A Bomba - Contagem Regressiva escrita por Denise Reis


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Queridas leitoras!!

Inicialmente quero agradecer a mais uma leitora que favoritou esta história. Minha querida amiga "Fran Sousa". Obrigada, querida. Você me fez muito feliz.

Os comentários de vocês estão me fazendo muito felizes!!

Estou adorando as teorias de todas vocês. Amando!!!

Bem, por conta dos comentários e das teorias (que adorei), fiz um esforço e consegui arrumar o capítulo a tempo de postar ainda esta noite. Preciso alegrar a quarentena de vocês.

Espero que vocês gostem e comentem.

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/792984/chapter/4

Ainda sem conseguir parar de rir, Castle se defendeu – Hey, não tenho nada a ver com isso, Kate. – ele ria – Eu estou rindo porque lembrei do ditado bem antigo... “Se a vida te der um limão faça uma limonada”.

— Conheço o ditado, mas não entendi o que você quis dizer com isso, Castle.

— É que eu estou percebendo que esse é um ótimo tema para o meu próximo livro. Posso bolar algo assim. Acho que até o final do experimento, terei o bastante para encher um livro.

— Se eu descobrir que você está por trás disso, Castle, e me fez de cobaia neste experimento só para me observar a fim de escrever o próximo livro, eu...

Ele a interrompeu, com muito bom humor – Eu te juro que não tenho nada a ver com isso, Kate. Igual a você, eu também sou cobaia e estou participando deste estudo, só que vou usar isso ao meu favor e ainda vou ganhar dinheiro.

— Não esqueça que eu te avisei. – Kate prosseguiu com as ameaças – Se eu descobrir que você está envolvido neste confinamento ou estudo ou sei lá o que é isso, eu te mato! Juro que eu te mato! Já não basta você me seguir por quase quatro anos para escrever seus livros com a Nikky Heat?

— Calma, Kate! Também não é para tanto... – ele tentava acalmar a detetive.

— Estou com ódio de você, Castle!

— Hey, lembre-se que o aviso metalizado falou que não devemos nos matar! Até porque se você me matar você vai ter que me aturar morto... Acho melhor me aturar vivo. Fica a dica, viu. – ele a provocou e, ao relembrar a advertência da voz metálica, Castle riu muito - Já pensou, eu morto aqui no chão e você só me olhando, chorando, sem ninguém para te provocar, conversar e brigar? Pense nisso.

Kate até tentou mostrar-se irritada com a provocação do Castle, mas não aguentou e começou a rir também. Castle sempre foi muito divertido.

— É... – ainda sorrindo, Kate respirou fundo e analisou – Melhor não te matar. Eu não quero ficar aqui sozinha.

— Ufa!! Que bom que você pense assim. – Castle deu um sorriso maroto.

— Pelo menos sabemos que não corremos perigo e não tem tigre.

— Não tem tigre, apenas uma tigresa. Uma tigresa linda! – Castle adorava provocar Kate.

— Quer dizer que eu sou uma tigresa... – Kate indagou, baixando a guarda.

— Sim, uma tigresa feroz, mas muito linda.

— Só você para me fazer rir num momento tão bizarro como este.

Ambos sorriam.

Depois de ouvirem o aviso, de assistirem aos vídeos e de discutirem um pouco, Kate e Castle já se sentiam menos tensos.

— Então temos mesmo que ficar três dias algemados. – Kate comentou, resignada.

— Juntinhos! – ele sorriu, traquinas – Eu te disse que meus sonhos se tornam realidade, não foi?

— Huuummm! – Kate resmungou – Ah, quer dizer, então, que você sonhou em ficar algemado comigo...

Castle franziu o nariz e deu um sorriso safado – Confesso que de vez em quando, para esquentar a relação, eu até deixaria você me algemar, Kate... Nada como uma coisa diferente para sair da rotina... Eu gosto e tenho certeza que você também gosta.

— Assim, com algemas de aço? – Kate questionou, entrando na brincadeira.

— Não! Eu penso que seria melhor usarmos aquelas de pelica, costuradas à mão, feitas na loja de artigos eróticos que você me levou durante aquele caso da mulher que foi encontrada no parque, coberta com mel e caramelo...

Kate observava Castle, mas não falou nada e ele continuou a explicar – Nem tente fingir que não se lembra porque eu tenho certeza que que você se recorda... – ele sorriu, maroto – Pois é, eu penso que as de pelica são mais confortáveis. Eu até já imagino eu te algemando com as algemas de pelica.

A voz dele tinha uma entonação suave que deixou Kate arrepiada.

Para deixa-la ainda mais excitada, Castle tocou no pulso algemado dela e fez um leve carinho – Não gosto da ideia de você ficar com o pulso marcado e dolorido por conta destas algemas de aço. Até porque o meu objetivo não seria causar dor, somente prazer.

— Você viaja, né, Castle... Tem uma imaginação fértil! – Kate desdenhou, mas, na verdade, estava adorando e sentia-se excitada com a ideia de ser algemada por ele – Não é à toa que você é escritor.

— E você adora meus livros, Kate. – Ele percebeu que a respiração de Kate ficou mais forte, sinal que ficara perturbada ao imaginar a cena que ele descreveu – Kate... Veja bem... Se você já mergulha com as histórias que eu escrevo nos meus livros, pense no que eu posso fazer, pessoalmente com voce... Posso fazer você viajar comigo, Kate, de verdade. Fique certa que você não vai se queixar.

Kate sentia seu corpo esquentando. Ela tocou seu colo e sua própria garganta com sua mão direita, sentindo seu coração bater acelerado, quase saindo pela boca.

— Chega, Castle! – ela falou mais alto do que queria, como se quisesse dar aquela ordem para o seu próprio cérebro. Precisava resistir.

Tensa, Kate sabia que precisava sair de perto dele. Ela tinha que tomar um banho frio ou beber um copo com água gelada.

Esquecendo-se que estava algemada a ele, Kate deu um passo com intuito de se afastar dele, só que isso causou um movimento inverso por conta das algemas, e ela se chocou com ele.

Com o choque, Kate perdeu o equilíbrio e quase os derrubou, mas ele evitou.

Para impedir que ambos caíssem, Castle a segurou pela cintura com o braço direito.

Foi um abraço diferente por causa das algemas – Hey, moça, somos uma dupla. Nada de independência por três dias. Eu vou aonde você vai e você vai aonde eu for. Acho que isso até que soou romântico, não foi? – ele acrescentou com um tom de voz sedutor, o que causou um arrepio em todo o corpo de Kate.

Este movimento de corpos os deixou frente a frente com os rostos bem próximos e ele a trouxe mais para perto, segurando-a pela cintura.

Os olhos de Kate passeavam entre os lábios e os belos olhos azuis do Castle. O mesmo acontecia com o Castle que se perdia nos lindos olhos expressivos dela e nos lábios entreabertos e convidativos.

Corações acelerados, corpos arrepiados e excitados, como ímãs, os lábios se atraíram lentamente e o beijo aconteceu.

De início de forma suave, quase casta.

Não percebendo rejeição, Castle passou a mordiscar os lábios de Kate.

Ele acariciava os lábios dela com pequenos selinhos que liberavam uma corrente elétrica pelos corpos de ambos e, muito naturalmente, as línguas se encontraram e um beijo mais ousado seguiu, sem reservas.

Ambos estavam sedentos daquele beijo.

Estavam completamente entregues ao beijo.

Mesmo desajeitados por conta das algemas, ele a apertava pela cintura e fazia carinhos nas costas e no pescoço dela e, quebrando suas próprias barreiras, ela acariciava o rosto e os cabelos dele.

Usavam apenas as mãos direitas.

O beijo apaixonado os envolveu de tal forma que os deixou ainda mais excitados até que o medo de se entregar voltou à mente de Kate e ela recuou, assustada, contudo, estava com o coração aos pulos, louca de paixão.

— Você não deveria ter feito isso, Castle! – ela sussurrou, trêmula, ao acusa-lo.

Amoroso, ele ainda a mantinha presa pela cintura – Hey! – ele sussurrou, carinhoso, olhando-a nos olhos – Não fiz nada sozinho. Nós dois nos beijamos e, confesse, gostamos de cada segundo... E queremos mais.

— Não quero falar sobre isso, Castle... – Kate murmurou, como se estivesse encabulada.

Kate tentou afrouxar o abraço dele, mas ele não cedeu e, carinhoso, sem qualquer tipo de violência, continuou a enlaça-la.

— Que tal você me soltar, Castle? – Kate sussurrou, como se realmente não quisesse ser solta.

— Somos amigos e parceiros há mais de quatro anos e, de igual modo, nós dois desejamos o beijo. Eu não a forcei... Não vejo motivo para você reagir assim, Kate. – ele falava calmo e amoroso, na tentativa de tranquilizá-la – Eu tenho ansiado por este beijo há bastante tempo e nunca imaginei que você também ansiava, por isso não tentei antes... Além do que, eu não queria estragar nossa amizade.

— Mas... Mas... Eu... Eu não ansiava este beijo... Você está imaginando coisas...– Kate tentou negar, mas foi interrompida por Castle.

— Hey... – ele sorriu de forma carinhosa e fez um afago no rosto dela – Nem tente negar, Kate, porque eu senti que você quis o beijo tanto quanto eu e foi uma coisa muito natural e muito espontânea.

— Mas eu não posso... Não podemos... – Com o coração aos pulos, Kate tentava argumentar, mas não encontrava as palavras.

— Porque você acha que não pode e porque você acha que não podemos? Eu sou livre e desimpedido e até onde eu sei, você também. E nós queremos fazer isso.

— Eu vou ser repetitiva, mas preciso te dizer que tenho medo. Tenho medo por muitos motivos, como eu já te disse, e um deles é que, seguindo o seu histórico, Castle, seus romances são fugazes e não estou a fim de abaixar minha guarda para ficar com você e, assim que sairmos daqui, você vai dizer "até qualquer dia", ou seja, serei apenas sua diversão aqui no porão, e mais um nome na sua imensa lista de conquista. 

— Kate, você sabe que eu não sou mais assim. Eu mudei. Mudei por você. Mudei porque eu te quero. Mudei porque eu te amo.

Ouvir aquela declaração de amor pegou-a de surpresa, mas ela tentou fingir que não a ouviu.

— E outra coisas, Castle, eu já vi você com dezenas de mulheres. Eu me lembro muito bem como você ficou assanhado quando viu a atriz Natalie Rhodes e também a Agente Jordan Shawn. Você ficou todo saidinho, se oferecendo para brincar com os equipamentos dela.

— Ah, Kate, eu admito que fiquei impressionado com as duas, mas por motivo diferente do que você pensou. 

— Ah, sim, Castle. - Kate ironizou – Faz de conta que eu acredito.

— Juro que é verdade, Kate! Acredite! Com a Jordan Shawn, eu apenas adorei os brinquedinhos dela, pois os da 12a são completamente ultrapassados, quase pré-históricos... - ele percebeu que Kate revirou os olhos e torceu a boca, enciumada, ao ouvir aquela explicação, mas ele prosseguiu – e com a atriz Natalie Rhodes, eu pirei porque ela conseguiu interpretar você divinamente...

Kate ficou boquiaberta – Ela é uma atriz medíocre! – Kate falou irritada – Ela estava 'tentando' interpretar minha versão ficcional, Castle. Ela estava ‘tentando’, e eu nem gostei da interpretação dela. Precisa melhorar muito para ficar 'mais ou menos'.

— Você está com ciúmes! - ele sorriu, divertindo-se – Claro que você está com ciúmes. 

— Eu, com ciúmes? Negativo! Imagina... – Kate negou e tentou disfarçar. 

— Está com ciúme, sim. Confesse, Kate. – ele sorria todo feliz. 

— Ok, eu confesso. Eu estava, sim, com ciúme delas. Morrendo de raiva das duas e de todas as outras que ficam se jogando em cima de você.

— Não precisa ter ciúmes, Kate, há muito tempo eu só tenho olhos para você. E tem mais uma coisa... Ciúmes é um sinal de insegurança. Eu não tenho ciúmes. 

— Bom saber que você não tem ciúme, Castle, porque o detetive Demming e o Josh querem marcar encontros comigo. – ela mentiu – Eles querem reatar o namoro. Eu fiquei de pensar.

Ao ouvir os nomes dos dois ex namorados de Beckett, Castle ficou vermelho de ciúme – Eu odeio aquele detetive almofadinha e aquele médico esnobe, que só se preocupava com o próprio umbigo. Odeio os dois e qualquer outro que tente chegar perto de você. Ponto! Falei!

Kate sorriu diante da reação do Castle.

— Hey, Castle, eu pensei ter ouvido você dizer que não sentia ciúmes, pois ciúme é sinal de insegurança. – ela repetiu o que ele havia dito.

— Ah, mas com esses idiotas é diferente. 

Castle estava apavorado e Kate sorriu.

Logo ele percebeu que fizera uma cena ridícula de ciúme. 

— Ah, tá! Confesso! Eu estava e ainda estou morrendo de ciúmes deles.

— Não precisa, Castle. Eles não significam nada para mim. 

— Então você decidiu que não vai se encontrar com eles e não pensa em reatar o namoro com nenhum dos dois? 

— Nenhum deles telefonou para mim, seu bobo. Eu inventei essa história só para eu ver sua reação, só para você sentir na pele o que é ter ciúme. 

Castle torceu a boca e deu um sorriso fraco.

— Pois é. Todo aquele meu papo de insegurança de não sentir ciúmes de você, fica só na teoria. – ele confessou.

— Castle, apesar de tudo isso, eu continuo com medo e com o mesmo pensamento do dia em que nos conhecemos... Eu não quero ser sua próxima conquista.

— E eu continuo também com o mesmo pensamento de antes, Kate, ou seja, que eu posso ser a sua próxima conquista. Não sabemos o que o futuro nos reserva. Ninguém sabe. Portanto, enquanto não temos as certezas, podemos conviver com a vontade de encontrar o caminho certo e só podemos alcançar se começarmos a procurar.

— Com isso você quer dizer que... – ela não conseguia encontrar as palavras certas, pois seu cérebro e seu coração não estavam conectados. Seu coração queria se entregar para ele, de corpo e alma e o seu cérebro, totalmente racional, dizia para ela recuar.

Completamente apaixonado e amoroso, Castle a seduzia com muita cautela – Com isso eu quero dizer que você deve baixar sua guarda, esquecer seus medos e eu devo arriscar e investir em te conquistar. Eu também quero dizer que devemos arriscar.

— Mas e se não der certo, Castle?

— E se der certo? – ele devolveu a pergunta.

— Nunca saberemos...

— Se não der certo, a gente pelo menos tentou, Kate. Mas eu pressinto que teremos sucesso. Nós somos uma boa dupla. O melhor é acreditar que pode dar certo. Poderemos ter o que todo mundo quer, ou seja, o tão esperado “felizes para sempre”.

— Você já tentou duas vezes e não deu certo.

— Kate, eu não estou te pedindo em casamento... Ainda – ele ressaltou e deu um sorriso apaixonado, deixando-a rubra – Podemos começar como qualquer casal normal, ou seja, poderemos namorar e nos conhecer.

— Mas você já me conhece demais e sabe tudo sobre mim... As vezes eu até sinto que você me conhece mais do que eu mesma.

— Mas eu quero muito mais e você sabe disso.

— Não sei... Estou com medo.

— Não tem porque ter medo

— É complicado... – ela insistia em recuar.

Castle mostrava-se paciente e amoroso, como sempre – Não vejo nada de complicado. Kate, você é mestre em complicar o que é simples.

— Preciso pensar... Estou confusa, Castle.

Neste momento os olhares se encontraram e, mais uma vez, o beijo aconteceu.

Eles se buscavam sedentos e apaixonados e nada mais importava.

— Ah, como eu te quero, Kate. – Castle sussurrou enquanto mordiscava os lábios dela – Sempre te quis.

Eles sussurravam e trocavam selinhos, até que ela se afastou um pouco.

— Não posso negar que também te quero, Castle, na mesma proporção que tenho medo. Não posso mentir... Te quero e tenho medo.

Ele deu um selinho nela.

— Não, Castle... Preciso pensar. Tenha paciência...

— Parece loucura, Kate, mas já estou pensando completamente diferente do momento em que descobri que estávamos confinados aqui dentro...

— Como assim?

— Apesar de ter feito piadinhas sobre estarmos presos aqui, eu estava muito irritado, pois detestava a ideia de não ter o poder de decisão de ficar ou sair deste porão. Mas agora, já sabemos que não corremos nenhum risco, pois a bomba só explodirá se arrombarmos a porta e não vamos fazer isso. Então, eu acho que caiu do céu esta oportunidade de ficarmos aqui confinados, pois teremos três dias somente para nós dois, sem interferência de nada e de ninguém. Não teremos internet, celular ou televisão para desviar nossa atenção. Teremos tempo de refletir e decidir sobre a possibilidade de existir um “nós” ou se continuaremos apenas a sermos somente “eu” e “você”. Poderemos conversar e até brigar, muito embora eu prefira namorar, apesar de eu amar suas birras, tanto que eu adoro te provocar, só para você reagir. – ele sorriu e a desarmou.

— Bom saber. – Kate também sorriu e, com naturalidade, ela deu um selinho nele

Recebendo o selinho dela, ele sussurrou – Gostei disso – e, em seguida, retribuiu o selinho e um beijo apaixonado se aprofundou.

O beijo parecia não ter fim. Eles se entregavam nas carícias dos lábios.

Castle usava a mão livre para fazer carinhos em Kate e ela, do mesmo modo, afagava o rosto dele.

O beijo finalizou com vários selinhos nos lábios e Castle prosseguiu, dando pequenos beijinhos no rosto e no pescoço de Kate, deixando-a arrepiada, fato que ele percebeu imediatamente, mas preferiu não falar nada sobre isso.

— É deste modo que você pensa em “conversar” e “refletir”, Castle? – ela indagou, exibindo um lindo sorriso.

— Juro que eu não pensei deste jeito, mas confesso que estou adorando essa novo modo de “conversar” e “refletir” com você, Kate... – ele ponderou, com um tom sedutor – Assim ficamos sabendo de uma forma mais calorosa, o que queremos. – ele tornou a dar mais selinhos em Kate.

— Estou com fome.

— Jura que você está pensando em comer, agora?

— Mas estou com fome...

— Ok! – ele sorriu – Eu também estou com muita fome, Kate... – ele a olhou de forma sedutora, indicando o tipo de fome dele.

— Fome de alimento, Castle... Fruta, pão, comida... – ela sorriu ao ralhar com ele.

— O melhor de tudo é que eu sei que apesar de você tentar desviar do assunto, eu tenho certeza que você não vai fugir de mim, pois estamos algemados e confinados durante três dias.

Kate torceu a boca e fez um trejeito divertido no rosto – Verdade. Estamos algemados e confinados por três dias.

— Depois destes três dias algemados, ficaremos sabendo se conseguiremos viver juntos ou se esta experiência jamais poderá se repetir.

— Ou poderemos prorrogar este experimento por conta própria, sem algemas. – Kate opinou, com um sorriso nos lábios.

— Vou interpretar esta sua opção como algo positivo. – ele voltou a beijá-la e ela já não tinha mais reservas.

Ela correspondia ao beijo, apaixonada.

— Pode ser que sim... Pode ser que não. – Kate sussurrou, ao encerrar o beijo, com selinhos.

— Continuo interpretando sua sugestão como algo muito bom.

— Mas agora eu quero comer. Não faço a mínima ideia de quanto tempo ficamos dopados neste colchão.

— Mas podemos calcular por alto. – Castle ponderou.

— Verdade. Então... Bem... – Kate olhou para o Castle e começou a analisar – Bem... Saímos do distrito às dezoito horas. Eu não lembro se entramos no carro. Digamos que ficamos sedados por duas horas e estamos aqui conversando...

— E nos beijando... – ele a interrompeu para completar e ambos sorriram.

— Acho que estamos aqui conversando e nos beijando – ela piscou o olho par ele – quase uma hora.

— Se nosso cálculo estiver certo, então agora são nove horas da noite. – ele concluiu.

— Ou seja, já passou muito do horário de jantar e por isso que estou morrendo de fome! Que tal você mostrar que é um homem carinhoso e me ajudar a preparar uma refeição saudável... pelo menos o mais próximo do saudável que encontramos aqui.

— Confesso que eu preferiria demonstrar ser um homem carinhoso de outra forma mais excitante, Kate... – ele sorriu, com malícia - Mas... Tudo bem. Acho que prepararmos juntos uma refeição, já é um bom começo.

Ainda assim, ele roubou um selinho dela e depois seguiram até o refrigerador.

 

 

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Bomba - Contagem Regressiva" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.