Dinastia: outras histórias e curiosidades escrita por Isabelle Soares


Capítulo 9
O Casamento Real - Príncipe Edward e Isabella Swan


Notas iniciais do capítulo

Vocês, em todos os capítulos de "Dinastia - Isabella Swan", já tiveram um vislumbre do casamento de Edward e Bella, mas agora estou postando o casamento completo para vocês se apaixonarem!



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À medida que chegávamos perto da Abadia de Northanger, onde tudo começaria, o número de pessoas aumentava e a euforia também. Eu deveria estar acostumada com todos esses gritos, mas não estava e acho que nunca estarei. Eu era muito tímida e me sentia tão pequena diante de todas as expectativas que eles tinham de mim e Edward. E eu só esperava estar fazendo a coisa certa.

Olhei para o meu pai mais uma vez e sua expressão era nervosa. Ele também era muito tímido e eu meio que me sentia culpada por arrastá-lo para esse mundo também. O fato de eu estar entrando para a família real deveria ser assustador pra ele e mais ainda o fato de estar, tecnicamente, me perdendo.

— Bella, eu quero que saiba que nunca estarei longe de você. Se por acaso tratarem você mal ou se cansar desse negócio de realeza... Simplesmente me procure. – disse ele na noite anterior.

— Pai, você não vai me perder. Eu sei que esse pode parecer outro mundo, mas não é. Eu sempre serei a sua Bella com coroa ou não.

Ele me abraçou e eu fiquei surpresa. Meu pai não era de expressar emoções. Ele deveria estar muito emocionado.

Os sinos da Abadia soavam com fervor. Definitivamente havíamos chegado. O carro parou em frente à Igreja e eu olhei mais uma vez para a multidão ali presente. Parecia que havia triplicado o número de pessoas com relação ao número que eu tinha visto durante o trajeto. Meu estômago tremeu novamente. Eu me sentia pronta, mas ao mesmo tempo tinha medo. Como algo assim poderia acontecer?

Papai olhou novamente para mim como se tivesse me perguntando se eu também estava aterrorizada. A porta do carro foi aberta pelo guarda que estava ali e eu sabia que agora era à hora, não poderia mais haver escapatória. Meu pai desceu primeiro e me aguardou. Tentei descer com o máximo de cautela que eu conseguia, lembrando da voz insistente da Alice para que eu não amassasse o vestido ao sair. O grito das pessoas ao me verem era estridente. Elas pareciam enlouquecidas! Fiquei as observando por um momento. Eu mal podia acreditar no amor que elas tinham por mim. Será que eu poderia ser digna de tudo isso? Acenei meio tímida para elas. Meu pai pegou a minha mão e me fez voltar à realidade. Respirei fundo e dei o braço a ele. Minha hora havia chegado definitivamente.

Adentramos a Abadia. Ela era enorme e tão bela! Embora já tenha vindo aqui algumas vezes, eu nunca cansava de apreciar a sua beleza estonteante. Como eu imaginava, ela estava lotada de gente e muitos eu nem mesmo conhecia. Casamentos reais são conhecidos por terem muitos convidados, mas Edward e eu fizemos de tudo para que tudo fosse o mais discreto possível, porém ainda assim tinha se tornando em algo grandioso.

A marcha Nupcial começou a tocar e as pessoas se levantaram ao me ver. Mas alguns passos eu me encontraria com o meu príncipe real. Eu sentia os olhares das pessoas em mim agora que eu estava adentrando cada vez mais a abadia, o nervosismo bateu em mim para valer. Eu não conseguia fazer nada do que me disseram para fazer nos ensaios que tivemos. Sorria! Olhe pra frente! Eu só conseguia sentir as mãos e as pernas tremerem. Deus! Estava indo me casar com Edward! Isso nunca parecia tão verdade como agora. Eu mal podia disfarçar o meu nervosismo. Papai sentiu o meu estado de espírito e apertou mais forte o meu braço, lembrando-se da promessa de não me deixar cair e eu não poderia, em nenhum segundo. A partir de hoje eu serei mais do que a esposa do homem que eu amo, mas também uma duquesa, uma mulher com deveres para com o povo do seu país. Definitivamente, eu deveria respirar fundo, seguir em frente, e nunca cair. De repente, as palavras de Edward entraram em minha mente: “Dever em primeiro lugar, Bella”. Isso tinha que ser verdade. Tinha que estar pronta para tudo que viesse pela frente.

Respirei fundo e segui em frente. O primeiro olhar em minha direção que vi era o de Edward. Ele me olhava com um olhar tão sereno e tão doce, como se esperasse por aquele momento a vida inteira. Eu e papai estávamos no meio do corredor da abadia e de repente eu queria correr até ele e quebrar todos os protocolos, mas eu não podia, tinha que seguir calmamente e ser firme tanto agora como sempre.

Só mais alguns segundos, pensei. O olhar de Edward estava vidrado em mim. Minhas mãos tremiam e o nervosismo tomava de conta. Papai e eu estávamos quase no altar, mesmo andando em passos lentos, eu nem conseguia olhar para as pessoas a minha volta. Fiquei com medo de tropeçar ou errar alguma fala. Olhei para Edward novamente e seu olhar emocionado me trouxe ao meu lugar novamente, por que só me interessava estar ao lado dele e isso era maior do que qualquer coisa.

Eu mal tinha consciência de Carlisle de pé ao lado dele, e nem do padre atrás deles dois. Eu não vi minha mãe de onde ela devia estar sentada na primeira fileira, nem a minha família nova, ou nenhum dos meus convidados – eles teriam que esperar até mais tarde. Tudo o que eu realmente via era o rosto de Edward; ele encheu minha visão e dominou minha mente. Os olhos dele estavam claros, rosto perfeito estava quase parecendo severo com a profundidade de suas emoções. E aí, quando ele encontrou meu olhar abismado, ele se quebrou em um sorriso feliz de tirar o fôlego. Era o nosso momento e nada mais importava.

Finalmente chegamos ao altar. Meu nervosismo estava a cem por hora agora. Tanto que até esqueci de fazer a reverência ao meu sogro que aguardava atrás de Edward. Quando me lembrei, meu pai já havia dado a minha mão a Edward e Carlisle já havia voltado a sentar ao lado de Esme. Fiquei meio envergonhada, mas o aconchego das mãos de Edward me colocava em uma paz infinita. Respirei fundo e subi com ele para o topo próximo ao padre. Em alguns minutos eu seria uma mulher casada e com o homem mais perfeito que alguém poderia encontrar.

No altar, iniciou-se o coro cantando um cântico religioso acompanhado pelo som do piano e do saxofone. A música era tão bonita e envolveu a todos a cantarem também. Eu estava simplesmente emocionada! Edward olhou para mim com um sorriso torto lindo e senti a emoção nos olhos dele também.

— Você está tão linda!

— Obrigada. Você está estonteante!

Ele tocou minha mão levemente e eu senti o meu corpo inteiro esquentar.

— Estou ansioso.

— Eu também.

Se pudesse o beijaria ali mesmo, mas diante de tantos olhares só o que podíamos mesmo era esperar, pois faltava muito pouco para estarmos unidos para sempre.

— Senhoras e Senhores, estamos aqui reunidos em nome de Deus para testemunhar o casamento entre a sua alteza real, o Príncipe Edward e de Isabella Swan, a duquesa de Richmond. Em Coríntios capítulo 13 Jesus diz: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” E é para celebrar esse amor tão grande e tão profundo que eles vieram até aqui para pedir as bênçãos de Deus para esse novo momento de suas vidas.

O padre iniciou a celebração do nosso casamento. As palavras dele entravam na minha mente com muita força, me fazendo lembrar de tudo que tivemos suportar para estarmos aqui hoje. Meu amor por Edward era tão grande que não cabia em mim mais e só por ele enfrentei tudo e enfrentarei muito mais. Respirei fundo e senti que eu estava tão mais forte. Edward me dava ânimo, coragem, felicidade e era tudo que importava no fim das contas.

O Padre continuava com o seu sermão. Todos estavam atentos a nós. As notícias diziam que era o casamento do ano, que milhões de pessoas esperavam assistir esse momento, a concretização dum conto de fadas moderno. Eu meio que me sentia assim às vezes, como um patinho feio que virou cisne.

— Para tudo há um tempo, mas quem ama faz a hora acontecer, constrói a vida e faz dela uma escola para o aprendizado cotidiano do amor. Agora, Edward e Isabella diante de Deus e da comunidade, celebram o amor e o selam com a graça e o sinal da fé. Caros noivos, Edward e Isabella, aqui viestes para que, na presença do sacerdote e da comunidade cristã, o vosso amor seja marcado por Cristo com um sinal sagrado. Cristo abençoa com generosidade o vosso amor. Já vos tendo consagrado pelo batismo, Cristo vai enriquecer-vos e fortalecer-vos agora com o sacramento do matrimônio, para que sejais fiéis um ao outro e possais assumir vossos deveres.

Estávamos no meio da cerimônia em uma das partes mais importantes do rito do casamento. Porém, o meu nervosismo ainda me abalava. Eu queria que tudo terminasse logo, mas ao mesmo tempo tinha medo do que viria.

O padre pegou a minha mão tremula e a de Edward e colocaram unidas em cima da Bíblia. Era bom ter o calor do corpo dele em contato com o meu, me dava mais segurança.

— Edward e Isabella, viestes aqui para unir-vos em matrimônio. Por isso, eu vos pergunto perante a Igreja: é de livre e espontânea vontade que o fazeis?

— Sim. – Edward e eu respondemos com fervor.

— Abraçando o matrimônio, ides prometer amor e fidelidade um ao outro. É por toda a vida que o prometeis?

Edward olhou para mim com um sorriso maroto e olhei para fundo dos olhos dele e respondi com confiança:

— Sim.

— Sim. – respondeu ele sem tirar os olhos de mim e eu queria tanto poder beijá-lo!

— Estais dispostos a receber com amor os filhos que Deus vos confiar, educando-os no amor de Cristo e da Igreja?

— Sim. – respondemos.

Tiramos a mãos em cima da Bíblia e permanecemos com elas unidas em sinal de conforto e união um com o outro. O padre olhou para os inúmeros convidados na Igreja e perguntou sem alguém era contra o nosso casamento. O silêncio foi pairou sobre o recinto e ele deu continuidade à cerimônia. Estendeu- a mão direita em nossa direção e fez a sua prece:

— Oh Deus abençoa esse homem e essa mulher com suas graças e os iluminem para que eles tenham uma vida abençoada e feliz por todos os anos em que viverem.

— Amém! – todos responderam.

Formos até as cadeiras ao lado e nos sentamos para ouvir o depoimento de Ângela. Sorrimos um para o outro e demos as mãos. Ela foi até o púlpito meio nervosa e começou esse discurso.

— Dizem que hoje se concretiza um conto de fadas moderno, onde um príncipe encantado se casa como uma bela plebeia. Posso afirmar realmente que estamos presenciando uma bela história de amor, Mas apesar de vocês estarem vivendo um conto de fadas, este não é o final feliz de vocês, é apenas o começo da sua felicidade. Eu fico muito alegre por vocês e me sinto privilegiada por ter visto de perto a sua história começar, e ter acompanhado o "era uma vez" tornar-se "é desta vez". E mais honrada ainda por ver o quanto amor desses dois é grande, não imaculado como nos contos de fadas, mas repleto de sentimento real, que teve que ser construídos aos poucos e com muitos desafios para se tornar firme como é hoje.

Com a bênção de Deus, esse será apenas o primeiro dia de um caminho de cumplicidade e felicidade. Vocês sonharam, traçaram planos em conjunto, quiseram fazer dos dois uma só carne, e tudo começa agora se concretizando, certamente com a beleza e o simbolismo que esperavam deste dia maravilhoso. Por isso, em nome de todos aqui presente, estendemos as nossas mãos aos céus e pedimos ao santíssimo que derrame em vocês muitas bênçãos para que nunca falte o respeito mútuo, o companheirismo, a amizade, a paciência e muito amor. 

Agradeci com um olhar caloroso a Ângela por essas palavras tão lindas e ele me voltou com um sorriso sem jeito. Em seguida, o coro de crianças levantou-se e começaram a cantar uma canção tão doce e bela. Olhei para Edward e não consegui segurar as lágrimas que teimosamente queriam escapar dos meus olhos. Ele beijou a minha mão e enxugou algumas delas, ciente em que estávamos em nossa bolha particular e não numa Igreja lotada com transmissão ao vivo da cerimônia. Só ele importava nesse momento.

Depois do fim da canção, nos levantamos e seguimos para o altar novamente onde ficamos de frente para o outro para dizermos os nossos votos. O padre estendeu as mãos para que todos ficassem em pé também.

— Para manifestar o vosso consentimento diante de Deus e da Igreja, aqui reunida, dai um ao outro a mão direita.

Demos as mãos e Edward sorriu para mim com aquele sorriso que me fazia querer beijá-lo intensamente. Apertei a mão dele fortemente para não cair na tentação. Sem tirar os olhos de mim começou a repetir firmemente os seus votos:

— Eu, Edward Anthony, te recebo, Isabella Mary, como minha esposa, e te prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de minha vida.

Quando chegou a minha vez de repetir os votos fiquei tão nervosa que minha voz saiu baixa e rouca. Edward apertou a minha mão e me passou um pouco mais de segurança. Apesar de minha voz falha, eu tinha certeza do que queria no momento.

— Eu, Isabella Mary, te recebo Edward Anthony, como meu esposo, e te prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de minha vida.

 - Vivendo com seriedade o amor, no respeito mútuo e na procura de uma vida plena para nós e para aqueles que estiverem sob nossa responsabilidade, esperamos de Deus a proteção; da Igreja o estímulo; e da família e dos amigos a solidariedade. – continuou o Padre. - Deus confirme e abençoe em Cristo este compromisso que manifestastes perante a Igreja. Que ninguém separe o que Deus uniu! Bendigamos ao Senhor!

— Graças a Deus! – responderam todos.

A nossa daminha, Michelle, que ainda era parente mesmo que distante de Edward, veio nos deixar a nossa aliança. O padre as pegou e abençoou.

— Ó Deus, que fizestes várias alianças com os homens através de Noé, Abraão, Moisés, prometendo-lhes proteção carinhosa e dando-lhes a missão de formar, no vosso amor, o vosso povo, para o nascimento do vosso Filho Jesus Cristo, abençoai agora estas alianças que Edward e Isabella vão usar. Fazei que elas sejam o sinal da promessa mútua de proteção, fidelidade, amor, e uma lembrança contínua da missão que receberam de Vós: preparar um ambiente humano e cheio de amor para testemunhar a vossa presença no mundo. Por Cristo, Nosso Senhor.

Fizemos o sinal da cruz e Edward pegou a minha mão esquerda para pôr a aliança em mim. As mãos dele tremiam de tanto nervosismo.

— Isabella Mary, receba esta aliança, em sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

No fim beijou a minha mão onde estava a aliança. Peguei a mão esquerda dele e com mais entusiasmo e menos nervosismo comecei a por a aliança nele.

— Edward Anthony, receba esta aliança, em sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

O padre nos pediu para ajoelharmos para dar início a oração e a benção final. Edward segurou a minha mão para me ajudar a ficar de joelhos. Agradeci-o mentalmente, nunca pensei que seria tão difícil fazer isso já que as minhas pernas tremiam de nervosismo e ansiedade.

— Ó Deus, que criando o ser humano à vossa imagem, homem e mulher os criastes para que, unidos num só coração e numa só carne, cumprissem na terra sua missão. Abençoai agora estes vossos filhos Edward e Isabella, que pelo sacramento do matrimônio, comuniquem um ao outro os dons do vosso amor, e, sendo um para o outro e ambos para o mundo um sinal de vossa presença, se tornem um só coração e uma só alma. Enfim, nós vos pedimos, ó Pai, que estes vossos filhos Edward e Isabella permaneçam firmes na fé e perseverantes no amor, que os conserve fiéis um ao outro e que, animados pela força do Evangelho, sejam verdadeiras testemunhas de Cristo, vivam uma vida longa e feliz e alcancem o reino do céu. Por Cristo, Nosso Senhor.

— Amém! – disseram todos.

— Abençoe-vos Deus todo poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo!

Fizemos o sinal da cruz e olhei para Edward ansiosa e ele me respondeu com um olhar risonho. Será que ele estava tão ansioso quanto eu?

— E agora pelos poderes concedidos a mim, eu vos declaro marido e mulher.

Edward veio até mim e beijou levemente a minha testa. Diferente dos casamentos tradicionais, não poderíamos nos beijar agora, apenas quando sairmos da Igreja na frente de todos lá fora. Segurei a minha vontade de beijá-lo por alguns minutos.

Enquanto seguíamos para a sacristia para nos casarmos no civil, Christina Perri surgiu cantando “A Thousand Years”, essa música tão linda que considerava minha e de Edward. Havia sido uma excelente iniciativa de Alice em convidá-la e eu estava tão grata por ela ter aceitado.

Adentramos a sacristia e eu me sentia satisfeita por estarmos longe dos olhos de todos e apenas na companhia dos mais íntimos. Edward também parecia satisfeito e me deu um breve beijo nos lábios, fazendo o meu corpo esquentar. O juiz já nos aguardava com um livro em suas mãos e nos recebeu com um sorriso caloroso no rosto.

— Quero que saibam, primeiramente, que é um prazer celebrar o casamento civil de vocês.

— Obrigado- respondeu Edward apertando a mão dele.

— Acho que hoje todos queriam estar aqui nesse momento. – brincou Jake.

Fiz uma careta para ele e todos riram. O juiz aproximou-se de mim e Edward e pediu para que após a cerimônia tirássemos uma foto com ele, pois iria presenteá-la a sua neta que era nossa fã. Ri meio sem graça e me direcionei a Edward, não sabia se poderíamos tirar fotos agora em nossas atuais circunstancias, mas ele assentiu e juiz sorriu satisfeito.

Nos sentamos para ouvir os proclames e os regimentos estabelecidos para a nossa união. Aceitamos tudo que mandava os protocolos reais sem mudar uma virgula. Em seguida assinamos uma série de papeis que não pareciam ter fim e demos a vez aos nossos padrinhos, Alice e Jake me representando, Rosalie e Emmett representando Edward.

Enquanto aguardávamos a assinatura deles. Edward e eu ficamos conversando baixinho, enquanto eu acariciava o seu braço com carinho. Como eu me sentia mais calma e descontraída agora que tudo estava perto do fim.

— Você está feliz? – me perguntou.

— Sou a mulher mais feliz do mundo!

Ele me beijou ternamente mais uma vez.

— Só não queria que tudo fosse tão longo e formal. – falei.

— Nem eu. Se a minha vida só a mim pertencesse me casaria com você em qualquer lugar. Mas devemos esse espetáculo a todos.

— E que espetáculo! Está saindo tudo tão perfeito!

— Está mesmo, mas eu mal posso esperar para estarmos sozinhos... – disse ele no meu ouvido.

Quando as assinaturas chegaram ao fim, tiramos a tal foto com o juiz e voltamos para o altar novamente. Formos recebidos pelo som de várias trombetas que eclodiam por toda a Igreja. Depois, enquanto caminharmos em direção do altar, a linda música “Ave Maria” começou a ser tocada no saxofone. Me arrepiei toda e comecei a querer a chorar novamente. Essa música é tão linda! Edward percebeu a minha emoção e apertou firmemente a minha mão.

Passamos diante dos meus sogros e lhes fizermos uma reverência e seguimos pelo longo corredor que se estendia até a porta de entrada da Igreja. Agora, mais calma, observei todos os convidados que estavam nos assistindo. Reconheci alguns amigos meus de Seraf, alguns colegas de faculdade, mas a maioria eu não reconhecia. Sabia que tinham muito políticos e membros de outras monarquias, como o Príncipe Charles e a sua esposa Camila da Inglaterra, a princesa Victoria da Suécia e muitos outros. Pela primeira vez, me dei conta hoje que o nosso casamento também era uma cerimônia de Estado.

Quando estávamos próximo do fim do corredor, as trombetas tocaram novamente e as portas de entrada se abriram revelando uma multidão que estava lá fora. Percebi que a minha nova vida começava agora.


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Notas finais do capítulo

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