A Filha de Jacob Black escrita por Sarah Black


Capítulo 48
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o sumiço :/
Não me matem pelo inicio do capítulo



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Julho de 2032 

Lá Push, Washington 

 

Tempo. As vezes esquecemos que o tempo tem que ser vivido no agora. Que o tempo é nosso inimigo. 

Pensei que teria mais tempo. Que teria tempo de dizer quem eu era e o quanto eu o amava. Mais não tive. 

Sem chão, era assim que estou me sentindo agora, até mesmo perdida. Eu chorei quando soube, mais agora ali diante de sua lapide as lágrimas não vinham. A dor estava ali em meu coração, mais as lágrimas não. 

Flashback 

—Sarah, o que ouvi? — Daniel pergunta dando um passo em minha direção, mas eu dou outra para trás. 

—Eu não devia ter entrado aqui — Sussurro ainda mantendo meus olhos no dele 

—Como não? — Ele pergunta confuso, tentando intender. Depois me olha preocupado quando as lágrimas escorem pelo meu rosto. 

—Sou uma vampira agora. Vampiros precisam ser convidados a entra nas casas pelos seus donos — Falo como se estivesse explicando algo a uma criança. Como se entendesse do que eu estava falando, Daniel vem até me passando seus braços pelo meu corpo. 

—Queríamos conta. Mais você não atendia o celular, só dava na caixa postal. Eu sinto muito. 

  Flashback of 

Daniel disse que ele não sofreu ou sentiu dor. Que se foi durante o sono. Saber disse de certa forma diminuiu minha dor, mais não totalmente — Vou sentir sua falta vovô — Sussurro levando minha mão direita a foto que tinha ali. 

—Sarah? — Ergo a cabeça olhando para minha direita ao ouvir sua voz. Claire estava lá parada me olhando receosa, preocupada. Ela estava com a aparecia mais velha, e como os outros parecia cansada. Ao perceber que ela não se aproximaria forço um sorriso —Eu sinto muito — Ela fala chorosa me abraçando apertado. Concordo de leve com a cabeça sem dizer nada. A verdade é que eu não tinha nada a dizer naquele momento. 

Ficamos ali abraçadas sem falar nada, e na verdade eu sentia falta disso. De estar com ela assim, não era necessário palavra entre nós duas. 

—Como você está? O bebê? — Pergunto depois de um tempo, a olhando em seguida. 

—Estamos bem, graças a você — Ela responde sorrindo de leve, segurando minha mão. Tinha gratidão em seu olhar — E eu não tenho palavras para te agradecer pelo que fez por mim, pela Liz. E eu sinto muito pelo que teve que abrir mão para que eu estivesse aqui hoje 

—Não tem que agradecer, Claire. Eu fiz porque eu quis. E faria de novo sem pensar — Falo firme mantendo meus olhos no dela apertando de leve sua mão — Você é minha amiga, minha irmã. Então não me pesa perdão ou me agradeça, porque nada do que eu fiz foi querendo que se sentisse assim, como se me devesse algo. Porque não foi. — A abraço quando ela começa a chorar — Eu te amo! E saber que estava bem já é o suficiente pra mim 

—Eu também te amo 

—Liz? Então é uma menina — Falo sorrindo voltando a mim afasta. Passo a mão no rosto dela o secando, ela só faz o mesmo sorrindo também 

—É uma linda menininha de dois anos, e se chama Liz Andrea — Franzo a testa a olhando sem acreditar no que ouvir — Achei que ela devia ter seu nome. Porque você deu a ela, a nós a chance de nos conhecemos, e isso não tem preço  

—É lindo, e não precisava. Pobre da criança Claire, vai viver a vida com um nome de uma chata — Falo revirando os olhos, tentando sumir com aquele clima chato 

—Para com isso. Ela vai crescer com o nome da madrinha dela — A olho surpresa, dando um sorriso em seguida murmurando um obrigado — Nathan disse que você faria graça disso quando soubesse, e riria depois.  

—Não achei que fosse tão previsível assim — Falo franzindo a testa 

—Ele só a conhece bem — Claire fala dando um sorrir. Apenas concordo com a cabeça voltando a ficar de frente para a lapide olhando a foto do Billy — Você está bem? Estão todos preocupados  

—Se eu disser que estou, estarei mentindo. Doe saber que não o verei mais, e que ele se foi sem saber de mim — Respondo com a voz falha virando a cabeça em sua direção — Mas, por mais que doar, eu sei que agora ele está ao lado da vovó e que não sentir mais dor. E saber disso de certa forma a diminuir — Claire me olha em compreensão colocando sua mão no meu braço, mas em seguida franze a testa confusa  

—Como sabe que ele está com ela? Você falou tão segura disso 

—Eu sinto que está. Não sei explica. É algo aqui — Respondo levando a mão ao peito dando um leve sorriso olhando para frente. Nesse momento um vento forte passa fazendo as folhas secas do chão voarem. 

Prendo a respiração ao sentir os cabelos da minha nuca se arrepiarem, como se alguém estivesse respirando ali. Mas não sentir medo ao constata isso, foi como se ali estivesse a resposta da pergunta que Claire me fez. E sim, Billy Black está ao lado da mulher que ele sempre amou. Sua eterna Sarah.  

—É melhor irmos embora, vai chover — Abro os olhos aos quais nem percebi que tinha os fechados a olhando. Concordo com a cabeça, dou uma última olhada na foto do vovô saindo dali com Claire. 

Confesso que não queria ir, mas sabia que ela não iria embora sem mim, e realmente iria chover a qualquer momento. Andamos caladas pelas ruas da Reserva em direção a casa do Quil, ao qual imaginei que ela estaria morando com ele já que ela não seguiu para a casa da tia. Por onde passávamos havia apenas o silêncio, mais com minha audição eu conseguir ouvir os pequenos movimentos dos moradores do lugar em suas casas fugindo do frio do lado de fora.  

Agora aqui sentindo o ar, ouvindo os pássaros foi que percebi o quando sentia falta de tudo isso, até mesmo do vento gelado batendo em minha pele quente dando choque pela temperatura diferente. 

—Está entregue — Falo parando perto da varanda da casa. Claire para no segundo degrau da escada me olhando confusa 

—Não vai entrar? — Pergunta apontando com a cabeça para casa. Suspiro sentindo o cheiro forte do Quil, e para ser sincera eu não queria vê-lo agora. — Não quer conhecer a Liz? — Ela questiona me olhando mais confusa, talvez pela careta que fiz ao perceber que Quil estava lá 

—Posso vê-la amanhã. Além do mais ela está dormindo — Respondo dando um sorriso de leve, para em seguida concentra nos sons da casa tendo certeza de que ela estava mesmo dormindo. Acabo ficando aliviada por não está mentindo sobre isso ao ouvir o leve respirar da menina vindo de dentro da casa.  

—De qualquer forma vo... 

—Claire? — Quil chama abrindo a porta da frente a interrompendo. Fico o olhando enquanto ele caminha até ela a abraçando me olhando em seguida sorrindo — Vou ter que ir à oficina, mas deixei o jantar pronto — Ele fala gentil a olhando lhe dando um beijo na testa em seguida depois dela concorda com a cabeça — E você pode entrar Sarah. Toma um banheiro, janta e descansa antes que Liz acorde e não deixe você fazer nada disso — Quil fala divertido vindo até mim, me dando um abraço, beijando minha cabeça no final — Seja bem-vinda de volta baixinha  

—Obrigada — Sussurro retribuindo seu abraço. Sem falar mais nada ele se afasta indo em direção a sua moto, saindo em seguida  

—Você ouviu o Quil, vamos? — Claire fala sorrindo seguindo em direção a porta me esperando escorada na mesma. Suspiro concordando com a cabeça indo até ela, mas paro na entra ao lembra que não poderia entrar — Quil disse que pode entrar, não lembra? — Ela fala ao ver minha careta. E foi ouvi-la que fui entender realmente o que Quil quis disser com pode entrar. 

Concordo com a cabeça dando um passo à frente passando pelo batente da porta. Suspiro entrando mais na sala olhando ao redor, nada tinha mudado a não ser os brinquedos espalhados pela sala. Sorrio com isso. — Está feliz Claire? — Pergunto de repente me virando para ela, a vendo pega uma boneca que estava no chão perto da porta. 

—Agora que está de volta, estou. Mas se é sobre ser mãe. Também estou, é algo que não consigo explicar — Ela responde seria dando um sorriso no final. Sorriu ao ver em seus olhos brilhando ao se referir a filha. — Fique à vontade para toma banho, pode pegar roupa minha no armário. Enquanto isso vou ver o que temos para comer. Deve estar com fome — Sem esperar resposta Claire segui em direção a cozinha me fazer sorrir ao perceber que ela ainda era a mesma maluca de sempre. 

Assim que terminei o banho e me vestir sigo em direção ao último quarto do corredor curiosa para vê-la. Abro a porta de vaga que estava entre aberta andando de vaga até o berço. O quarto era em tons claro, alguns tons rosas mais não todo, deixando o quarto aconchegante. Paro próximo ao berço a olhando através do mosquiteiro. Ela é linda, cabelos pretos, o rosto redondo deixando claro que parecia com o pai. Mais a boca e nariz eram da Claire, a pele era morena como uma Quileute.  

—Ela se parece com você? — Falo ao chega na cozinha. Claire para de mexer nos pratos mim olhando sorrindo  

—Só a aparecia, porque o gênio é todo do Quil — Sorrio ao ver sua careta 

—Bom, ao menos será bonita como a mãe — Falo fazendo graça me sentando na cadeira em seguida. Claire fica seria para em seguida começa a rir  

—Sentir sua falta — Ela fala parando de rir, me abraçando pelo ombro — E das suas gracinhas  

—Também sentir a sua — Falo encostando minha cabeça na dela 

—Bom, Quil fez macarrão — Claire fala colocando a travessa em cima da mesa. Acabo fazendo careta pelo cheiro do molho de tomate — Algum problema? Se não quiser posso fazer outra coisa 

—Tudo bem Claire — Falo a acalmando — É só que comida humana tem cheiro estranho agora. Mais macarrão está ótimo — Volto a falar começando a me servir 

—Ahh — Foi só o que ela disse antes de senta e começa a comer também. Não falamos mais nada, mais a sentia me olhando e como a conhecia bem, sabia que ela queria pergunta algo. Mais também sabia que ela não iria perguntar sem antes está confortável para isso. 

Depois de comemos a ajudo arruma a cozinha sobre seus protestos de que não precisava. Mais no final ela acabou cedendo dizendo que dessa vez ela deixaria mais na próxima eu estava proibida. Acabei me deitando no sofá deixando o cansaço me vencer, a meses eu não sabia o que era dormir de verdade sem me preocupa que alguém me veria assim.    

Liz, não pode — Escuto ao fundo alguém fala mais não conseguir identificar quem eram  

Acoda mamãe — Volto a escuta mais dessa vez uma voz infantil. Me mexo abrindo os olhos de leve mais volto a fechar pelo claro repentino. Os mantenho fechados ao sentir algo passa pelo meu braço direito, para em seguida ir para minha bochecha cutucando. Tento prender o riso ao escutá-la rir baixinho — Ham — Ela fala tirando o dedinho da minha bochecha quando me mexo 

Liz? — Claire fala reprendendo a menina — Venha aqui mocinha  

—Deixe a menina, Claire — Falo seria abrindo os olhos as olhando. Liz para de olha a mãe me olhando em seguida sorrindo. Sorrio me sentando no sofá ajeitando os cabelos 

—Desculpe Sarah, eu não vir que ela estava mexendo em você — Claire fala culpada colocando a criança no chão quando a mesma pede para descer 

—Tudo bem. Acho que dormir de mais — Falo ao olhar a hora no relógio da sala — Nossa! Dormir a noite toda — Volto a falar surpresa ao ver que já era 10:00h do outro dia. 

—Você capotou no sofá. Quando eu ia dizer para se deitar na cama você já tinha dormido   

—Não tem problema — Falo sorrindo, e olho para Liz que estava parada na minha frente me olhando curiosa. Sorrio para ela a olhando. Ela estava com um vestido florido de mangas longas e de meia calça preta grossa e uma botinha da mesma cor — Oi Liz, tudo bem? — Ela franze a testa, me fazendo lembra da Claire, para em seguida sorrir balançando a cabeça para baixo e para cima  

—Dinda, vai brica gora mamãe? — Franzo a testa com a pergunta e olho para Claire confusa. A mesma sorrir se abaixando na altura da filha beijando sua bochecha a olhando com carinho 

—Primeiro ela vai tomar café e depois ela brinca com você, está bem? — Ao ouvir a resposta Liz sorrir concordando com a cabeça e corre em direção ao canto da sala onde seus brinquedos estavam se sentando no chão pegando uma boneca — Eu disse que quando você acordasse iria brincar com ela 

—Ela é muito esperta — Falo a abraçando de lado. Claire sorrir concordando com a cabeça a olhando, faço o mesmo a admirando. 

Passei o dia brincando com ela, esquecendo o que me esperava do lado de fora daquela casa. Adiando o inevitável.       


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