— Eu sempre soube que havia algo de estranho no Volturi!

Disse Jake enquanto caminhava de um lado para o outro na escuridão da floresta, os Cullen cruzaram os braços e estufaram seus peitorais marmorizados com um semblante de curiosidade, embora suas expressões fossem na maioria das vezes inexpressíveis em alguns momentos eles pareciam esboça-las, mesmo que muito pouco.

— Jake – Bella quebrou o silêncio deles e deu alguns passos aproximando-se de Jacob – Por favor – ela murmurou em um tom de suplica.

Jake sorriu com o canto dos lábios – Eu sei que me despertaram acreditando que eu possa salvá-los- o corpo dele girou e ele ficou de frente para mim – A questão é, porque eu faria isso?

— Isso é sério? Bela respondeu em um tom exaltado – Você simplesmente...

—Ele só tem uma prioridade – disse Edward.

— Eliot é imprinting da Leah – falei aproximando-me de Jacob – Achei que fizesse parte da lei protege-lo também.

As mãos dele pousaram em meus ombros – Você sabe que o Jacob do passado não tem amarras como o do presente, eu não sigo as regras eu as faço, não vou enfiar você em um castelo cheio de sanguessugas sem ter certeza do que irei enfrentar, não me peça isso.

O encarei com uma expressão fechada – Não se preocupe, eu tenho duas pernas e posso ir sozinha.

— Você não está falando sério Ness.

Meu dedo indicador direito afundou no peitoral duro e nu dele – Eliot é meu sobrinho, não espere que eu fique de braços cruzados esperando matarem ele.

Jacob fechou os olhos e suspirou, em seguida voltou a olhar em meus olhos tirando carinhosamente meu dedo de seu peito – Tudo bem-disse ele dando-se por vencido – Talvez exista uma possibilidade.

Edward caminhou lentamente aproximando-se de nós dois – Realmente – disse ele – Se tem uma coisa que os Volturi tem é honra, eles nunca irão se negar a pagar uma dívida.

Jake virou seu rosto na direção de Edward e sorriu com o canto dos láios – Eu gostava mais de você quando não lia pensamentos.

— Quero ver me vencer no poker agora! Brincou Edward.

Um breve silêncio tomou conta do lugar e Jacob suspirou profundamente – Tudo bem, quanto tempo temos?

— Algumas horas – disse Alice – Não sei ao certo em que momento irão chegar.

— Mas ainda estão na masmorra?

Baixei a cabeça e ri.

— Se partimos agora poderemos chegar ao amanhecer em Volterra – Disse Carlisle – Posso providenciar um jatinho.

— Espera – disse Bella os interrompendo- Não podemos partir assim, quer dizer a Nessie não pode, tem o Charlie e...

— Eu briguei com o papai – respondi – eu fugi para me casar com o Jake.

Emmett gargalhou – Triste saga de Charlie Swan, filhas problemáticas que fogem atrás dos namorados.

— Você não pode fazer isso?

Ergui as sobrancelhas e Edward riu.

— O que foi? Bella perguntou meio desorientada e dessa vez todos riram.

— Bella amor, não está em posição de falar sobre isso – Alertou Edward.

O semblante dela se fechou – Já entendi, mas esqueceu de um detalhe, não me casei com Edward foragida.

— Bella tem razão Ness, só vamos mudar a parte do casamento – Disse Jake.

—Vamos?

— Tive uma ideia – Disse Alice saltitante – Nessie fugiu com raiva de Charlie ter desaprovado o noivado precoce e então Bella e Jacob foram atrás, nós fomos também já que não sabíamos ao certo para onde ela foi.

— Você é boa em roteiros Alice, já pensou em ser diretora de cinema? Ri baixinho.

Ela deu um largo sorriso – sim mas seria imortalizada.

—Literalmente.

— Então precisamos nos apressar – Disse Carlisle – Bella e Edward vão buscar Eliot e Leah, Alice e Rosalie ajudarão vocês enquanto Emmett, Jasper, Esme e eu providenciamos nosso voou.

Eles assentiram e em seguida desapareceram.

Dei um suspiro ao sentir os braços de Jake envolverem minha cintura e seu queixo pousar em meu ombro – Algum problema anjo?

— Estou pensando em mudar os planos de Alice.

As mãos dele seguraram carinhosamente meus braços girando meu corpo e me deixando de frente para ele – Sobre Charlie?

Deslizei minhas mãos pelo peitoral nu dele, o corpo dele se curvou e minhas mãos pararam em sua nuca – Se eu desaparecer assim ele ficará desesperado, não posso fazer isso.

— Podemos desistir.

— Não Jake, vou para casa, vou dizer que estou indo ficar com a Reneé.

— Anjo ele não vai deixar...

— Não se preocupe eu sei como lidar com Charlie.

— Amor...

— Vai dar certo – o interrompi aproximando meus lábios dos dele – confia em mim.

— Sempre – ele murmurou unindo os lábios dele ao meus.

Nós perdemos a noção do tempo por alguns instantes, era como se tivéssemos nos reencontrando depois de anos afastados, de certo modo estávamos, o Jacob do passado e quem eu havia sido, Renesmee, mas eu podia sentir a intensidade do amor de ambos, não era diferente do amor que sentíamos no presente.

Quando conseguimos nos afastar, ele deixou o Jake lobo dominar seu corpo e partimos pela floresta fechada de La Push em direção a Forks, quando nos aproximamos da casa de Charlie beijei seu focinho fazendo uma leve caricia em seus pelos.

— Nos vemos daqui a pouco.

— Tem certeza? Ele perguntou dentro de sua cabeça;

— Tenho – sussurrei me afastando e caminhei até a entrada dos fundos.

A cozinha estava escura quando entrei após pegar a cópia da chave no nosso esconderijo, se Charlie estivesse dormindo eu poderia deixar uma carta, ao menos facilitaria as coisas para mim.

Tentei buscar forças, abri a geladeira e tomei um copo d’água e em seguida sai da cozinha, a casa estava silenciosa o que facilitaria que eu entrasse e pegasse algumas peças de roupas, mas quando pisei sobre o segundo degrau da escada a luz forte do abajur me assustou, Charlie estava sentado em sua cadeira de balanço com os braços cruzados sobre o peito.

— Oi, pai – murmurei parando diante da escada.

— Eu estava preocupado – ele respondeu.

— Me desculpe – murmurei e fechei os olhos.

— Eu sei que não tivemos uma conversa amigável.

—É não tivemos.

— Carlie, tudo que digo e faço é para o seu bem – Ele falou se levantando.

— Tenho absoluta certeza disso – Respondi olhando para ele – Mas precisa deixar que eu tome decisões.

Charlie caminhou passando por trás do nosso velho sofá – Eu sempre deixei e quase a perdi muitas vezes nos últimos meses, eu não quero correr esse risco novamente.

— Eu vou pra casa da mamãe.

O semblante dele se tornou surpreso – O que?

— Eu vim buscar minhas coisas.

— Não pode sair assim, a essa hora.

— Já consegui um voou, eu aviso quando chegar – Falei subindo as escadas.

— Você não pode estar falando sério – Charlie falou em um tom alto de voz subindo os degraus atrás de mim – Não vou dar permissão para isso – Ele completou após eu passar pela porta do meu quarto.

— Eu não preciso – Respondi sem olhar para ele, me agachei pegando minha mochila no chão e em seguida abri uma das gavetas da minha penteadeira pegando algumas peças de roupas.

— Você vai esperar até amanha de manhã- Disse Charlie virando meu corpo e fazendo com que eu o encarasse – Nem que eu precise algemar você nesse quarto.

— Não seria capaz.

— Quer pagar para ver mocinha – Ele revidou enfiando uma das mãos no bolso da calça.

Eu suspirei, naquele momento me senti a pior filha do mundo – pai – murmurei buscando forças – me deixei ir.

— Não – ele respondeu de forma firme.

— Eu preciso – insisti olhando nos olhos dele.

— Talvez se me disser a razão real dessa fuga repentina, não pense que acredito que vai fugir de casa porque não autorizei seu casamento.

Eu me calei, parece que meu plano não havia sido tão bom, deveria ter seguido o plano de Alice.

— O que está acontecendo? Ele insistiu.

— Eu não posso dizer – respondi – olha – dei alguns passos me afastando e larguei a mochila no chão – Eu preciso ir pai, e só peço que confie em mim.

Charlie sacudiu a cabeça – Tem a ver com a sua irmã não tem, a maioria dos segredos sempre tem a ver com ela.

Concordei com a cabeça – Confie em mim.

Charlie caminhou pelo quarto e bufou – certo – ele respondeu voltando a me encarar, isso significa que não vai estar sozinha, tenho absoluta certeza que Jacob também está envolvido.

— É importante – insisti.

— Tudo bem – Ele disse enfiando novamente as mãos no bolso e ergueu a cabeça olhando para o teto, mas com uma condição.

Ergui as sobrancelhas – Qual?

— Eu autorizo que você vá, mas quero você de volta em 24 horas, Jacob virá pedir formalmente você em casamento e...

—e...

— Você só poderá se casar depois que terminar o ensino médio e entrar na faculdade.

— Pai.

—É pegar ou largar.

Eu sabia que Charlie estava irredutível, suspirei e balancei a cabeça concordando, ele forçou um sorriso e entendeu a mão para mim, desconfiada segurei sua mão e ele me puxou para um abraço e quando nos afastamos eme beijou minha testa.

—Eu te amo menina.

— Também te amo pai – Respondi pegando a mochila e sai do quarto de forma apressada, ao descer as escadas para minha surpresa Jacob me esperava na sala.

— Como você?

— Edward – ele respondeu – precisamos nos apressar.

Olhei para escada e Charlie parou nos degraus nos observando – Chefe – murmurou Jacob.

— Traga ela de volta em 24 horas e sem nenhum arranhão ou vou esquecer de quem é filho e mato você.

Jake riu – Não se preocupe chefe, se algo acontecer a ela eu mesmo acabo comigo.


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