Aprendendo com a eternidade escrita por Beatrice Raimandes


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oba meninas, espero que vocês gostem desse capitulo, teremos um pouco do passado da Bella e romance no ar hehe

Boa leitura.



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Infelizmente para Edward não sabia como agir com Bella. Ele sorriu com a lembrança de entre uma das várias conversas entre todos, Isabella contou que não gostava que a chamassem pelo nome inteiro e preferia o apelido que Jasper deu.

Os dois tinham uma grande conexão juntos, Edward não era cego, mas se durante todos essas décadas que foram só os dois não tiveram algo, dificilmente isso aconteceria agora. Em seu íntimo ele tinha a dúvida se Jasper e Isabella tiveram alguma coisa no passado, os dois novos membros da família nunca falaram de relacionamentos, contudo Edward também não tinha falado nada sobre ele. O que contaria? Edward sorriu debochado, nunca teve uma vida amorosa, por isso não havia nada a dizer.

Ainda assim, apesar de tudo que Edward presenciava estava obvio que Jasper era apaixonado por Isabella, mas e ela? Sentia algo por ele? Era essa dúvida cruel que o impedia de tentar algo, ele era um covarde que evitava tocar sobre o assunto.

Edward levantou o machado e com um único golpe e partiu a lenha em dois. Ele estava separando as lenhas, o inverno estava chegando mesmo que não sentissem frio, achava acolhedor o calor da lareira quando acendia dentro de casa nesses climas e Esme também adorava.

O sol da manhã fria deixava alguns filetes de luzes atravessarem pela folhagem das árvores, mas nenhum desses filetes atingia o peito desnudo de Edward, as árvores protegiam mesmo as peles brilhantes contra a luz solar. Apreciou o silêncio, dentro de casa ele não escutava mais vozes na cabeça.

Edward olhou brevemente para cima inalando a mistura de cheiro de pinheiros e água da correnteza do rio que ficava após essas árvores. Apoiou o machado no ombro nu pela falta de camisa que tinha tirado para fazer o serviço, as roupas o impedia de fazer movimentos mais bruscos e sempre acabava perdendo a camisa quando cortava lenha.

Inclinou o corpo e posicionou mais um tronco pronto para partir ao meio. Levantou e girou o machado na mão.

Antes que decidisse cortar, sentiu um olhar sobre si. Intrigado olhou sobre o ombro esquerdo. Se dando conta que Isabella o encarava próximo à porta da cozinha, a conexão o chamou de imediato e não se impediu ao sentir seu corpo girar automaticamente ficando de frente a ela.

Seu olhar acompanhou no exato instante que ela abaixava o olhar e concentrava sua avaliação em seu tórax definido. A calça social estava bem caída no quadril pela falta do cinto. Edward tombou o rosto de lado e sorriu de canto quando viu Isabella engolir seco e subir o olhar para encontrar com o seu.

Edward segurou a gargalhada que queria soltar pela vergonha que era nítido nos olhos da vampira ao ser flagrada secando seu abdômen. Ele não iria estragar o momento era a primeira que ela o via sem camisa e seu simples olhar intenso o deu coragem. Afinal, se ela analisou ele daquela forma, algo nele a atraia.

— Posso ajudar em algo? – Decidiu facilitar para ela e não a questionaria sobre segundos atrás, se bem que ele acharia interessante coloca-la contra parede, talvez esse fosse um bom motivo para dar o primeiro passo. Infelizmente, ele não era tão perverso assim.

— Hum... É que Esme me pediu sabe, para levar um pouco de lenha. Ela já quer acender a lareira. – O sotaque Italiano ainda era carregado, mas tinha diminuído um pouco com a conversa se estendendo apenas em inglês entre eles. Ele adorava o sotaque dela e esperava sinceramente que ela nunca o perdesse.

— Claro. Pode levar essas daqui. – Edward se agachou e pegou umas 5 toras e agrupou alinhados entregando para Isabella.

A vampira agradeceu olhando firme contra seus olhos. Edward gostava disso em Isabella, ela não fugia e enfrentava as dificuldades que surgia em seus caminhos. Mesmo pela vergonha que sentiu, não se manteve intimidada.

Nunca recuava.

Isabella agradeceu e se virou para entrar dentro de casa, quando Edward a parou chamando.

— É Bella. – Ele começou incerto e ela se virou curiosa. Ele coçou involuntariamente o maxilar, devia parar de ser um frouxo e começar a agir. O olhar dela sobre ele minutos atrás devia significar algo. Ele precisava tentar. – Andei conversando com Carlisle e concordamos que talvez seja hora de você dar um passo e conhecer um pouco a cidade.

Ela arregalou os olhos incrivelmente dourados.

— Desculpe, mas acho que não estou preparada ainda.

Edward sorriu transmitindo que tudo daria certo. Sim, Isabella podia enfrentar tudo na frente, a única coisa que ele sabia que a vampira temia era perder o controle.

— Na verdade você sempre esteve preparada, já andou pelas cidades da Itália. Você tem um controle incrível, tenho certeza que vai lidar com isso facilmente.

— Eu não sei. – Disse receosa. Isabella gostaria de conhecer lugares novos e principalmente a cidade.

O rapaz suspirou fundo.

— Eu gostaria de saber se você não me acompanharia para uma volta? Hoje é o aniversário da cidade e vai ter uma festa no centro com direito a bandeirinhas e fogos de artificio.

— O que são fogos de artificio? – Isabella perguntou com sua nítida ingenuidade no mundo de fora.

Edward a olhou abismado.

— Você não sabe o que são fogos de artificio?

Isabella torceu o nariz.

— Sou muito burra em não saber o que é? – Ficou realmente constrangida por ser leiga em diversos assuntos.

— Não claro que não. – Disse prontamente. Não queria que ela tivesse tal pensamento. – Mas não vou estragar a surpresa. Você só vai descobrir se ir até lá.

Pensativa, Isabella mordeu os lábios de baixo em um conflito interno. Gostaria muito de saber o que eram esses fogos de artifício e também gostaria de ir até a cidade com Edward. Ela estaria pronta para andar novamente entre humanos? Encarando os olhos de Edward que ansiava por uma resposta, soube o que deveria fazer.

— Que horas eu devo ficar pronta?

Edward sorriu.

— Iremos à noite. – Respondeu.

Contente com a resposta a jovem saiu e entrou na casa. Edward sorriu passando as mãos no cabelo e voltou ao seu serviço. Finalmente ele tinha criado coragem e Isabella aceitou seu pedido, agora ele só tinha que fazer tudo ser perfeito para conquista-la.

Mais tarde naquela noite, Isabella se olhava no espelho, virou de costa tendo certeza se tinha escolhido um bom vestido. Estava satisfeita era um vestido na cor salmão de manga longa, apertado no busto de cima e solto como uma saia rodada na parte de baixo. Por cima prendeu um bolero de renda preto e para acompanhar luvas também pretas. Tudo bem simples, mas quem entendia de moda sabia que aquelas roupas foram feitas pelas próprias mãos da estilista francesa Madeleine Vionnet.

Bateram na porta e pediu para a vampira entrar. Esme entrou no quarto vendo Isabella se olhar no espelho.

— Você está linda. – Disse admirada.

Isabella virou o rosto em sua direção e sorriu agradecida.

— Muito obrigada, estava na dúvida se usava esse ou o vestido preto. – Isabella falou sinceramente.

— Não, esse é propicio a ocasião. – Esme disse prontamente adentrando o closet e saindo de lá logo em seguida com um chapéu da cor marfim nas mãos que combinava com o tom claro do vestido. – Este é um belo chapéu está ventando um pouco e não desmanchará seu penteado.

Esme se aproximou e colocou com cuidado o chapéu por cima do coque bem feito da jovem.

— Perfeito. – Comentou satisfeita.

— Muito obrigada Esme. – Disse sinceramente. – Por tudo que tem feito.

Esme negou fechando brevemente os olhos.

— Você só tem trazido alegria a essa família. – Abriu os olhos feliz pela nova membra da família, por mais que em seu íntimo considerava Isabella uma filha ainda não forçou a barra colando isso em voz alta. Só desejava que Isabella se sentisse amada, era o que importava a ela e claro não pode negar o fato que seu filho não tirava os olhos da garota.

Era a primeira vez que o via olhar para uma mulher ou ver um olhar sonhador todas as vezes quando ele encarava Isabella, pelas forças do destino o sentimento era recíproco e agora estava aqui para mostrar timidamente como aprovava essa união apesar de ambos ainda não terem se declarado.

— Edward está lhe esperando. – Esme disse sorrindo e seu sorriso se espelhou pela outra vampira.

Ambas saíram do quarto e foram para sala, onde lá se encontrava um Edward ansioso andando de um lado para o outro, mas parou assim que ouviu os passos delas. O rapaz vestia um terno escuro que se ajustava perfeitamente no corpo. Carlisle estava sentado no sofá com um livro em mãos e tinha um certo humor construído nos seus lábios.

Edward tinha uma pequena caixinha nas mãos e assim que seus olhos dispararam em Isabella ele pensou que jamais se cansaria da beleza da jovem. Toda vez que ele a olhava parecia que de alguma forma ela conseguia ficar mais linda.

Isabella desceu as escadas com a postura ereta e passos calmos sobre os saltos altos. Ao mesmo tempo que ela demonstrava confiança, existia um ar de timidez que a tornava uma doce menina. Esme parou ao lado do seu marido e recostou no braço do sofá.

— Você está linda. – Edward disse quando ela parou a centímetros e estendeu a caixinha abrindo de frente aos seus olhos. – Outro dia estive na cidade e achei que combinava com você.

Isabella olhou encantada a pulseira. Contornou com delicadeza o dedo indicador as pedrinhas de diamante que circulava todo o formato.

— Eu adorei. – Edward tirou da caixa e pediu licença antes de colocar a pulseira em seu pulso. Isabella se virou para Carlisle e Esme que imediatamente aprovaram o presente.

— Vamos? – Edward estendeu o braço para Isabella que prontamente o enganchou contra o dele.

— Certeza que não querem ir? – Isabella perguntou e Carlisle negou.

— Vou aproveitar que é minha noite de folga e vou curtir por aqui mesmo.

Isabella assentiu e antes que fosse perguntou pelo o único que não estava presente na casa.

— Viram Jasper? – Questionou sobre o sumiço dele o dia todo.

— Ele ainda não está pronto para ir à cidade. Ele aproveitou o dia para ir caçar. – Carlisle respondeu.

— Sozinho? – Perguntou surpresa.

— Vamos dar um voto de confiança para ele. – Piscou com um olho e sorriu divertido. – Agora vão e aproveitem a festa.

Isabella estava preocupada com o amigo, mas se Carlisle deu uma chance, ela deveria fazer o mesmo. Jasper merecia isso.

Ambos assentiram e foram em direção ao carro de Carlisle. Edward se adiantou e abriu a porta para que Isabella entrasse e a ajudou entrar como um verdadeiro cavalheiro. Apesar de não ter um carro Edward sabia dirigir perfeitamente.

O caminho para a cidade não demorou tanto e logo já era possível ver as luzes iluminando a noite. Edward observou pelo canto do olho e viu Isabella torcer os dedos sobre o colo.

— Está tudo bem? – Edward tirou os olhos da estrada e a encarou preocupado para saber qual o motivo do nervosismo dela.

Isabella suspirou, não era de ficar rodeando o assunto. Com Edward era fácil dizer o que sentia.

— E se eu perder o controle? – Disse rapidamente com medo do pior que podia acontecer.

Edward sabia o suficiente da sua história para saber do que ela estava falando. Ele encontrou um lugar e assim que estacionou o carro se virou para ela.

— Achei que já tínhamos superado essa barreira. – Edward disse a encarando terno. – Você confia em mim?

Isabella assentiu sem pensar. Ela estranhamente apesar do pouco tempo confiava mais nele do que qualquer um.

— Pois bem! Eu dou minha palavra que eu sei melhor que você mesma se sairá melhor do que espera.

Isabella riu das palavras dele relaxando por um momento.

— Você está sentindo os cheiros? – Edward se referiu ao fluxo de sangue que circulava pelos corpos agitados dos humanos.

Sim, ela tinha se arriscado em respirar o ar antes de se aproximar do festival e sentiu os cheiros dos diversos sangues humanos que andavam por ali fazendo sua garganta arder.

Ela assentiu com a pergunta dele.

— Então eu também sinto. Eu sinto sede todas as vezes que estou próximo a um humano, mas eu aprendi a lidar com a dor, assim como Carlisle e assim como você já conhece bem, também sabe lidar.

Isabella olhava fixamente a certeza que Edward demonstrava ter nela. Ele depositava uma confiança que nem mesmo ela tinha sobre si. Então estava decidida, se ele acreditava, ela o faria se orgulhar dela.

— Tudo bem. – Ela concordou e olhou as luzes brilhantes do festival.

Edward sorriu e saiu do carro abrindo a porta dela estendendo uma mão para pega-la.

— Senhorita. – Ele sorriu e beijou a mão dela antes de trancar o carro e irem para o festival.

Isabella começou a aproveitar verdadeiramente o festival quando notou que não tinha vontade alguma de atacar ninguém e assim sua confiança começou a voltar.

Ela nunca vira nada igual. Tinha luzes piscando pelo centro. Uma banda local tocava em cima de um pequeno palco improvisada alegrando vários humanos que cantavam junto aos rapazes. Viu uma criança correndo com um enorme doce na mão que mais parecia uma nuvem cor de rosa esbarrar na perna de Edward que apenas riu.

Isabella segurava uma bandeirinha do Canada nas mãos que um homem entregou na entrada como Edward prometera e agora só faltava descobrir o que era os famosos fogos de artificio.

Os dois estavam se conhecendo melhor e Isabella sentiu que estava se sentindo mais solta com Edward nesse momento do que todo esse mês que passaram conversando na casa. Edward não podia estar diferente, estava adorando cada conversa, as risadas ou os olhos brilhantes que demonstravam a admiração que a jovem estava sentido. Tudo nela parecia se iluminar.

As vistas dos humanos eles eram o casal perfeito. Teve que engolir pela primeira vez o ciúme dos homens que a encaravam desejosos em cima de Isabella. Ela tinha uma postura esbelta e completamente elegante de uma mulher influente que atraia olhares de todos os lados sendo eles, casados ou solteiros. Edward sabia que atraia os olhares femininos, porém as mulheres sabiam ser discretas como determinava a regra da sociedade, agora os homens seus pensamentos conseguiam ser insuportáveis.

Isabella diferente dele não percebia nada disso em sua volta. Sua concentração estava em cada detalhe de festival. Estava adorando tudo e Edward estava proporcionando isso a ela.

— Será que sou tão ignorante assim?

— O que quer dizer com isso? – Edward franziu o cenho.

— Sou velha, mas ao mesmo tempo o mundo é uma novidade para mim. – Isabella disse com pesar.

Edward pensou e perguntou algo que o instigava a muito tempo.

— É muito rude da minha parte perguntar quantos anos tem?

Isabella sorriu com a falta de jeito dele abordar o assunto.

— Com certeza senhor Cullen, é muito rude perguntar isso a uma mulher. – Riu levemente.

O vampiro coçou a cabeça com a mão livre.

— Sinto muito, não queria ofender.

— Está tudo bem Edward. Estou apenas brincando. – Somente Edward conseguia a fazer rir, em um momento que segundo atrás ela se depreciava. – Eu devia ter por volta dos 18 anos quando fui transformada no século IX.

Edward arregalou os olhos não conseguindo acreditar. Sabia que ela era velha, ela existia desde a época de Carlisle, mas não imaginou que seria mais velha muito além disso.

— Quem me transformou foi Jane Volturi. Para o azar dela ou o meu. – Isabella disse com amargura palpável na sua voz. – Acho que Carlisle já falou sobre ela.

Edward assentiu. Tinha visto na mente do seu pai como a menina apesar da sua fase inicial na adolescência, ainda uma criança tinha uma mente monstruosa e qualquer vampiro temia o dom que ela possuía.

— Eu era quase igual a ela.

Os passos de Edward pararam e ele não pode evitar de encarar Isabella. Ele não enxergava que Isabella fosse capaz de ser igual aquela menina. A moça a sua frente era delicada e gentil.

— No começo vivia numa abundancia constante de sangue que nem tinha tempo de sentir remorso, mas quando Aro chegou ao ponto de ver que meu descontrole estava impossível e me negou o que eu tanto desejava, foi quando pude finalmente compreender a terrível realidade que eu estava causando. Passei a maior parte da minha existência apenas com uma sede incontrolável de sangue que me obrigava a me manter presa nas masmorras dos Volturis. Ficava décadas quase séculos sem tomar sangue por conta da culpa. – Isabella suspirou derrotada e olhou em volta observando cada humano ali feliz vivendo suas vidas sem preocupações, se ela fosse como antigamente todas essas vidas seriam destruídas como um passe de mágica. – Mas quando tinha guerras que os Volturis travavam. Eles me tiravam e me colocavam na linha de frente. Com tanto tempo sem se alimentar, eu não raciocinava e os Volturis me libertavam após a guerra para me alimentar a vontade. Para eles era mais fácil limpar minha bagunça quando acabava com um vilarejo dentro décadas ou séculos. Assim, as histórias não contariam sobre o ser bestial.

— Eles a usavam como uma arma. – Edward constatou. A sede de sangue que Isabella sentia por mais terrível que fosse, não era culpa dela. A afirmação era palpável em seu tom melancólico. Ela viveu dias de trevas que não tinha um buraco para ela escapar daquele lugar, mas quando finalmente conseguiu ela se auto puniu. Isabella sofreu mais com seus atos na eternidade do que o causou.

Ele perguntou a si mesmo que se estava obvio que os Volturis a usavam para ganhar uma batalha mesmo fraca sem sangue durante tanto tempo ela ainda garantia a vitória para eles, o quão forte a mulher a sua frente era?

— Infelizmente. – Ela torceu o nariz. – Mas não posso culpa-los. Eles tentaram de todas as formas me barrar quando eu perdia o controle, mas não tinha jeito. A única forma de conseguirem me segurar era quando eu me sentia satisfeita. Só assim minha consciência caia e eu os deixavam me prender. – Isabella desviou o olhar envergonhada, mas sentiu vontade de desabafar e mostrar a Edward que no fim ela não era diferente de Jane e talvez fosse até mesmo pior. Afinal, ela acreditava que ainda tinha feito do seu fantasma a pior monstruosidade. – E minha vida inteira foi assim até finalmente Carlisle aparecer e foi o único a me mostrar que tinha uma alternativa.

Os pensamentos de Isabella até podiam ser um mistério para Edward, mas por um momento em que ela conversava sentiu que escondeu algo. Como um leitor de mentes estava conseguindo compreende-la melhor, mas ela além de não ser obrigada a dizer nada já tinha confiado nele o suficiente para contar sobre sua vida.

Era estranho, mas de um modo Isabella acreditava que os Volturis eram bons. Ela era a princesa, o bem mais precioso de Aro. Ele não confiava nem um pouco nos Volturis, sua percepção jamais mudaria, no entanto tinha que ao menos agradecer por Aro liberta-la e deixa-la ter uma vida.

Edward puxou levemente o queixo de Isabella para faze-la o encarar.

— O seu passado não muda o que você é hoje. Bella, você tem se esforçado e não faz ideia da mulher incrível que é. Se você batalha todos os dias contra você mesma só mostra como deseja ser alguém melhor. – Ele disse fitando profundamente os olhos dela. – Me deixe te apresentar o mundo. Me deixe te mostrar que você merece viver nele.

Isabella não soube o que responder. Os olhos de Edward pareciam hipnotiza-la, mas isso só durou até um barulho agudo se fazer ao alto de suas cabeças chamando sua atenção antes de um estouro alto fazer no céu e luzes brilhantes azuis aparecer. Logo em seguida outro barulho se fez e da mesma forma um brilho vermelho apareceu e assim se sucederam vários brilhos iluminando o céu.

Nunca tinha visto nada parecido era lindo. Parecia magia. Isabella observava extasiada.

Eram os fogos de artifício.

Isabella voltou a olhar Edward pronta para agradece-lo quando notou que ele não tinha tirado os olhos dela mesmo com as explosões. O jovem estava em uma euforia que não cabia em si, ele conseguiu proporcionar aquele momento especial para ela, estava evidente nos olhos da moça o quanto estava amando aquilo tudo.

Não compreendia o desejo que tinha dentro de si mesmo, apenas a queria. A desejava como nunca desejou ninguém e agora ela o encarando de forma doce, não resistiu.

Ele colocou sua mão na nuca dela e parou por um breve momento dando a chance dela impedir ele, mas como não ouve a relutância e sim enxergou os brilhos de expectativa nos olhos dela. Edward se aproximou e tocou gentilmente os lábios de Isabella contra os seus.

Apenas um toque e ele sentiu ela retribuir.

O beijo que dava em Isabella era como se fosse um primeiro beijo, uma nova descoberta e com a curiosidade ele passou levemente a língua nos lábios dela. Quando suas línguas se tocaram timidamente Edward pensou que aquele era o gosto mais incrível do mundo e pode finalmente beija-la com delicadeza.

O beijo era uma novidade para Isabella. Nunca tinha beijado ninguém e Edward estava cumprindo mais uma promessa. Ele pediu que mostrasse o mundo a ela e aquele beijo estava sendo mais uma descoberta.

Talvez Edward estivesse falando que apresentaria o mundo literalmente para ela, mas naquele momento Isabella soube que o rapaz não fazia ideia, mas ele a tinha acabado de se apresentar sendo o seu próprio mundo particular.


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