Verdadeira Identidade escrita por Vitória M


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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Há cento e catorze anos, Caius Volturi descobriu a existência dos bruxos.

  O ministério da magia e os Volturi, rapidamente, fizeram um acordo: os bruxos não incomodariam os vampiros e continuariam a viver em segredo, assim como os Volturi não contariam a ninguém, nem mesmo a outros vampiros, sobre nossa existência. Por isso até os dias de hoje os Volturi são temidos pela própria sociedade, ninguém de fora pode saber do segredo, uma vez Volturi, sempre Volturi.

  Voldemort demorou a descobrir a existência dessa espécie de vampiro. Pensava que só existiam os que morriam á luz do sol ou com uma estaca de madeira no coração. Ele os recrutou pouco tempo antes de “morrer”.

  Os Volturi, apesar de tudo, são covardes. Aro Volturi recebeu o cruciatos na frente de toda sua guarda, até que ele foi obrigado a aceitar, mas com um porém: apenas os Volturi o ajudariam. Os outros vampiros não podiam descobrir a existência dos bruxos, pois se não o contrato seriam rompido completamente, e a raça desses vampiros entrariam em extinção, já que numa guerra com bruxos eles perderiam.

  Agradecia intimamente por ter escutado à aula de Binns, aula a qual a maioria dormia. Mas, tem muitos fatos importantes na história, como esse: não posso contar a ninguém que sou bruxa.

- Ele está arranjando algum motivo para eles o matarem – despertei-me de meu ‘transe’ com a voz de Alice – mas vive mudando de idéia... – forcei-me a não me preocupar, mas foi inútil.

  Durante o trajeto de minha ex-casa até o aeroporto, em nenhum momento Alice saiu do meu lado. Isso foi frustrante. Queria mandar uma coruja para Harry, e dizer que estava tudo bem. Mas não consegui. Todos deveriam estar me procurando agora.

  O vôo foi “tranqüilo”. Tive que me levantar umas três vezes e ir ao banheiro, para ver se o nervosismo passava. Eu não sabia como conseguiria tirar Edward de lá, sem ter que usar minha varinha.

  Depois de um tempo de vôo, que parecia nunca acabar, o piloto comunicou que nós já iríamos pousar.

******

  Alice roubou um carro. Um carro tipo o de minha picape. Super discreto.

  Suspirei tristemente. Quem me dera o carro fosse mesmo assim. Era um Porshe Amarelo. Entrei relutante no carro e Alice acelerou.

******

  Após conseguirmos passar pelos portões com o pequeno suborno de Alice, ela me disse que eu tinha dois minutos, isso fez com que eu ficasse apavorada. Sai, rapidamente, do carro e corri até um beco. De lá, certifiquei-me que não tinha ninguém olhando, e aparatei para a torre do relógio.

  O lugar estava escuro, mas consegui identificar uma forma, que ia em direção á luz.

- Edward – sussurrei, pensando que ele me ouviria. Ele virou para trás com um sorriso bobo. Meu coração acelerou. Não era fácil vê-lo, depois de todo esse tempo, achei que eu havia superado a minha separação com o Edward, teorias que foram derrubadas assim que meu coração acelerou, mas preferi acreditar que isso havia sido por causa da adrenalina em meu corpo

  Sem conseguir me conter, corri até ele e o abracei.

- É incrível. Morri tão rápido. Os Volturi são bons... – olhei incrédula para ele, lembrando-me de Luna Lovegood pelo modo sonhador que ele falava.

- Edward, eu – apontei para mim – não estou morta, você – coloquei minha mão em seu peito – não está morto, nós – apontei nós dois juntos – morreremos se não sairmos daqui logo – o rosto dele tingiu-se de compreensão, e eu suspirei aliviada – que bom, você entendeu, agora... – arfei de susto quando ele virou-me e colocou seus braços protetoramente em minha volta.

 - Saudações, cavalheiros - a voz de Edward era calma e agradável. Era um ótimo mentiroso – não precisarei mais de seus serviços. Por favor, agradeçam a seus senhores.

- Aro quer vê-los – um homem falou, com uma voz grossa

- Tudo bem. Bella, porque não espera ali fora? – Edward perguntou amável, o seu rosto com uma máscara de ingenuidade

- A garota vem conosco – falou agora outra voz, que vinha da escuridão. Pelo jeito, eram dois homens, mas eu não conseguia vê-los.

- Não – rugiu Edward, mas parou, quando a porta dianteira foi aberta. Alice entrou, como se estivesse dançando, um véu na sua cabeça para se ‘proteger’ do sol.

- Olhem como falam. Tem damas aqui – falou Alice simpática, e olhou para mim, mostrando que nós duas éramos as damas.

- Chega – essa voz era de mulher. Vinha novamente da escuridão, e eu só consegui ver uma forma pequena. – Aro quer vê-los agora. Vamos – e se virou para trás, cheia de si.

  Edward suspirou e nós a seguimos. Eu suava frio, nervosa.

  O caminho foi definitivamente entediante. Na maioria da parte era escuro, e me segurei para não pegar minha varinha e lançar um lumos. Não falamos nada no caminho, mas sei que eles podiam escutar meu coração acelerado, principalmente quando Edward pegou minha mão para me guiar no escuro.

  Depois do que pareceu uma hora, chegamos ao lugar onde tinha três tronos, com um vampiro em cada um.

- Jane, minha cara, você voltou – disse o vampiro com cabelo preto, que devia ser Aro. Reconheci-o pelas fotos de quando o estudamos. Olhei-o fascinada, e Edward ao perceber isso me deu um olhar estranho. Ah, por favor né, ouço falar desse cara desde meu primeiro ano em Hogwarts e não posso olhá-lo com admiração?

- Sim, meu senhor. Eu o trouxe de volta vivo, como era seu desejo – respondeu Jane de um jeito angelical.

  Aro olhou para mim e Alice e seu rosto se iluminou.

- E também Alice e Bella! Isso é uma surpresa feliz! Maravilhoso – pensei em quando poderia, de uma maneira indireta, dizer para ele quem sou, para poder ir logo embora e enfrentar meus amigos preocupados em Hogwarts. Resolvi que só falaria na hora certa. Qualquer passo errado e eu estaria ferrada.

 - Está vendo Edward? O que eu lhe disse? Não está feliz por eu não lhe ter dado o que queria ontem?

- Sim, Aro, estou

- Adoro finais felizes – suspirou dramaticamente – são tão raros! Mas quero a história toda. Como isso aconteceu? Alice? – se virou para a baixinha vampira que estava ao lado de Edward – seu irmão parecia pensar que você era infalível, mas parece que houve algum equivoco

- Ah, estou longe de ser infalível. Como pode ver hoje, causo problemas com a mesma freqüência com que os resolvo.

- Você é muito modesta. Já vi algumas de suas façanhas mais inacreditáveis e devo admitir que nunca observei nada como seu talento. Maravilhoso! – eu ouvia tudo entediada. Sem querer, bocejei, o que fez com que a atenção de Aro se voltasse para mim.

- Ah, minha cara. Desculpe-nos excluí-la da conversa, eu... – interrompi logo o seu blá blá blá. Pelo jeito, as histórias estavam certas, Aro quando mente, acaba falando de mais.

- Desculpe eu, vossa alteza – falei sarcasticamente. Edward me olhou aflito, arqueando uma sobrancelha para meu comportamento. Ah, qual é, eu estava irritada. Aro fingiu não perceber o modo como falei – mas estou cansada. Acabo saber que meu pai foi morto. E quero ir para casa. Dá para ir um pouco mais rápido no discurso?

Todos me olhavam surpresos pela minha impertinência, e dava para ver que Aro também estava perdendo o controle. Rapidamente, seus lábios se repuxaram num sorriso falso.

- Mas é claro, minha querida. Bem, soube pelos pensamentos de Edward, que você é imune ao poder dele – olhei para Edward interrogativamente

 - Aro pode ler pensamentos, com o toque da mão

 - Exatamente – concordou Aro, parecendo deliciado – posso? – estendeu-me a mão. Dei de ombros. De acordo com a história, os poderes mentais dos vampiros não nos afetam. Dei minha mão a ele. Depois de menos de um minuto, ele me soltou – muito interessante. Não consigo ouvir nada. Pergunto-me se ela é imune a outros poderes. Jane?

- Não! – Edward rosnou a palavra.

 - Sim, meu senhor? – Jane sorria feliz

  A sala estava em silencio, todos olhando bestificados para Edward, que rosnava furioso. Fiquei aturdida.  

- Imagino, minha querida, se ela é imune a você – Aro disse olhando novamente para Jane

  Jane virou-se para mim com um sorriso beatífico. Antes que eu pudesse reagir, Edward tacou-se na minha frente e caiu no chão se contorcendo de dor.

- Pare! – ela continuou olhando para ele – agora! – dei um passo em sua direção, Alice tentou me segurar, mas ela estava sendo segurada por um dos guardas.

- O que você pretende fazer? – ela perguntou sarcástica, segurei minha varinha por cima das roupas garantindo que ela ficaria ali – sou muito mais poderosa que você.

- Prove – apontei para mim – use seu maravilhoso poder, mas nunca mais use-o nele, ou será a ultima coisa que você fará – ela me olhou sem acreditar que eu estava enfrentando-a. Sua postura passou de impressionada para convencida e ela deu um pequeno sorriso sarcástico.

  Acho que ela estava tentando usar seu poder quando fez isso, não sei dizer muito bem, não senti nada em meu corpo, nem me retorci como o Edward havia feito antes. Mas acho que pela sua cara de indignação ela estava usando-o e pelo visto não tinha conseguido me atingir.

- Aro volturi pensou sobre a nossa proposta? – uma voz que eu reconhecia de algum lugar entrou pelas duas portas de madeira como se ali fosse a sua casa. – o Lorde das Trevas está ansioso pela sua resposta.

- Eu estou meio ocupado aqui – ele disse com um pingo de medo. Quem seria capaz de fazer com que ele falasse assim na frente de todos? E como assim Lorde das Trevas?

  Parei de encarar a Jane e me virei para ver o visitante. Tomei um tremendo susto quando a vi, nas mesmas vestes de sempre e com o cabelo bagunçado, lá estava ela parada a frente do Aro. Dei dois passos para trás quase me encostando em Jane.

- Saia de perto de mim! – ela gritou para mim e eu sibilei para ela ficar quieta, mas a besteira já estava feita. A comensal olhou curiosa para mim.

- Oh, se não é Isabella Potter – ela deu uma risada louca cheia de satisfação – não acredito, meu lorde ficará muito feliz em vê-la aqui. – ela levantou sua manga e levou a varinha ao pulso.

- Não! – dei um grito de pavor. Isso fez com que ela desse outra risada. Decidi que entrar em seu joguinho seria mais fácil do que ser vitima dele. – se você fizer isso, todos saberão que ele esteve aqui, você não irá querer expor seu lorde assim não é? Ele não gostará muito disso. – funcionou. Ela tirou a varinha do pulso.

- Vou buscá-lo pessoalmente, assim o crédito virá totalmente para mim. – ela deu um sorriso psicótico e olhou para o Aro – não deixe que ela saia daqui a menos que você queira pagar por ela. - Aro afirmou com a cabeça engolindo seco, acho que depois desse dia Edward e Alice nunca mais teriam a mesma visão dos Volturi. Ouvi um craque e fiquei mais tensa, ela havia aparatado.

- Eu preciso sair daqui! – disse desesperada. Aro fez um gesto com a cabeça e vários vampiros me cercaram, inclusive Demetri e Felix que seguravam Alice e Edward, outros vampiros foram segurá-los, pelo visto eu era prioridade. – me soltem! – gritei estressada inutilmente.

  Felizmente esses vampiros eram burros e prepotentes o suficiente para acharem que eu não poderia machucá-los com minhas mãos por isso deixaram-nas livres.

  Saquei minha varinha do bolso e apontei para algum deles, alternando.

- Vocês parecem já conhecer isso – olhei de relance para a varinha – agora me deixem sair daqui. - ordenei a eles.

  Os vampiros que estavam a minha volta saíram de perto de mim e ficaram quietos em um canto. Exceto por Jane, que não se mexeu, mas ficou quieta atrás de mim.

  Ouvi um craque novamente e lá estava ele, com a aparência de estar flutuando vestindo suas capas negras inclusive seu capuz.

- Finalmente, uma Potter a menos em minha lista. – ele apontou a varinha para mim. Quase que num ato reflexo antes que eu pudesse ouvi-lo pronunciar as palavras eu aparatei. Consegui ainda ver uma luz verde, mas eu já não estava mais lá quando ela seria para ter me atingido.

  Havia aparatado para a casa dos gritos, rapidamente corri para a passagem que levava a Hogwarts, saindo no salgueiro novamente. Já passava do horário de recolher, mas havia uma grande quantidade de luzes acesas.

PDV na terceira pessoa

- Maldita – rosnou aquele-que-não-deve-ser-nomeado.

  Isabella tinha aparatado a tempo, mas Jane não teve tempo para fugir. Agora jazia morta no chão. Alec correu até ela, soluçando.

  Aro Volturi, um vampiro temido por muitos, agora estava praticamente tremendo de medo. Perdera sua maior relíquia.

  Olhou para as duas figuras estáticas que eram Edward e Alice. Hoje não poderemos obrigá-los a entrar para os Volturi, pensou Caius com uma pontada de ironia. Apesar de deixar sua expressão indiferente, também estava com medo, como todos os outros vampiros da sala.

- Vocês estão dispensados – a voz de Aro saiu um pouco trêmula.

- Onde está Bella? – perguntou Edward preocupado.

- Vocês estão dispensados – repetiu Aro, mais firme.

  Alice estava angustiada, não conseguiu ter visões novamente. Edward também não estava bem, não conseguia ler a mente daquele homem temível que estava ali. Os dois suspiraram e saíram correndo da sala.

- Então, já decidiram? – Voldemort se virou novamente para Aro, pensando sobre aquelas duas pessoas que recém tinham saído. Em algum momento, ele poderão me ser úteis, pensou maquiavélico.

- Sim, aceitamos ajudá-lo.

Qual opção tinha Aro Volturi? Era aceitar, ou morrer


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Notas finais do capítulo

Reviews? Recomendações? Popularidade?
Então, gostaram do capítulo?
Tive grande ajuda da mandinhah nele, então, créditos a ela.