New Moon - A outra Swan escrita por Liz Black, Alina Black


Capítulo 1
Livro 1- Carlie, problemas de boas vindas.




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Mamãe e Phil haviam me levado até o aeroporto, eu já estava sentindo saudade dos 24 graus de Phoenix  e do céu  azul perfeito e sem nuvens, Phill contava algumas piadas fazendo mamãe rir ao seu lado no banco da frente do carro enquanto eu olhava as mensagens enviadas no nosso grupo do WhatsApp, Morgan mandou uma bonequinha pendurada em uma forca me fazendo rir, meu padrasto olhou pelo espelho retrovisor acreditando que eu estava rindo dele. Ao menos eles não haviam percebido o quanto eu me sentia infeliz fazendo aquilo.

Eu não tinha muita bagagem, apenas a mochila nas costas, os abracei me despedindo de ambos no aeroporto e então eu embarquei para meu novo exílio, eu não via a hora de completar dezoito anos e me considerar finalmente livre, para meu grande azar ainda faltavam três anos.

Forks era uma cidadezinha localizada na península Olympic, do noroeste do estado de Washington, segundo as informações passadas por Bela, a cidade vivia quase constantemente debaixo de uma cobertura de nuvens, chovia mais nessa cidade insignificante do que em qualquer outro lugar dos Estados Unidos, eu havia me esquecido de comprar uma capa de chuva.

Apesar da satisfação de saber que mamãe e Phil estavam felizes eu estava apavorada, eu adorava Phoenix. Adorava o sol e o calor intenso, adorava a cidade vigorosa e esparramada e agora eu estava desembarcando naquela desconhecida cidade após quatro horas de voo e outra hora em um pequeno avião até Port Angeles.

Quando pousamos em Port Angeles, estava chovendo – Obrigada pelas boas vindas chuva! Eu falei olhando para o céu e dando um sorriso de irritação, passei pelo portão de desembarque e segui na direção da saída, Charlie me aguardava na radiopatrulha, exatamente como Bela disse que ele faria, Charlie era o chefe de polícia e a partir daquele instante aquela havia virado a minha principal motivação para ter de um carro, eu me recusaria a circular pela cidade em um carro com luzes vermelhas e azuis no teto feito uma adolescente problemática.

Charlie me deu um abraço apertado ao meu encontrar – Como você cresceu baixinha — disse ele, sorrindo automaticamente tirando meus pés do chão - Como está a Renée?

— A mamãe está bem. É bom ver você também, pai. — Respondi olhando para ele, Charlie odiava que Bela e eu o chamássemos pelo nome, por isso eu tinha que chamar de pai e evitar o primeiro carão vindo dele, lentamente ele me soltou novamente no chão e puxou a mochila de minhas costas, aquela era a minha bagagem, mamãe e eu havíamos juntado nossos recursos para complementar meu guarda-roupa de inverno, mas eu deixei para fazer isso em Forks.

Nós entramos na viatura e Charlie ligou o carro enquanto eu afivelava o cinto, tinha uma coisa que eu gostava em Charlie, ele não era de muitas palavras, nós permanecemos em silêncio por alguns minutos enquanto eu olhava meu celular seu conexão, fiz uma careta desolada.

— Eu posso conseguir internet para você! Charlie falou quebrando o silêncio, o olhei para ele e sorri timidamente.

— Obrigada! Respondi.

— Compreendo que está sendo difícil, foi difícil para sua irmã também, mas quero que seja feliz aqui. — Ele estava olhando para a estrada à frente ao dizer isso. Charlie não ficava à vontade quando se tratava de externar as emoções em voz alta, ele se parecia com Bela quando se tratava disso, já eu era como Reneé um livro aberto.

— É muito gentil de sua parte, pai. Eu agradeço muito. — Não era necessário acrescentar que, para mim, era impossível ser feliz em Forks.

— Não foi nada — murmurou ele constrangido. Trocamos mais alguns comentários sobre o clima, que estava úmido, e sobre ele ter me matriculado na escola secundária de Forks e a maior parte da conversa não passou disso. Ficamos olhando pela janela em silêncio, e eu admirei a paisagem,  era lindo, eu não podia negar isso, o corredor da estrada era  era verde, rodeado de árvores, os troncos cobertos de musgo, os galhos que pendiam das copas, a terra coberta de samambaias, até o ar filtrava o verde das folhas, verde para todos os lados, muito verde, me senti abduzida para um planeta alienígena.

Por fim chegamos à casa de Charlie que  ainda morava na casinha de dois quartos que comprara com minha mãe nos primeiros tempos de seu casamento, logo deduzi que teria que dividi o quarto com minha irmã, sai do quarto e olhei para a casa e Charlie me olhou de soslaio com minha mochila pendurada em um lado do seu ombro – Acho que sua irmã não está em casa! Ele murmurou caminhando a minha frente, suspirei e o segui enquanto ele entrava em casa.

Tudo ainda estava como da ultima vez em que havia estado lá, porém um pouco mais organizado, Charlie chamou por Bela mas ela não respondeu, deu um suspiro e subiu as escadas, novamente eu o segui, para minha surpresa havia mais um quarto na casa – Quando Reneé falou que você viria um amigo engenheiro conseguiu dar um jeitinho para mim – Charlie falou me mostrando a porta rosa um pouco mais estreita no fim do pequeno corredor – Ficou um pouco pequeno mas acho que você vai gostar.

Olhei para a porta e sorri — Terei um quarto só para mim? caramba, pai, adorei! Obrigada! — Meus pavorosos dias seriam bem menos terríveis. Não teria que dividir o quarto com minha irmã, não me importava se tivesse um metro quadrado era meu somente meu.

Eu caminhei apressada abrindo a estreita porta, o quarto ficava  do lado sul, que dava para o jardim dos fundos, tinha o piso de madeira, as paredes rosa clara , o teto pontiagudo, as cortinas de renda brancas na janela, uma cama, uma escrivaninha e uma penteadeira, me perguntei como ele havia colocado tantas coisas em um lugar tão pequeno, Charlie que não era de ficar rondando a gente me deixou sozinha para desfazer a mochila e me acomodar, era  legal ficar sozinha, sem ter que sorrir e parecer satisfeita; um alívio olhar desanimadamente pela janela para a chuva entristecendo tudo e deixar algumas lágrimas escaparem, eu já estava com saudades de casa.

Quando terminei de guardar minhas roupas na antiga cômoda de pinho, peguei minha necessaire e fui ao único banheiro para me lavar depois do dia de viagem, me olhei no espelho enquanto escovava o cabelo úmido e embaraçado, sai do banheiro e vesti um moletom folgado, uma das únicas peças para frio que eu tinha e desci as escadas para falar com Charlie, já havia anoitecido e percebi que ele falava preocupado ao telefone.

— Aconteceu alguma coisa? Eu perguntei ao perceber seu semblante de preocupação.

— Sua irmã desapareceu! Ele respondeu se levantando e caminhou na direção da porta da sala, eu o segui e em questão de minutos a casa estava lotada, haviam homens para todos os lados e algumas viaturas estacionadas, já era quase meia noite quando me sentei na batente da porta da entrada e juntei as mãos diante do meu rosto, quando três rapazes sem camisa chegaram com Bela desacordada em seus braços, Charlie a pegou em seu colo e eu pulei ficando em pé dando espaço para que ele entrasse com ela entrando em seguida, Charlie a deitou no sofá.

— Pai, estou toda molhada — Bela reclamou em um tom baixo de voz – Seu olhar se voltou para mim e ela tentou se sentar no sofá – Nessie! Murmurou surpresa ao me ver.

— Isso não tem importância. — A voz dele estava rouca, em seguida ele se virou para mim – Pegue os cobertores que estão no segundo andar.

Eu concordei com a cabeça e corri subindo as escadas, eu demorei a encontrar os benditos cobertores e quando finalmente desci havia um homem conversando com ela, provavelmente era um médico, deduzi.

Eu me encostei em um canto da sala apenas observando a movimentação, Charlie conversou com os três rapazes sem camisa, grandes e musculosos, em seguida conversou com o médico e por último a levou para o seu quarto e quando toda a estranha loucura e movimentação finalmente acabou eu fui para a cozinha preparar um café, eu estava a apenas algumas horas naquele fim de mundo e já tinha tido um primeiro dia agitado, tomei meu café e fui para meu quarto.

Tudo que eu desejava era dormir.


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