Na Mira do Vampiro escrita por construindoversos


Capítulo 26
As pedras são autênticas




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Paco e Cristóvão Lee eram devidamente vigiados por Elias, que não largava sua arma.

Duda, sem perder tempo, foi logo abrindo um dos caixões repletos de estátuas.

— Sacode pra você ver - disse Duda, ansioso. - Tem um montão de pedras preciosas aí dentro.

Seguindo a orientação de Duda, Ferretti sacudiu a peça de porcelana e pôde ouvir um tilintar no interior oco.

Voltou a sacar o revolver, só que dessa vez segurou-o pelo cano, ergueu-o um pouco e deu uma pancada na estatueta com a coronha da arma. Isso bastou para quebrá-la.

Algumas pedras despencaram de sua mão e Duda abaixou-se para pegá-las.

— Tá vendo só! - exclamou Duda numa excitação crescente.

Ferretti assobiou e disse:

— Nossa senhora, Elias! Dá uma olhada nisto aqui, rapaz!

Elias aproximou-se do caixão e contemplou as pedras na mão do colega.

— Vejam só! - exclamou. - Não tenha dúvida que são autênticas...

— Claro que são, meu camarada! Há mais alguém envolvido no contrabando, além de você e seu ajudante? - perguntou Ferretti dirigindo-se a Cristóvão.

— Claro, Ferretti! O próprio vampiro e o porteiro daquele prédio onde estivemos - afirmou Duda.

Cristóvão e Paco fitaram o garoto com uma expressão de ódio.

— Eu só lamento não ter liquidado vocês logo de cara - disse Cristóvão, rancoroso.

— Cala a boca, safado! - voltou a ordenar Ferretti, rapidamente. - Duda, essa história de vampiro é verdade mesmo?

— Ué, você não tem lido os jornais? - argumentou ele.

— Eu sei, mas o que eu quero saber é se esse que você está falando é o mesmo dos jornais?

— É sim, Ferretti. Eu vi o cara - confirmou Toninho.

— E você tem certeza que o tal vampiro e o porteiro estão na jogada, Toninho? - insistia Ferretti.

— Claro! Eu ouvi a conversa deles. O Duda não te falou?

— Falou, mas eu preciso de mais provas...

— Então por que não obrigamos esses dois a confessar? - volveu Duda com veemência.

— Eles não são bobos, Duda - retrucou Ferretti com prudência. - Eles não vão falar nada, a menos que nós consigamos reunir provas suficientes contra eles.

— Pô, mas essas provas não são suficientes?! - insistia Duda, apontando as estatuetas.

— Contra eles dois, sim, mas nós temos que prender os outros membros do bando. E mesmo que a gente consiga pegar todo mundo em flagrante, ainda teremos de descobrir como funciona essa organização em torno do contrabando. Eles não vão dar todos os segredos de bandeja pra gente se nós não pressionarmos com o maior número de provas possível. Só assim obrigaremos esses bandidos a revelar todos os detalhes.

— E ainda tem o mistério do vampiro - lembro Duda.

— Pois é, como você tá vendo, muita coisa ainda tem de ser esclarecida...

— Quais serão nossos próximos passos, Ferretti? - perguntou Elias.

— O meu plano é preparar uma armadilha para pegar o vampiro e o porteiro aqui. Se os meninos estão certos, mais cedo ou mais tarde eles irão aparecer para saber o que aconteceu aos parceiros, aí pegamos todo mundo de uma vez só.

Entrementes, enquanto todos lá no salão secreto planejavam a captura da quadrilha, um carro chegava sorrateiramente à funerária.

Alberto Kriegel e o ex-porteiro Tião estranharam o carro de polícia parado defronte à loja, atrás da caminhonete funerária, bem como a portinhola de ferro aberta e as luzes acesas, coisas bastante suspeitas.

Kriegel pegou seu revólver no porta-luvas do carro e enfiou-o na cintura. Tião foi até o porta-malas, apanhou uma metralhadora, destravou-a e, assim armados, os dois entraram na loja.

Viram que ela estava deserta e escutaram vozes no salão oculto, notando, em seguida, a porta secreta aberta. Fecharam a portinhola, apagaram as luzes da loja e esperaram pelos visitantes, prontos para o provável combate.

No salão, ninguém ainda notara a presença de Kriegel e seu comparsa.

Elias, Duda e Toninho arrumaram o lugar para despistar, enquanto Ferretti mantinha Cristóvão Lee e Paco sob vigilância.

— Tudo pronto? - perguntou Ferretti com a atenção nos bandidos.

— Tudo - confirmou Elias.

— Muito bem, seus salafrários! Pra loja! - ordenou Ferretti, energicamente.

Cristóvão Lee e Paco, algemados, foram na frente, seguidos por Ferretti e Elias, de armas em punho, e, por último, Duda e Toninho.

Os seus rumaram para a loja sem saber o que os aguardava...


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